Arbidabliu: Infantes Brasileira

Autor(a): Magnus R. S. Alexandrino


Volume 1

Capítulo 31: Ainda no Capítulo Proibido

Júlio e Doug escolheram uma cabana perto da área de treinamento, ela não é tão grande como as usadas para repouso e acabou de ser reformada para ser um depósito. Os dois conseguiram reservá-la, para os dias de descanso dados a todos, antes de ela ser usada para outras finalidades de armazenamento.

Com a ajuda de alguns amigos e empregados, a cabana está parecendo um bom quarto para se tirar férias: cama, mesa, baú com comidas e bebidas, tapetes, cortinas, velas, entre outros itens para se viver por um curto período.

Inicialmente Júlio e Doug estão tímidos, pois, pela primeira vez, irão passar algum tempo a sós e sem interrupção, seja por trabalho, treino ou socialização.

Eles estão calados e simulam o silêncio ser em razão da apreciação deles com o resultado, que foi a cabana se tornar uma “casa”. Para inicializar um diálogo mais longo, Júlio questiona Doug, referente ao desjejum que tomaram há um tempo.

— Tem certeza de que já está satisfeito?

— Sim, comemos bastante antes de chegar.

— Certo... Vou acender as velas que os rapazes nos deram.

“Júlio deve estar ansioso para o dia de hoje, sei que ele espera que façamos algo mais íntimo hoje... Há tempos que adiamos esse dia, mas eu tenho receio de como será... Será bom? Vai doer? Ele vai gostar?... Eu vou gostar?... São tantas perguntas... Taikuri me falou para relaxar e não pensar muito nessas coisas... Mas a ansiedade aumenta a cada momento em que estamos próximos e a cada minuto de silêncio, sei que ele também deve estar pensado nisso... Devo perguntar?”.

— Júlio?

“O que eu faço? Será que eu estou pressionando muito ele para isso?... Não quero forçá-lo a nada, não quero que ele faça algo sem que ele realmente queira, mas ao mesmo tempo eu tenho medo de fazer algo que ele não goste. Será que isso pode gerar algum problema na nossa relação?... Sinto que eu quero muito isso, mesmo sem experiência, o meu coração pede... Minha mente anseia... E... E meu corpo deseja...”.

— Sim, precisa de algo?

Doug espera Júlio acender as velas, respira fundo, olha para Júlio, que também está nervoso e diz, antes de beijá-lo.

— Eu preciso de você.

O beijo é doce e longo, nesse tempo os dois pensam.

“Sim, eu fiz isso!... Sim, eu preciso mostrar para Júlio que eu também quero estar com ele, ficar com ele... Fazer amor com ele... Ele sempre me deu espaço e respeitou o meu tempo... Hoje eu sinto que é o tempo, o momento certo... Agora!”

“Doce como sempre, eu amo Doug pelo jeito amável de ele ser... Seu beijo é tudo de mais magnífico... Eu não posso ser agressivo ou invasivo, eu preciso deixar no tempo dele e ir acompanhando para agradá-lo.”

O aroma das velas começa a tomar conta do lugar, eles deixaram pequenas frestas nas janelas, para que fique bem arejado e fresco, tudo para ser um ambiente acolhedor e tranquilo. Júlio é romântico e beija o rosto de Doug, suas bochechas, queixo, testa e depois segura o rosto de seu amado com apreço e afeição.

— Doug... Você quer isso?

— Júlio... Eu quero.

Ambos ficam tímidos por saber que irão avançar mais na relação.

— Você é lindo.

Júlio beija novamente Doug e depois encosta suas testas, parando por alguns segundos nessa posição. Ambos de olhos fechados, só sentindo a respiração um do outro, o toque, a ponta de seus lábios e o cheiro das velas que de alguma forma faz com que eles se sintam mais abertos e despreocupados.

— Júlio... Se você não gostar, nós podemos tentar outra vez depois.

— Doug! Não fala assim... Eu amo você e será bom para nós dois, farei de tudo para que você goste.

— Eu te amo, e também quero que você goste!

Ambos riem e Júlio conclui:

— Então dará certo. Eu me preocupo em satisfazer e você, e você cuida de mim, assim nós dois ficaremos bem.

— Certo!

Júlio começa a tirar a roupa de Doug, que sente um nó na barriga, um nervosismo misturado com ansiedade, para o que e como será essa entrega de amor e paixão deles. Por reflexo, Doug também começa a tirar a roupa de Júlio; pouco a pouco eles vão despindo e se beijando, Júlio volta com seu ar romântico e beija partes de Doug, que são despidas sempre com delicadeza e gentileza.

“Esse dia chegou, eu preciso sentir e amar cada momento e a cada parte de Doug... Cada parte dele está aberta para mim, uma responsabilidade grande que eu tenho que ter, para deixá-lo bem e feliz com nosso amor... Prometo que cuidarei de cada parte dele, mesmo com o desejo carnal tomando e crescendo no meu corpo, eu sempre terei em mente a importância desse momento e de suas emoções.”

Doug se sente estimulado e fica surpreso com a reação que seu corpo está tendo com os pequenos toques e beijos que Júlio dá.

“Eu sempre evitava pensar estas coisas, eu sempre evitava ver Júlio dessa forma mais indecente... Eu o acho lindo, seu corpo eu já o vi muitas vezes... Já senti, e tudo me agrada... E pelo jeito que ele trata o meu, ele também se agrada com o meu corpo... Eu preciso mostrar que eu também tenho desejo e admiro o corpo dele.”

Doug, com o seu jeito mais reservado, tira a roupa de Júlio e o acaricia, dando alguns beijos aleatórios que, com o tempo, ficam mais satisfatórios.

“Seu corpo... Seu cheiro... Seu calor... Eu quero isso... Eu desejo isso!... Nós somos um do outro.”

Sem perceberem, ambos já estão nus e sentados na cama, eles ainda admiram e sentem cada parte do corpo um do outro, esses gestos de carinho e afeto trazem mais segurança e confiança para que avancem cada vez mais com seus desejos ousados. Em um momento, eles param suas ações, se olham fixamente e deixam a respiração profunda e calma.

— Está tudo bem?

— Sim, e com você?

— Bem também... Quer mais?

— Sim...

Eles se aproximam mais, encostando seus troncos, e se abraçam forte. O momento é marcante, ambos sentem além da respiração o coração um do outro acelerar pouco a pouco, o nervosismo vai embora aos poucos e eles começam a provocar um ao outro mexendo, esfregando e massageando partes do corpo, a fim de despertar cócegas ou prazer.

A brincadeira começa a ficar mais prazerosa, e é notada através do êxtase em que estão seus membros, que se encostam, gerando mais sensações excitantes e de curiosidade pela exploração do corpo.

“É bom... Macio... Delicado... Eu já sentia essas sensações antes... Meus sentimentos por Doug são muito poderosos, e agora sinto mais uma ligação forte entre nós, essa paixão e entrega do nosso amor em forma mais física e exclusiva, eu estou tendo Doug de uma forma única.”

— Posso te tocar?

“Sinto como se meu coração fosse sair pela boca! Eu sinto um tipo de formigamento nos locais que Júlio toca e até olha, seu olhar me faz me sentir amado, desejado... Esse amor e desejo é recíproco, pois, ao tocar em seu corpo, eu também sinto anseio e sede pelo descobrimento e profundidade do seu corpo... Corpo que está aqui só para mim, por mim, assim como eu sou e estou para ele.”

— Sim...

Ambos começam a se beijar e a se tocarem com mais força, suas mãos massageiam e esfregam seus membros, um agradando o órgão sexual do outro, a pulsação deles faz o prazer crescer, ao ponto de Júlio pedir.

— Doug? Você se entrega a mim? Você confia em mm?

— Sim... Eu confio!

— Eu prometo que farei tudo para você ser feliz, agora e sempre.

— Eu também, serei forte e resistirei ao desconforto que pode ser no começo, eu sei que será bom para nós dois.

— Certeza?

— Sim, por seguir...

Júlio puxa Doug para sentar-se em seu colo, ele aperta o quadril de Doug e, com seus dedos, explora a região entre as nádegas, a fim de amaciar o caminho para o prazer que está planejando.

Júlio é gentil o tempo todo, mas, com o aumento do êxtase, faz com que ele comece a ser mais ansioso e use uma pegada mais firme. Doug também está com o êxtase à flor da pele e reage bem ao momento, cedendo e consentindo em tudo que Júlio faz.

— Pode continuar. Eu estou gostando.

Enquanto Júlio conhece mais a região de trás de seu amado, Doug inicia sua curiosidade pela parte da frente de Júlio, massageando o tronco, abdômen, virilha e o membro, em alguns momentos ele também se massageia, ação que tira gemidos de ambos. Essa troca de estímulos os deixa por alguns minutos em um transe sexual intenso, fazendo-os gozar juntos.

“Incrível... Mas Júlio gostou?!”

“Não consegui segurar muito, queria aproveitar mais... Espero que ele também tenha gostado.”

Eles se olham e sorriem, mostrando que gostaram do que aconteceu. Respirando fundo, eles se beijam enquanto seus corpos relaxam depois do ato. Júlio fica com receio de o momento acabar agora e questiona.

— Tem o feitiço que Taikuri falou... Posso usar ele?

Doug tenta se lembrar da advertência que Romanze deu sobre o feitiço, mas, com a situação relaxante e descontraída, ele ignora e consente para Júlio seguir com o plano ousado.

— Sim, use, vamos experimentar.

Júlio pega um óleo incolor e sem cheiro usado para lubrificações, usa nas partes íntimas dos dois e, energizando sua virilha, ele conjura.

Streptopelia!

A magia se ativa instantaneamente e aparenta ser mais forte do que foi informada. Júlio sente um formigamento crescendo por toda sua virilha, envolvendo todos seus músculos e órgãos; essa sensação o faz segurar forte em Doug, que sente de alguma forma uma vibração mágica, magia que faz a cama vibrar com a ativação do poder. Ambos se surpreendem ao ver que o membro de Júlio tonifica, pulsa e aumenta de tamanho e grossura.

— O que é isso?

Júlio sente que, além do físico, a sua mente também tem uma alteração, seu foco fixa no prazer e desejo, que aumenta ao ver seu amado entregue a ele. Doug tem receio por ver seu corpo relaxado e o do de Júlio enrijecendo como pedra, para consumi-lo.

“De alguma forma isso me dá prazer... O corpo de Júlio está mais atrativo e me chamando... Eu quero isso também!”

Doug agarra Júlio, fazendo sinal de que está pronto para o que vem em seguida. Júlio está um pouco descontrolado e avança para penetrar Doug, sem muito aviso ou preparação.

Com Doug deitado, Júlio fica por cima dele, levanta suas pernas e o penetra com vontade e satisfação; seu semblante está sério e com hostilidade. Doug sente dor e um grande desconforto, e, ao sentir Júlio totalmente dentro de si, ele diz.

— Calma... É forte, duro... Agora! Continue!

O corpo de Doug contrai, apertando Júlio, que começa a fazer movimentos rápidos e frenéticos, a fim de atingir o máximo do êxtase. Doug fica excitado e tem seu membro duro novamente devido aos movimentos e feições que Júlio mostra a cada pressão que dá.

Eles trocam de posições, e as suas feições mudam para um ar mais relaxante e de felicidade, o feitiço usado por Júlio começa a afetar Doug, por estar constantemente entrando nele. Sem perceber e por causa do feitiço, eles passam horas fazendo amor e gozando mais de uma vez.

“Meu corpo está descontrolado... Esse feitiço é perigoso, mas é satisfatório... Sinto que minha atração por Júlio é ampliada, não é só magia que está fazendo toda essa depravação, é também a liberação do desejo e sonhos eróticos contidos durante todo o tempo... Isso é incrível!”

— Júlio!

“Eu me sinto como um animal faminto, um predador tendo uma única presa, Doug... Eu quero devorá-lo, quero o fazer sentir dor, anseio, prazer, desejo, amor... Quero que ele game em mim... Eu quero tudo dele, além de dar tudo para ele também... Essa magia ressalta tudo que eu contenho para não o assustar e para não o machucar.”

— Doug!

Os atos são tão intensos e cansativos que eles nem perceberam quando terminaram. No meio da noite, ambos acordam sujos, suados e muito cansados sobre a cama que está quebrada, manchada, suja, molhada e com boa parte rasgada e mordida.

— Doug? Você está bem?

 Júlio vê que há sangue e usa sua energia para curar os pequenos ferimentos que Doug teve na sua região traseira.

— Me perdoe... Foi culpa minha, eu...

Doug silencia Júlio com um beijo e diz em seguida.

— Tudo bem... Eu confio em você, e isso não foi nada, o importante é que nos aproveitamos e abrimos esse mundo novo.

— Eu também amei... Vamos tomar um banho?

— Sim, e depois pensar em uma desculpa para dar.

— Por quê?

— Olha o estado desta cama! Como explicaremos isso?

— Que fizemos um sexo selvagem!

Doug bate em Júlio e diz, meio bravo.

— Não brinque com isso, não quero que fiquem sabendo destas coisas.

— Certo, certo... Vamos tomar banho agora e depois vemos o que podemos fazer.

— Não tem magia que pode restaurar?

— Eu não consigo usar magias assim ainda; parece simples, mas são magias difíceis de aprender, ainda mais quando requer magia de limpeza, um dia, quem sabe.

 



Comentários