Arbidabliu: Infantes Brasileira

Autor(a): Magnus R. S. Alexandrino


Volume 1

Capítulo 30: Sessenta e Nove, o Capítulo Proibido

Obs.: Até o momento vocês já perceberam que haverá alguns capítulos com “cenas ousadas”, então esse é meu ultimo aviso, mas não se preocupem (ou se desanimem), pois são poucos momentos assim...

 

Manhã, 6 de setembro 1582 – Pronuntio.

Devido a vários trabalhos bem-sucedidos, cumprimentos de tarefas, tempo climático favorável e a diminuição de problemas comuns na ilha de Pronuntio, Úrsula decidiu, com seus conselheiros e mestres, que todos tenham dias ociosos para descanso, reflexão sobre os próximos passos, término de alguns afazeres e que aproveitem um momento de lazer com os seus mais próximos.

Além de festas e reuniões mais isoladas, tem aqueles que buscam algo mais íntimo e exclusivo.

— Está fabuloso!

Romanze e Taikuri pesquisaram, se informaram e selecionaram itens exóticos, exclusivos e até proibidos, tudo com propriedades e estímulos que auxiliam corpo e mente no ato sexual e romântico.

No dia anterior, eles pegaram emprestados, compararam, criaram e fizeram esses itens, para que na data de hoje tudo estivesse pronto. Pela manhã, ambos se organizaram para equipar um grande salão fechado, vedado e exclusivo, na torre de treinamentos mágicos, Quadrivium.

Romanze admira o resultado final do quarto, todo caracterizado, e diz:

— Você não acha que exageramos desta vez?

— Não! Por que você acha isso?

— Tem muita coisa aqui.

— Sim, essa é a ideia! O dia pede por isso...

Eles transformaram o salão em um grande quarto acolchoado, com uma grande cama, banheira, estantes e mesas, a única entrada está sendo usada como fonte de ar pela qual entra uma brisa boa e fresca.

Através de magia, a porta pode ficar aberta e ninguém do lado de fora verá o que está se passando por dentro, além de alertá-los se alguém estiver por perto.

Na decoração tem listras por toda parte, pintadas com uma tinta fraca, que é fácil de ser limpar; algumas máscaras com couro; escamas de répteis ou flores pelas paredes; velas de cores e formatos diferentes; frascos grandes e pequenos com ervas, tinta, óleos, creme, e poções; um dildo grande e brilhante; algumas frutas e bebidas e roupas intimas dos dois no chão, ao redor da cama. Taikuri olha a roupa íntima e elogia:

— Amo suas roupas de baixo, me dão ideias.

— Diz que, para o ritual, essas peças de roupas têm que estar usadas, você as colocou limpas.

— Não temos sujas, e é melhor assim, já fizemos outros rituais antes e nunca fazemos tudo ao pé da letra.

— E aquele dildo? Vai quer usá-lo?

— Não! É só para a decoração, afinal de contas, você já me satisfaz com o que tem.

— Ótimo! Esse ritual não é tão perigoso quanto os outros que vimos.

— Não queremos fazer nada que prejudique ou atraia a atenção.

Taikuri rouba um beijo de Romanze e continua falando.

— Hoje é um dia bom para testar e experimentar tudo, além de comemorar a inicialização dos nossos amigos.

— Você não deveria ter incentivados eles desta forma.

— Como não? Eles precisam saber como é o sabor da carne de seu amado... Assim como eu! E você!

— Espere um pouco! Você está muito ansioso!

— Sim, claro que eu estou. Meu Pândego!

Entre os itens que eles conseguiram, há frutas, bebidas e poções que despertam e fortalecem os sentidos a fim de proporcionar mais tempo e estabilidade da ação dos músculos e órgãos no ato. Ambos se deliciam com a refeição, tendo momentos em que um alimenta o outro.

— Tem um gosto estranho, mas é bom...

Eles também admiram mais detalhadamente como ficou a decoração do lugar e comentam.

— Não me parece que esses rituais eram feitos com objetivo romântico.

— Não, mas o nosso objetivo é.

— Certeza?

— Sim! Romântico, com muita paixão e prazer!

— Então vamos continuar com o ritual.

Romanze pega na mão de Taikuri e o leva para a banheira, que está cheia de ervas, folhas e flores. Ao entrarem na banheira, eles usam magia para aquecê-la e para acelerar a ativação das propriedades dela.

Eles se banham limpando, massageando e beijando um ao outro, usam sabonetes feitos por eles mesmos, sabonetes encantados e com formatos diferentes, um de porco, dois de coelho, um leão e um cavalo.

Outro item que chama a atenção, na cabeceira da banheira, é uma pequena imagem da cabeça de um veado, que emana uma energia que se conecta a tudo no quarto, aparentando ser o ponto principal, catalizador e o ídolo de poder do ritual sexual.

— Que água gostosa...

— Mais gostoso do que isso são suas mãos, que sabem onde tocar.

Em pouco tempo, o efeito da água é ativado, beneficiando os dois; ambos sentem através do cheiro e da absorção da água, que há algo positivo acontecendo com seus corpos e mente.

— Posso sentir... É bom... Venha, que vamos começar!

Taikuri agarra seu parceiro com agressividade, mostrando que quer dominar a situação. Romanze tentar reagir, mas cede à situação, por se sentir atraído com o cenário e por seu amado, que o provoca o tempo todo.

— Então é isso que você quer?

— Sim!

Com beijos ardentes e chupões no pescoço, eles se envolvem em luxúria e desejo, suas mãos avançam pelo corpo um do outro, para provocar e despertar prazer, que aumenta pouco a pouco. Seus membros enrijecem com o êxtase gerado pelos apertões e pelos beijos provocantes.

— Isso... Assim...

Seus lábios e língua percorrem pescoço, peito, abdômen e virilha até as suas genitálias, que estão sedentas pelo corpo um do outro.

— Vou te fazer uivar de prazer, Pândego!

— Não me chame assim na hora do sex...

Taikuri interrompe Romanze, tirando-o da banheira e levando-o até a cama; ao jogá-lo, Taikuri exclama alto, conjurando o poder do ritual:

Orgion Ékstasis!

Com a preparação interna com os alimentos; externa, com o banho e a mental, com a aprovação e conquista que um já tem com o outro, o poder é ativado em sua plenitude.

— Veja... Meu corpo... Todo o corpo...

O corpo dos dois emana uma pequena coloração mista, parecendo um arco-íris, mudando de cor segundo após segundo, seus músculos ficam tonificados como depois de um longo exercício físico, e todo corpo fica lubrificado e sensível, fazendo os lugares mais exclusivos serem mais suscetíveis ao prazer.

Outro benefício é a mente dos dois, que fica centrada, o que os faz raciocinar e memorizar mais rápido as coisas. Ao sentir esse efeito, Taikuri diz com satisfação:

— Esse dia será marcante!

Eles se alegram com tudo e na cama os dois fazem a posição seis e nove, assim, cada um beija, chupa, degusta e morde a virilha, gônadas e os genitais um do outro; a sensação é mais intensa que o normal, por causa do ritual.

A euforia pelo deleite do corpo um do outro faz com que eles aproveitem bem o momento por alguns minutos; mas, nos primeiros espasmos musculares nas regiões sexuais e, com os gemidos que eles geram um no outro, é o suficiente para que gozem fartamente.

Mesmo tendo um grande orgasmo, seus membros continuam rígidos e com anseio por mais, eles estão ofegantes, mas não sentem cansaço, e sim mais sede e fome pelo outro. Seus olhares e sorrisos mostram a depravação e a vontade pelo que estão sentindo e o que querem sentir.

— Isso, sim, é gozar o amor!

— E a vida.

Os dois se colocam bem próximos, sentados, frente a frente e com as pernas abertas, entrelaçando a cintura um do outro.

Dessa forma, seus membros se encostam e se esfregam com a ajuda de suas mãos, que massageiam um ao outro; mais beijos e mordidas no ombro, peito, pescoço e bico do peito são feitos, tudo para sentir a extensão do ritual e ver que todas as partes estão mais ativas e sensitivas ao toque do seu amado.

A maioria do tempo eles agem com mais delicadeza e apreço ao prazer do outro, para que curta o máximo de tempo possível. Mesmo com romantismo, eles aceleram e focam mais na região genital, esfregando e massageando e alternando a velocidade, até o ponto em que o êxtase atinge seu auge; eles uivam de prazer e gozam intensamente de novo.

— Sim!

— Que delícia...

Eles sorriem e esboçam felicidade pelo feito, até seus olhares então apaixonados pelo seu amado e pelos atos. Eles se abraçam e se beijam amorosamente como agradecimento pela experiência e a dedicação que sempre têm um com o outro.

— Isso foi fenomenal!

Romanze, ainda perto do ouvido de seu amado, diz com zombaria e segundas intenções:

— Ainda nem chegamos ao prato principal.

Taikuri agarra forte em Romanze e, tomando a posição de dominador, coloca seu amado de bruços na cama.

— Vamos começar então!

Romanze pretendia fazer algo do gênero e tenta lutar para dominar seu parceiro, que insiste em ficar sobre ele.

— Não, não... Você é todo meu!

Taikuri se coloca em cima de Romanze, beija suas costas e nuca, enquanto penetra seu amado sem aviso prévio. Romanze tentar segurar seus sons de prazer e dor, mas não consegue.

O ritual faz com que tudo seja mais intenso e marcante para os dois, que gemem juntos. O poder do ritual atende o gosto de Taikuri, fazendo com que o óleo e os líquidos que saem de seus corpos sejam gelados, isso gera arrepios involuntários e uma sensação diferente do comum.

— Que delícia!

— Sinto um grande calor dentro de mim, e agora esse frio por fora.

Taikuri se esfrega mais em seu amado, aumenta a velocidade de seu quadril e diz:

— Eu já vou fazer o máximo para te aquecer!

Taikuri levanta o tronco de Romanze, deixando-o de quatro sobre a cama e elogia, com malícia em sua fala.

— Que vista adorável!

Taikuri continua fazendo movimentos rápidos e tentando acelerar cada vez mais; ambos se entregam ao prazer ao ponto de Romanze também fazer movimento contra a cintura de Taikuri, gerando mais impacto no sexo.

— Assim, assim!

Romanze se levanta aos poucos para esticar as pernas, em que sente uma sensação muito agradável. Taikuri ainda segura firme em sua cintura e o penetra com vontade, sentindo que está prestes a gozar.

O frio gerado pelo ritual fica mais forte devido ao êxtase de Taikuri, mas seus movimentos frenéticos fazem Romanze não se importar mais com a sensação gélida.

— Agora, vai, vamos!

As pernas de Romanze tremem e ele goza, enquanto Taikuri tem espasmos musculares na parte inferior do corpo, demonstrando que está para gozar também. Romanze não se aguenta de pé e é seguro por Taikuri, que continua seus movimentos fortes até o orgasmo, que vem logo, ao perceber que Romanze gozou.

— Isso... Sim!... É... Gostou?

Romanze deita-se na cama, vira seu corpo para Taikuri e solta um urro de satisfação. Taikuri ri com gosto e diz com ar de alívio:

— Vamos tomar um banho antes de descansar?

— Descansar?

Romanze usa magia para mostrar para o ritual que ele é o dominador agora, e, no lugar da sensação fria de que Taikuri gosta, vem uma sensação quente, que faz seus corpos se expandirem. Taikuri fica surpreso pelo desejo insaciável de seu amado e tenta negociar.

— Podemos fazer depois...

— Depois? Não... Agora!

Romanze sorri com hostilidade e puxa Taikuri a sentar em seu colo; tudo é tão rápido, forte e agressivo, que Taikuri nem percebeu que seus membros estão endurecendo novamente, ao pulsarem. Taikuri é forçado por Romanze a cavalgar sobre ele, ainda sentado de pernas abertas na cama. Taikuri também recebeu isso sem aviso prévio e comenta.

— Vingativo, você.

— Não, se você fez, quer dizer que você também gosta!

— Então você quer ser “alimentado”?

— Quem gosta de comer, tem que gostar de alimentar também.

Por estar quente como Romanze gosta, seus gestos mostram mais anseio por prazer, seus olhares e beijos são intensos e famintos. Taikuri sente muito desconforto no início, fazendo sua dor gerar mais prazer em Romanze, que sorri o tempo todo.

— É, gosta?

Ao se acostumar com o órgão de prazer de seu amado, Taikuri também ajuda, fazendo movimentos excitantes e provocativos, aproveitando ao máximo a experiência também. Romanze morde todo o tronco de Taikuri, que retribui com pulos fortes e gemidos de satisfação por tudo que ele faz.

Depois de um tranco forte entre os quadris, Romanze deita Taikuri para trás, ergue um pouco o quadril dele, fazendo com que ele fique com as pernas mais abertas e continua a penetrá-lo com força e pressão.

— Vamos, mais uma vez!

— Assim! Isso!

Taikuri, com os braços abertos, agarra o lençol da cama, morde os lábios, abre bem os olhos e goza, sujando o seu corpo. Os músculos internos dele mostram para Romanze o prazer que está sentindo, ao ponto de apertá-lo mais do que nunca. A sensação é surpreendente, fazendo-o gemer mais alto e a se movimentar mais rápido.

— Como... isso... é... Incrível!

Logo Romanze goza dentro de seu amado, treme de prazer e, sorrindo de alegria, abraça Taikuri, que também está com esse mesmo semblante.

— Eu te amo muito.

— Eu também te amo... Pândego!

Em resposta ao apelido, Romanze dá mais uma prensada com seu membro ainda dentro de Taikuri como castigo.

— Certo, parei, parei...

O corpo dos dois relaxa e os efeitos do ritual dissipam pouco a pouco. O cansaço aumenta gradativamente, fazendo com que eles cochilem um pouco, ambos abraçados e sujos sobre a cama desarrumada, rasgada e quebrada pelo sexo feroz e longo que fizeram. Depois de um tempo de repouso, eles acordam.

— Dizer aquilo no orgasmo não conta... Quero ouvir de novo.

— Certo...

Romanze beija Taikuri e diz com paixão.

— Eu te amo.

— Assim... Eu também te amo.

— Vamos banhar?

— Sim! Sinto muitas partes do meu corpo adormecidas.

— Eu também sinto isso.

Ambos levantam, entram na banheira, usam magia para aquecê-la e se banham.

— Muito das ervas, sabonetes e flores desapareceram.

— Sim, foram consumidas para o ritual.

— Verdade. Por isso os encantamos ontem.

Eles estão mais meigos do que o de costume, sempre de mãos dadas; em toda oportunidade de beijo eles se beijam amorosamente, e fazendo carinho o tempo todo um no outro.

— Que aventura sensacional.

— Sim, mas vamos evitar fazer isso com frequência.

— Sim! Dá muito trabalho, e muito da dor e cansaço vem depois.

— Mas nós teremos um bom tempo de repouso agora, vamos dormir até nossas energias voltarem...

— Eu amei essa ideia dos dias de folga... Lembrei! Como será que Júlio e Doug estão se saindo com o ato de “inicialização” deles?



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