Hitman Brasileira

Autor(a): Ryan VC


Volume 1 – Arco 3

Capítulo 17: O Ódio de uma Nação

Momoki passou o dedo limpando o sangue na bochecha e olhando o garoto.

— Você realmente é bem desaforado, Kuni-kun.

Os dois seguiam olhando e o cercando com ele mantes os olhos em Kurumi.
Nisso Shizuki chegou nele por trás acertando um corte e sumindo antes do contra-ataque.

Isso abriu uma brecha a qual Kurumi usou descendo sua Yanagiri e Momoki moveu a cabeça pra trás nos últimos segundos vendo seus cabelos voarem pelo corte.

Ele se afastou e ambos os três arfaram com Shizuki olhando pro parceiro.

— O ministro já deve ter chegado, né? — indagou. — E se ele tiver algum subordinado pra matar enquanto estamos aqui?
— Relaxa, não tem que se preocupar com isso.

O homem ouviu aquilo e notou o garoto tirando um rádio do bolso.

— Hibari! — berrou chocando os dois. — Ei, Hibari! Responde! Muno! Cadê vocês duas, porra? Atendam! Cambio!

Ele seguiu assim até Shizuki o calar rosnando e Momoki aplaudiu chamando a atenção de ambos.

— Hibari e Muno — disse sorrindo. — São os nomes das suas amigas?

Kurumi congelou arregalando os olhos e levou um cascudo bem forte de Shizuki.

— Eu já não tinha te mandado calar a porra da boca, imbecil?!

Do outro lado da cidade, Hibari estava dirigindo um carro em alta velocidade, no banco de trás estava o ministro com um saco na cabeça e Muno pintando as unhas dos pés dele.

— Natsu-chan, vai mais devagar! — disse a mulher ainda segurando os pés do ministro. — Se você for muito rápido eu vou borrar tudo!

— Se eu desacelerar vamos ser pegas! — exclamou brava.

Ela fez uma curva quase virando, mas se manteve firme vendo pelo retrovisor alguns carros da polícia.

— Quem está aí? — indagou o homem. — Por que estão fazendo isso?! Me soltem por favor!

— Tá bom — disse Muno. — Você pediu com educação.

— Muno, não!

Hibari a impediu e nisso por pouco quase bateu e voltou a dirigir arfando.

— Foi mal aí, senhor Ministro, mas estamos fazendo isso pra salvar a sua vida — disse Hibari com uma feição confiante com memorias vindo em sua mente.

Em sua memoria seu cachorro foi correndo pelo local com o grupo indo atrás e ficavam escondidos perto de Momoki ouvindo a conversa dele pelo rádio até que ele se afastou.

— Ele disse bombas... Droga, droga! — exclamou a garota.

— Eu já tomei algumas, mas se tiver mais aceito — disse Muno abrindo a mão com um olhar puro.

— Não Muno, eu disse droga, porque essa é uma péssima situação!

— Oque a gente faz? — Kurumi indagou, rosnando.

Ambos olhavam pra Hibari que pensou firme.

—Eu tenho um plano, mas vamos ter que nos dividir, eu lido com o Momoki e vocês dois vão fugir com o ministro em um carro! — Ela respondeu.

— Ahh, nem a pau eu ando de carro com a Muno dirigindo.

— Ei! Não é porque eu não sei dirigir que signifique que eu não possa dirigir!

Ambos ficavam quietos com isso e Hibari suspirou.

— Devia imaginar que você não saberia dirigir... — Ela suspirou e olhou pra Kurumi. — Eu e a Muno vamos pegar o ministro, você fica com o Momoki, tá tudo nas suas mãos, Kurumi!

Ele parou e nisso sorriu com um brilho e confiança no olhar correndo com a Yanagiri em mãos.

A explosão ocorreu e nisso o chão onde o ministro estava abriu e ele caiu no subsolo com Hibari segurando uma pá e Muno pondo um saco na cabeça dele e então a morena bateu a pá na frente fazendo uma rota se formar para as duas seguirem.

— Você foi muito esperta trazendo aquilo, Natsu-chan!

— Com meu fardo apenas posso trazer 10 coisas, eu sempre tento levar as coisas mais uteis pra qualquer possibilidade! — disse sorrindo.

Ela ficou meio pensativa olhando pra frente com uma feição mais séria.

“Já fizemos a nossa parte, agora é com você... Kurumi.”

Voltando a luta do outro lado, Kurumi se lançou com uma serie de cortes as quais o homem foi desviando se lançando pra trás.

Ele olhou de relança e viu Shizuki evitando o corte e o jogando contra o outro fazendo ambos caírem juntos em pé.

— Ele tá cauteloso. — disse Shizuki.

— Agora que sei o poder do corte dos dois não posso deixar me atingirem — falou o homem sorrindo. — Mas vocês deviam focar mais em seus próprios pesos nessa balança!

Ele pegou um banco da praça que estavam e lançou contra a cabeça de Shizuki que desviou facilmente, mas logo viu Momoki encima dele quase o tocando.

Kurumi se lançou chutando o garoto pra longe e movendo sua faca para acertar um corte em Momoki.

O homem cuspiu sangue com aquele corte e nisso correu para se afastar com os dois indo atrás.

— Não precisava chutar tão forte!

— Precisava sim!

Ambos foram correndo quando o moreno olhou o outro e nisso saltou recebendo outro chute que o lançou encima de Momoki, acertando outro corte, o homem logo foi para o tocar porem ele sumiu e reapareceu atrás dele.

Ele era lançado com um chute e caia exatamente encima de Kurumi que o acertou um corte forte no estomago.

O homem caiu no chão vomitando sangue e já bem fraco se tremendo.

— Xeque-me o mate!

— É xeque-mate — corrigiu Shizuki se aproximando. — Seu plano doentio acaba aqui.

Momoki arfava com os olhos arregalados e tentava fugir engatinhando.

“Não! Eu não posso morrer aqui... Eu preciso... Preciso ajudar o país!”

Ele seguiu com os dois nem ligando tanto até que Shizuki ouviu um som e correu com Kurumi com ambos fugindo de uma granada que pousou ali.

— Momoki-san! — disse um garoto chegando com uma arma e as roupas do resto da organização. — O senhor está bem?

— Oque? Q-quem é você? — balbuciou sem acreditar.

Os dois garotos se chocavam com aquilo e foram correndo com Shizuki estando machucado.

— Eu sou o novo estagiário senhor — disse o garoto segurando outras granadas. — Eu comecei faz apenas 3 dias, sou o Yoshi Kouko.

— Obrigado... — disse Momoki exclamando o maior e mais sádico sorriso de seu rosto. — Voce salvou seu país meu jovem!

— Sai daí, moleque! — berrou Kurumi.

Momoki pegou a mão de Yoshi e o lançou contra os dois resultando numa grande explosão que pegou os dois em cheio.

As garotas seguiam no carro fugindo com Hibari apreensiva.

— Qual o problema dele? — bradou. — Por que o Kurumi não me ligou ainda? Ele não morreu, né?

— Ah, não. Ele te ligou umas 7 vezes. — Muno respondeu mostrando o rádio.

— Que?! — Hibari exclamou com os olhos arregalados. — Por que você não disse nada?!

— Porque eu tô chapada! — respondeu animada e levantando os braços.

A garota suspirou e pegou o rádio apertando o botão e do outro lado da cidade o rádio de Kurumi tocou.

— Hibari pra Kurumi, me desculpa, eu tava ocupada. Eu e a Muno fugimos com o ministro, estamos no distrito de Katsushika, na província de Shimōsa, estamos num Toyota vermelho, vem encontrar a gente o quanto antes, câmbio!

O rádio estava em mãos até que um riso ecoou... Era Momoki, segurava o radio rindo e foi andando até o meio da rua fazendo um carro parar.

— Ei doido, quer ser atropelado? — disse o motorista, bravo.

Momoki o lançou no chão e fugiu no carro com uma chama no olhar e um grande sorriso.

“Acharam mesmo que poderiam me vencer? Um herói não pode perder! Eu serei o herói do país, o herói que fara todas as outras nações sumirem!”

Bem atrás, o parque estava bem destruído com uma pequena cratera ali e no meio Shizuki e Kurumi deitados lado a lado extremamente machucados.

— Mas que merda... — murmurou Kurumi.

— Eu não sinto a maior parte do meu corpo — disse Shizuki.

— Eu sinto o suficiente — disse se levantando com bastante força. — Vamos, deixa de ser broxa e bora matar aquele cara.

— Até parece... Eu nem consigo me mexer — Ele suspirou. — Vai lá, acaba com aquele cara, é uma ordem do seu senpai.

Kurumi foi se alongando e então só deu as costas para ele.

— Eu tô me fudendo pra você como senpai — respondeu, calmo. — Mas... Posso fazer isso por um pedido de um amigo.

Shizuki arregalou os olhos e Kurumi foi embora.

O moreno seguiu no chão jogado com seus olhos ficando nas nuvens no céu.

“Esse jeito dele... Me deixa puto, é frustrante como ele me lembra você.”

Em seguida a isso, Kurumi estava numa garupa de uma moto com sua faca a centímetros do pescoço do homem que dirigia chorando.

— Por favor, não me mata!

— Então para de chorar! — bradou. — Seja homem e me leve até aquele carro!

Eles foram se aproximando mais ainda e nisso Momoki arregalou os olhos ao vê-los pelo retrovisor.

— Esse moleque ainda tá vivo?! — exclamou rangendo. — Isso é algum tipo de piada?!

Ele expressava uma feição onde suas veias saltavam até ele olhar pra frente e ver o carro onde estavam Hibari, Muno e o Ministro.

— Por que você levantou ele, Muno?

— Ele fica mais fofo assim!

— Ele é um homem de 70 anos com um saco na cabeça!

— Mas com unhas maravilhosas! — disse sorrindo ao mostrar as unhas do ministro.

Hibari apenas suspirou com aquilo e voltou a ficar apreensiva.

Kurumi se aproximou mais e logo se posicionou para saltar.

— Beleza, eu fico aqui! Vou fazer de tudo pra você não morrer! — Kurumi exclamou pro piloto. — Só mariquinhas morrem antes dos 20!

— Mas eu tenho 21!

— Ah, então que se foda!

O garoto saltou fazendo a moto e o piloto caírem atrás, ele pousou encima do carro fincando sua faca para não cair.

O carro foi de forma bruta lá pra cá, com o garoto mal aguentando e Momoki no volante rosnava tentando o derrubar.

— Morra logo, seu moleque!

— É o Kurumi? — Hibari indagou ao ver a cena.

Ambos seguiam daquela forma agitada no carro até que Kurumi acabou caindo, mas se prendeu na porta de Momoki.

— Exploda, seu merdinha! — bradou movendo a mão até ele.

O garoto nisso soltou uma das mãos e realizou um corte com sua faca ainda grande liberando uma rajada de ar cortante.

A rajada atravessou Momoki, cortando fora sua mão, e uma parte de sua cabeça o fazendo berrar e virar o carro.

— Merda! — Hibari gritou correndo até ele.

Ela foi junto de Muno vendo os destroços do carro até achar ele.

— Meu corpo tá muito fudido...

Ele estava cheio de sangue e com um olho fechado e nisso Muno o ajudou a levantar.

— Tá tudo bem, nós duas estamos aqui, Kuni-chan.

Hibari suspirou calma até que se chocou ao olhar para ela.

— Pera Muno, o que você tá fazendo aqui? — indagou. — Era pra você ficar vigiando o ministro!

Muno acabou soltando Kurumi chocada e o olhar pra frente viu Momoki correndo até o ministro.

— Ministro-chan! Não!

Ela foi correndo na direção deles com Hibari indo também.

— Idiotas... Acharam mesmo que poderiam me vencer — murmurou. — Eu luto por algo muito maior que vocês! Até o dia que eu fazer a minha nação reinar sobre as outras, eu não irei morrer, meu ódio me manterá vivo!

— Não! — berrou Kurumi.

Logo ele num ultimo ato lançou sua faca que foi girando até Momoki que levou sua mão ao ministro.

— Tchau, tchau senhor Desmond, vamos juntos pro inferno!

Ele congelou centímetros antes de o tocar e ficou totalmente paralisado com a faca de Kurumi chegando após isso em seu peito.

— Ah, você matou ele? — Hibari indagou.

— Não, ele parou antes da minha faca acertar... Oque houve?

— Fui eu quem matei... — disse uma voz ao longe.

Os dois se chocavam com isso e olhavam na direção da voz.

Parada encima de um poste estava uma mulher alta e magra, usava mini calças longas, salto altos e um vestido preto cuja parte da frente era curta dando pra ver suas pernas e a da trás ia além dos joelhos. Seu vestido deixava a mostra os ombros e o decote e em suas mãos tinham luvas sem dedos segurando várias agulhas, seu longo cabelo preto era preso em duas mechas grossas na frente e seu rosto era coberto por uma mascara branca com desenhos de flores rosas.

Kurumi ficou abalado com aquilo com seus lábios tremendo sem acreditar.

— Você... Matou ele?

— Exatamente, com as minhas agulhas — disse exibindo suas agulhas cujas pontas tinham formatos de flores.

Bem na nuca de Momoki estava uma dessas agulhas e isso fez Kurumi rosnar com um fogo enorme nos olhos.

— Você... Você roubou nosso trabalho! — bradou. — A gente se esforçou muito e você só jogou esse esforço no lixo? Você vai pagar, né Hibari? Fala pra ela!... Hibari?

Ele olhou pro lado e viu a amiga congelada com os olhos arregalados e uma feição de completo pavor.

— É-é ela... — balbuciou.

— Ah? Quem é ela? — Ele indagou.

— Agulha e máscara de rosas... — Seguiu falando com medo. — Essa mulher é um dos assassinos que tá no top 10, como o Shizan-san.

Essa fala dela fez o garoto se chocar e voltou a olhar a mulher parada e imponente.

— A mulher que ocupa a sétima posição dos assassinos de aluguel... Belladona!

— Ah, então me conhece — disse a mulher, em frente a eles no poste.



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