Juiz Rúbeo Brasileira

Autor(a): W.Braga


Juiz Rúbeo

Capitulo 7: NOVOS ENSINAMENTOS

Ao contrario de Pietros que ajudava era nas montagens das estruturas e segurança dos acampamentos.

Tamanho de um grupo dependia qual era tipo da missão, mas eram de no mínimo cinco membros de diversas classes sempre equilibrando o nível de poder de combate.

Após o termino todos ajudaram arrumar tudo tanto na sala de refeições como na cozinha.

Em seguida foram para a sala onde a lareira já estava acessa e ali ficaram conversando, os filhos mais velhos contavam o que havia acontecido durante as aulas.

Era um costume e em certas noites sentarem para falarem aos pais.

Como está muito frio e havia novamente a começar a chover, ficaram todos ali nesse local, até que chegou a hora para todos irem dormir.

Niria colocava e arrumava cada um deles em suas devidas camas, os beijava e por último disse:

— Boa noite meu queridos que o Senhor de todas as Estrelas dê bons sonhos.

— Boa noite mãe! — disse Narion.

Em seguida foi Pietras:

— Boa noite mãe!

Por último Rubreos já cheio de sono:

— Boa noite mamãe!

Ela sorriu deixando em cima de uma mesa uma vela.

Saindo do quarto fechando a porta lentamente.

Niria ao entrar em seu quarto viu que a porta que dava para sacada estava aberta e lá estava Pietros.

Fechou a porta dos quarto deles: caminhou lentamente até outro quarto menor e começou a trocar de roupas.

Ao terminar ela saiu a passos curtos e viu que seu marido ainda se encontrava próximo da sacada onde observava a chuva cair.

A noite seguiu tranquila, mas Pietros sabia que, com os próximos dias, tanto ele quanto sua família enfrentariam novos desafios.

Acendeu uns incensos que estavam em cima de um pequeno armarinho para aromatizar o ambiente e olhou para ele e disse:

— Agora podemos continuar!!

Ele se virou olhou para ela e viu aquela linda mulher com uma roupa transparente mostrando toda a beleza que ela possuía.

Pietros fechou as portas da que dava para sacada, foi de encontro dela e ali começaram a se beijar até irem para cama.

Uma noite quente amorosa entre Pietros e Niria, enquanto do lado de fora ventos frios sobravam e ao som de gotas de chuva ao fundo.

Em uma janela em uma morada no centro da cidade. Uma pessoa olhava através dela enquanto via aquela noite chuvosa, de ventos frios. Seus pensamentos estavam levando para os pés das Montanhas Nebulosas.

Casares ainda não havia recebido nenhum novo relato do grupo misto de Beligerantes que foram investigar trilhas nas montanhas.

Olhava em cima de sua mesa onde havia muitos castiçais de velas acessos para iluminar vários mapas abertos, pois não era só aos pés das Montanhas Nebulosas onde estava ocorrendo estranhos fatos.

Não só isso: era por todas as terras da região de Iriarnes, com isso a sua preocupação também era com a nova caravana que iria partir em breve é precisaria está bem escoltada.

Ele apagou metade das velas, pegou um dos castiçais e foi lentamente na direção da porta, antes de fechar olhou novamente para a janela e observou a chuva fraca cair suavemente.

A nova e esplandecente aurora seguinte haviam começado.

O clima de céu entre nuvens e os raios do sol, ventos frios, eram constantes, mas não parecia que choveria naquele momento.

Após a ceia da manhã, na sala onde ficava a lareira.

Sentados estavam Pietros, Niria e Rubreos aguardavam a chegada de Sanis, para dar andamento nos primeiros ensinamentos ao filho caçula deles.

Dava para ver pela expressão do rosto do Aprendiz de Juiz a aflição e inquietude, pois se mexia constantemente em cima do grosso tapete feito de pele de um animal selvagem que estava no chão.

Foi quando ouviram alguém bater na porta de entrada.

Como um raio, Rubreos levantou e saiu correndo na frente de seus pais que levaram das poltronas onde estavam sentados.

Até seu pai chamar sua atenção.

— Rubreos espere!

O menino parou imediatamente.

Seu pai passou por ele com uma expressão de cara séria.

Rubreos abaixou à cabeça, quando sentiu algo em sua cabeça, era a mão de sua mãe.

Ele olhou para ela e viu um sorriso doce em seus lábios, fazendo a criança feliz.

Quando os dois viram: Pietros já havia aberto a porta e esperando do lado de fora da varanda estava o mestre de Rubreos.

Agora com um traje diferente, usava uma capa escura, havia uma jóia que juntava as duas partes da frente, por baixo dava para perceber que ele usava uma roupa também escura indefinida aos olhos dos três.

Sanis disse com um ar mais sério:

— Bom dia a todos.

Os três responderam quase ao mesmo tempo.

Sanis se agachou e disse:

— Está pronto meu aprendiz?

Rubreos sorrindo gesticulou de forma positiva com a cabeça.

Sanis levantou e disse aos pais:

— Eu trago ele para almoçar!

Pietros e Niria confirmaram também com um gesto positivo de cabeça.

Niria agachou e disse alegremente:

— Bom estudo meu filho, que o Senhor de todas as Estrelas lhe de sabedoria para usar seus conhecimentos para o bem dos povos.

— Obrigado mamãe, vou sim!!

Dessa forma Sanis estendeu a mão para que Rubreos pudesse segura e assim acompanhar ele.

Ao descerem os degraus da varanda.

Pietros e Niria viram uma carruagem cheia de brasões: eram os brasões do Clã dos Juízes. Inclusive a carruagem era até diferente até mesmo dos nobres.

Era a primeira vez que eles viam, pois das outras vezes que Sanis esteve com eles, estava a cavalo.

Ao se aproximar da carruagem: o menino aprendiz olhou e seus olhos enrradiaram como labaredas de fogo.

Rubreos se virou e acenou com tanta alegria para seus pais, que estavam abraçados e da mesma forma retribuíram acenando de volta com sorrisos em seus lábios.

Sanis abriu a porta da carruagem e ajudou a criança a subir, em seguida entrou assim como Sanis subiu e entrou na carruagem e fechou a porta.

O guia após perceber que ambos já estavam na carruagem estava no interior e com a porta fechada.

Acionou os dois cavalos que puxavam a carruagem e começou a trotar seguindo para o centro da cidade.

Pietros e Niria viram a carruagem se distanciando lentamente, até que resolveram entrar para interior de sua casa.

Dentro da carruagem: Rubreos estava impressionado com a beleza do seu interior, seus acentos macios e confortáveis, o aroma suave e gratificante.

Mostravam que era bem cuidado.

Foi nessa hora que ele percebeu algo.

Era uma Arca Mística Dourada, que brilhava como uma estrela recém nascida em cima do banco de frente para ele.

Vendo que o seu aprendiz havia percebido o artefato místico disse:

— Ela é sua!

Rubreos olhou sorrindo.

Sanis continuou:

— Com o tempo... verá que existe outros artefatos como esse, cada uma com sua função. Fique a vontade, pode abri-la!

O jovem aprendiz cheio de alegria sentou ao lado do artefato místico e já se dispôs a abri-la.

Ao fazer isso, criou-se um Circulo Místico envolto de sua mão e do artefato místico, onde se formalizaram.

Era da mesma cor do Rubi Rúbeo, mostrando que o objeto agora pertencia ao jovem aprendiz de juiz.

Nesse momento a Arca se abriu e mostrou o seu interior, fazendo o que o jovem Rubreos ficou surpreso e olhou para Sanis, o mesmo sorrindo ainda disse:

— Você logo entenderá!

Jovem aprendiz sorrindo olhou novamente para o interior da Arca e em seguida fechou.

Aquela majestosa carruagem continuou a seguir seu caminho.

Os cavalos a trotes rápidos passavam velozemente pelos habitantes da cidade.

Todos atônitos por causa da grandeza do meio de transportes e principalmente da insígnia gravada em ambos os lados da carruagem.

Sussurros e murmúrios eram ditos: por aqueles que vinham a carruagem passava apressadamente. “— Qual será o clã?” ouQuem estaria ali no seu interior”.

Como as cortinas estavam fechadas ocultava quem estava lá dentro.

Mas isso não durou muito, o jovem aprendiz de juiz abriu uma das cortinas da janela.

Foi quando percebeu que estava em uma área da cidade desconhecida para ele,

Ele indagou ao seu mestre:

— Mestre onde estamos indo?

Sanis com um simples sorriso respondeu:

— Calma! Logo terá sua resposta meu jovem aprendiz.

Com isso o jovem aprendiz Rubreos olhou novamente pela janela, e observava aquelas construções nas quais nunca havia visto construções de todos os tipos, tamanho, cores e finalidades.

Da mesma forma as pessoas ali ao lado rua principal que feitas de pedras, pois todas as ruas eram de calçamento, mostrando como aquela cidade era prospera.

Foi quando na visão do jovem Rubreos ele viu se aproximando de um enorme templo e a carruagem diminuindo a velocidade até parar diante aquela colossal estrutura magnífica.

O primeiro a descer foi mestre Sanis, em seguida seu jovem Aprendiz de Juiz, trazendo sua Arca Mística. Utilizando um encantamento que fazia a mesma flutuar e a segui-lo.

Deixando seu mestre surpreso, por ver que seu jovem aprendiz já executava simples conjurações.

Rubreos observava atentamente o Templo das Divindades, seus olhos brilhando com a grandiosidade do lugar. Antes que ele pudesse fazer qualquer pergunta, Sanis, com um sorriso tranquilo, se adiantou e explicou:

— Este é o Templo das Divindades. Em quase todas as cidades e cidadelas existe um templo assim. Ele foi construído para unir todas as divindades que conhecemos, evitando a necessidade de construir templos separados para cada uma delas. Vamos entrar, e você entenderá melhor.

Enquanto começavam a caminhar em direção à entrada do templo, Sanis se virou e falou ao guia da carruagem:

— Nos espere aqui, não demoraremos.

O guia fez um gesto afirmativo com a cabeça e ficou à espera, como solicitado.

Sanis e Rubreos seguiram pela extensa praça em frente ao templo.

O local estava movimentado, com muitas pessoas, e Rubreos logo percebeu que todos os olhavam com curiosidade.

Muitos observavam especialmente seu mestre, por conta das vestes imponentes que ele usava, e a insígnia prateada em sua capa, que também estava estampada nas portas da carruagem.

A capa, preta com bordas prateadas, era feita de um tecido nobre, e a insígnia reluzia com a mesma prata.

Algo que chamou atenção de todos era que ninguém sabia de qual Clã ele era, pois há muito tempo não se via um juiz por aquelas bandas.

Sanis, no entanto, parecia alheio à curiosidade ao seu redor.

Ele apenas olhava para Rubreos e sorria, tentando mantê-lo calmo diante da atenção que recebiam.

Mas não era só a presença de Sanis que chamava a atenção.

A Arca Dourada flutuava acima deles, acompanhada de um nítido Círculo Místico que resplandecia em um tom Rúbeo, quase como uma extensão do próprio Rubreos.

Os murmúrios entre as pessoas se intensificaram, e muitos se perguntavam em sussurros: Quem teria feito essa invocação foi  o mestre ou o aprendiz?”

Mas, mesmo com os olhares e os cochichos, Sanis e Rubreos continuaram seu caminho, com passos firmes e resolutos, até chegarem aos degraus que levavam à entrada principal do templo.

Ao chegarem na entrada, Sanis seguiu em direção à porta principal, a maior e mais imponente de todas, com Rubreos logo atrás. O templo era um lugar de reverência e mistério, com sua arquitetura grandiosa e imponentes colunas que sustentavam um teto alto e adornado com símbolos sagrados.

Dentro do templo, Rubreos ficou maravilhado com a visão.

Viu muitos sacerdotes e sacerdotisas em suas vestes cerimoniais, realizando orações em alta voz, cujos cantos reverberavam pelo ar.

O jovem não compreendia as palavras entoadas nos cânticos, mas sentia a energia mística no ambiente, como se cada palavra fosse uma invocação própria.

O cheiro das ervas místicas queimadas se misturava com a fumaça de purificação, criando uma atmosfera pesada e ao mesmo tempo acolhedora.

Rubreos sentiu uma leve pressão no peito, como se estivesse em um lugar de grande poder, onde as forças místicas se concentravam.

Ele observava os sacerdotes e seus servos, que se moviam com uma graça e concentração impressionantes, cumprindo rituais de purificação para aqueles que chegavam ao templo.

Sanis, com um olhar calmo, conduziu Rubreos pelo ambiente, enquanto o jovem se permitia absorver as sensações daquele lugar tão carregado de significado.

Ao verem o jovem Rubreos entrar no templo com a Arca Mística Dourado flutuando ao seu lado, os sacerdotes e sacerdotisas sorriram, reconhecendo imediatamente o significado daquele artefato.

Porém, Rubreos, ainda sem entender completamente, olhou para seu mestre, que, de forma séria, agradeceu aos presentes com um aceno respeitoso.

Eles passaram pela entrada principal e adentraram um corredor largo e extenso, com várias outras entradas nas laterais.

Os olhos de Rubreos brilharam novamente ao perceber a grandiosidade e a beleza do templo.

A arquitetura era impressionante, e o ambiente exalava um poder sereno, quase palpável.

Ao longo do corredor, ele ouviu cânticos que vinham de pequenos grupos espalhados pelo templo.

Havia elfos, fadas e ninfas, além de lindas anãs que entoavam melodias de vozes doces e poderosas.

 Para Rubreos, tudo aquilo era novo, e seu rosto refletia uma profunda admiração pela magnitude daquele lugar.

Sanis percebeu o impacto que o templo causava no jovem aprendiz e disse, com um tom calmo:

— Este é o Templo das Divindades, onde podemos encontrar muitas das Entidades Celestiais para orarmos, louvarmos e agradecer pela dádiva recebida.

Rubreos, curioso, perguntou:

— Para quem vamos orar, mestre?

— Em breve você verá... meu jovem aprendiz. Venha, vamos continuar a caminhada.

Eles seguiram adiante, até que, em determinado momento, Sanis tomou outro caminho.

Viraram à direita do corredor principal e, depois, à esquerda, onde o corredor era mais estreito e o ar parecia mais carregado de mistério.

Quando pegaram novamente à direita, chegaram finalmente ao destino desejado.

Era uma pequena área aberta, situada no fundo do templo, onde se erguia uma escultura imponente, de altura semelhante à de Sanis.

A figura estava em um local que parecia estar abandonado, dentro de uma pequena ermida.

O silêncio do lugar dava uma sensação de abandono, mas também de reverência.

Ao se aproximarem da escultura, Rubreos notou algo que lhe chamou a atenção: na mão da figura estava uma Haste Dourada com uma Balança, exatamente igual àquela que ele havia visto em sua visão.

Foi então que Sanis falou, com uma seriedade que fazia o ambiente ainda mais solene:

— Esta é a Entidade da Justiça e do Equilíbrio Divino. A Haste com a Balança da Harmonia Celeste que você vê aqui será a fonte de parte de seu poder, meu jovem aprendiz.

Rubreos olhou fixamente para a escultura e, com curiosidade, perguntou:

— Mas qual é o nome dessa Entidade Celestial?

Sanis respirou fundo antes de responder, com uma expressão tranquila disse:

— De acordo com as antigas escrituras, no princípio da sociedade consciente... nossos deuses nunca nos disseram seus nomes. Pós ao falar os nomes deles poderiam nos levar à loucura ou até à morte, pois seus nomes possuem um poder tão grande que nossos corpos e mentes não seriam capazes de suportá-los. Por isso, dizemos apenas a afinidade que essa Entidade representa, mas sabemos que existe uma que é superior a todas.

Rubreos olhou novamente para a escultura, tentando compreender melhor.

Algo mais o intrigou e ele questionou:

— E por que usa uma máscara?

Sanis olhou para a escultura e, por um momento, ficou em silêncio. Depois, respondeu com uma voz firme, mas ao mesmo tempo serena:

— A Justiça e o Equilíbrio Celestial que os juízes como eu levamos não são os mesmos que os juízes designados por reis ou governantes... que atuam dentro de tribunais humanos. Alguns de nós usamos a máscara para que não sejamos influenciados por expressões ou sentimentos. Nós carregamos as Leis Celestes... que vão além das leis dos homens. — Sani de uma rápida pausa e voltou a dizer: — As nossas decisões não são feitas apenas contra homens de corações e pensamentos sombrios. Lutamos contra forças muito mais antigas e perigosas: criaturas do Submundo, espíritos malignos e outras entidades qu estão além da nossa compreensão. Você me entende, Rubreos, o que eu quero dizer?

Rubreos, que ouvia atentamente, respondeu com uma firmeza inesperada para sua idade:

— Sim, mestre, eu entendo!

Sanis olhou para ele, com um sorriso de aprovação.

— Você terá que lutar ao lado de Heróis, Gládios, Feiticeiros, Magos e outras classes contra as forças malignas que assolam este mundo.

Rubreos, com uma expressão determinada, olhou mais uma vez para a escultura e, em voz alta e clara, declarou:

— Eu lutarei!

Sorrindo Sanis disse:

— Então aqui começamos a nossa cerimônia. Por favor... abra sua Arca Mística!

Sem demorar: Rubreos com um gesto de sua mão fez com que o artefato abrisse.

Sanis apontou para alguns objetos e disse:

— Retire-os e ponham aos pés da escultura da Entidade da Justiça e do Equilíbrio Celeste.

Jovem aprendiz logo o fez, retirou os objetos pedidos.

O primeiro: era uma Taça Dourada com bordas prateadas.

Segundo: um pequeno Pedestal e com uma vela com pequenas insígnias prateadas.

Em seguida um terceiro: um Turíbulo de Prata usado para a queima de ervas mística ou incensos e por ultimo uma Adaga embainhada em um coldre de couro cheio de rubis e sua borda prateada.

Todos aqueles objetos eram místicos e possuíam um grande poder celeste.

Sanis olhou em volta e viu que havia uma fonte de água pura, como já estava em um templo era considerada como divina.

Disse a Rubreos:

— Rubreos... pegue a Taça Dourada, encha-a com a água da fonte e coloque-a de volta no seu lugar. Não precisa encher toda ela, apenas o suficiente.

Rubreos, com a orientação do mestre, pegou a Taça Mística e foi até a fonte.

Com cuidado, encheu-a conforme o pedido de Sanis e, em seguida, voltou tranquilamente, colocando-a no local exato onde estava antes.

Sanis, observando atentamente o jovem, perguntou:

— Você sabe fazer fogo sem usar invocações ou encantamentos?

— Sei sim, mestre! — respondeu Rubreos, com confiança.

Sanis olhou ao redor e percebeu alguns galhos e gravetos deixados pelos servos do templo, cuidadosamente arrumados em um canto, como se estivessem ali para aquele propósito.

Ele fez um gesto positivo, dando permissão ao jovem para pegar a quantidade que fosse necessária.

Rubreos se aproximou do canto, recolheu os gravetos e, observando um pequeno braseiro, juntou tudo ali.

Com os ensinamentos de seu pai, ele se preparou para fazer uma pequena fogueira.

Com um pouco de esforço, ele conseguiu, utilizando uma vareta que, ao entrar em contato com as chamas, acendeu a vela que estava sobre o altar.

Em seguida, com a ponta da vareta ainda incandescente, ele se aproximou do Turíbulo de Prata e começou a queimar as ervas místicas que ali estavam.

Não demorou muito para que a fumaça branca e aromática das ervas se espalhasse por todo o templo, preenchendo o ar com um perfume suave e encantador.

Mesmo com o céu parcialmente nublado, os ventos suaves ajudaram a espalhar o aroma por todo o ambiente, alcançando até os cantos mais distantes do templo.

Os sacerdotes e sacerdotisas, em seus cantos de oração, perceberam o cheiro e confirmaram, em silêncio, o aceite do tributo.

Enquanto isso, mestre e discípulo estavam ajoelhados em humildade. Sanis, com a cabeça baixa e uma postura reverente, iniciou a oração.

— Senhor da inabalável Justiça e do Equilíbrio Celeste, venho apresentar o mais novo servo da justiça, em reverência aos seus pés. Agradeço por ser mestre desta criança afortunada. Que esses objetos aqui presentes, representações da sabedoria e da vida, do poder da luz, da adoração, e do último objeto, como a sua espada divina, sejam concedidos ao meu jovem aprendiz.

Sanis então se voltou para Rubreos e, com um gesto firme e autoridade, disse:

— Desembainhe a adaga.

Rubreos, com mãos firmes, puxou a adaga do seu cinto.

Quando a lâmina atingiu a metade de seu percurso, a espada brilhou com uma intensidade tão forte que ambos tiveram que fechar os olhos.

Era o sinal que Sanis esperava: o Ser Divino havia aceitado os louvores e a adoração.

Quando o brilhou cessou, e com autorização de Sanis, Rubreos embainhou novamente adaga ao seu lindo estojo.

  Levantaram e disse ao Rubreos.

— Esses objetos ficaram aqui, uma vez a cada sete luas, deveremos voltar aqui e você repetir tudo o que fizemos. Se quiser trazer algo pode trazer, se acaso eu não puder te acompanhar, terá que pedir aos seus pais. Um deles devera te trazer, pois você ainda não poderá entrar sozinho no templo. Eu vou falar com eles sobrfe isso, mas precisa lembrar eles.

— Sim mestre eu farei conforme me orientou.

  Sanis sorriu e assim os dois saíram calmamente daquele local, mas ao passarem em frente de outra área em aberto destinado a uma deusa.

Uma linda criança via o jovem Rubreos passando.

Em suas delicadas mãos: seguravam firmemente um pequeno arco de flecha, sua estrutura de madeira mística e fio dourado e na outra mão uma flecha que sua ponta era da mais pura prata.

  Mesmo sem Rubreo ter visto ela, aquela linda criança sorria novamente como da última fez que eles se viram.



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