Juiz Rúbeo
Capitulo 2: OS PRIMEIROS PASSOS
As palavras ecoaram no templo, e todos olharam para o homem, que estava vestido com roupas nobres e de aparência distinta.
Ele parecia diferente dos outros representantes, como se tivesse um conhecimento mais profundo sobre o que estava acontecendo.
Seus olhos, cheios de sabedoria, observavam atentamente a cena que se desenrolava perante a eles.
O homem não precisou explicar mais. Seus olhos estavam fixos na cena, e parecia que ele sabia o que significava aquela manifestação.
As palavras "Juiz" pairaram no ar, e todos começaram a perceber a gravidade do momento.
Nunca, em muitas gerações, o templo havia revelado um Juiz, e muito menos de uma maneira tão imponente e única.
A Haste Mística Dourada começou a se transformar.
A figura imponente foi gradualmente se comprimindo em um fino raio de luz dourado, que disparou em direção ao Rubi Rúbeo.
O brilho dourado penetrou na pedra com uma suavidade quase sobrenatural, e logo a pedra, que antes estava flutuando, parecia absorver a energia da haste.
O Rubi brilhou ainda mais intensamente, como se estivesse se conectando ao garoto, e logo a luz desapareceu por completo.
O Rubi, agora absorvido pelo menino, começou a se fundir com sua pele.
Não havia dor, apenas uma sensação de calor e poder fluindo dentro dele.
Novamente todos ficaram admirados e surpresos.
O menino, que estava olhando para os pais, sorriu de forma satisfatória, e seu sorriso foi tão sincero e cativante que iluminou ainda mais o ambiente.
Ele estava feliz, tão feliz quanto nunca antes, como se finalmente tivesse encontrado seu verdadeiro lugar no mundo.
Os pais: Pietros e Niria, embora surpresos, não conseguiram conter a emoção ao verem o sorriso do filho.
Era um sorriso de quem sabia que havia sido tocado por algo grandioso, por algo muito maior que ele.
Eles se aproximaram do filho, abraçando-o com carinho, enquanto todos os olhares no templo estavam fixos nele.
A família desceu do altar lentamente, ainda em estado de choque pela magnitude da revelação.
O Rubi Rúbeo agora fazia parte de seu filho, e com ele, o poder e o destino de um Juiz estava agora selado.
Ninguém poderia prever o que o futuro traria, mas uma coisa estava clara: o destino do menino, e talvez de toda a região, estava prestes a mudar de maneira irreversível.
Aos poucos, os murmúrios de surpresa se espalhavam entre os presentes.
Eles ainda estavam tentando compreender o que acabavam de testemunhar, mas uma coisa todos sabiam: aquilo era algo que ninguém jamais esqueceria e seria descritos em papiros e pergaminhos por todo o reino.
Os pais de Rubreos estavam atônitos, mas uma felicidade genuína tomava conta de seus corações.
Não conseguiam acreditar no que acabara de acontecer.
Embora tivessem pleno conhecimento das tradições familiares e das antigas linhagens que corriam em suas veias, nunca imaginaram que um de seus filhos fosse tão extraordinariamente abençoado.
Eles não tinham nenhuma conexão direta com a Classe dos Juízes, uma classe tão rara quanto poderosa, e, por isso, o que aconteceu naquele altar parecia quase um sonho.
Com a intensidade do brilho do cristal, eles sabiam que isso significava algo significativo.
Quanto mais forte a luz, maior o poder místico do indivíduo, mais profundo o vínculo com as forças sobrenaturais.
Rubreos acabara de ser tocado por uma luz tão poderosa que suas vidas estavam prestes a mudar para sempre.
Foi quando o homem misterioso, o representante Clã dos Juízes, se aproximou lentamente de Rubreos.
Ele agachou-se à altura da criança, olhando diretamente em seus olhos com uma expressão de interesse e reconhecimento.
Sorriu suavemente e, com uma voz calma e cheia de autoridade, perguntou:
— Como é seu nome, criança?
Rubreos olhou para seus pais, buscando aprovação.
Eles, com um gesto de cabeça, sinalizaram para ele que aprovaram em responder.
O menino, ainda um pouco surpreso com tudo o que havia acontecido, levantou a cabeça com confiança e disse:
— Meu nome é Rubreos Cardial de Casiandra.
O representante do Clã dos Juízes sorriu amplamente, satisfeito com a resposta. Ele sabia que aquele nome tinha um peso ancestral, mas o que mais o impressionava era o brilho nos olhos da criança.
Eles cintilavam com a mesma cor vermelha e intensa do Rubi Rúbeo, como se a essência da pedra estivesse agora imbuída no próprio espírito de Rubreos.
— Parabéns, Rubreos! — disse o homem, com um tom de voz cheio de respeito e orgulho. — Em breve, você poderá se tornar o mais poderoso juiz dessas terras.
As palavras do representante ecoaram no ar, e um silêncio reverente se espalhou por todos ao redor.
O menino sorriu: seus olhos ainda brilhando, agora com a certeza de que havia algo muito maior em seu destino.
Ele sentia que aquele momento era apenas o começo de algo grandioso, algo que ele ainda não compreendeu completamente, mas que estava pronto para abraçar.
Os pais de Rubreos, ainda maravilhados, começaram a caminhar lentamente na direção da saída do templo, acompanhados pelo representante do Clã dos Juízes.
Os três filhos do casal brincavam alegremente ao redor deles, como se a luz do momento tivesse deixado uma energia positiva e alegre em todos.
Narion, o mais velho, Pietras, a irmã do meio, e Rubreos, o caçula, estavam felizes e contentes, como se o destino de cada um estivesse agora traçado.
Enquanto caminhavam, o representante dos Juízes, um homem de aparência nobre e postura imponente, conversavam com Pietros e Niria.
Eles ainda estavam tentando processar a magnitude da revelação, e o homem, percebendo o momento de confusão e emoção, se apresentou com um sorriso sincero:
— Me desculpem pela falta de cordialidade em não me apresentar antes. — ele disse, com um tom respeitoso: — Meu nome é Talles Amaros de Erdias. Sou um dos grandes conselheiros do Clã dos Juízes de Iriarnes. Eu sou o responsável por esta região do reino e venho acompanhar as Revelações Divinas nos templos, especialmente quando são revelados indivíduos de tamanha importância.
Talles Amaros de Erdias: parecia ser uma figura de grande autoridade, alguém que tinha conhecimento profundo das dinâmicas místicas do reino, e que também carregava um respeito imenso pelas tradições dos Juízes.
Ele os observava com uma expressão grave, mas ao mesmo tempo amigável, como se desejasse que o casal entendesse o quão extraordinário era o que acontecera com seu filho.
Pietros, ainda surpreso com tudo, respondeu com gratidão e respeito, embora seus olhos não conseguissem deixar de brilhar de orgulho pelo filho:
— Não precisa se desculpar, Senhor Talles. Estamos em estado de choque... não esperávamos por algo tão grandioso assim. — Pietros olhou para Niria, que sorria suavemente, como se o peso do momento estivesse começando a afundar em seu coração. — Mas nós somos profundamente gratos. Nosso filho... ele realmente tem um destino grandioso pela frente, não é?
Talles assentiu, e um brilho em seus olhos deixou claro que ele sabia mais do que estava dizendo. Ele olhou para Rubreos, que ainda brincava com seus irmãos à frente, com um sorriso no rosto e a energia vibrante de quem acabara de descobrir um propósito.
— Sim, meu senhor. — disse Talles, com um tom firme. — Ele tem um destino grandioso. Algo que poucos podem compreender. — argumentou ele.
O Clã dos Juízes era uma ordem mística e poderosa. Os Juízes não são apenas... guerreiros... heróis ou magos, mas aqueles que equilibram a justiça entre os povos... e, como revelação divina, Rubreos Cardial de Casiandra poderá ser um dos maiores Juízes que já existiram.
Pietros e Niria trocaram olhares de compreensão.
Embora ainda não soubessem o que o futuro reservava para Rubreos, uma coisa era clara: seu filho estava destinado a algo muito maior do que eles poderiam imaginar.
Nesse momento Pietros se apresentou:
— Um prazer! Eu sou Pietros Cardial de Casiandra, e essa é minha esposa, Niria de Casiandra. — disse Pietros com um sorriso, orgulhoso, mas também um pouco desconcertado pela conversa. — Esses são os nossos filhos: o mais velho é Narion, e minha filha Pietras.
Por um momento, Talles parou: como se estivesse buscando algo na memória.
Ele olhou para o casal com uma expressão pensativa, tentando recordar-se de detalhes que se encaixassem.
A situação parecia estranhamente familiar, mas ele precisava de um momento para colocar tudo em ordem. Então, com uma leve expressão de reconhecimento, ele disse:
— Ah, sim! Já ouvi falar de vocês. — Talles sorriu, agora com um toque de admiração no rosto. — Muitas missões realizadas com sucesso pelas redondezas. São muito admirados pelo povo, por outros clãs, e até por alguns nobres.
Pietros e Niria trocaram olhares rápidos, surpresos com as palavras de Talles.
Nunca haviam se acostumado com a ideia de serem tão conhecidos.
Suas aventuras e feitos heróicos, como derrotar criaturas místicas e resgatar aldeões perdidos, eram coisas que eles faziam com naturalidade.
No entanto, ao ouvir isso de alguém como Talles, um representante de um Clã tão respeitado, a humildade deles se fez presente.
Ambos sorriram sem jeito, sentindo um pouco de vergonha pela atenção inesperada.
— Não precisa se preocupar, nós fizemos o que era certo. –– disse Niria, tentando desviar a conversa, mas com um sorriso gentil. — Ficamos felizes em ajudar sempre que podemos.
Pietros riu suavemente, como se tentando aliviar a tensão que havia se formado.
Ele sabia que, apesar de tudo o que haviam feito, o que realmente importava naquele momento era o futuro de seu filho.
— Mas é bom saber que nossas ações não passam despercebidas. — acrescentou ele, olhando para Talles com um tom de gratidão. — Muito obrigado pelas palavras, Senhor Talles.
Talles acenou com a cabeça, sorrindo com um ar de respeito.
— De nada. Vocês merecem. — respondeu ele. — E, a propósito, tenho certeza de que Rubreos será um grande Juiz. Não só por seu poder, mas pela integridade e coragem que ele já demonstra. Esse é um dom raro.
O casal, agora mais tranquilo, se sentiu ainda mais orgulhoso de seu filho.
Rubreos continuava brincando à frente com seus irmãos, o sorriso no rosto refletindo uma felicidade pura e genuína.
A intensidade do momento havia passado, mas o peso de tudo o que estava por vir parecia ainda muito grande para o coração dos pais.
— Bem... agora, acho que é hora de voltarmos para casa, não é? — disse Niria, começando a caminhar na direção da saída do templo, com um sorriso suave no rosto.
Pietros assentiu, mas antes de seguir a esposa e os filhos, olhou para Talles mais uma vez.
— Então, Senhor Talles, o que acontece agora? — perguntou ele, com um tom curioso. — O que significa a Revelação de Rubreos para o futuro dele, e para nossa família?
Talles olhou para o horizonte, como se ponderasse suas palavras por um momento, antes de finalmente responder com a calma e sabedoria de alguém que já havia visto muitos destinos se cruzarem.
— A Revelação Divina de um Juiz não é algo simples. — ele disse, com um tom grave, mas ao mesmo tempo esperançoso. — Agora, Rubreos começará sua preparação. Ele será treinado nas artes místicas de acordo com sua classe, terá outros ensinamentos para a manutenção do equilíbrio entre os povos.
— E ele pode ser treinado por você, Senhor Talles? — perguntou Niria, com um brilho de esperança nos olhos.
Ela sabia o peso de uma boa formação, e parecia que Talles tinha toda a experiência necessária.
Talles sorriu com um leve, mas perceptível, orgulho.
— Talvez, mas o Clã tem seus próprios mestres para isso. Eu sou apenas um conselheiro. Mas não se preocupe... ele estará em boas mãos. — disse ele, como se garantisse que o futuro de Rubreos estava realmente em boas mãos, de fato.
Os três filhos do casal estavam agora à frente, saltitando alegremente, com Rubreos liderando o grupo, os cabelos ainda brilhando com um toque suave de rosa e verde.
O pequeno menino parecia quase inocente, mas a força mística que acabara de ser despertada nele era algo que nem ele nem seus pais compreenderam completamente.
Pietros e Niria caminharam ao lado de seus filhos, com um sentimento de alegria e apreensão no peito.
Estavam felizes por Rubreos, mas sabiam que o caminho à frente seria cheio de desafios, talvez mais difíceis do que qualquer um deles já havia enfrentado.
E, enquanto a família caminhava em direção à carruagem, Talles observava-os por um momento, um sorriso enigmático se formando em seus lábios.
Ele sabia que o destino de Rubreos estava apenas começando, e que muitas surpresas aguardavam o jovem Juiz no futuro.
Mas, por enquanto, tudo o que ele queria era dar a eles um pouco de paz, deixando-os seguir para casa com a certeza de que haviam tomado o primeiro passo em uma jornada que mudaria suas vidas para sempre.
Continuaram a andar calmamente, os três filhos, enquanto as crianças admiravam o interior do templo. Quando perceberam, já estavam na entrada do templo.
— Por enquanto, me despeço de vocês. Ainda preciso acompanhar, caso haja mais alguma revelação de um novo aprendiz de juiz. — disse o representante e conselheiro do Clã dos Juízes. E continuou: — Amanhã, após ceia do meio dia, estarei indo à residência de vocês... para tratar dos preparativos e dos caminhos que deveremos tomar para o treinamento de Rubreos.
— Está bem, estaremos aguardando! — respondeu Pietros, com um ar de serenidade.
Talles parou novamente perto da criança, abaixou-se e colocou uma das mãos sobre a cabeça dele, sorrindo.
— Até amanhã, futuro Aprendiz de Juiz.
Rubreos, com os olhos brilhando, sorriu de volta.
O representante do Clã dos Juízes se levantou, despediu-se de todos e voltou a caminhar para dentro do Templo das Revelações Divinas.
Quando a família de Rubreos começou a descer calmamente as escadas, a criança olhou para trás e viu aquela linda menina, junto aos pais e os amigos da família.
Novamente, os olhares se cruzaram e sorrisos singelos foram trocados.
Nesse momento, a mãe de Rubreos, ao perceber que seu filho estava andando mais lentamente, olhou para trás e viu a menina sorrindo para ele.
Com um pequeno choque elétrico místico, ela sentiu algo e olhou para seu filho Rubreos, que já a observava, sorrindo.
O momento foi interrompido por Pietros, que disse, com um tom animado:
— Vamos, andem! Ainda precisamos encontrar nossa carruagem!
Mãe e filho se olharam novamente e, com um sorriso encantador, ambos continuaram a descer os degraus do templo.
Para trás, observando a partida deles, ficava a menina, com um olhar brilhante e uma pequena expectativa de rever o "menino do Rubi de Rúbeo".
Era hora do almoço, e a família se reunia do lado de trás de sua residência.
Uma grande mesa estava posta, cheia de iguarias, para celebrar e agradecer à divindade máxima pelo dom que a criança havia recebido.
Ali estava a irmã mais nova de Niria, chamada Elenias, e seu marido Gandrio, com seus três filhos: Edes, Francias e Helbenes.
Elenias estava grávida do quarto filho.
O casal de Gládios tinha um nível considerado excelente.
Também estavam presentes dois primos de Pietros, que haviam vindo de terras de seus antepassados, acompanhados de suas esposas: embora nenhum dos casais tivesse filhos.
Os primos de Pietros eram: Vilner, um Mago, e Belenis, um Caçador.
As esposas eram igualmente impressionantes: Tercerá, uma Heroína muito conhecida, e Elfines, uma Guerreira Elfa, linda e formosa como só uma Elfa poderia ser.
Também estavam presentes amigos íntimos da família, como o líder da Casa Hansa, conhecido como Casares, mestre do local onde eram organizadas as missões para os membros que eram chamados de Beligerantes pelos Clãs.
As missões variavam, desde tarefas simples como colherem ervas para poções místicas, caçar criaturas sobrenaturais malignas, dar apoio a vanguarda das tropas e na retaguarda contra as forças dos exércitos demoníacos ou quando eram acionado pelo rei, para explorem novas Masmorras Místicas.
As crianças corriam de um lado para o outro, contagiadas pela felicidade da aurora, enquanto os adultos saboreavam os alimentos e bebiam alegremente ao som de músicas instrumentais.
Em muitas casas, festivo como esse acontecia, mas infelizmente, em algumas, a decepção e a frustração eram os sentimentos predominantes.
A aurora passou rápido, assim como a noite.
Os três filhos de Pietros e Niria estavam em suas camas, mergulhados em um sono profundo, cansados de brincar até o anoitecer.
O casal: após um belo banho a dois, se encontrava na sacada do quarto, admirando a vista.
O céu estrelado, as quatro luas exuberantes e o vento frio faziam o casal se abraçar ainda mais.
Niria olhou para o rosto pensativo de Pietros e perguntou suavemente:
— O que está pensando, meu amado?
Ele olhou para ela, seu semblante sério, e respondeu:
— Estou pensando que não poderemos mais pegar longas e perigosas tarefas.
Ela olhou para o céu e, com um suspiro, falou:
— Sim, realmente. Já havíamos decidido deixar de lado as tarefas mais perigosas por causa dos nossos filhos. Até pegávamos algumas missões longas, mas agora é diferente.
Pietros ficou em silêncio por um momento antes de continuar:
— Hoje, durante o almoço, recebi um convite de Casares, chefe da Casa Hansa. Ele me convidou para acompanhar um grupo misto de Beligerantes até os pés das Montanhas Nebulosas. Há relatos de acontecimentos estranhos nas aldeias da região.
Surpresa e curiosa, Niria perguntou:
— Que tipo de relatos estranhos?
— Os aldeões não conseguiram explicar direito. As informações estão distorcidas, por isso um grupo foi formado para investigar. — respondeu Pietros, com um semblante ainda mais sério.
— Qual foi sua resposta?
— Eu tive que recusar.
— E o que o Casares da Casa Hansa disse? — perguntou Niria, aliviada por seu esposo ter decidido ficar ao lado da família naquele momento.
— Ele entendeu. Já imaginava que essa seria minha resposta e disse que já tinha outra pessoa em mente para completar o grupo.
A expressão de Niria se suavizou, e ela sorriu.
— Então vamos orar ao Senhor de todas as Estrelas, para que não seja nada grave e que tudo siga em harmonia.
— Sim, dará tudo certo. O grupo de Beligerantes é bem experiente e já voltou com sucesso de missões anteriores. — disse Pietros, com um tom tranquilo.
— Vamos nos deitar, já está muito tarde e o frio só aumenta! — falou Niria, com um ar um pouco travesso.
Ele a olhou, compreendendo o que ela queria dizer.
Sem mais palavras, ambos se beijaram com paixão ali mesmo, e logo entraram para o interior do quarto.
A última coisa que se viu foi a porta da sacada se fechando, e as cortinas se movendo suavemente com o vento.
Uma longa noite de amor se seguiu entre o casal, enquanto o céu começava a nublar e ventos frios sopravam pela bela cidade de Zelanes.