Hitman Brasileira

Autor(a): Ryan VC


Volume 1 – Arco 3

Capítulo 16: Faca vs Bomba

— Hibari! — Kurumi berrou chegando.

As duas o olharam confusas e logo se juntaram.

— Kuni-chan?

— O que houve? — Hibari indagou. — Cadê o Shizuki.

O rosto do garoto ficou meio frio com aquilo e ele suspirou.

— Ele morreu.

— O que?! — ambas exclamaram.

— Ele morreu lutando com o líder do grupo.

As mãos de Muno tremeram com isso até que ela caiu no chão, em prantos.

— Não, não, não! Sacchan! — Ela estava chorando bastante em desespero. — Por que?! Isso não é justo, não é justo!

Kurumi ficou chocado e Hibari colocou a mão no ombro dela.

— Eu sinto muito, mas isso é parte da vida de assassino de aluguel. — disse levemente fria. — A morte sempre está do nosso lado.

Kurumi ouviu aquilo pensativo quando tirou a identidade entregando pra Hibari.

— Ele conseguiu a identidade dele? Aquele cara é mesmo incrível.

Ela ajudou Muno a levantar e foi a acalmando.

— A morte dele não vai ser em vão, Muno! — disse Hibari. — Graças a ele o país vai ficar melhor, vamos impedir um grande genocídio!

Ela abriu seu livro e tirou uma página da qual surgiu um cachorro.

Ela mostrou a identidade a qual ele cheirou e logo foi correndo.

Não muito longe, Momoki estava com um sorriso vendo o avião pousar e o Ministro andar em um tapete vermelho.

— Ei, onde estão os membros dos pontos G, F e J? — Momoki indagou no rádio.

— Não sabemos senhor, eles simplesmente sumiram.

A mão dele tremeu com ele rosnando furioso.

— Inúteis! Bom, ainda dá pra usar as bombas, só significa que a explosão será menor do que planejei.

— Ah, como assim, senhor?

— Adeus senhores, Yamagichi, Sendo, Takuya, e todos os outros, seu país agradece.

Ele abriu bem os braços com as mãos abertas e de repente ele as fechou.

No segundo que fechou grandes explosões aconteceram na multidão gerando um pânico enorme e uma grande faixa de mortos.

— Isso mesmo, morram seus lixos, deixem esse lindo país crescer sobre seus corpos podres! — disse com um sorriso louco no rosto.

Ele foi rindo até que arregalou os olhos ao ouvir um som e ao se virar para trás ele recebeu um corte.

Kurumi estava com sua faca tendo deslizado um corte no homem bem em sua barriga.

Momoki caiu no chão com isso e Kurumi foi o olhando com uma feição onde não deixava escapar seu ódio, rosnando e com um fogo no olhar.

— Quem é você, moleque?! — O homem bradou se levantando.

— Eu sou o cara… Que vai cortar o seu pau fora e enfiar no seu cu! — exclamou apontando a faca pra ele sem perder a feição furiosa.

Momoki conseguiu se levantar sentindo dor com aquele corte.

— Essa faca… — falou após o olhar melhor. — Você é o idiota que invadiu minha base e matou meus membros, aqueles inúteis não conseguiram dar conta de você?!

— Todos morreram, e relaxa, você vai ficar com eles logo, logo.

— Era o que eu ia dizer pra você, sobre seu amiguinho — respondeu sorrindo.

Os olhos do garoto tremeram com isso e ele partiu de encontro ao homem começando uma série enorme de deslizes.

Sua faca ia e voltava como se fosse uma dança de tão sincrônica, o homem desviava com dificuldade até receber um corte em seu joelho e nisso hesitou.

Com a brecha o garoto acertou outros cortes, um em seu rosto, dois no braço e mais um na perna, o que fez o homem cair no chão.

— Merda!

— Morre, seu desgraçado! — bradou Kurumi.

Ele desceu sua faca em um corte brutal porém o homem desviou por pouco fazendo a faca se cravar no chão.

Momoki moveu o pé até o maxilar do garoto o jogando pro ar e em seguida um soco no centro do estômago que o jogou longe.

O homem pegou Yanagiri e a apontou para Kurumi mostrando um sorriso.

O garoto levantou arfando e notou a situação.

“Idiota, eu posso só desfazer meu Fardo e então refazer na minha mão, pera…”

Ele em seus pensamentos notou o sangue de Momoki sumir e nisso ele teve uma ideia.

— Tá achando que eu preciso de uma faca? — disse sorrindo. — Eu vou te matar na porrada pura!

— Vai morrer pela própria arma!

Kurumi moveu seu punho contra ele, que desviou e acertou um corte contra o estômago dele seguido de uma joelhada bem na ferida.

Kurumi arfou colocando a mão no ferimento e realizou um chute contra o maxilar de Momoki que pegou em cheio.

Ainda nessa posição ele colocou as mãos no chão e prendeu o pescoço de Momoki com as pernas e girou jogando o homem longe.

— Que estilo mais idiota… — o homem exclamou, levantando. — Eu vou arrancar sua cabeça!

Ele se lançou rosnando contra o garoto e começou uma série de cortes, Kurumi tomou vários deles até que ao notar uma brecha ele moveu o punho segurando o pulso com faca de Momoki e com a outra mão ele começou uma série intensiva de socos e finalizou com uma cabeçada.

O choque de cabeças lançou Momoki longe e zonzo, ele foi arfando com aquilo e rosnou portando uma raiva imensa.

— Fedelho, maldito… Já cansei disso!

Ele se lançou e saltou de forma a realizar um corte de cima para baixo o qual Kurumi segurou com as mãos nuas.

— O que?!

O garoto rosnou segurando a lâmina com as mãos com certa força e saltou dando um chute duplo no estômago de Momoki o jogando longe e o fazendo soltar a faca.

Momoki caiu longe rosnando e foi se levantando.

“O estilo de luta dele é totalmente imprevisível, não consigo prever oque ele vai fazer”

Kurumi pegou Yanagiri e arfou estando lotado de sangue que começou a sumir e a lâmina começou a crescer com ele sorrindo.

— Ela mudou?... Sua faca muda?!

— Acho que entendi — disse arfando — Ela cresce conforme eu alimento ela com sangue… Ainda não tá grande o suficiente, seu sangue vai encher o estômago dela!

Momoki passou a mão no rosto tirando o sangue e sorriu.

— Entendi, você queria ter certeza que iria ter bastante sangue, a única forma de fazer isso era você mesmo doando — exclamou, calmo. — Estratégia interessante, embora arriscada.  

— É isso mesmo! — disse o garoto fazendo uma pose onde ficou com os braços bem esticados. — Se curve perante aquele com um Qi que supera Frankenstein e Chinatown!

Momoki ouviu aquilo confuso, apenas ficando intrigado.

“Acho que ele quis dizer Einstein e Newton”

— Se curve, ajoelhe-se perante o Qi genial do Grande, Kurumi-sama! — Ele portava um grande sorriso presunçoso.

— Kurumi? — indagou. — Então esse é seu nome, qual o resto?

— Ah? O que te interessa isso? 

O garoto ficou apreensivo com Yanagiri em mãos, e o homem apenas levantou as mãos.

— Eu só desejo saber para que coloquem em minha lápide isso — respondeu sorrindo. — “Morto pelo mais formidável, o grande…” entende?

— Ohhhh! Faz sentido! — respondeu batendo o punho no outro. — Meu nome é Kurumk Kuni!

— Muito obrigado! — respondeu rindo.

Ele correu na direção de Kurumi com a mão aberta em grande velocidade chegando perto dele bem rápido.

O garoto respondeu movendo a faca mostrando uma força maior realizando um corte que o homem desviou por pouco e chegou no garoto movendo sua mão aberta até ele.

— Adeus! Grande Kurumi-sama!

Ele a centímetros de tocar acabou sendo acertado e caiu longe.

Kurumi estranhou olhando pro causador do golpe.

— Mas, oque?!

Momoki no chão olhou irritado e confuso.

— Como… Você?! — indagou rosnando.

— Regra número 7 do código dos Assassinos de Aluguel.

Os olhos de Kurumi brilhavam e em sua frente estava… Shizuki.

— “Sempre cheque se o alvo está com batimentos”! — prosseguiu.

— Você tá vivo! — Kurumi exclamou, sorrindo.

Momoki rosnou no chão e se levantou.

— Como pode estar vivo?! — bradou. — Eu fiz uma explosão a queima roupa bem em cima de você!

— Quando percebi a explosão eu usei minha velocidade para me afastar — explicou. — Não deu pra sair ileso, eu fiquei nocauteado por um tempo, mas sobrevivi.

— Mas eu chequei seus batimentos a partir do pulso! — Kurumi exclamou.

— Você sabe ver batimentos a partir do pulso? — indagou.

Kurumi apenas piscou com uma feição inocente e suspirou.

— Acho que agora faz sentido! Eu não faço nem ideia!

Shizuki não ligou para ele e seguiu sério apontando a mão aberta para Momoki e a katana surgiu.

— Seu plano doentio já acabou — disse, frio. — Eu já entendi o seu Fardo.

— Pera, que?! — O garoto indagou. — Ele tem um Fardo?

— Então você entendeu? — disse Momoki, sorrindo.

Shizuki deu alguns passos com uma postura firme.

— Fardos são manifestações do nosso eu verdadeiro, eles sempre serão manifestações, e por isso podem vir em três formas, os 3 A's! — Ele abriu a mão mostrando três dedos.

Kurumi estranhou aquilo, ficando surpreso e Momoki apenas seguiu calmo.

— Armamento: Fardos de objetos com habilidades, podem ir de armas, objetos ou qualquer item, são variáveis e dependem do usuário estar capacitado!

A mente de Shizuki ficou lotada com imagens de pistolas, espadas e arcos.

— Abominação: Fardos que se manifestam como seres vivos, podem ser animais ou monstros, são totalmente independentes do usuário e atingem qualquer distância e ficam ativas mesmo com ele desmaiado ou morto!

A mente dele agora se encheu por lobos, pássaros, dragões e outros animais.

De repente a mente dele mudou ficando agora com a imagem de chamas, raios e água.

— E por último… Abstrato: Fardos que se manifestam em coisas não sólidas, como fogo, raio, ar, ou sabe, qualquer coisa, como… Explosões? — disse sorrindo.

Momoki seguiu o olhando friamente e Kurumi esfregou a cabeça de leve.

— Acho que a Hibari já falou sobre algo assim uma vez.

— Mas o que realmente importa é… Fardos Abstratos, além de dependentes do usuário, só podem ser ativos com gatilhos — explicou. — E o seu gatilho é… Você precisa saber o nome da pessoa, não é?

Momoki suspirou e então ele aplaudiu com um pequeno sorriso.

— Bravo! Você é realmente inteligente, diferente do seu amigo!

Kurumi rosnou com isso tentando ir pra cima com Shizuki o segurando.

— Você de fato descobriu, estou impressionado — exclamou. — Meu Fardo “Detonação”, me permite manifestar explosões a partir de seres vivos, para isso preciso saber o nome do ser e depois tocá-lo, assim posso ativar quando e onde eu quiser.

— Que pena pra você, agora que sabemos isso, não temos que nos preocupar, você nunca vai saber nossos nomes!

Kurumi começou a assobiar suando e tentando não olhar direto.

— Não tenho tanta certeza — O homem exclamou. — Você concorda com ele, Kuni-kun?

Shizuki nisso arregalou os olhos e olhou em desespero pra Kurumi.

— Você disse seu nome pra ele?!!

— Eu não sabia que não podia!!

Shizuki foi até ele o dando um cascudo e rosnou com extrema raiva.

— Qual o defeito do seu cérebro?! Isso é regra básica! — bradou. — “Regra número 3 do código dos Assassinos de Aluguel, sempre se apresente apenas pelo codinome”!

— Eu não tenho um codinome! — Kurumi bradou.

— Regra número 2: “Sempre tenha um codinome”!!

Ambos se encaravam rosnando até que pararam ao ouvir o som de risos e ao olhar viam Momoki rindo.

— Tá rindo do que aí?! — Kurumi bradou. — Até parece que vou deixar você me tocar! Além do mais… Você não sabe o nome do Shizuki, ele vai te quebrar todo!

— Ah, então seu nome é Shizuki?

Kurumi congelou com isso e tremeu todo o corpo.

— Ele é um gênio!! — Kurumi berrou.

— Cala a porra da boca!! — Shizuki berrou o dando um tapa na nuca dele.

O moreno rosnou de raiva e nisso foi com o olhar para o terrorista.

— Saber o nome completo da pessoa aumenta o poder da explosão, só saber uma parte deixa ela mais fraca — Momoki explicou. — Então mesmo que eu exploda você Shizuki-kun, não seria mortal, mas iria te nocautear provavelmente.

— Fala como se conseguisse me tocar.

Kurumi deu alguns passos à frente, ele balançou sua faca e liberou uma rajada de ar pressurizado.

Era bem grande e Momoki desviou por pouco apenas ficando com um pequeno corte na bochecha.

— Chega de toda essa falação! — disse sorrindo. — A única coisa que preciso ter na mente é que preciso te matar e pronto!



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