Hinderman Brasileira

Autor(a): Oliver K.


Volume 1

Capítulo 22.1: Homem Lagarto

 Vyntrraten? Vinterhaschten? Não sei ao certo...

 E para dizer a verdade... Não importa. É o nome do planeta que eu comentei com o lutador negro da sexta-feira, aquele palhaço.

 Assim que ele fugiu e eu sentei no carro com o Howard eu comecei a pesquisar no celular, mas não consegui lembrar do nome.

 É um planeta distante, que só pode ser visitado com tecnologia alienígena, já que o ser humano, pelo menos os seres humanos não ligados à influência alienígena na Terra, ainda não conseguiu superar a velocidade da luz em viagem.

 Um planeta de onde vêm os homens-lagarto. Uma das dez raças de destaque sob observação, de acordo com o DCAE.

 Homens-lagarto, como o nome dá a entender, são lagartos com pele humana.

 Na verdade a pele é variável. É como o camaleão. Só que em vez da cor é a forma: eles podem escolher a forma que quiser. Lógico que quando vêm para cá, preferem ter pele humana, para poder se misturar de forma eficaz, sem ocupar papel de destaque.

 Muito parecidos com os demais aliens, são ágeis e possuem força sobre-humana; características provenientes da relação próxima de sua espécie com a classe dos répteis. E eles também podem escalar paredes, assim como fazem as lagartixas. E quando o fazem deixam um traço detectável pelo scanner, como os demais aliens.

 Homens-lagarto se parecem muito com aliens nos mais variados aspectos. Então qual o motivo da separação na classificação? Bem, para responder esta pergunta devemos voltar há cerca de sessenta anos atrás, quando a política de perseguição de seres sobrenaturais ainda estava sendo instaurada no país: a década de 60 era uma época de barbárie, onde mulheres e negros ainda lutavam por sua plenitude de direitos por conta de preconceito da maioria. Homossexuais então nem se fale, era crime e pronto.

 Imagine o que essa gente achava de seres paranormais! Tudo o que importava era matá-los o mais rápido possível, para evitar causar pânico na população acerca de sua existência.

Não importava muito o que esses seres pensavam ou se viriam a ocupar algum lugar de destaque em departamentos especiais ou nada do tipo. A única preocupação era “como vamos fazer para matar essa coisa rápido”.

 Então, as classificações foram aparecendo principalmente por conta da forma com que as raças morrem, dentre outros aspectos que ajudassem os responsáveis na coletiva de informação. Quem se interessa se um alien é um Eufórbio? Um titáceo? Se veio de Devant-Netisserie?

 Mas houve uma raça, por que não dizer de alienígenas, que merecia distinção: os homens-lagarto nascidos de Vyntrraten, se é que é o nome correto. Porque eles tinham distinção: eles morriam mais rápido.

 Eles são fáceis de matar. Morrem de modo mais direto.

 E assim se alguém for informado pelo rádio que está lidando com um deles, sabe imediatamente como proceder: basta atacar seu ponto fraco.

 O biológico dos homens-lagarto não suporta veneno. Eles não têm o metabolismo; os anticorpos necessários para processar, e então perecem sob efeito da inalação do mesmo. Qualquer pequena quantia de veneno ingerida, ou em vários casos até mesmo inalada, é o suficiente para desacordar um destes formidáveis seres que portam diversas vezes mais a capacidade física do ser humano mediano.

 De modo que quando se trata de caça de gato e rato, briga de paranormal, é essencial ao homem-lagarto esconder sua raça.

 E por que estou dizendo tudo isso? Porque eu tinha lutado com um deles naquele dia. Era a segunda feira da semana seguinte: a manhã havia sido conturbada. Para recapitular tínhamos recebido um telefonema do Chapman sobre um suposto encontro cara a cara com Eliott Solis, o paranormal cabeludo suspeito principal do assassinato dos Johnson.  Após isso, encontramos Alexander Sprohic, que havia sido sequestrado na sexta-feira, em estado de coma no local combinado. E não bastasse isso, eu tinha recebido telefonema da Sarah me pedindo para averiguar uma suposta transação ilegal em South Gorem, onde teoricamente estaria a versão verdadeira do convite de Arthur Cooper.

 Tudo isso tinha acabado e eram apenas duas da tarde.

 As viaturas do DEA e do DCAE cercavam o perímetro da antiga sede da transportadora Dalilah, cada qual trabalhando em sua jurisdição: Howard e seus meninos apreendiam pacotes de drogas que chegaram no comboio após eu ter vencido o lutador negro da sexta-feira metido a ninja, e junto aos pacotes prendiam encarregados do tráfico que estavam no local.

 Nossa patrulha tentava encontrar o bandido da sexta-feira que havia fugido.

 O convite de Cooper, por sua vez, encontrava-se no meu bolso.

 Eu tinha surrupiado o mesmo do bolso do lutador negro antes que ele corresse. Era meu plano B. Lembra-se que o DCAE ficou com o convite por cerca de dois dias antes do assalto da segunda passada? Pois bem: Sarah, sem avisar, havia sido capaz de confeccionar versões falsas para que pudéssemos usar em caso de intercepção ou chantagem por parte de bandidos, que foi o que aconteceu ali. Vale observar que Sarah esconde mais cartas na manga as quais não sei ao certo: pois foi ela que localizou o convite lá de Silverbay, enquanto nós aqui ficamos patinando no gelo.

 Voltando ao assunto, vou explicar brevemente como procedi: na primeira troca de golpes com o portador do pedaço de pau, constatei que ele carregava o convite no segundo bolso esquerdo do seu casaco, e constatei também que ele possuía elevada agilidade, que sua força munida da indarra era menor que a minha, e que ele possuía experiência com um estilo de luta no qual não sou versado, uma espécie de Wung Shu contemporâneo, usado pelos covardes para ficar desviandinho de golpes ao invés de partir para cima. Bem a cara dele.

“Esse panaca vai fugir na primeira oportunidade” constatei já em seguida.

 Não seria bom tentar usar toda minha forca e finalizá-lo no começo. Uma que ele não era um peixe pequeno como o zumbi que venci com um golpe só, e outra que ele poderia estar esperando um golpe de finalização de minha parte para que pudesse usar um truque sujo que tirasse do casaco. Ele era conhecido por usar truques sujos. Na outra vez tentou usar o pedaço de pau invisível que pegou do país dele, foi a forma como tinha derrubado Joey na sexta.

 Ele começou tentando me cegar com uma fumaça e depois me cercando com passos curtos mais óbvios que não sei o que. Eu achei que haveria alguma intoxicação na fumaça então até gelei por uns instantes, mas depois percebi que não havia nada na mesma. Foi nesse meio que eu fiz as trocas dos convites: durante a primeira troca de golpes havia prendido um fio quase invisível no convite dele para que pudesse ser puxado a qualquer momento pelo lado de fora. Então quando ele veio para cima de mim eu puxei e coloquei o papel falso no seu bolso com uma mão, enquanto desferia um golpe com a outra, que ele acabou desviando porque mudou de ideia: ele pensou que eu poderia estar blefando e enxergando na fumaça e assim resolveu não investir. Coisa típica de um covarde.

 Ele é quem não enxerga na fumaça. Ele nem percebeu a troca.

 Tive outras oportunidades de fazer a troca pois convenhamos: eu estava ganhando de lavada.

 Uma pena que não houve oportunidade nenhuma de nocauteá-lo, eu sempre tive que ficar atento a seus truques, e quando estes estavam findados, ficou claro que ele poderia acabar o conflito a qualquer hora quebrando a parede do lado de fora, que ocupava mais que metade da sala. E foi justamente isso que ele fez.

 Enquanto eu tentava segurá-lo na sala eu fiquei parado como desculpa de provocação porque eu estava tentando usar Morse nos botões do rádio para o canal do Howard avisando que ele se mantivesse em posição, mas creio que o porcaria do Howard nem devia estar perto do rádio, pois ele quebrou a parede, saiu, e no fim não tinha ninguém lá. Uma pena. Pelo menos recuperei o convite.

 E para dizer a verdade o convite estava seguro desde que prendi o fio na primeira troca de golpes. Se eu não tivesse conseguido enganá-lo durante meu ataque eu poderia ter roubado com um puxão. O que ele ia fazer? Vir atrás de mim? Aquele covarde? Não... De modo nenhum. A luta estava ganha e o convite assegurado desde o começo.

 Sendo assim, o que importa era que eu estava com o convite em mãos e agora se os grupos terroristas de Sproustown quisessem colocar as mãos nele para fazer briguinha ilegal em outro planeta, teriam que se ver com o DCAE. Seria muito mais fácil ficar no encalço dos verdadeiros chefões que estavam por trás daquela prática podre.

 Eu estava de tão bom humor que estava parado ao lado da viatura, com a mão no capô, fumando mais um Tar Light vermelho. Sabia que aquele sujeito da sexta feira que fugiu, se tivesse um mínimo de perícia, não seria encontrado então sabia que a busca por ele seria apenas para cumprir carga horária, mas de nada importava. Aquela maré de casos parecia estar caminhando mais e mais para o fim.

 E foi quando estava ali matutando que me convenci de que havia lutado contra (e vencido) um homem-lagarto naquela tarde. Foi o fato de ele ter usado uma katana de material invisível proveniente do planeta deles? Não exatamente... Isso aumenta drasticamente a chance de ele ter vindo de lá, sem dúvida, mas poderia ser outro ser que tomou essa arma de alguém que matou ou algo nesse sentido.

 O que me convenceu foi o fato de que ele não usou de intoxicação na fumaça para me tirar da jogada. Se ele anda carregando consigo uma granada de fumaça daquele tipo, poderia muito bem carregar de gás lacrimogênio ou de tipo similar. Ele poderia soltá-la e me vencer, pois certamente irei inalar parte do conteúdo antes de me dar conta enquanto que ele pode prender a respiração antes de estourar a granada com a indarra, já que ele tem a vantagem de saber o momento exato quando vai decidir estourá-la.

 E por que motivo não o fez? Porque seu corpo não aguentaria o contato com a toxina! Ele deve ser sim um homem-lagarto.

 Foi quando estava meditando sobre essas possibilidades que recebi um telefonema escandaloso. De Sarah Harmon.

 Só atendi sem dizer nada.

 — Tenente Dotson!? Argh. Finalmente! É você? Aonde você estava!? Liguei oitocentas vezes!

 Ela parecia estar num estado de espírito misto de fulo e enfastiado. Me lembrou um pouco o discurso de Jane. Deslizei o dedo na tela de meu celular. Realmente ela tinha ligado bastante.

 Respondi em tom tão calmo conforme eu me encontrava:

 — Oi, Sarah. Como assim? Estou onde você me falou: Dalilah. Interceptamos o convite do Cooper.

 — Que convite do Cooper? E quem é Dalilah? — Ela esperou. — Argh, que seja! Tenente Dotson, venha já para a sede! Estamos precisando de...

“Agora espere só um segundo...”

 Não tinha sido a própria pequena capitã do DCAE quem tinha me ligado de manhã me revelando a pista sobre a transição?

 Por que diabos ela estaria agora...”

 Foi de maneira rápida que os pensamentos me invadiram a mente, enquanto ela terminava de ditar suas ordens sem perder seu tom agressivo do outro lado da linha.

 E de repente tudo fez sentido.

 Não imagino o quanto ela deve ter tentado me ligar enquanto eu estava no silencioso, e agradeço a ela por ter me ligado, mas... Tive que desligar o telefone na cara dela e postergar a conversa mais uma vez.

 — Howard! Howard!

 — Ele fez sinal com a mão para eu esperar, estava falando no transmissor com uma de suas equipes. Ele estava ao lado da viatura da frente.

 Corri até ele e tomei o transmissor de sua mão:

 — Howard! É uma armadilha! Temos que tirar as equipes daqui o mais rápido possível!

 — O que? Como? Eu estou...


 — VAI! — Vociferei.

 Percebendo a falta da brincadeira em minha entonação, ele acatou a sugestão e começamos a trabalhar para retirar as equipes dali, também tomando o cuidado para retornar as caixas apreendidas e já guardadas nas viaturas ao local original.

 Entre gritos apressados enviados pelas linhas transmissoras, e disciplina da equipe, conseguimos retirar todos de lá em menos de quinze minutos.

 E então, um ou dois minutos depois, a explosão aconteceu.

 Foi um estrondo fragoroso. E o súbito do acontecimento cegou nossas vistas. Era um clarão tão forte, e que aconteceu tão perto, que até fomos jogados para trás com o impacto.

 Foi uma sequência de rebentações, que esbafeavam exageradamente em cores vermelhas e alaranjadas, exaurindo a mais fedegosa das fumaças. Tínhamos que cobrir nossas narinas diante do acontecimento.

 Foram sequencias rápidas e avassaladoras, que acabaram com todo o local em questão de segundos.

 Dentro daquelas caixas estavam também bombas... E todo aquele papo de transação de traficante era uma armadilha visando causar um silenciamento em massa. Um silenciamento policial? Um silenciamento dos criminosos que estavam ali? Planejavam se livrar deles também? Por que eles estavam ali? Por que mais criminosos vieram com os veículos para trazer o comboio? Eles não foram avisados? Era uma seleção?

 Tudo aquilo eram possibilidades.

 Seja o que for, algum maldito estava fazendo aquilo visando seu próprio benefício, e estava decidido a jogar baixo.

 Ficamos fitando a queimada causada pela explosão, lado a lado. Eu e Howard do DEA.

 Eu já estava acostumado, mas ele carregava em seu semblante uma expressão desacreditada. Virei-me para ele por um instante e ele ficou olhando para a frente desamparado. O que se passava naquela cabeça? “A equipe toda poderia ter virado fritas se não fossem os últimos quinze minutos”?

 Deixei ele em seu estado de choque e chequei meu celular. Sarah tinha me ligado mais algumas vezes.

 Agora aquela operação tinha se acabado. Não havia mais caixas de drogas, não havia mais criminosos, Só havia uma explosão e um bando de curiosos que começaram a deixar suas casas para perturbar o trabalho policial. Peguei meus homens e saí dali. Precisávamos nos encontrar com Sarah e os demais.

 Creio que estou devendo uma explicação.

 Está completamente claro que não era Sarah quem tinha me enviado para a operação. Eu havia já achado esquisito o fato de ela ter localizado o convite lá de Silverbay, mas supus que era uma informação que o departamento de lá tinha conseguido da boca de Sprohic ou de outro lugar.

 Mas vendo a sequência de ligações de Sarah que eu tinha perdido eu consegui enxergar o motivo: ela havia me ligado em desespero me apressando para me encontrar, o que significava que algo de urgente estava acontecendo. Quem armou aquela armadilha não estava pensando somente em me levar para morrer na explosão, mas sim me levar para longe do verdadeiro objetivo deles: Alexander Sprohic, que havia ficado sob os cuidados de Chapman.

 De algum modo os bandidos subordinados do Verde haviam perdido a posse de Sprohic, se é que o nome de quem ordenou a transação era realmente esse, já que quem me tinha dito do mesmo era a pessoa que me ligou em nome de Sarah.

 E aquele lutador da sexta-feira, ao que tudo indica, trabalhava para eles. Foi ele que tinha sequestrado o Sprohic justamente no dia que Chapman havia armado o encontro para fazer a prisão do delinquente, e agora ele estava ali. O que ele queria? Me atrasar para que depois fugisse e deixando-me morrer na explosão? Quer dizer que tudo aquilo havia sido planejado? Ele havia perdido de propósito? Não sei...

 Mas o que estava em jogo era o objetivo alternativo: esse Verde sempre quis que o DCAE estivesse longe de Sprohic, pois ele deve ter uma espécie de informação que deve ser silenciada. De modo que inventaram essa tal transação justamente na hora em que recuperamos o usuário em estado de coma naquele estabelecimento abandonado do centro. E o fato de que haviam usado desse truque para me tirar da jogada, significava que eles tentariam de alguma forma recuperar Sprohic para dar um fim no mesmo enquanto eu estivesse fora.

 Maldito Verde. Usando explosões. Isso é jogo baixo. Até quando ele vai ficar brincando com o DCAE desse jeito?

 E não foi a primeira vez. Ainda não perdoei aquele ataque à Crane.

 Aquela sequência de eventos mostrava duas coisas: um; esses seguidores de Verde estavam de alguma forma infiltrados no DCAE, pois eles sabiam em tempo real a que pé estavam as investigações: sabiam do convite, sabiam do dia que Crane estaria sozinha no prédio, sabiam meu telefone, sabiam que Sarah estava em Silverbay, sabiam que eu e Chapman estávamos em Noble Avenue há pouco, tudo em tempo real.

 E segundo: alguém tinha uma finesse que imitava a voz de Sarah perfeitamente. Até onde vai meu entendimento isso não é possível para um ser humano comum. Tem que ser uma finesse. Esses Verdes são um bando de traficantes que emprega seres paranormais.

 Como eles teriam se infiltrado? Como sabiam dos movimentos do DCAE? Em qualquer dia comum eu diria que era culpa do Chapman. Mas não aquele dia... Não fazia sentido... Foi justamente o Chapman quem me ligou, encontrando o desmaiado viciado irmão de Sprohic. Se ele tivesse qualquer envolvimento com Verde e quisesse silenciar Sprohic poderia ter feito isso ele mesmo sem me dizer nada e ninguém ficaria sabendo. O que significava que Chapman estava de fora daquilo tudo...

 Eu estava completamente silencioso enquanto meditava sobre toda aquela série de acontecimentos.

 Estava dentro do carro.

 Eu estava no banco da frente e Mike, da equipe, estava a meu lado.

 Mike suava pela testa e estava calado e com expressão arregalada. Pudera. Ele havia acabado de escapar da morte.

 — Desculpe Mike... Por fazer vocês passarem por isso. — Vacilei sem saber ao certo o que estava dizendo. Era eu quem estava dirigindo. Continuei:

 — Eu não sabia que ia acontecer nada dessa espécie, achei que eu ia chegar lá e...

 Fiz menção ao convite que estava dentro do porta-luvas, na frente dele.

 Mike não esboçou reação. Achei melhor continuar calado.

 Recebi ligação de Sarah novamente. Atendi com a minha mão livre.

 — Sarah? Onde você está?

 — Saímos do DCAE. Vamos para High Cheawuld Garden. Merson st, NW, 664. Entendeu? Merson st, NW. 664.

 — Entendido. Estou a caminho. Sarah… Você não vai acreditar...

 — A explosão? Eu vi. Estamos recebendo a notícia do departamento de drogas. O que aconteceu exatamente? Bom... Apenas chegue aqui. Tenho notícias boas e ruins. Até logo.

 — Até...

 Desliguei e fui para o endereço sugerido.

 Convidei Mark e o outro agente que estava no banco de trás que eu nunca lembro o nome para saírem e entrarem comigo no recinto. Assim eles fizeram.



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