Hant! Os Piores Brasileira

Autor(a): Pedro Suzuki


Volume 1 – Arco 1

Capítulo 49: Enquanto isso, por onde andavam o cavaleiro e sua serpe?

Um dia antes

— ...E é basicamente isso que descobri até agora, pode me ajudar? — perguntou Prilio.

— Claro! — respondeu o líder do grupo de aventureiros Lunares, a vigésima quarta opção do cavaleiro. — Vou ver se meus companheiros de equipe também topam.

— Assim que avisar eles, partiremos para o ponto de encontro que interceptei dos cultistas, daqui a duas horas.

— Anotado.

— Estarei esperando no portão principal.

Uma dica foi levando a outra, uma captura revelou outro plano e de repente, eles estavam diante de uma das quatro caravanas principais, protegida por quarenta mercenários.

— Eles têm gente demais, vamos recuar — disse Prilio.

— Olhando pela armadura deles, não parecem tanta coisa assim — respondeu o tanque da equipe.

— Mas seus números são superiores demais — comentou o guerreiro de braço metálico.

Enquanto observavam de longe, escondidos no topo das árvores de um monte próximo da estrada, usando binóculos, um estrondo balançou o chão e enviou uma ventania forte que retorceu as árvores para trás.

— O que foi isso?!

Recuperando o binóculo caído e olhando novamente para a caravana, eles perceberam que outro grupo havia iniciado a emboscada antes deles.

— Ladrões de montanha? — sugeriu o especialista em cura.

— Por que alguém tão forte se tornaria um mero ladrão? — retrucou o arqueiro, que observava sem ajuda do binóculo.

— Devemos ajudar? — perguntou o guerreiro de um braço.

— Vamos esperar o resultado dessa luta antes de agirmos — disse Prilio. — Mesmo que sejam aliados, entrar agora, nessa confusão, pode nos tornar inimigos aos olhos deles.

— Mas são só quatro — disse o tanque. — Devemos deixar eles morrerem, mesmo com a chance de podermos ajudar?

— Para você, parece que eles vão perder?

— A vantagem do elemento surpresa logo vai ser inefetiva. Aquele comandante, que só está observando tudo, já deve ter aprendido todos os padrões dos quatro.

— O que é aquilo na mão dele?  

— Parece um artefato — respondeu o arqueiro.

— É um artefato demoníaco — afirmou Prilio. — Melhor recuarmos por enquanto. Dependendo da qualidade, o efeito em área pode acabar nos alcançando.

— Já era, aquele cara ativou a habilidade enquanto você falava.

Todos se encararam e analisaram seus próprios corpos, para ver se havia algo de errado, mas parecia tudo bem.

— Demos sorte, o efeito é apenas individual.

— E se fosse uma ilusão? Como perceberíamos?

— O efeito daquilo é uma ilusão. Mas diferente dos artefatos artificiais, os sobrenaturais tem efeitos fortes demais para não percebemos.

— Já foi atingido por um?

— Em um treinamento.

— Como foi?

— Desagradável.

— Olhe só, o lanceiro está prestes a morrer — disse o tanque. — Por isso deveríamos ter interferido antes!

— Quem morreu foi o comandante.

— O que? — E ele deu três conferidas no binóculo. — Como...

— Havia uma maga entre eles. Uma de verdade — disse o guerreiro.

— Eles ganharam. O que fazemos agora?

— Voltamos para a mansão, fracassamos na missão — disse Prilio.

— Vai desistir tão facilmente? Podemos conversar e nos juntarmos a eles — sugeriu o tanque.

— Se tem alguém tão competente cuidando do caso, podemos voltar tranquilos. Devem ter sido enviados pelo Duque.

Desapontados, todos recolheram suas coisas, se viraram, subiram em suas montarias e partiram.

— Deixei escapar alguns? — indagou Kappa, nos ouvidos do tanque.

— Quem está aí? — Tentando girar seu corpo, ele sentiu um corte no pescoço, que o paralisou.

— Espere! — gritou Prilio. — Somos aliados!

— São mesmo? — Ainda segurando a espada colada no pescoço do tanque, Kappa usou a outra mão para cuidadosamente levantar e arrebentar o colar escondido dentro da armadura. — Então me expliquem o que é isso.

E levantou o pingente de lua.

— Desde quando aqueles cultistas monopolizaram o símbolo da lua? — argumentou o guerreiro.

— De acordo com a sua lógica, vocês são apenas um grupo independente que, por acaso, estava passando perto de uma das caravanas mais importantes para o objetivo final do culto da banana, vestindo, por acaso, um pingente do símbolo principal deles? Não são muitas coincidências?

— Se estivéssemos com eles, teríamos entrado na batalha!

— Podem ser apenas ratinhos. Inúteis em combate, mas ágeis e discretos, com ouvidos enormes para, por acaso, relatarem uma ou duas coincidências que viram, ou ouviram.

— Usamos esse símbolo muito antes deles chegarem! Pode checar com qualquer outro aventureiro da cidade.

— Poder eu posso, mas devo correr esse risco? Parece muito mais fácil me livrar de vocês aqui. Certo ou errado, melhor prevenir que remediar, não é?

— Cavaleiro da ordem de Modros, pertencente a subdivisão das serpes terrestres, eu, Prilio Celeste de Eplila, juro pela minha família que não temos envolvimento algum, senão desprezo por esses malditos cultistas.

— Agora sim estão me ajudando a te ajudarem. Fiquei sabendo que os guardas das serpes estavam vigiando esse caso.

— Vai me soltar? — perguntou o tanque.

— Ainda não. Um cultista se importaria em manchar a honra da família?

— O que mais quer saber?

— Prova alguma me prova do contrário, vocês são culpados.

— Eu juro pela espada, somos inocentes!

Hm, observar um teste da espada pode ser interessante. — Saltando do cavalo, o Kappa agarrou o braço do Prilio e jogou sua espada para o alto.

Ela rodopiou diversas vezes no ar e Prilio manteve seu braço estável, sem preocupação alguma.

Caindo, a espada passou por cima do braço, sem nem arranhar.

— Tudo bem, continuar duvidando iria contra toda organização de Modros, o que prefiro não ter como inimigo. Vão.

Depois de narrar esse encontro a seus companheiros de banda, Aika perguntou:

— Deixou eles irem, fácil assim? Só por uma superstição antiga?

— Colei um rastreador nas costas do grandalhão. Se algo acontecer, vou ser instantaneamente levado até eles.

— E se eles descobrirem e se aproveitarem disso para te capturarem? — perguntou Tristan.

— Então dei azar.

...

Chegando à mansão, eles descobriram que os outros já haviam partido para o circo.

E sem nenhum compromisso agendado, decidiram ir direto até lá.

— Com licença! Me concederiam um minuto de suas atenções? — Mas no caminho, foram parados por um certo comediante mirim.

Ouvindo o pedido, não pensaram duas vezes:

— Aceitamos! — O espírito aventureiro se reacendeu com o pedido do Robin.

Assim, começaram a planejar maneiras de interromper a próxima seção do circo.

(Konstantin)

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