Volume 1
Capítulo 34 - PÉTALAS MANCHADAS - PARTE II
Eram trezentas criaturas demoníacas, de acordo com os relatos que haviam recebido de batedores.
E a pior parte: eles não poderiam usar seus encantamentos mais poderosos.
A restrição era uma medida de segurança, mas também uma grande desvantagem.
À medida que avançavam pela estrada, o ar ficava cada vez mais denso e gelado.
O silêncio era perturbador e cada passo parecia ecoar na solidão da montanha.
Rubreos trocou olhares nervosos com os outros aprendizes.
Todos sabiam que a qualquer momento poderiam ser atacados.
De repente, um sinal de uma ave de rapina cortou o ar.
Um dos batedores caiu de joelhos. Ele apontou para o horizonte, onde sombras começaram a se mover.
— Eles estão vindo! — falou sussurando, levantando a cabeça.
O coração de Rubreos disparou.
Sua pouca experiência em batalhas contra demônios, mas a determinação que blandia dentro dele não permitia que recuasse.
Sanis assumiu a liderança, sua voz firme e sábia.
— Se preparem de acordo com que foi orientado! — ordenou: — Lembressem... precisamos proteger uns aos outros!
Todos se esconderam entre as densas arvores.
Os cavaleiros se posicionaram, as espadas reluzindo o brilho do metal prateado.
Rubreos se colocou ao lado de Narion na retaguarda do grupo.
Ao observarem com atenção: ao longe enquanto as sombras se tornavam formas mais definidas.
Eram criaturas grotescas, algumas com garras afiadas e olhos que brilhavam com uma luz sobrenatural.
— Lembrem-sem, — Sanis lembrou: — não podemos usar nossos feitiços mais poderosos, mas isso não significa que estamos indefesos. As conjurações e encantamentos que aprendemos podem ser suficientes se usada com sabedoria.
Os demônios avançaram em uma onda de fúria e caos, suas vozes roucas ecoando como trovões.
Os grupos espalhados: esperavam e esperavam o aproximar da terrível e maléfica horda demoníaca.
Sanis e Casares com suas mãos levantadas esperavam pelo momento certo para dar as ordens.
E assim foi: no momento certo de forma sincronizada e harmoniosa o comando havia sido dado.
As armadilhas místicas enterradas sob as neves foram acionadas pelos feiticeiros e os magos de ambos os grupos.
Enormes estacas de gelos surgiram do chão atigindo mortalmente muitas criaturas.
Barreiras de gelos ativadas separavam os grupos de criaturas e também a sua retaguarda.
Uma chuva de flechas onde suas pontas metálicas foram banhadas em porções místicas para endurecer o metal e assim atravessa tanto a armadura e a pele das criaturas da escuridão.
Gritos de dor e morte eram ouvidos por todos os lados.
A primeira onda de ataque se desdobrou em um frenesi de aço e encantamentos menores tomaram o campo de batalha.
Lutando com Astúcia
— USE AS FRAQUEZAS! — gritou Sanis, cortando outra criatura ao meio. — ELES ESTÃO ATORDOADOS, MESMO ASSIM CONTINUAM PERIGOSOS!
— VAMOOOS! — gritou Casares para os outros, atraindo a atenção de um grupo de demônios que se aproximava.
Eles estavam mais próximos do que ele gostaria, mas a adrenalina fez seu sangue ferver.
A batalha se intensificava: os cavaleiros lutavam com bravura junto aos dois grupos de Beligerantes, mas a horda era imensa.
De uma distancia mediana na retaguarda Rubreos sentiu: que precisava fazer algo mesmo com suas habilidades reduzidas.
Ele via os seus irmaões e primos e demais apreensivos e querendo de alguma forma ajudar.
Incluive percebeu que Sarah já fazia uso seu arco místico a longa distância.
Disparava flechas certeiras em pontos sensíveis das criaturas do Submundo.
Sanis estava em uma luta feroz contra um demônio que parecia maior e mais forte que os outros.
Apesar das criaturas terem sido separadas, as batalhas estavam sendo árduas e violentas.
— MANTENHAM O FOCO! — Sanis gritou: — USEM OS ENCANTAMENTOS MENORES EM CONJUNTO!
Foi quando um grupo de criaturas conseguiu romper o cerco e partiu para cima dos aprendizes, na qual a frente estava o grupo liderando por Narion.
Narion de forma ágil ergueu sua espada e se lançou para a batalha.
Ele se esquivou de um golpe mortal, girando rapidamente para atacar a criatura que estava prestes a golpeá-lo.
A espada cortou o ar, atingindo o demônio no flanco, mas não o derrubou.
Com um movimento rápido: Rubreos começou a aplicar os encantamentos que havia aprendido focando em pequenos feitiços de desvio e proteção para Narion.
Ele conjurou um encantamento, sentindo a energia mística pulsar em sua mão disparou contra a criatura de forma certeira, deixando que Narion a finalizasse com um golpe mortal.
Narion começou a coordenar com os outros aprendizes: realizando feitiços que se complementavam.
Um encantamento de distração seguido de um golpe de espada se tornava uma estratégia eficaz.
A união de seus encantamentos e conjurações menores se transformava em um poder que, embora não fosse destrutivo, mas era bem eficaz.
Após horas de luta intensa: a horda começou a diminuir de quantidade.
Os demônios, percebendo que sua vantagem numérica não era suficiente contra a determinação e a astúcia dos Beligerantes, cavaleiros e dos aprendizes, começaram a recuar, mas eram impedidos pelas grossas barreiras de gelos.
Com um último grito de batalha, Sanis lançou um feitiço de convução que desnorteiou muitos dos demônios.
Com novas investidas, brutais e verozes os grupos liderados por Sanis e Casares, com apoio massivo dos aprendizes e dos cavaleiros os demônios foram todos mortos.
Exaustos, os cavaleiros se reuniram, ofegantes e cobertos das Pétalas Branca, manchadas de sangue.
Rubreos sentiu uma onda de alívio e orgulho.
Eles haviam conseguido, não apenas pela força, mas pela união e pela astúcia.
Sanis se aproximou, batendo nas costas de Rubreos.
— Você fez um excelente trabalho, aprendiz. Sua coragem foi notável. Assim como a sua Narion e demais aprendizes.
Rubreos e os demais sorriram: sentiram que seus treinamentos haviam sido validos.
Eles enfrentaram a escuridão e saíram vitoriosos, mesmo com as limitações que enfrentaram.
Enquanto a neve caía suavemente sobre a estrada: Rubreos olhava para o horizonte.
Determinado a se tornar um juiz que lutaria sempre pela Justiça e Equilibrio Divino, onde quer que as sombras se escondam.
Era quase o amanhecer: estava reconhendo partes das criaturas como espólio de guerra e também para comprovação as Casas Hansas.
Sanis e Casares conversavam sobre as conseguencia da batalha.
As perdas e feridos.
Infelizmente: trezes cavaleiros da cidade de Zelanes perderam a vida, outros dessesete tiveram ferimentos, nas quais iriam perder movimentos de seus membros e iriam precisar retorna para a cidade.
Por fim vinte dois com ferimentos leves, mesmo com porções e encantamentos místicos iriam precisar de um período para repouso.
Os aprendizes que entraram na luta direta: tiverem ferimentos leves e estavam já recuperados.
Enquanto os dois conversavam: um dos Beligerantes, na qual era o primo de Pietro se aproximou e disse:
— Preciso que venham comigo para mostrar algo.
Eles se surpreenderam com a fala séria dele.
Assim o seguiram.
Até que chegaram a um grupo de criaturas mortas.
O primo de Pietro: com a ponta da espada mostrou algo a eles.
Os olhares incrédulos não acreditavam no que viam.
Era uma insígnia de um Beligerante.
Casares se aproximou e viu qual era sua identificação.
Seu olhar entristeceu.
Olhou para o rosto da criatura deformada e viu pequenos traços de quem havia sido.
Arrancou a insígnia e disse:
— Ele era um dos membros do grupo mistos Beligerantes enviamos da última fez... para investigar os casos misteriosos que ocorriam nas redondezas. Era um dos Clãs de Magos da espécie da tribo Cães do Norte.
Sanis colocou a mão nos ombros de Casares para mostra também a perda por um membro da Casa Hansa.
Casares com voz de estrema tristeza:
— Deve haver outros no meio desses amontoados de corpos... vou pedir para procurarem, separar seus pertences e os corpos deles. Para que façamos um funeral adequado a eles.
Sanis concordou.
Todos começaram a procurar no meio dos corpos: os que eles encontraram foram separados e seguidos as orientações de Casares.
Haviam sido encontrados vintes corpos e que outra aurora eram semi-humanos.
Só que uma dúvida pairou no ar: “Onde estavam as armas místicas do grupo de Beligerantes”?
Os corpos foram enfaixados e colocados em Troicas para serem levado até o Posto de Controle.
Com a aurora amanhecendo os corpos das criaturas da escuridão começaram a queimar.
Como parte de premiações futuras: as armaduras e armas forma recolhidas para serem entregue as Casas Hansas e depois serem levadas aos templos para receber purificação e devolvidas às mesmas para serem revendidas.
Ao chegarem próximo a muralha do Posto de Controle, pilhas de madeiras, foram montadas para a cremação dos corpos dos cavaleiros e dos que foram uma aurora Beligerante.
O risco de levar os corpos do jeito que estava, era perigoso. Poderiam ser ressucitados por forças diabólicas.
Seria mais rápido com a cremação e o transporte das cinzas e pertence do falecido até seus entes queridos.
Tarefa agora que seria do pai de Rubreos: como era o chefe da Casa Hansa da cidade de Zelanes.
Uma tarde que se misturava alegria de uma vitória árdua com a tristeza das perdas dos valorosos cavaleiros e das descobertas dos Beligerantes, transformandos em escravos pelas forças obscuras do Submundo.
Enquanto Rubroes via as labaredas consumindo os corpos dos Beligerantes, lembrava-se das palavras de seu mestre sobre o assunto.
“Lembresse Rubreos... vai chegar a um momento em que ira precisar tomar decisões difíceis e dolorosas. No momento em que estiver em um grupo de Beligerantes. Seja você líder ou não. Um desses momentos é ter que tirar a vida de um dos próprios amigos do grupo, principalmente se ele for semi-humano. As criaturas do Submundo matam os humanos sem pensar. Agora os semi-humanos, eles fazem questão de capturar. Para torturar, desfigurar, destruir seu espírito e sua mente. Reduzindo a uma casca vazia a serviços dos seus mestres. Os transformam dando lhes sangue e carne podre de criaturas demoníacas mortas. Esse é o destino dos que são de qualquer gênero, mas o feminino tem um destino ainda pior. São transformadas em procriadoras para os Senhores das Torres. Então Rubreos... se estiver nessa situação e não houver outra escolha. Não deixem que sejam escravizados e poupe seus espíritos de uma vida de tormento e dor”.
Essas foram às palavras que Rubreos lembrou.
Ao se vira estavam do seu lado sua linda e futura esposa Sarah.
Ele segurou firme a mão dela e com seus olhos rúbeos brilhando intensamente.
Faria de tudo para que não acontecesse. Iria protegê-la e todos que estivessem ao seu lado: custe o que custasse.
Após a cremação: Casares e oo grupo voltaram ao se acampamento, levando consigos os cavaleiros feridos que não possuima mais condições de luta.
Da mesma forma os equipamentos das criaturas do Submundo e os vasos com as cinzas dos mortos: Beligerantes e dos cavaleiros.
Deixou o restante dos cavaleiros da cidade de Zelanes com Sanis. Agora eram duzentos e setenta cavaleiros.
Havia sido enviadas mensagens através dos batedores aos outros grupos de Beligerantes e ao comandante do exército.
Relatando a árdua e violenta vitória.
Onde seriam enviadas provas que tipo de criaturas era: o que elas traziam com armas e outros detalhes que seriam descritos em pergaminhos.
Comandante geral Palantes Telenas de Simas junto com o comandante das tropas da cidade de Zelanes Heros Balnis de Alcaraz: ouviam atentamente a leitura das mensagens por um batedor.
Isso mostrava que a força sinistra do Submundo ainda estava caminhando além da cadeia de Montanhas Nebulosas.
Outras hordas poderiam está em marchar durante a noite e nas e se escondendo em lugares já preparados.
Então não era uma invasão desorganizada: pelo contrário e sim bem orquestrada.
Palantes já possuía idéia que tipo de criatura poderia está gerenciando.
Quer dizer que poderia está entre os dois mundos. Pronto a invadir a qualquer momento.
Aos pensamentos dele: “se acaso acontecesse seria o mais puro caos, pois a mais de duzentos ciclos, uma criatura como essa não pisava no solo do mundo deles”.
O comandante geral: escreveu novas mensagens aos batedores e enviou aos grupos de Beligerantes e as tropas espalhadas.
Com novas ordens e tarefas a serem realizadas imediatamente.
Da mesma forma enviou mensageiros ao rei alertando dessa possível possibilidade de estarem diante do retorno de um dos Lordes das Torres do Submundo.
Que novos preparativos deveriam ser iniciados o quanto antes.
O anoitecer chegou o grupo liderado por Sanis e Melina: agora descansavam, após uma deliciosa refeição noturna.
Sanis aguardaria novas ordens que poderiam chegar ao amanhecer.
Ele ordenou a três batedores que ficassem alerta tanto a onde as criaturas se refugiram e como ao longo da estrada após o Efúgio.
Se observassem novas movimentações das criaturas deveriam retorna imediatamente.
A madrugada de ventos gélidos: traziam as Pétalas Brancas que cobriam as manchadas de sangue no chão...
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