Volume 1 – Arco 2
Capítulo 8: Faca vs Corvo
O corvo e Kurumi seguiam a troca de olhares, o garoto concentrou força nas pernas e se lançou contra ele numa velocidade enorme.
O corvo movia sua cabeça levemente pra trás e a lançava em grande velocidade numa estocada.
Ambos se chocavam, a Yanagiri de Kurumi e o bico do corvo, estalavam.
Kurumi logo moveu sua perna chutando o corvo, seu pé afundava no rosto da ave a deixando desestabilizada e a fazendo perder sua guarda e o garoto começava uma série de deslizes paralelos com força contra o que o fardo que detinha dificuldade pra desviar.
Hibari via aquilo ficando levemente arrepiada e Kurumi pousava arfando e logo virou a cabeça pra ela.
— Oque pensa que ainda faz aqui?! — indagou, rosnando para ela. — Se não quer virar alpiste, usa essas pernas de rocambole pra algo e cai fora!
— Você... — suspirou Hibari.
Ela levantou com dificuldade e se tremendo, logo ela partiu correndo.
O corvo logo se lançou na direção da garota, Kurumi logo saltou contra, ele girou cortando o teto e chutou os pedaços contra o corvo o fazendo cair no chão.
Hibari chegava na parte de fora arfando, as pernas dela tremulavam e ela caia de costas em um poste com a mão no estômago e arfando.
“Merda, eu devia ter me preparado melhor pra essa missão... Não imaginei que teria um Zumbi"
Kurumi no chão suspirava, ele se chocava com um estrondo e ao olhar o corvo lançava os estrondos pra longe e iria contra ele o acertando uma série enorme de socos.
O garoto vomitava sangue nessa série e movia sua faca fazendo o corvo recuar, Kurumi girava cortando ao meio uma pilastra ao seu lado e a chutava contra a abominação.
O corvo partia a pilastra num soco e notava que o garoto teria sumido, logo ele gritava, Kurumi descia sua faca num corte profundo seguido de um chute na coluna da ave que o mandava pra além da parede o fazendo cair do prédio.
Ao redor da cidade todos ali viam aquilo e o caos tomou conta com grande parte das pessoas correndo.
— Um corvo gigante?!
— Corram!
Todos gritavam e corriam com o corvo se levantando e berrando.
O garoto correu de dentro do prédio e se lançou, ele prendia sua faca de leve no prédio para descer deslizando e então saltava com seus pés forçando no prédio e no ar ele girou e assim arremessou sua faca no corvo o fazendo cair no chão e agonizar.
Hibari estava logo ali do lado, ela via aquilo com os olhos arregalados e arfava, a aura ao redor de Kurumi a fazia tremer, todo o corpo da garota arrepiava.
Os lábios de Kurumi tremiam e se formavam num largo sorriso com seu rosto pingando sangue, o corvo gritava levantando e ele saltava pra desviar, tirando sua Yanagiri do corpo do fardo.
Kurumi corria e usava os objetos ao perto para pegar impulso e saltar e lá ele iria descendo com sua faca pra baixo, o corvo desviava indo pro lado, nisso Kurumi batia com a faca no chão com força a ponto de quebrar.
Ele se chocava com aquilo e rosnava.
— Corvo de merda. — Ele deslizava seu dedão pelo sangue e então lambia. — Molho...
O corvo grasnava bem alto para Kurumi.
— E aí está a carne! — Ele gritou naquele mesmo sorriso largo e correu na direção da ave.
A abominação lançava uma árvore contra ele que nem sequer mudou sua rota e apenas seguiu reto.
“Vou testar uma parada.”
Ele seguiu seus passos contra o corvo e a árvore era partida ao meio, passou reto pelo corpo dele que estava segurando sua faca de novo.
Ele se lançou contra a ave desferindo um corte com sua Yanagiri.
“Deu certo, manter o fardo ativo não cansa, porém invocar ele cansa um pouco, mesmo que ela quebre ou qualquer coisa assim, é só invocar de novo e tá suave, mas invocar toda hora vai chegar um momento que eu vou desmaiar.”
Ele pensava nisso com a cabeça baixa e logo ele ria de leve até que levantava a cabeça e começava a gargalhar bastante.
— Então só preciso te matar antes disso, por que pensar demais?! — Ele gargalhava, assustando o corvo e chamando a atenção de Hibari.
"Esse garoto... Oque é isso?"
Ele então olhava pro corvo com um fogo no olhar.
— Espetinho de corvo? — Ele questionou pensativo. — Não, não, corvo assado seria melhor? Cara eu tô tão animado pra te matar!
Os olhos de Kurumi brilhavam como estrelas e seus lábios portavam um largo sorriso reluzente.
A ave se lançou girando como uma broca em alta velocidade, ao ver aquilo ele botou a faca reta, defendendo da broca vários estalos com faíscas saindo.
Uma disputa de força ocorria entre os dois o sorriso do garoto não se desfazendo.
As veias nos braços do garoto saltavam com ele forçando e ganhando a disputa, o corvo foi lançado pro céu e em seguida o garoto se lançou contra ele e com sua mão livre afundava um soco no estômago do corvo que era lançado novamente.
— A aura dele é totalmente sádica! — disse Hibari. — Ter um instinto assassino é normal pra um assassino de aluguel, mas o dele... É insano! É mais sinistro até que o do Shizan!
Kurumi pousava e logo o corvo vinha, nisso ele saltava para trás para um desvio, a ave seguiu vindo de várias direções com o garoto saltando para desviar, ele saltava e prendia suas pernas em um poste.
O corvo se lançou quebrando o poste e Kurumi foi pro ar e de lá ele fez uma cambalhota descendo como uma cerra e afundava no corvo o fazendo ir pro chão tomando um corte.
Ele em seguida ia pro lado arfando e o corvo berrava voando tentando fugir.
— Ahh?! Tá pensando que vai pra onde, passarinho?! — Ele indagou em um tom de deboche.
Ele logo corria com sua faca meio baixa e sua coluna levemente curvada, estaria transbordando sangue que passava por seus dentes do sorriso e ele saltava na direção do corvo.
— Você não vai fugir! — Ditou, loucamente.
— Oque é isso? — indagou Hibari. — A feição dele... O olhar dele... Mudou totalmente! Nem parece a mesma pessoa!
Os olhos dela tremulavam com ela vendo a feição sádica de Kurumi. A visão dela era a do garoto deslizando sua faca numa série surreal de cortes imerso numa aura aterrorizante e o corvo devolvia isso numa série de socos.
Kurumi acabava caindo no chão vomitando sangue e era recebido por um soco bem fundo do corvo que em seguida iniciou uma série de socos contra ele.
O garoto ia desviando arfando, ele via tudo levemente turvo, mal sentindo direito seu corpo, nisso ele acabou sendo pego pela mão do corvo.
Ele se batia tentando se soltar enquanto o corvo iria o amassando e nisso o sorriso sádico de Kurumi voltava, ele movia sua faca e girava, todo o braço do corvo era cortado em um corte perfeito.
Ele sorria no ar com o corvo agonizando e berrando.
— Isso mesmo! Esse desespero! — berrou Kurumi. — Esse medo... É o tempero perfeito pra carne!!
Ele sentia sua mente perdida e deslizava a faca em um corte diagonal bruto contra o peito da abominação.
E nisso girava realizando um segundo corte de trás pra frente ele rasgava o rosto e olhos da ave.
O corvo apenas berrava tentando mover sua mão pra Kurumi, ele no ar apenas portava seu sorriso e segurava Yanagiri com ambas as mãos, segurando forte ao ponto das veias dos braços saltarem e deslizava sua faca num corte vertical.
Tal corte cortava o corvo ao meio e o garoto iria caindo com em seu rosto estando o mais sinistro e sádico sorriso com o rosto cheio de sangue.
— Refeição completa! — Ele disse, sorrindo.