Volume 2

Prólogo

Parte 1

 

-Ano de 194X, 1º de agosto, quarto 2017 do dormitório feminino-

A temporada de chuvas havia acabado, era desconfortável dormir por causa da alta umidade, os pássaros recém-acordados saíram dos ninhos enquanto amanhecia.

Ouvindo uma batida rígida, mas suave, na porta, ela cobriu as orelhas. “Kudou-sama, já acordou? Estou aqui para te buscar, por favor se apresse.” “               Tudo bem, entendi.”

Asuka abriu os olhos devagar. O que ela viu foi o teto de sempre, paredes escuras e janelas.

Virando seu corpo, ela ficou surpresa com a voz estranha da servente. Era provavelmente uma nova empregada que havia sido contratada sem seu conhecimento. Toda vez que ela ouvia o tom de voz monótono, ela ficava cheia de pensamentos extravagantes, suspeitando que a empregada fosse, na verdade, uma máquina.

“Seria interessante se acontecesse isso.” Ela pensou.

Mas, infelizmente, essas fantasias incríveis não aconteciam tão facilmente.

Não havia nada de especial, apenas o chamado animado da servente dizendo “Acorde!

Está um lindo dia!”. Mesmo que não tivesse nada que valesse a pena mencionar naquele dia, Asuka balançou levemente a cabeça.

(... O que é isso? Sinto como se eu tivesse tido um sonho muito eufórico.)

Era verdade, Asuka de fato teve um sonho bom. Um sonho muito, muito bom.

Passando os 15 anos de sua vida de modo tedioso, ela provavelmente nunca tinha se divertido tanto e havia momentaneamente esquecido com o que tinha sonhado.

“Ojou-sama? O que aconteceu?”

“.. Estou bem. Eu conheço o procedimento, me espere enquanto troco de roupa.”

Asuka, em resposta à voz urgente, não resistiu e começou a rir.

(Hahaha, como isso seria possível? Eu não tenho nem mesmo uma memória feliz e ainda assim tenho um sonho abençoado desses? Isso é como pôr a carroça na frente do boi!)

Depois de abrir as cortinas, ela olhou para o céu cinzento. O quarto escuro era um poço de sombras. O nível de umidade era alto, já que estavam no meio do verão, então vestir a camisola suada era desconfortável. Asuka continuou desabotoando a camisola e a colocou de lado rapidamente.

Asuka se lembrou de que tinha que ir visitar sua antiga casa. Ficando presa no dormitório por tanto tempo, ela podia ansiar por escapar daquele inferno...

Entretanto, ela não tinha que persuadir seu avô sobre seus deveres.

(Chamar uma menina de 15 anos apenas para persuadir seu avô é algo que realmente põe medo, huh.)

Asuka suspirou pesadamente. Quanto ao porquê da persuasão de seu avô, era, provavelmente, a respeito da dissolução das instalações do consórcio político na sede do conglomerado.

É claro, isso também incluía um dos principais grupos de finanças do Japão. Para evitar isso, o avô tinha de continuar influenciando secretamente, usando a antipatia como método efetivo contra a oposição.

De forma a acabar com estes últimos espasmos, Kudou Asuka – que podia influenciar pessoas apenas com suas palavras – era necessária.

Colocando seu uniforme, Asuka sorriu pesadamente, com um sorriso autodepreciativo. (... Que situação embaraçosa.)

Embora Asuka não fosse uma pessoa energética, ela acreditava que era importante voltar para casa. Era uma boa chance de escapar da sua vida de prisioneira.

(O plano que havia sido criado muito tempo atrás..... parece que agora ele teria um pouco

de valor.)

Asuka sorriu pitorescamente.

Dentro da bolsa, haviam ferramentas necessárias para quando ela fosse escapar.

Entretanto, mesmo que ela não estivesse preparada, desde que ela desejasse, sair da casa não seria problema algum.

“Se eu usasse o jeito fácil para sair daqui, seria um desperdício!” Essas palavras verdadeiras dificultaram a fuga dela.

“Okay, é hora de sair daqui, Kudou Asuka. Persuadir o vovô e fugir dessa jaula!” Asuka fez essa declaração com palavras nobres e orgulhosas.

Torcendo pelo seu sonho, esperando que ela conseguiria “Abrir suas asas e voar” brilhantemente.

 

Parte 2

 

 

-Área Residencial, Portão Externo número: 2105380, Comunidade “Sem Nome”. Quarto da Asuka-

O tempo passou rapidamente e já se passara um mês. Havia um pouco de orvalho nas janelas e ainda estava frio.

A manhã havia chegado com os raios de sol mornos se convidando a entrar no quarto de Asuka, fazendo-a acordar.

(Ótimo, eu realmente posso descansar na cama ao invés de ouvir os gritos das serventes.) Ela se virou e sorriu, aproveitando o privilégio de ter uma cama macia e confortável.

Não estava tão escuro do lado de fora quanto Asuka imaginou. Embora o sol já houvesse nascido, o ar ainda dava calafrios.

Essa Ojou-sama, com 15 anos de idade, sempre esteve recebendo educação severa depois da guerra. Isso, de acordo com as regras restritas do dormitório onde fora criada, seria considerado acordar tarde?

Se fosse a Asuka de sempre, ela iria se trocar logo depois de acordar, pentear seu cabelo bagunçado na frente do espelho e arrumar sua aparência.

Entretanto, aquilo não era mais necessário.

Mesmo que ela gostasse daquelas manhãs felizes e luxuosas ainda sonolenta, ninguém iria brigar com ela, não é?

(Bem, eu aparentemente sonhei com algo sem sentido... esquece. Provavelmente é por causa do tédio que eu não consigo me lembrar de nada do sonho.)

Asuka estava de bom humor hoje. Embora ela soubesse que ela sempre estaria mal- humorada durante as manhãs, naquele dia esse parecia não ser o caso.

Quando ela estava pensando no ato de “Dormir depois de acordar” dos rumores, foi nesse momento que...

*Toc*Toc*

“Uhh, é a Kasukabe. Você já acordou Asuka? Vim trazer o café da manhã com as crianças.” “         ”

(Ugh, que saco.) Asuka se encolheu.

Depois de ter decidido voltar a dormir, acordar seria uma escolha dolorosa. Entretanto, ignorar sua amiga fofa e adorável seria muito rude de sua parte.

(. Por favor, só mais cinco minutinhos. Me deixe voltar para a terra dos sonhos mais uma

vez.)

*Toc* Toc* Toc*

“Asuka?... Você ainda está dormindo?”

A batida cautelosa estava atormentando Asuka e haviam sons solitários que ecoavam além da consciência dela.

Mesmo com isso, a ideia de voltar a dormir a venceu. Asuka cobriu a cabeça com o cobertor.

A batida super cautelosa continuou.

*Toc* Toc* Toc* Toc*

Cada batida era mais forte que a anterior.

Asuka se sentiu apologética, deixando sua consciência se afundar na preguiça e na vontade de dormir. E justo quando ela estava prestes a dormir...

* Toc* Toc* Toc* Toc* Toc* Toc* Toc* Toc* Toc* Toc* Toc* Toc* Toc* Toc* Toc* Toc* Toc* Toc* Toc* Toc* Toc* Toc* Toc* Toc* Toc* Toc* Toc* Toc* Toc* Toc* Toc* Toc* Toc* Toc* Toc* Toc* Toc* Toc* Toc* Toc* Toc* Toc* Toc* Toc* Toc* Toc* Toc* Toc* Toc* Toc* Toc*

“Desculpa, foi culpa minha por ser preguiçosa.”

No final, a vencedora do 4º round foi Kasukabe. Asuka obedientemente se arrumou.

 

Parte 3

 

“Já terminei, podem entrar.” “Com licença.”

“Co...Com licença.”

Além da voz de Kasukabe, havia uma outra voz jovem e vibrante, provavelmente uma das crianças órfãs mais velhas.

Vestindo um avental japonês que combinava com sua estatura baixa e com orelhas de raposa como traço racial, a jovem moça empurrou um carrinho pela porta.

“Desculpe te incomodar Asuka. Eu senti que seria um desperdício se o café da manhã feito especialmente para você ficasse frio.”

“Não... não é problema algum Kasukabe.”

Olhando para Kasukabe, que coçava a cabeça tentando se explicar embaraçadamente, Asuka, cujos sentimentos estavam distorcidos, conseguiu sorrir.

Ao mesmo tempo, Kasukabe cutucou a garota com orelhas de raposa. A garota ficou com uma expressão nervosa enquanto colocava o carrinho de lado e se curvava rigidamente para Asuka.

“Meu... meu... meu nome é Lily!” “Eh?”

“Lily, se acalme.”

Kasukabe afagou gentilmente as costas de Lily com um sorriso doloroso.

A garota, que estava movendo suas orelhas e as duas caudas inquietamente, era a mais velha do orfanato.

“Hmm, foi você quem nos deu os biscoitos daquela vez, não foi? O chá e o resto do café da manhã também foram preparados por você?”

“S...Sim! Me disseram que a Asuka-san gostava de chá de ervas, então eu preparei com os ingredientes do nosso jardim. Eu também preparei comidas que reduzem a sonolência, eu... espero que você goste!”

“A [Sem Nome] também tem um jardim?”

“S... Sim! Embora seja pequeno, todos deram muito duro para fazê-lo juntos. Se a terra não tivesse perdido a vitalidade, nós poderíamos criar um pouco de gado ou, como no passado, quando tínhamos um jardim grande e vasto...”

“No passado?”

Lily apontou para a janela e disse.

“Sim! Voltando ao lugar onde nós guardamos água, ao lado da estrada, havia uma grande área para agricultura. Também tinha um rancho e todo ano, quando a estação mudava, nós fazíamos uma celebração. Embora agora a terra tenha perdido toda a vitalidade... entretanto, antigamente nós também tínhamos um jardim especial para ervas e medicinas. E também tínhamos muitas e muitas plantações.”

“Sério? E pensar que possuíam uma terra tão vasta e extensa.”

Assuka assentiu lentamente com a cabeça, entendendo que no passado, haviam muitas plantações.

 

Parte 4

 

A Comunidade [Sem Nome] tinha um território vasto e, embora tivesse sido destruída pelo Demon Lord, eles continuaram a viver no mesmo distrito. No passado, a população deste distrito podia rivalizar com uma metrópole e, para sustentar toda essa população, naturalmente a confiança na agricultura era muito grande.

Kasukabe mordeu o biscoito de boa flagrância que havia acabado de sair do forno, falando o óbvio com uma voz suave.

“Plantação... É possível reconstruir essa plantação?”

“Sim, se tivéssemos nossa própria plantação não precisaríamos ficar participando desses Gift Games inúteis.”

Segurando a xícara de chá perto da boca, Asuka concordou assentindo com a cabeça. [Gift Game] –– no mundo de Little Garden, obtendo [Dons] poderosos de jogos divinos. Entretanto, este Jogo tinha um aspecto diferente, que era ganhar um duelo entre o [Host]

e o [Desafiante].

Comunidades apostavam preços e barganhas para obter riqueza, terra, fama e pessoas... usando os milagrosos [Dons] para realizar a batalha.

Esses eram os [Gift Games].

É claro, para obter um Dom mais poderoso, era necessário jogar um Gift Game mais perigoso.

Lily, um pouco preocupada, colocou ambas as mãos no peito, respondendo às duas. “Mas... Mas... a Kuro Usagi-neechan disse... que... o Gift Game necessário para reviver

essa terra toda... é muito perigoso...”

“Hmm? Isso não é interessante? De qualquer forma, se continuarmos lentos assim vamos perder nossas cabeças!”

Asuka colocou a xicara na mesa e deu um sorriso provocador.

Depois do Jogo contra a [Perseus] ter acabado, eles tentaram lutar contra as outras Comunidades do Portão 2105280, mas isso ainda não estimulava a excitação que Asuka esperava.

[Abandone seus amigos, família e riquezas, e venha para o mundo de Little Garden.]

Eles aceitaram o convite intrigante, misterioso e maravilhoso, justamente porque ansiavam por poder sair de seus mundos, para experimentarem uma vida transbordando de excitação.

Entretanto, eles agora estavam vivendo preguiçosamente, o que não era ideal.

Asuka assentiu.

“Muito bem, então colocamos [Reviver a terra] como nossa motivação principal.

Precisamos discutir isso com a Kuro Usagi.”

Quando a conversa estava prestes a acabar, uma carta voou pela janela. “Hmm?”

Aquela carta estranhamente familiar fez Asuka e Kasukabe continuarem piscando.

O selo tinha a imagem de duas deusas se encarando, representando a comunidade [Thousand Eyes].

Lilith respirou fundo e falou.

“Que... QUE INCRÍVEL! Essa é a primeira vez que vejo uma carta com o selo da [Thousand Eyes]! Isso é um convite pessoal da própria Shiroyasha convidando jogadores para um Gift Game!”

“Shiroyasha enviou isso?” “A distribuidora superior?”

Asuka e Kasukabe olharam para a carta com olhos cheios de excitação. A Ex-Demon Lord, provavelmente a Floor Master mais forte, Shiroyasha.

Já que havia sido ela quem mandara a carta, era mais importante ainda comparecer. Asuka e Kasukabe trocaram olhares, abrindo alegremente a carta de Gift Game.

 

Parte 5

 

-Antiga zona agrária, área residencial, Portão Externo número: 2105280, Little Garden-

O farfalhar da areia podia ser ouvido.

Kuro Usagi e Leticia estavam de pé sobre o chão branco em desuso.

Leticia, que estava usando um uniforme de empregada com uma fita especial prendendo seus cabelos loiros, balançou a cabeça com tristeza e estava agachada no chão que já havia sido lindo.

“...... Que miserável, e pensar que este lugar já foi chamado de distrito das plantações.

Agora tem apenas pedras e cascalho.”

O solo fértil de três anos antes, agora era inexistente. Kuro Usagi e Leticia abaixaram a cabeça, emburradas.

“Kuro Usagi sente muito. Nós só conseguimos resolver o problema do suprimento de água, até as crianças estão começando a cuidar disso lentamente.”

“Hã? Ahh, não é isso, não estou dando bronca em você. Afinal, esse não é um problema que pode ser facilmente resolvido por humanos.”

Leticia negou com as mãos, em pânico. Depois, ela pegou um pouco da terra ao seu lado, confirmando a situação.

“Não podemos fazer nada, a terra já perdeu toda a sua vitalidade. Mesmo que tenha água, os animais não iriam querer ficar aqui. Se quisermos trazer a terra de volta, vamos precisar nos esforçar muito.”

“ Sim.”

As duas começaram a suspirar.

Elas sabiam como era a terra quando era fértil, era insuportável ver isso acontecer com a terra que perdia a vitalidade. A terra que uma vez havia sido colorida e cheia de frutos, cercada por um mar de arroz dourado, já não existia mais. Um pensamento doloroso passou pela mente delas.

O pior tipo de tragédia que as Comunidades de Little Garden podiam enfrentar –– Demon Lords. As cicatrizes criadas seriam grandes, eles não tiravam apenas seus companheiros e orgulho das Comunidades, mas também seu futuro.

Leticia se levantou, tirando a sujeira do uniforme de empregada, e disse sombriamente: “... Que poder tremendo. Eu vivi por muito tempo e é possível contar nos dedos o número

de Demon Lords com esse poder que eu encontrei.”

Com uma expressão séria, Leticia e Kuro Usagi começaram a calcular o poder do Demon Lord.

Não importava se fosse a área residencial ou as fazendas, ambos os lados ficaram em ruínas por muito tempo.

Já que era daquele jeito, o motivo era claro como o céu. Preocupada, Kuro Usagi chegou a uma conclusão.

“Para a terra ficar desse jeito em um período tão curto de tempo e tanta destruição assim, a única possibilidade é que tenha sido um [Classe Estrela] ou superior. É possível até mesmo que ele domine um corpo celestial, não é?”

“Se um demônio de [Classe Estrela] tivesse todo esse poder, a única possibilidade seria Shiroyasha.         ou o Demon Lord Dourado de [Classe Estrela].”

As duas ficaram com expressões amargas. O silêncio longo mostrava o quão poderoso era o Demon Lord.

“Entãããão...... isso é o trabalho do Demon Lord da [Classe Mais Forte], certo?”

“Só pode ser isso..... que piada de mal gosto.”

Kuro Usagi e Leticia se encararam, gargalhando.

Em Little Garden, onde deuses e afins se reuniam, haviam 3 classes superiores.

–– Deuses naturais eram da classe [Divino].

–––– Fantasmas, espíritos, monstros e afins tinham como posição mais alta a classe [Estrela]

–––––– Os Eudemons, que eram originários das sementes dos dragões originais, a classe [Puro-sangue].

Conhecidos em todo Little Garden como a Classe Mais Forte, era puro suicídio ser o oponente deles.

Nem mesmo o mundo externo tinha a chance de vislumbrar o poder da classe chamada de [Mais Forte]. Mudando de perspectiva, se uma comunidade fosse alvo de um desses monstros, ela poderia ser considerada honrada? Mesmo quando Leticia ainda era considerada uma Demon Lord, ela mantinha distância desses monstros.

Leticia tirou a fita e olhando para o território, ela teve uma ideia.

“Hmmm, só para entender melhor, já que o oponente tinha tanto poder assim, pelo menos o nome da comunidade ficou conhecido, não é?”

“Mesmo que nós falemos com a Shiroyasha, tudo que iríamos descobrir é que não foi uma Comunidade do Norte.”

“Hmmm, já que foi o que a Shiroyasha disse, então deve ser verdade.”

Leticia sorriu amargamente enquanto tremia por causa da estranheza do lugar.

Mesmo enfrentando uma ameaça tão horrenda, Kuro Usagi, que não havia perdido seu espirito de luta, apenas deu um sorriso forçado.

“Por... por favor não se preocupe! Por... porque temos três usuários fortes na nossa Comunidade! Se todos eles cooperarem, Kuro Usagi acredita que não será difícil restaurar a terra!”

Kuro Usagi levantou o punho e até mesmo Leticia começou a assentir enquanto sorria. “Unn, se for assim, eles poderiam resolver este problema com as mãos nas costas.”

De um lugar longe de Little Garden vieram três crianças.

Eles conseguiram resgatar Leticia do cativeiro de um Demon Lord e também lutaram pela Comunidade. Não importava que tipo de desafio, se fossem eles, a vitória era certa, não é?

Eles não eram mais a Comunidade que não conseguia fazer nada.

No mundo de Little Garden, onde os deuses se reuniam, se eles quisessem um milagre, teriam de conseguir eles mesmos.

Kuro Usagi levantou o dedo e enquanto balançava as orelhas de coelho, continuou dizendo.

“A condição ideal para nós é que consigamos manter o básico funcionando na Comunidade. Se conseguirmos fazer isso, nós vamos poder fazer reservas de comida e fortalecer nossa organização!”

“Unn! A prioridade máxima é reviver a terra, o Festival da Colheita do Distrito Sul é nossa meta imediata.”

“YES! Agora é a hora em que nós devemos trabalhar juntos para reviver nossa Comunidade!”

“Entretanto, o que você vai fazer quanto ao festival no Distrito Norte? Ainda falta um pouco para acontecer. Se eles soubessem sobre isso, eles ficariam felizes, não é?”

Kuro Usagi de repente fez um ‘Urg’, mudando para uma expressão embaraçada, ela não disse mais nada.

“O que foi? Você não contou para eles? Aquele é o maior festival patrocinado pelos Floor Masters do Norte e do Leste, não é? Mesmo que os portões de sete dígitos sejam os mais inferiores, ainda assim será um festival incrível. Vocês devem conseguir bons resultados...”

“Não... é que... não temos dinheiro para viajar. No nosso estado atual, não temos dinheiro o suficiente para viajar pelo portão dimensional. Não importa o quanto nos esforcemos, uma viagem é o limite...”

Ouvindo o discurso apologético de Kuro Usagi, Leticia também ficou sem palavras enquanto sorria amargamente.

“Falta de dinheiro complica tudo, não é?”

“Nó... Nós só precisamos ter paciência! A Kuro Usagi tem certeza que Izayoi e os outros vão trazer bons resultados dos Festival da Colheita do Distrito Sul.”

“Kuro... Kuro Usagi-nee~~~~~~! Nada... Nada bom~~~~~~!”

Elas se viraram para a direção dos gritos, de onde vinha a garota raposa Lily com um avental, parecendo que ia chorar.

“Lily? O que aconteceu?”

“Asu-Asuka-san levou o Izayoi-san e a You-san...Ah, is… isso! A carta que eles deixaram para trás!”

Lily, que estava com as duas caudas extremamente agitadas, entregou a carta para Kuro Usagi.

“Para Kuro Usagi.

Nós estamos indo participar no festival oferecido pelo Portão Externo 4000000 do Distrito Norte e pelo Portão Externo número 3999999 do Distrito Leste.

Você e a Leticia-san devem vir também.

Como punição por você não nos mostrar o conteúdo dessa carta, se você não conseguir nos pegar hoje, nós três iremos sair da Comunidade. Melhor começar a correr atrás da gente, nós vamos dar a você todo o apoio possível!

P.S.: Nós pegamos Jin como guia turístico.”

 “.......”

“......?”

“......!”

O silêncio continuou por 30 segundos.

Kuro Usagi começou a tremer enquanto segurava a carta e gritava. “Wuhu             O QUE ESSAS CRIANÇAS PPROBLEMÁTICAS ESTÃO DIZENDO?!!

AARGHHHHHHHHHHH!"

O grito choroso de Kuro Usagi ressoou. [Sair] não era uma ameaça pequena.

Por que suas expectativas estavam muito altas, Kuro Usagi se esqueceu de uma coisa importante.

Esses três novos membros com tanto poder––––eram na verdade as crianças mais problemáticas de seus mundos.



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