Volume 1 – Arco 1
Capítulo 49: Enquanto isso, por onde andavam o cavaleiro e sua serpe?
Um dia antes
— ...E é basicamente isso que descobri até agora, pode me ajudar? — perguntou Prilio.
— Claro! — respondeu o líder do grupo de aventureiros Lunares, a vigésima quarta opção do cavaleiro. — Vou ver se meus companheiros de equipe também topam.
— Assim que avisar eles, partiremos para o ponto de encontro que interceptei dos cultistas, daqui a duas horas.
— Anotado.
— Estarei esperando no portão principal.
Uma dica foi levando a outra, uma captura revelou outro plano e de repente, eles estavam diante de uma das quatro caravanas principais, protegida por quarenta mercenários.
— Eles têm gente demais, vamos recuar — disse Prilio.
— Olhando pela armadura deles, não parecem tanta coisa assim — respondeu o tanque da equipe.
— Mas seus números são superiores demais — comentou o guerreiro de braço metálico.
Enquanto observavam de longe, escondidos no topo das árvores de um monte próximo da estrada, usando binóculos, um estrondo balançou o chão e enviou uma ventania forte que retorceu as árvores para trás.
— O que foi isso?!
Recuperando o binóculo caído e olhando novamente para a caravana, eles perceberam que outro grupo havia iniciado a emboscada antes deles.
— Ladrões de montanha? — sugeriu o especialista em cura.
— Por que alguém tão forte se tornaria um mero ladrão? — retrucou o arqueiro, que observava sem ajuda do binóculo.
— Devemos ajudar? — perguntou o guerreiro de um braço.
— Vamos esperar o resultado dessa luta antes de agirmos — disse Prilio. — Mesmo que sejam aliados, entrar agora, nessa confusão, pode nos tornar inimigos aos olhos deles.
— Mas são só quatro — disse o tanque. — Devemos deixar eles morrerem, mesmo com a chance de podermos ajudar?
— Para você, parece que eles vão perder?
— A vantagem do elemento surpresa logo vai ser inefetiva. Aquele comandante, que só está observando tudo, já deve ter aprendido todos os padrões dos quatro.
— O que é aquilo na mão dele?
— Parece um artefato — respondeu o arqueiro.
— É um artefato demoníaco — afirmou Prilio. — Melhor recuarmos por enquanto. Dependendo da qualidade, o efeito em área pode acabar nos alcançando.
— Já era, aquele cara ativou a habilidade enquanto você falava.
Todos se encararam e analisaram seus próprios corpos, para ver se havia algo de errado, mas parecia tudo bem.
— Demos sorte, o efeito é apenas individual.
— E se fosse uma ilusão? Como perceberíamos?
— O efeito daquilo é uma ilusão. Mas diferente dos artefatos artificiais, os sobrenaturais tem efeitos fortes demais para não percebemos.
— Já foi atingido por um?
— Em um treinamento.
— Como foi?
— Desagradável.
— Olhe só, o lanceiro está prestes a morrer — disse o tanque. — Por isso deveríamos ter interferido antes!
— Quem morreu foi o comandante.
— O que? — E ele deu três conferidas no binóculo. — Como...
— Havia uma maga entre eles. Uma de verdade — disse o guerreiro.
— Eles ganharam. O que fazemos agora?
— Voltamos para a mansão, fracassamos na missão — disse Prilio.
— Vai desistir tão facilmente? Podemos conversar e nos juntarmos a eles — sugeriu o tanque.
— Se tem alguém tão competente cuidando do caso, podemos voltar tranquilos. Devem ter sido enviados pelo Duque.
Desapontados, todos recolheram suas coisas, se viraram, subiram em suas montarias e partiram.
— Deixei escapar alguns? — indagou Kappa, nos ouvidos do tanque.
— Quem está aí? — Tentando girar seu corpo, ele sentiu um corte no pescoço, que o paralisou.
— Espere! — gritou Prilio. — Somos aliados!
— São mesmo? — Ainda segurando a espada colada no pescoço do tanque, Kappa usou a outra mão para cuidadosamente levantar e arrebentar o colar escondido dentro da armadura. — Então me expliquem o que é isso.
E levantou o pingente de lua.
— Desde quando aqueles cultistas monopolizaram o símbolo da lua? — argumentou o guerreiro.
— De acordo com a sua lógica, vocês são apenas um grupo independente que, por acaso, estava passando perto de uma das caravanas mais importantes para o objetivo final do culto da banana, vestindo, por acaso, um pingente do símbolo principal deles? Não são muitas coincidências?
— Se estivéssemos com eles, teríamos entrado na batalha!
— Podem ser apenas ratinhos. Inúteis em combate, mas ágeis e discretos, com ouvidos enormes para, por acaso, relatarem uma ou duas coincidências que viram, ou ouviram.
— Usamos esse símbolo muito antes deles chegarem! Pode checar com qualquer outro aventureiro da cidade.
— Poder eu posso, mas devo correr esse risco? Parece muito mais fácil me livrar de vocês aqui. Certo ou errado, melhor prevenir que remediar, não é?
— Cavaleiro da ordem de Modros, pertencente a subdivisão das serpes terrestres, eu, Prilio Celeste de Eplila, juro pela minha família que não temos envolvimento algum, senão desprezo por esses malditos cultistas.
— Agora sim estão me ajudando a te ajudarem. Fiquei sabendo que os guardas das serpes estavam vigiando esse caso.
— Vai me soltar? — perguntou o tanque.
— Ainda não. Um cultista se importaria em manchar a honra da família?
— O que mais quer saber?
— Prova alguma me prova do contrário, vocês são culpados.
— Eu juro pela espada, somos inocentes!
— Hm, observar um teste da espada pode ser interessante. — Saltando do cavalo, o Kappa agarrou o braço do Prilio e jogou sua espada para o alto.
Ela rodopiou diversas vezes no ar e Prilio manteve seu braço estável, sem preocupação alguma.
Caindo, a espada passou por cima do braço, sem nem arranhar.
— Tudo bem, continuar duvidando iria contra toda organização de Modros, o que prefiro não ter como inimigo. Vão.
Depois de narrar esse encontro a seus companheiros de banda, Aika perguntou:
— Deixou eles irem, fácil assim? Só por uma superstição antiga?
— Colei um rastreador nas costas do grandalhão. Se algo acontecer, vou ser instantaneamente levado até eles.
— E se eles descobrirem e se aproveitarem disso para te capturarem? — perguntou Tristan.
— Então dei azar.
...
Chegando à mansão, eles descobriram que os outros já haviam partido para o circo.
E sem nenhum compromisso agendado, decidiram ir direto até lá.
— Com licença! Me concederiam um minuto de suas atenções? — Mas no caminho, foram parados por um certo comediante mirim.
Ouvindo o pedido, não pensaram duas vezes:
— Aceitamos! — O espírito aventureiro se reacendeu com o pedido do Robin.
Assim, começaram a planejar maneiras de interromper a próxima seção do circo.
(Konstantin)
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