Volume 1
Capítulo 37: Azar Em Outro Nível
A luz da lua iluminava desde pedras, árvores, monstros até uma pessoa correndo. San ia o mais rápido possível, mas era difícil estando manco. Ao menos, pegou distância da caverna.
Apoiando atrás de um pedregulho grande, recuperou o fôlego. Tudo doía, a mente exausta e a essência escassa.
Olhando o céu, deduziu ter duas opções: ir pela noite, arriscando a sentirem o cheiro de sangue e o emboscar, ou se esconder em uma pedra até o amanhecer.
“É arriscado, aqueles bichos podem me achar.” Voltando a caminhar, sempre caía e raspava contra as pedras.
O percurso era muito irregular, uma hora liso e seguro, em seguida, repleto de pedregulhos pontudos. Juntando isso ao seu pé machucado, o atrasava em vários níveis.
Pensando em um jeito de acelerar o passo, soltou a bainha da cintura e usou de bengala. Andando sobre um caminho apertado, era obrigado a mudar de posição inúmeras vezes para caber e alcançar o fim, se deparando numa parede.
Soltando um suspiro, procurou por um tempo e achou saliências. As agarrando, subiu, seu pé quase o derrubando várias vezes e seus dedos ardendo.
Finalmente no topo, ficou de barriga pra cima, encarando as estrelas, tentando manter sua mente sã e evitar pensar no que viu ou fez.
Prestes a levantar, escutou um som de algo sendo rasgado. Seguindo o som viu o culpado, afundou mais no chão, implorando entrar nele.
A alguns metros, um escorpião enorme comia uma carcaça. Sua fisionomia era preta e o ferrão balançava. Acabando sua refeição da noite, andou por aí.
“Ótimo, como se meus problemas já não bastassem, tem que acontecer uma coisa perigosa.” O monstro continuava nos pedregulhos, às vezes arrancando pedras no chão e jogando. Metros os separando, San levantou lentamente e começou a caminhar.
Dando apenas um passo, uma dor horrível no pé o atrapalhou e caiu no chão. Na mesma hora, o monstro virou e rapidamente foi atrás.
Com a esperança de sair sem lutar, San preferiu engatinhar, afastando entre espaços pequenos e apertados. Mesmo assim, tinha certeza, havia sido visto.
Virando na hora, apontou o dedo e esperou. Diferente do previsto, em segundos ao sair, um estrondo foi ouvido, o escorpião cavava e procurava.
Estranhando isso, teve uma ideia. Pegando a primeira pedra vista, a arremessou longe, quicando e batendo. O monstro correu atrás do som. “Interessante, tem problema de visão e sua audição é boa, vai ser problemático. Posso ficar jogando pedras.”
Ao ter essa ideia, ia atrás de outra, quando ouviu Sacro falando no seu pulso:
— Já previ seu plano, recomendo mudar.
Preocupado em fazer barulho e atrair seu caçador, apenas encarou o relógio, tentando, em forma de gestos, perguntar o porquê.
— Se fizer isso, pode a qualquer momento, cometer um erro devido ao corpo fraco e revelar sua posição. Também deve levar em conta seu cheiro. Por enquanto, consegue se esconder por ter ficado na base dos Pelostridors. Uma hora irá passar.
Bolando planos, sua mente ia à loucura, a maioria era ruim. Lutar estava fora de questão, principalmente contra um inimigo grande e veloz. Fugir seria difícil sem barulho e lento.
Pensando, encontrou a solução. “Merda! Eu realmente não queria isso.” Suas opções sendo mínimas, fechou os olhos e concentrou no interior.
Procurando, percebeu a energia no cérebro e a moveu ao coração, juntando, ficou e energizou.
Escolhendo arriscar, perguntou a Sacro:
— Quanto tempo será que devo esperar até utilizar um poder roubado?
— A fisionomia deve se adaptar permanentemente, dependendo do poder, ajustando partes. Talvez horas.
— E se eu usar antes?
Esperando receber uma resposta, o monstro surgiu na sua linha de visão. Uns metros dos seus pés.
— Pode ter dor. — Sacro respondeu baixo dessa vez, também preocupado no barulho, independente de ter sido programado para somente San o escutar.
“Se é só dor, então tá de boa.” Girando a cabeça, na linha de visão, uma pedra do tamanho do seu punho. Fechando os olhos, concentrou, semelhante ao formar o tiro de energia.
Demorou, e o monstro vinha na sua direção cada vez mais. Abrindo os olhos de novo, a pedra voou para um lado, quicando nas parceiras e fazendo barulho.
Atraído, o monstro perseguiu o som. Soltando um suspiro de alívio, se afastou.
A poucos passos, usava o poder de novo. A telecinese de Gina era complicada. Em todos os seus alvos, nunca teve o controle de verdade, só a fazia voar aleatoriamente. “É ruim controlar esse poder, bem, só preciso distrair o monstro.”
Fugindo, jogava pequenas pedras aleatoriamente, confundindo constantemente o escorpião. Perto suficiente da floresta, correu com tudo que podia.
Seu pé o matava de dor, as costelas pressionava contra o peito. No balançar dos braços, tinha a sensação que iriam cair e por usar o poder antes de ajustar, havia uma dor de cabeça enorme, o desorientando sem parar.
No início da missão, demorou duas horas de caminhada, dessa vez, monstros o atrapalham e atrasariam. Teria de pôr em prática o que aprendeu para sobreviver a noite.
Sempre se escondendo, evitando qualquer sinal de luz ou perigo. Quanto ao fedor, deixou de se preocupar, a sujeira impregnada o camuflava perfeitamente.
Em um emaranhado de arbustos, procurava o melhor caminho, demorando minutos saiu, e deu de cara na frente em um goblin. Os dois se olharam surpresos, processando o ocorrido.
Em segundos, o pequeno monstro sacou sua faca rudimentar. San desembainhou a cimitarra e pôs na posição da dança da serpente, levemente errado, já que os ferimentos dificultavam.
Quando usou a regeneração, curou brevemente, no entanto, sua clavícula direita permanecia quebrada, impedindo de mover um braço, a perna machucada e o peito dolorido.
O goblin correu visando a barriga, erguendo a faca e preparado para apunhalar. San cravou a espada no chão e defendeu. No mesmo instante, ergueu a lâmina, querendo encerrar a luta imediatamente.
Infelizmente, só fez um pequeno corte, nada preocupante no inimigo; pelo menos, o assustou e o fez cair no chão. Aproveitando, aproximou-se e levantou sua arma, visando a cabeça.
Na hora, segurou um grito enorme, o pé usado era o machucado. Sem ser golpeado, o monstro pôs de pé e atacou novamente, dessa vez acertando a lateral da barriga do humano.
Voltando um pouco, San sabia que suas chances diminuíam em segundos; sequer poderia desviar do próximo ataque. Então, abriu os braços e deixou a cimitarra cravada no chão.
O monstro imaginou ter ganho, feito o adversário desistir. Correu animado, a arma levantada e um sorriso enorme. Chegando perigosamente perto, San liberou a telecinese, arremessando o pequeno.
Acertando diretamente uma árvore, o monstro ia levantar. Erguendo-se fracamente, a faca de San acertou sua cabeça, eliminando-o na hora.
Arrancando uma parte da tanga do goblin, tampou o ferimento. Pegando sua faca, afastou-se rapidamente.
Indo até um tronco, ouviu passos apressados vindo. Alguma coisa foi atrás do sangue. Entrando e saindo de matos, avistou quatro árvores, uma próxima à outra, dando uma proteção pequena. Enfiando-se no meio delas, descansou.
Com tempo, perguntou à Sacro:
— Me fala desse poder.
— Telecinese limitada. Classe comum, capacidade de mover objetos com a força da mente; a distância depende de pessoa pra pessoa, o peso também. A força da sua mente influencia bastante o quanto pode.
— Disse limitada, qual diferença dessa a não?
— Significativamente; a força são melhores e uns detalhes.
— Ótimo, peguei um poder fraco. — Ironizou.
— Você, melhor do que ninguém, deveria saber, não existe habilidade fraca; e sim usuário sem utilizar direito ou dedicar. E um detalhe, quanto mais treina o poder, maiores são as oportunidades de evoluir.
— Evoluir?
— Depende do poder, mas, em geral, deve treinar bastante e ter sorte. Por exemplo, pessoas com poderes elementais de água podem evoluir a gelo, ou fogo à lava. Claro, é difícil e nem todos conseguem.
— O de disparar energia, teria…
Indo perguntar, seus pés foram presos por algo. Quando olhou para baixo, nem teve tempo de reagir, foi arrastado no chão, chocando contra galhos e troncos.
Mesmo querendo se soltar, era difícil ver à sua frente; tantas coisas batiam no seu rosto em segundos. Subitamente, parou do nada.
Seu agarrador, um tipo de lagarto grande, uma parte da sua cabeça se camuflava e sumia. “De novo não.”
Olhando seus arredores, procurava sinais de perigo, perguntando por que teria sido arrastado até ali. Ficando parado, fechou os olhos e se concentrou nos seus sentidos, a visão era inútil no momento.
Ficando assim, uma rajada de vento atingiu sua nuca. Desembainhando a espada, virou-se na hora e cravou no meio do ar. Nessa hora, sangue escuro escorreu pela lâmina e tocou a mão de San.
Saindo da camuflagem, revelou o monstro tendo o peito cravado e seus olhos afundados, arregalados. Ignorando a vitória, agachou-se e cerrou os dentes. Sua clavícula estava quebrada e exagerava.
Permanecendo assim, perguntou a Sacro:
— Estranho, por que ele me arrastou até aqui?
— Esse tipo de monstro caça presas fracas, escolhe se arriscar o mínimo possível.
— Há, deve ter achado que eu era fácil.
Voltando a caminhar, encontrou um morro de terra. Escalando facilmente e usando a espada embainhada como bengala, chegou no topo e viu seu objetivo.
Ao longe, luzes brilhavam, a cidade. Aproveitando a visão e o vento batendo no seu rosto, um cheiro forte familiar atingiu o nariz. “Sangue.” penou farejando o ar.
Era impossível dizer se tava perto, o fedor enchia o ambiente, sendo levado. Para piorar, considerando o vento, vinha no caminho para a cidade. “É claro, já não tenho problemas suficientes.”
Voltando ao percurso, implorava distância de onde vinha a morte. Contudo, com certeza era seu dia de azar. Há alguns minutos, se enfiando no meio dos arbustos, dois monstros brigavam.
Um se assemelhava a um urso, mas a mandíbula de ferro e suas garras em um tamanho grande e a coloração de prata. O outro era um tipo de lobo, suas pálpebras brilhavam em vermelho no meio da noite, inúmeros ferimentos, e atrás, o corpo de membros da sua espécie mortos.
O lobo atacou primeiro, avançando em uma velocidade incrível, mirando no lado direito no urso, em um piscar de olhos, levantou as garras, pronto em cortar.
Porém, a besta metálica se jogou na sua direção, o empurrando contra uma árvore e prendendo-o, pressionando. Encurralado, o lobo atacou ferozmente, debatendo, mordendo, arranhando. Mesmo assim, continuava preso.
A cada segundo que passava, o lobo perdia suas forças, até nem realizar um ataque. O urso tinha sangue pingando, seu rosto um horror de tantos ferimentos.
Decidindo soltar sua presa, o lobo caiu no chão, já de olhos fechados. Nessa hora, o vitorioso levantou bem alto, suas duas patas preparadas em esmagar a cabeça.
No entanto, o lobo abriu os olhos e passou por baixo da barriga do inimigo, rasgando a pele e deixando as tripas cair.
No fim, o real vitorioso foi o lobo, ferido e sem parceiros. Pelo menos, venceu.
San se afastou e caminhou para longe, preocupado se o vencedor gostaria de um lanche de vitória. Já distante, repassou a luta na sua mente, os ataques violentos e ágeis, a astúcia e resistência.
O urso era claramente mais forte, ganhando da alcateia inteira. Mas no final, o lobo deu tudo de si, e fingindo ter perdido, reverteu o jogo.
“Dá pra aprender técnicas interessantes neles, eu deveria pegar umas ideias.”
Após uma hora, chegou; já podia ver os muros da cidade. Dando um passo e sorrindo, escutou galhos quebrando à sua direita. Virando a cabeça, um Bulette o encarava. O monstro andava de quatro, revestido de um tipo de material duro, uma boca enorme e uma coloração azul fraca.
San estava irritado; fugir era impossível, sua perna o impedia. Só queria fechar os olhos e descansar, mataria por isso. E ao seu lado, um monstro querendo o devorar, tão perto de casa.
“Só mais um, só mais um e consigo voltar.” Pela milésima vez, desembainhou a espada e preparou. O Bulette analisava a nova presa com fome, já pronto em o devorar, então avançou primeiro.
San esperou o momento certo, antecipando onde seria acertado e deveria acertar. Reunindo toda a energia e ignorando a dor, desviou por um triz das garras, cravando o lado direito do monstro a lâmina.
O esperado seria sair sangue e talvez a morte, contudo, ao contrário, a lâmina ricocheteou. Na hora, pulou rolando nas gramas, se afastando.
Tentando manter a energia, teve esperança de ser apenas aquela área, e voltou ao combate. Dessa vez quase abocanhado, porém, cravou a espada no meio do rosto dele.
Ainda ileso, escolheu arriscar, atacou de novo, acertando qualquer lugar possível, dando estocadas, cortes, e nem arranhando. “Ata, o universo quer que eu morra, só pode.”
Dessa vez mirando nos olhos, faltou pouco ao acertar, só para a garra o acertar, — ao menos foi a parte não cortante. — Sendo arremessado em cheio numa árvore.
O monstro tava animado, nem mostrando cansaço. Os olhos de San queriam se fechar desesperadamente, a mente pedia isso. Sua visão ficando embaçada e ia fechar, lembrou de Gus, a risada dada na saída, a traição e a dor causada. Lembrou de Samanta morta, jogada em um canto. Gina, sofrendo e chorando, Clay, sendo desmembrado vivo, seus gritos ecoando nos seus ouvidos.
Fervendo de raiva, forçou seu corpo moribundo a levantar, o olho se tornou vermelho devido ao corte no rosto causado pela batida. A cimitarra longe, cravada no chão, mas tanto faz, iria usar as mãos.
O monstro veio rapidamente, a boca aberta revelando os dentes. San só estendeu a mão, sem importar. Bulette, imaginando ser um convite, mordeu o braço inteiro, cravando os dentes na pele.
San gritou, alto e forte. A dor de ter o braço mordido e cada vez mais sendo apertado era péssima. Quando sua mão encostava a garganta dele, olhou nos olhos do monstro e deu um sorriso. Um sinistro, exibindo os dentes ensanguentados.
Reunindo toda a essência, concentrou na palma da mão e deixou sair. Em uma explosão, a boca do monstro iluminou, de dentro pra fora, a parte de trás da cabeça explodiu, caindo no chão e levando San junto.
Sua cabeça doía como nunca, a tontura o impedia de levantar e sua visão permanecia vermelha. Forçando a boca do Bulette a abrir, se arrastou até uma árvore, usou uma parte da camiseta para enrolar no braço.
Mesmo assim, sangrava bastante, encharcando o pano. O lado bom, era que o sol tava nascendo. Ficou sentado e descansou, deixando os olhos fecharem, repetia a si: “Cinco minutos. Eu mereço.”
Os abrindo de novo, tudo doía, entretanto, nada se comparava ao seu peito, a respiração irregular, sem guardar ar direito. Já amanheceu, o sol no céu e um cadáver de monstro caído.
Levantando, pegou a sua espada barra bengala e caminhou até os portões.
Quase caía nos passos; os músculos gritavam por descanso. Nos portões, várias pessoas que o viam gritavam na hora: “Zumbi!” Chamando tanta atenção, os guardas se posicionaram e apontaram suas armas, prontos para eliminar a ameaça.
Era normal terem o chamado assim; suas roupas se tornaram trapos, tanto sangue vermelho quanto preto o cobria. Sujeira de terra, grama, poeira preso ao corpo; o cabelo grudado no rosto e seus olhos ameaçadores.
San parou e os encarou simultaneamente, os reconhecia. Olhando um, abriu um sorriso e disse:
— Trabalhando duro, Leandro? — Sua voz era fraca e completamente rouca, e a cada palavra, o peito ardia.
Ao ouvir o som humano, os guardas e pessoas ao redor se surpreenderam e arregalaram os olhos. Leandro gritou abaixarem as armas e assim fizeram.
— San? É realmente você?
— E quem mais seria?
— Caramba, tu tá péssimo! — Virando aos companheiros. — Chamem uma ambulância, temos que o levar agora.
— Realmente agradeço.
— Que nada, o seu amigo passou aqui uns um dia atrás, achou que haviam morrido.
Em uma decisão rápida, San falou:
— Pode me fazer um favor?
— Claro.
— Manda a ambulância pra base dos mercenários.
Ignorando os questionamentos, San atravessou o portão e entrou na cidade. Todos que o viam, se assustavam e quase atacavam; crianças choravam e corriam.
Alcançando a base no puro esforço, entrou e olhou os lados. Surpreendentemente, a maior parte do pessoal se reunia em uma mesa. No meio, Gus sentava em uma cadeira, de rosto triste e lágrimas.
— Lutamos ferozmente; Samanta ficou pra trás, nos deixando fugir, Clay se camuflou e matou os monstros nos atrapalhando e Gina, gastou as suas flechas nos últimos. Eu tentei ajudar, mas me feri gravemente, só pude fugir.
O olhavam com pena, no corpo inteiro, bandagens cobriam. No fundo da multidão, um gritou.
— E quanto ao San?!
Antes de virarem, apontou o dedo e reuniu o pouco de essência armazenada no tempo dormindo e disparou uma bala de energia. Ultrapassando a multidão, acertou no meio da cabeça de Gus, afastando do seu redor o pessoal.
Infelizmente ou felizmente, continuava vivo. Levantando a cabeça, encarou o culpado. Quando pôs os olhos nele, seu rosto ficou pálido e incrédulo.
No mesmo instante, San apontou a espada e correu, superando a dor e as pessoas tentando o impedir. A centímetros de acertar os olhos de Gus, foi agarrado pelos mercenários e afastado.
— Me soltem! É entre mim e ele.
San resistiu, porém, eram tantos, então, gritou para ouvirem:
— Querem saber a verdade?! Esse merda podia ter nos salvado, ao invés disso, escolheu fugir com itens caros!
Tavam em dúvida, surpresos com o acontecimento. Por um lado, estava alguém que conheciam bem, no outro, um jovem ensanguentado e louco.
Vendo seus olhares, terminou dizendo:
— Olhem seus itens, idiotas; o machado é bestial.
Viraram a Gus, cuidando suas armas, em perfeito estado. Confrontado assim, seu rosto ficou vermelho e pulou em cima de San.
— Quer mentir assim, vem, prove com sua força!
O lugar se tornou uma bagunça, separando a briga. Surpreendentemente, indo contra a lógica, San era o com mais gente assegurando, a adrenalina e ódio tomando conta, empurrando todos na sua frente, igual um animal em fúria.
Mas tudo parou quando sons de sirene encheram os seus ouvidos. Encarando fixamente, disse:
— Sempre cumpro minhas promessas.
Seu corpo finalmente cedeu. Parando de resistir, deixou ser afastado. Desmaiando na hora.