Volume 1

Capítulo 12: Bispo Agostinho

 

Mais um dia se iniciou na vida de Frederico. Após acordar bem cedo, antes mesmo do galo cantar, espreguiçou-se e levantou da cama.

Pôs seus chinelos e foi para a suíte de seu quarto. Lá, tomou uma ducha, enxugou-se e escovou os dentes.

Após, separou a sua tradicional roupa de padre e a vestiu, verificando em frente ao espelho se estava tudo em ordem.

Hoje era um dia importante, dia de preparar a missa de domingo e celebrá-la.

Saiu de seu quarto e se dirigiu até a cozinha, para fazer o seu café da manhã. No entanto…

— Oh! Reverendo Senhor Padre acabou de acordar. Bom dia!

Agostinho já se encontrava lá, cozinhando um verdadeiro banquete para a sua equipe, que estava disposta em uma mesa ao centro do cômodo, comendo.

Frederico suspirou internamente. Desde o fim da tarde de ontem, aquele seria o seu novo normal.

“Mal vejo a hora disso tudo acabar…”, pensou e então retribuiu o cumprimento do bispo: — Bom dia, Vossa Excelência Reverendíssima. Bom dia, cavalheiros. Como estão?

Por educação, todos disseram que estavam bem, e Agostinho convidou Frederico a se sentar na mesa com os demais.

— Claro! Se não for muito incômodo…

Ao reclinar-se na cadeira, foi servido pela equipe de religiosos, com um pão na chapa e algumas frutas fatiadas. O bispo veio logo em seguida, com uma jarra de café.

— Servido?

— Por favor.

Enquanto o líquido era suavemente derramado em uma xícara à frente de Frederico, fumaça e um delicioso aroma subiam aos céus, acompanhados de uma pergunta capciosa de Agostinho.

— Animado para hoje?

— Hm? Para o que exatamente?

— Ora, para a missa de domingo. Creio que seja por isso que acordou cedo hoje, não?

— Hã… Ah, sim. Sim, estou bastante empolgado. Desculpe se não pareço ou se demorei para associar uma coisa com a outra. É que eu só acordo mesmo depois de uma boa xícara de café.

O bispo soltou um riso inocente e se dirigiu a sua equipe: — Nós também, não é verdade? — Todos concordaram com ele.

Terminado de ser servido o café, Frederico deu um gole na xícara. Um gosto adocicado invadiu suas papilas. 

O líquido ainda estava quente, o que o fez deduzir que acabara de ser preparado. 

— Que horas acordaram para conseguir fazer tudo isso? — perguntou, curioso.

—Beeeeem cedo, lhe garanto — respondeu Agostinho. — Dormimos cedo para acordar ainda mais cedo. Sempre respeitando as horas recomendadas de sono, é claro.

— Hm. — Frederico viu o café em sua xícara e refletiu por um instante. — Presumo que tenham bastantes visitas para fazer hoje, então.

— E temos! Mas só à tarde. Todas as igrejas da cidade, no momento, estão se preparando para realizar a missa de domingo.

— Entendo. Não vai se juntar a nós?

— Não, já comi antes… Aliás, desculpe se parecer repentino, mas eu poderia te ajudar com os preparativos do evento e participar dele? O Reverendo Senhor Padre que temporariamente lidera esta paróquia nos comunicou que, por motivos de saúde, não poderá comparecer hoje.

— Ah, claro, não vejo problema nisso. Será uma honra ter Vossa Excelência Reverendíssima ao meu lado.

— Fico agradecido. Amo essa ocasião e não gostaria de perder esse costume, por estar longe da diocese. Prometo que não vou atrapalhar muito. — Os dois trocaram sorrisos e continuaram fazendo suas coisas.

Assim que Frederico terminou de tomar café, Agostinho o acompanhou até o presbitério, deixando para trás a sua equipe, que estava limpando a mesa, lavando a louça e realizando outras atividades domésticas.

As portas da igreja foram abertas, e conforme os fiéis iam entrando, o bispo e o padre realizavam os ajustes finais.

Quando tudo ficou pronto, os dois subiram no altar, e nosso protagonista deu início à celebração.

Ao longo da missa, Frederico apresentou o bispo para a grande multidão de fiéis ali presentes, fazendo com que suspiros de admiração reverberassem pela igreja.

Por ser uma cidade pequena, era comum eles já conhecerem Agostinho, ainda mais pelos seus feitos e pelo que representava para o município.

Nosso protagonista não pôde deixar de sentir uma pitada de inveja quando os descobriu, por meio de alguns cochichos que se iniciaram após a apresentação do bispo.

No entanto não a deixou transparecer. Apenas limpou a garganta, pediu silêncio e deu continuidade à celebração.

 

***

 

Chegado o fim da missa, a multidão se dispersou. Alguns agradeceram Frederico e Agostinho e se despediram, outros permaneceram para pedir conselhos ao padre, como era o caso de um homem que estava aos pés do altar, orando.

Nosso protagonista, acompanhado do bispo, se aproximou dele e o esperou terminar sua oração.

— A paz do Senhor, padre! — cumprimentou, assim que se levantou e se virou para Frederico.

— A paz do Senhor, irmão. Em que posso lhe ser útil?

— Bo-bom, padre, eu… fico até envergonhado de dizer isso, mas… recentemente descobri que meu filho é…

— “É”...?

— Viado, padre, viado! Dá pra acreditar? Eu sempre dei do bom e do melhor para ele… O que foi que eu fiz de errado para ele fazer isso comigo, padre? Falta de surra não foi, porque dei a mesma educação que meu pai me deu!

— Que horror! — sensibilizou-se Frederico. — E por acaso seu filho está aqui hoje? Quem sabe, eu pudesse conversar com ele…

— Nada, padre. Ficou em casa. Veio só eu e minha esposa. — O homem apontou para uma mulher que o aguardava no canto, e ela acenou para eles.

Nosso protagonista a cumprimentou de volta e, então, continuou a conversa: — Bom, com todo respeito, creio que esse seja o problema. Falta Deus no coração do seu menino. Por acaso, ele fica mexendo na internet?

— O tempo todo, seu padre. E fica nuns jogos esquisitos, que eu nem sei o que é, fica conversando com uns estranhos por lá…

— Sim, sim, esse é o outro erro do senhor. Quando você deixa o computador, o celular, enfim, esses dispositivos que conecta na internet, assumir o papel da igreja, o diabo atenta e faz com que pessoas de espírito fraco desviem do caminho de Deus.

— Minha nossa, padre! E pensar que eu paguei caro para dar de presente pro meu filho, um computador bom… Vou vender ele e pegar meu dinheiro de volta!

Frederico riu com ternura. — Não precisa de tanto, irmão. Apenas controle o uso de internet do seu filho e o traga mais para a igreja. Eu lhe garanto que ele perderá toda a influência do diabo e voltará ao normal, voltará a ser macho de verdade!

O homem soltou um sorriso aliviado e apertou a mão de nosso protagonista, em agradecimento. — Irei fazer isso, com toda certeza. Muito obrigado, pa…

— Ughhhhhhhhh…

Rompendo o diálogo dos dois, Agostinho soltou um loooongo e alto suspiro de repúdio, deixando eles sem palavras.

— Algum problema, bispo? — perguntou o fiel.

— Bom… se o Reverendo Senhor Padre me permite, gostaria de dar um outro ponto de vista acerca do assunto.

— À vontade, Vossa Excelência Reverendíssima — consentiu Frederico. 

— Pois bem. — O bispo agradeceu e, então, voltou-se ao fiel. — Acredito que o problema mesmo, com todo respeito, não esteja no seu filho, mas no senhor. 

“Seu menino nunca amará verdadeiramente a Deus se você o obrigar. Porque não existe amor sem liberdade, e o mal está intrinsecamente ligado ao livre arbítrio, já que Ele não obriga nenhuma criatura racional ao bem.

“Sabe, é comum pensarmos que o livre arbítrio nos é concedido para que se escolha entre o bem e o mal. Mas na verdade é uma condição para escolher o bem. E cabe apenas ao senhor e sua esposa lhe fazerem esse convite. Me diga, você disse que batia nele?”

— Bo-bom, sim… — O homem parecia estar envergonhado.

— Então não o culpe por ter trilhado esse caminho, pois a única forma dele se fazer presente é mediante a ausência do bem. Mas se culpe por não ter sido esse bem na vida de seu filho.

“A violência física só ensina que a agressão pode ser uma forma aceitável de resolver conflitos, pode causar medo e insegurança, prejudicar o desenvolvimento emocional e a autoestima, e criar dificuldades de relacionamento no futuro.

“Em vez disso, sugiro que o senhor e sua esposa recorram ao bom e velho diálogo. Reconheçam e elogiem comportamentos positivos dele, estabeleçam limites e regras claras e sigam-nas de forma consistente. Sejam modelos de comportamento positivo para ele e, principalmente, criem um ambiente seguro e de apoio onde seu filho se sinta amado e valorizado.

“Tendo feito tudo isso, acredito que o menino de vocês escolherá o caminho correto. Basta confiar nele e em Deus.”

— Nossa, bispo, eu… nunca parei para pensar nisso… Lembro de não gostar quando meu pai batia. Ficava triste, frustrado, mal-humorado…

— Pois essa, talvez, seja a situação do seu filho também. Mas gostaria de deixar claro que essa é apenas uma das duas perspectivas que lhe foram dadas hoje. Cabe ao senhor escolher em que acreditar.

— Não... Farei o que você disse. Quando chegar em casa, eu, ele e minha esposa teremos uma boa e velha conversa. — O homem levantou a mão para um cumprimento. — Muito obrigado, seu bispo.

Porém recebeu um abraço caloroso. — Não precisa agradecer. Está tudo bem agora.

Com lágrimas nos olhos, o homem partiu para buscar sua esposa. Logo, o casal despediu-se de Agostinho — uma vez que o padre não achava que aqueles acenos se direcionavam a si também — e deixou o local.

Frederico não pôde deixar de ficar mordido pelo fiel não ter escolhido a sua solução, então, enquanto os dois fechavam as portas e arrumavam a igreja pós-missa, acabou cobrando satisfação do bispo.

— Com todo respeito, Vossa Excelência Reverendíssima, mas o que foi isso?

— O que exatamente?

— Aquela ceninha toda com o homem lá. O que você disse… realmente está na Bíblia?

— Como é? Me desculpe, mas acho bem arrogante da sua parte perguntar isso a alguém em uma posição superior a sua. Não me falte com respeito!

Por um instante, um trincado surgiu na máscara de “bom-samaritano” que Frederico vestia. Quase que sua verdadeira face foi revelada!

— A-ah, peço perdão, Vossa Excelência Reverendíssima, m-mas creio que eu tenha me expressado errado… — Tentou se recompor, deixando seus sentimentos de lado dessa vez. — O que eu queria dizer é que eu estou impressionado. Em meus tempos de seminário, nunca vi uma abordagem e filosofia tão peculiares quanto a sua.

— Não? Então isso é preocupante. O que exatamente o Reverendo Senhor Padre aprendeu lá? — Que “Deus está morto”, kikiki.

— Bom… História, Latim, Cantos Gregorianos...

— Pera, pera, pera, não foi isso que eu pedi. — interrompeu. — Não quero saber qual foi a sua grade curricular nem o que te ensinaram em seus tempos de seminário. Quero saber o que o Reverendo Senhor Padre aprendeu com isso tudo.

Frederico emudeceu-se e refletiu por um instante. Olhando para trás, nosso protagonista não teve bons mentores ou colegas, afinal acabou arrastando a maioria deles para o inferno. 

No fim, chegou à conclusão de que seu aprendizado provém da superação dessa sombra de ensinamentos vindos de pessoas ruins. Mas poderia ele dizer isso ao bispo?

— … Exatamente aquilo que você viu hoje. — Essa foi a forma que encontrou para dizer que havia transcendido as ideias e valores religiosos tradicionais e que atualmente acreditava em ninguém além dele mesmo e das novas bases para a ética e a compreensão da existência, que ele havia encontrado.

— Então vejo que não aprendeu nada — concluiu o bispo. — Sabe, com o tempo, passei a entender o que antes não entendia e percebi que fé e razão não se contradizem, mas apontam para o mesmo caminho, conforme suas possibilidades.

“A razão natural é concedida por Deus aos homens para que conheçam a verdade, enquanto que a fé é o meio que alcança o que a racionalidade não dá conta.

“Ter vivido uma vida virtuosa me deixou mais inteligente. Porém, com todo respeito, não vejo que Reverendo Senhor Padre siga alguma virtude, já que não foi isso que vi aqui hoje.”

Mais um trincado surgiu na máscara de Frederico. E outro, e outro, e outro… Por dentro, nosso protagonista estava borbulhando em raiva.

No entanto, antes de entrar em erupção, pediu licença para Agostinho e saiu em silêncio. Foi até o banheiro público da paróquia e trancou a porta.

E diante de uma pia, um vaso sanitário e um espelho, deu talvez o grito mais alto de sua vida. Um que esvaziou os seus pulmões e liberou todo o ódio que sentia naquele momento.

— AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHH!!!

Esmurrou a privada, pisoteou o chão e chutou os azulejos. Em frente a pia puxava o cabelo e amaldiçoava: — DESGRAÇADO, DESGRAÇADO, QUEM VOCÊ PENSA QUE É!?!?!?

Por fim, cabeceou o espelho até que o vidro se quebrasse. E, então, acalmou-se e se sentou no piso do banheiro.

Em meio a arfadas de cansaço, escutou alguém bater à porta. — Reverendo Senhor Padre, está tudo bem? — Sem sombra de dúvida, aquela era a voz de Agostinho.

“Vá à merda!” era o que ele pensou em dizer. Mas deveria se comportar como um padre e, querendo ou não, ater-se ao plano, ater-se à droga daquela máscara.

— Oi? Estou sim — respondeu através da porta.

— É que… aqui de fora deu para ouvir você gritando…  

— Ah, isso. Fico até com vergonha de dizer, mas acho que algo não me caiu bem e tive uma crise de dor de barriga. — KIKIKIKIKIKIKI, ESSA FOI A PIOR DESCULPA QUE EU JÁ OUVI!

— Fo-foi por algo que eu cozinhei? — ELE ACREDITOU NISSO?!

— Nã-não, deve ter sido outra coisa…

— Entendo… — o tom do bispo parecia triste. — Acho que criei um clima ruim entre a gente, não é?

— Bom…

— Eu gostaria de pedir desculpas pelo que falei antes. Não tinha a intenção de te ofender. Fiz apenas uma crítica construtiva, queria te incentivar a melhorar…

Frederico olhou para baixo. — Eu entendo, Vossa Excelência Reverendíssima, de verdade.

Um silêncio breve se formou entre os dois, até que o bispo o rompeu. — Olha… sei que a gente ainda tem coisa para arrumar aqui, mas que tal deixarmos isso para a minha equipe fazer? Vamos tomar sorvete! Eu pago, será a minha forma de me redimir. 

— Onde exatamente? Hoje é domingo, acho que nenhuma loja de cidade de interior abre nesse dia.

— Bom, eu conheço um lugar que abre…

Animado, nosso protagonista se levantou, abriu a porta e a fechou rapidamente atrás dele, para que o bispo não visse o banheiro todo destruído. — Então vamos!

Logo, Agostinho conversou com a sua equipe, e ele e Frederico partiram. Saíram da igreja, transitaram pelo Centro da cidade e foram até uma sorveteria lotada de pessoas.

Por conta disso, pegaram seus sorvetes e se dirigiram até uma praça. Lá, sentaram-se em um banco e começaram a tomar sorvete. O padre havia escolhido um de floresta negra; o bispo, um de pistache.

— Hmmmm, que fantástico! Só aqui no interior mesmo para ter sabores tão caseiros e deliciosos~ — admirou o bispo.

— Realmente. Isso aqui está muito bom! Como você conheceu essa sorveteria?

— Ah, ela é da família de um dos padres que visitei. Ele me disse para vir aqui qualquer dia.

A mente de Frederico deu um estalo. Aquela era uma boa oportunidade para obter informações sobre o andamento do caso do Mártir.

— Por acaso… nós não fomos até essa loja porque Vossa Excelência Reverendíssima suspeita dele, não é?

— O quê? Não… muito pelo contrário. Se eu desconfiasse dessa pessoa, aí é que eu não tomaria seu sorvete. Acredito ter mais ou menos noção de qual poder o Mártir possui. Ou pelo menos de qual pecado capital é esse grande demônio que o acompanha. Então, se ele realmente fosse o culpado, provavelmente nós já estaríamos mortos por causa desta guloseima. — Agostinho lambeu o sorvete. — Além do mais, todas as minhas suspeitas estão em cima de um outro padre.

— E quem seria?

— Depois de tudo que vi até o momento — O bispo olhou fixamente para Frederico —, você.

Frederico ficou desconcertado, e seu sorvete começou a derreter. — EUUUUUU?!?!?!?! POR QUÊ???????? 

— Se acalme. Isso é apenas uma suspeita, não é nada definitivo.

— Como você pode me dizer isso? Como espera eu ficar tranquilo diante de um dos maiores absurdos que eu já ouvi??? Me pergunto como Vossa Excelência Reverendíssima chegou a essa conclusão.

— Desde a primeira vez que te vi até o momento atual, sinto uma presença ruim vinda de ti. Um cheiro podre…

Frederico começou a suar frio. Ele sabia do que o bispo estava falando, porém preferiu desconversar.

— Com todo respeito, mas Vossa Excelência Reverendíssima não baseou toda suspeita em cima disso, não é?!

— Claro que não. — Agostinho deu mais uma lambida em seu sorvete e suspirou. — A verdade, Reverendo Senhor Padre, é que me sinto mal. Me sinto mal por ter mentido para todos os padres que estavam reunidos na diocese naquele dia.

“O Anjo que visitou Sua Santidade lhe deu uma localização quase precisa. Sabia exatamente a cidade onde aquele grande demônio estava.

“Logo Sua Santidade entrou em contato exclusivamente comigo e mobilizou um grupo de pessoas do Vaticano para me ajudar a exclusivamente investigar esta cidade.”

Frederico se assustou ainda mais. — E… por que você fez isso?

— Para deixar o culpado mais à vontade. Sabia que ele estaria lá, porque havia citado o Mártir no comunicado, e sabia que ninguém gostaria de ser visitado, então fiz aquela pergunta, pois havia mais chances dele se manifestar primeiro, para se livrar das suspeitas.

Nosso protagonista se sentiu encurralado; emudeceu-se. Engoliu em seco ao perceber que subestimou o inimigo e que foi lido como um livro.

Tudo que lhe restava era manter-se no personagem. — Bom… se Vossa Excelência Reverendíssima acha mesmo que eu possa ser o Mártir, então me exorcize aqui mesmo! Verá que não tenho nada!

— Não é para tanto. Tenho um plano que é melhor do que isso, pois pode fazer com que minha suspeita se torne realidade.

— Por favor, o que seria?

Agostinho terminou o seu sorvete e, com a casquinha em mãos, se levantou do banco.

— Curioso? — Virou-se para Frederico. — Não se preocupe. Se você não é o Mártir, então não há o que temer. — Voltou-se para frente e começou a caminhar em direção ao pôr-do-sol. — Te conto os detalhes amanhã. No mais, aproveite o resto do dia.

O bispo se despediu e começou a comer a sua casquinha, deixando para trás um padre sem sorvete e com uma casquinha quebrada por um aperto repentino e brusco de raiva.


Gostaria de ler os próximos capítulos sem ter que esperar 1 semana para tal??? 

Então contribua com a minha campanha do Apoia-se!

Por 45 reais mensais, tenha acesso a um capítulo adiantado (máximo de 1 capítulo no momento). No entanto, por a partir de 5 reais mensais, desfrute das diversas recompensas que a minha campanha tem a oferecer.

Siga-me no Instagram para ficar por dentro dos lançamentos e também para poder interagir comigo~

 

Apoie a Novel Mania

Chega de anúncios irritantes, agora a Novel Mania será mantida exclusivamente pelos leitores, ou seja, sem anúncios ou assinaturas pagas. Para continuarmos online e sem interrupções, precisamos do seu apoio! Sua contribuição nos ajuda a manter a qualidade e incentivar a equipe a continuar trazendos mais conteúdos.

Novas traduções

Novels originais

Experiência sem anúncios

Doar agora