Arbidabliu: Infantes Brasileira

Autor(a): Magnus R. S. Alexandrino


Volume 1

Capítulo 24: Pós-Festa

Obs.: Capitulo contem “cenas ousadas”...

 

— Nem com décadas de treino, a luta entre nós será justa, pois você sempre será um porco sujo que só fala besteiras.

O cara anda, indicando que irá atacar, mas teme ao ver que Romanze, atrás de Taikuri, o olha de uma forma que ele não viu antes. Ele decide recuar e ir embora.

— Azar, azar...

Jimu Gym se aproxima dos dois e os repreende.

— Eu já estava vindo atendendo à reclamação de algumas fujoshi da festa.

— Fujoshi?

—Prestem atenção! Vocês não podem sair por aí se vingando e usando seu temperamento como arma, coisas ruins podem acontecer.

— Sabemos...

— Não, não sabem, vou ter que tomar medidas rígidas com vocês.

 Taikuri e Romanze realmente sentem que erraram ao ver que alguém como Jimu Gym ficou chateado pela ação deles, revelando que ultrapassaram o limite.

— Desculpe...

— Tenho outras reclamações para verificar e cuidar ainda.

Jimu Gym respira fundo, mas por dentro agradece por nada mais sério ter acontecido.

— Aproveitem hoje para descansar e pensar no que fizeram, amanhã conversamos sobre isso e como será daqui para frente.

— Sim, senhor.

Taikuri e Romanze vão para seus dormitórios e, mesmo chateados pelo que o Jimu Gym viu, eles se sentem vitoriosos por terem feito aqueles homens sofrerem. Já no quarto, Taikuri agradece a Romanze por sempre estar com ele nas ações e escolhas, e estranha o jeito triste como Romanze está.

— O que houve? Por que está assim?

— Você está feliz comigo?

— Sim, mas por que a pergunta?

— Eu vejo Júlio e Doug e, como você gosta de lembrar-se daquelas histórias românticas de Pando, eu não sou muito... romântico, ou “fofo”.

Taikuri ri e Romanze resmunga.

— Eu preocupado, e você rindo.

— Só de você agir assim, já é fofo.

— Para com isso...

— É sério, obrigado por se preocupar, e, já que está preocupado, tem algo que você poderia fazer para melhorar o astral de hoje.

— Não, eu estou cansado para uma corrida de “cavalo”.

Taikuri chega ao ouvido de Romanze e diz.

— Não se preocupe, hoje sou eu que vou cavalgar.

Os dois se apressam e chegam ao quarto, que já está enfeitiçado para que os eventos dentro dele não sejam vistos ou ouvidos, nem por magia comum. Romanze é mais tímido e se certifica da qualidade do encanto para que não haja problemas.

— Nossas habilidades mágicas estão ótimas, o feitiço ainda está ativo e forte.

— Sim, eu quero ver se outras habilidades também estão bem “Ativas” e “Fortes”...

Taikuri usa magia para jogar Romanze na cama, tranca a porta, fecha a janela, multiplica as velas no quarto e para acendê-las. Romanze prepara uma magia para tirar as roupas, mas Taikuri o interrompe.

— Espera!

Taikuri sobe na cama, fica sobre seu parceiro e diz enquanto entrelaça seus braços por trás do pescoço de Romanze.

— Vamos com calma. Eu também estou cansado...

— Então por que você quer fazer?

— Porque eu sei que, só em sentir seu corpo salientando e pulsando abaixo do meu, eu terei minha vontade e energias renovadas.

— Você é muito safado!

— Só eu? E isso aqui que eu estou sentindo?... Bem aqui embaixo.

Romanze não aguenta e sorri se entregando à vontade e ao jogo de Taikuri, que ri dele.

— Pare de se fazer de difícil, seu corpo já está me dizendo o que você quer!

— Está? Então me mostra.

Taikuri aproveita que seus braços estão em volta no pescoço de Romanze e o puxa para beijá-lo.

— Vou fazer mais do que só mostrar para você...

Romanze agarra na cintura de Taikuri forçando o corpo dele contra o seu, Taikuri sente o desejo e o prazer aumentando em seu parceiro e o beija com mais ferocidade, além dos beijos, ambos exploram a parte superior do corpo um do outro, tanto com as mãos e os lábios que percorrem caminhos mais sensíveis e prazerosos.

Taikuri cria um jogo ousado, uma disputa em quem atiça e provoca mais um ao outro. Em um momento, Romanze exclama.

— Trapaceiro!

— Deleite-se...

Romanze ri a maioria das vezes no jogo por perder fácil para seu parceiro, que tem memorizado tudo que tem que fazer nessa situação com seu amado. Ambos mergulham em uma aventura íntima de luxúria; não só mãos ou lábios avançam, mas também os dois corpos nus se entrelaçam com suas línguas nas bocas, umedecendo e trocando amor e carinho. Ambos pegam nos membros um do outro, massageando e estimulando-os para o grande momento.

— Eu disse que o cansaço iria embora rápido.

— Sim... Dance... Sensualiza em cima de mim...

O êxtase atinge seu ápice, ambos estão ofegantes e abertos ao prazer.

— Isso! É agora...

Taikuri se posiciona e senta-se no colo de seu parceiro, colocando o membro de Romanze dentro de si enquanto o encara com prazer e desejo. Ao penetrar sem amaciar o músculo, faz com que os dois gemam alto. Eles riem em seguida, e Taikuri diz:

— Vamos começar a diversão!

A fome do corpo, dor, prazer e gemido um do outro aumenta cada vez que Taikuri aumenta a velocidade do movimento que faz no colo de seu amado. Romanze também movimenta seu corpo e, com vontade e prazer, ele força a cintura de Taikuri contra a sua, gerando mais gemidos e calor entre eles.

— Delícia!

Nas três vezes em que Romanze demostra que chegará ao orgasmo, antes de gozar tudo o que está sentindo e passando, Taikuri muda de posição ou diminui a intensidade, para que dure mais o momento de êxtase entre eles.

— Calma... Quero chegar à exaustão com você dento de mim...

Taikuri reveza posições sexuais para que ambos tenham momentos satisfatórios e prazerosos, abusando ao máximo um do outro. Depois de mais algumas ousadias ditas, agarradas fortes, movimentos frenéticos e beijos longos, Romanze e Taikuri gozam.

 

Com o fim da festa, todos seguem para seus dormitórios ou para a festa nas docas, que foi a última a ser iniciada e será a última a acabar, sendo também a que terá uma duração maior.

Ray está animado por passar o evento todo com seu pai e seu mestre, aprendendo e se familiarizando com esse tipo de obrigação, que heróis e que cargos importantes precisam vivenciar sempre, além de compromisso e responsabilidades, ele também se divertiu e conheceu bastante gente animada e festeira.

“Mais um dia bem-sucedido e bem proveitoso, espero que mais dias assim aconteçam e que a paz chegue logo para que não haja mais morte, dor e sofrimento.”

Rupert não aproveitou muito a festa por se concentrar mais nas lutas e disputas amigáveis que houve; mesmo ficando em uma posição boa no ranking, ele fica decepcionado com o seu desempenho.

“Preciso treinar mais, como pude perder para alguns bêbados? E, mesmo ganhando de muitos, eu nem sequer fui citado pelos mestres que organizaram o evento. Reconhecimento zero e lazer zero, as festas só decaem.”

Meena gostou de ter participado das disputas, ganhando mais atenção do que o de costume no círculo comum de colegas de dormitório, ela seguiu algumas instruções de como agir e sobre o que falar para ser mais aceita em grupos mais populares e de elite.

“Preciso mudar o meu modo de ser, hoje, mais que nunca, vi que tenho que me moldar àqueles dos quais quero ficar próxima; se quero ser de elite, eu tenho que agir como uma guerreira de elite.”

Pedro, Donny e Jake têm mais um momento perto de suas fãs. Jake não vê a hora de ir para sua cama e, indo na frente do grupo, é abordado por Donny, que chega por trás, abraçando-o forte e diz alto:

— Já vai para a cama, meu Jake?

— Já acabamos por hoje, pare com isso.

— Não vamos dormir juntos essa noite?

— O que há com você? Bebeu muito e precisa dormir também, vamos!

Jake se solta de Donny e o puxa para ir logo ao dormitório e parar com o teatro. Pedro ri e se despede do pequeno grupo que ficou até o fim com eles.

— Bom descanso para todos vocês e muito obrigado pelos presentes e a atenção que dão a mim e aos meus amigos.

— Bom descanso, meninos.

— Amei as músicas, vocês são ótimos!

Pedro é bem cordial e respeitoso, o momento estressante anteriormente o deixou distante do seu objetivo mais prazeroso, de ir atrás de mulheres, e se concentrou mais em ficar com seus amigos, para se divertir e vigiar para ver se nada mais incômodo poderia acontecer com o grupo; isso também incluiu Doug, Júlio, Romanze e Taikuri.

“Bom que nada de ruim aconteceu hoje, não tão grave; mesmo não tocando no evento principal, nós nos divertimos muito, gosto de momentos assim, mas sei que é só um sonho dentro de um grande pesadelo, o evento foi maior porque eu sei que uma guerra se aproxima, e eles querem dar esperança ao povo, e para nós, guerreiros que lutaremos nessa guerra... É triste, mas, por lutar ao lado dos meus amigos, eu me sinto mais inspirado e feliz... Estamos fazendo a coisa certa e pelas pessoas certas.”

Fora de visão, Donny deixa de dissimular e agradece a Jake.

— Obrigado pelo dia, você e Pedro são a esperança do meu emocional no meio de tanta coisa.

— Você também se sente assim?

— Sim, lembra que ouvimos aqueles homens na taverna, muitas batalhas e uma grande guerra chegará em breve... E nós estaremos nela.

— Pensando agora, até que é bom esse “teatro” que Pedro arrumou para nós.

— Sim, mas ele ganha um bom ouro e mulheres com isso também.

— Não podemos culpá-lo, não?

— Verdade... Desculpa se às vezes exagero na interpretação, mas há um fundo de verdade, eu me preocupo e gosto muito de você, de vocês dois.

— Eu sei... Bom que acabamos ficando próximos.

— Muitos não dizem e até fingem que não existe esse problema, mas há uma grande distância e subestimação de pessoas de famílias mais simples, ou até de quem não tem...

— Vamos dormir. De qualquer forma, nós nos achamos e estamos juntos.

— E sempre ficaremos.

 

Júlio e Doug aproveitam o final do evento para arrumarem um quarto só para eles. Deitados juntos em duas camas que eles juntaram, Doug comenta:

— Eu acho muito legal a relação que Ray tem com o mestre Maxmilliam.

— Você comentou outra vez, é por que o mestre é padrinho de Ray?

— Sim, é como mais um na família, alguém que preza por você, e você preza por ele.

— Você tem a mim.

— Nossa relação é diferente, digo na questão de ter um afilhado, como somos... Bem, não teremos um filho nosso.

— E precisamos?

— Não é uma regra, eu sei, mas eu digo olhando para o próprio mestre, ele não é como nós e não tem uma família “padrão”, e aceitou ter um afilhado.

— Seria para suprir um filho?

— Talvez, mesmo que não seja, ele agora tem esse vínculo, é como mais uma motivação, felicidade... Não sei se você está me entendendo.

— Estou entendendo. No começo eu achei que você quisesse um padrinho, mas agora eu vejo que você quer um afilhado.

— Sim! Eu gostaria de ter essa responsabilidade de cuidar, tutorear e dar amor para gerar mais um guerreiro ou até um cidadão comum e que seja bom para o mundo.

— Até lá você pode cuidar de mim.

Júlio dá um beijo tímido em Doug, que retribui com gosto seu amado. Doug ri envergonhado por demonstrar mais desejo do que o comum e comenta.

— Você dá muito trabalho, prefiro cuidar de uma criança.

— Como você diz isso? Você já trabalhou de voluntário com isso, tem algumas que são pirracentas.

— Mas o nosso afilhado será diferente, ele será perfeito.

— Nosso?

— Sim! Estamos juntos em tudo, ou você vai me deixar cuidando do nosso afilhado sozinho?

Júlio fica comovido por Doug colocá-lo em seus planos e sonhos mais estimados e o abraça forte como agradecimento.

— Obrigado.

— O que você está fazendo?

— Agradecendo, meu amado, por me colocar em tudo em sua vida.

— Obrigado por aceitar...

Júlio ataca Doug com beijos e chamegos, focando em dar muito carinho antes de dormirem. Doug está mais animado do que o de costume e retribui no mesmo nível de satisfação e desejo.

Entre carinhos e beijos, ambos se distraem nesse momento íntimo, que fica cada vez mais quente e ousado: beijos mais longos, lábios exploram o pescoço, ombro e o peito de seu parceiro ao ponto de sentirem o prazer “crescendo” um no outro.

Mais e mais as mãos acessam lugares mais sensíveis e íntimos, dando a certeza desse prazer explícito pelos seus corpos; nesse ponto Doug comenta, ainda sendo interrompido por beijos:

— Júlio... precisamos dormir... está tarde...

— Você tem certeza?

Júlio desanima um pouco, mas percebe que a situação está ficando fora de controle, podendo até estragar a intimidade deles, e ainda por serem ouvidos, tanto dos lados como em cima e abaixo, onde há outros quartos com paredes comuns, tendo o risco de serem ouvidos se o som se exaltar um pouco.

Júlio abraça forte Doug, que retribui o carinho com um grande beijo mais inocente e amoroso.

— Vamos dormir...

Ambos ainda agarrados, parecendo uma concha, dormem tranquilamente sentindo a respiração de quem amam diminuir pouco a pouco até o estágio de repouso.



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