Hant! Os Piores Brasileira

Autor(a): Pedro Suzuki


Volume 1 – Arco 1

Capítulo 42: Corrida especial dos Laika

Apelidada de Formosa, auxiliar de um herói que falhou.

Ouvindo a minha escolha, ele riu.

— Dentre todas as belas palavras nesse mundo, tem certeza que deseja que essa te represente até o último dia?

Como seguidora do caminho da aranha, alguém que assinou o contrato para usar a magia da humanidade, ao fim de minha vida, ao invés de relembrar meus bons tempos, fui levada a força para um plano separado da realidade.

Um lugar onde recuperei toda minha vitalidade e onde minha mente se clareou.

O mundo criado pelo homem a minha frente, comprado com três palavras, por seus preciosos alunos.

— Sim, é minha fruta favorita.

Hahaha! Nunca deixo de me impressionar pela futilidade e pelo pouco preciosismo que certas pessoas tem na última decisão. Ah, não entenda errado. É muito necessário que até as palavras bobas ou sem muito apelo, sejam escolhidas. Respeito sua decisão. Mas como desconheço o grau de educação que você teve antes de chegar até aqui, é meu dever avisar que sua própria alma e toda sua magia será usada para dar vida a essa palavra.

— Tive um bom professor e bastante tempo nessa vida, ponderei muito a respeito dessa escolha e não tenho dúvidas, quero essa mesma.

— Se tem tanta convicção, deixarei de te incomodar. Por favor, deite-se nesse altar.

A cada passo, senti minha mana ser roubada. No total, subi trinta e três escadas de pedra, e me deitei sobre um complexo sistema mágico, formado por incontáveis palavras, reunidas em uma espiral circular.

No centro, estava o nome do homem a minha frente. Isso foi tudo que consegui ler, já que uma sonolência começou a surgir.

— Pelo bem da humanidade, agradeço seu sacrifício.

— Só poderia ser chamado de sacrifício, se eu não recebesse nada. Esse caso, porém, é uma troca.

— É a palavra apropriada, mas em certas pessoas, pode evocar um certo desconforto. Eufemismo é uma ferramenta necessária, para trabalhos como o meu, que exigem enganações. Mas já faz um certo tempo em que eu comecei a reavaliar os meus parâmetros, de tal modo que tenho dúvidas se estou enganando mesmo. Sacrifício é uma escolha bastante comum, tem inúmeros significados.

— Vou em paz, pois vivi bem, poupe as mentiras.

— Se é o que deseja. — Ele selecionou uma de suas doze espadas e a afiou por um longo tempo, em uma roda giratória feita de diamante. — Qual é a sua verdade?

— É uma palavra que concede desejos, mas na forma de sonhos. Ou ilusões, mais precisamente, já que não desejo a parte que necessita do sono, nem do longo processo até chegar lá.

— Que interpretação distante do significado original. Um pouco forçado, se me permite opinar. Caso selecione um efeito distante demais da palavra, é possível que só prejudique o conjurador, pois será impossível de harmonizar com a imagem mental. Bom, visto que você é do tipo excêntrica, talvez não seja um problema criar uma palavra que nunca mais será usada. — Abrindo o grimório das palavras conectadas, ele acrescentou: — Se não te incomodar, poderia compartilhar como alcançou tal resultado? Sou um homem bastante curioso.

— É um motivo simples. Ao chegar nesse mundo, a primeira e maior diferença que encontrei, foram as bananas. Essa fruta possuía um doce cheiro diferente de tudo que havia sentido antes...

O homem abriu um segundo grimório e me interrompeu:

— Mas haviam bananas no seu mundo.

— Se havia, ou foram todas destruídas pelas catástrofes, ou eram valiosas demais para as pessoas comuns.

— Que curioso. Pedirei para meu amigo verificar pessoalmente. Lembra do nome do seu planeta ou universo?

— Nunca busquei.

— Poderia?

— Fique à vontade.

Colocando sua mão sobre a minha cabeça, os olhos dele brilharam.

— Entendi! Que ótima decisão.

— Preferia ter explicado em palavras.

— Me desculpe, mas pela eficiência, esse método é melhor. Afinal, temos pouco tempo.

— Pela interrupção, colocarei um efeito específico por falha.

— Qual seria?

— Desejo que, para aqueles que desperdiçarem minha palavra, um portal surja e de lá saia uma mosca, daquelas que só servem para incomodar. E para incrementar o sofrimento, que desapareça, sem dar sinais, alguns minutos depois, para que o conjurador fique procurando, igual um idiota.

— Das punições que ouvi, essa parece a mais inofensiva.

— Tempo é o recurso mais importante para nós, seguidores do caminho, enquanto mortais. Esse pequeno incômodo que você despreza, irá se acumular em um atraso de décadas, séculos e milênios, em um piscar de olhos.

— Para isso, sua palavra deve ser popular... Planejou essa escolha desde o começo, para que as pessoas conjurassem por engano?

— Um efeito inútil e um custo que só incomoda. Tão fútil quanto a vida, esse é o legado que desejo deixar. Essa palavra que encapsula tudo isso, não é o significado perfeito?

— É agradável descobrir palavras apenas divertidas. Mas por uma mecânica fácil, pelo baixo preço da palavra, é possível explorar essa punição, para um uso completamente diferente do seu interesse, devo te alertar. — Ele parecia extremamente frustrado, por mim. — Se soubesse das consequências, nunca permitiria tantos adjetivos intrometidos, no passado.

— Se servir para propagar essa palavra e gastar o tempo de mais pessoas, por mim, melhor ainda.

— Esse afinco pela futilidade, chega a ser quase hipócrita.

— Se quiser reclamar e gastar mais do seu tempo, por mim, tudo bem.

Olhando para seu relógio solar, pendurado no teto, o homem suspirou.

— Queria poder te fornecer mais satisfação na minha perda de tempo, porém, por forças maiores, sou incapaz. Tem mais algo a acrescentar?

— Gostaria de acrescentar uma leve modificação, como agradecimento pelos meus bons tempos no circo do meu cuidador.

— Diga.

— Quando usado como ofensa, gostaria que surgissem duas moscas, ao invés de uma.

— Que vingança inútil.

— Como deveria ser.

Ele fez um pequeno corte no meu dedo e com apenas uma gota de sangue, escreveu tudo que pedi, no primeiro grimório.

— Obrigado por se unir ao caminho.

— Vá se ferrar, velho ambicioso.

O coração dela foi perfurado pela lâmina e o altar consumiu sua existência.

Lucca, arquivo dos mil chás.

Uma mulher de olhar distante, com longos cabelos, se estendendo até a altura do quadril.

Vestes brancas, divididas em pequenas seções de panos volumosos, escondendo tudo, exceto os ombros e parte das costelas, evidentes, se revelando por baixo da pele e da pouca gordura, iluminada pela lua, representada caricatamente, com um rosto humano.

Um de seus braços tocava o ombro oposto, passando por cima da cabeça, e o outro passava por trás das costas, revelando apenas a mão, levemente curvada, quase formando um C.

Seus olhos estavam ocultos pela pichação. Só a cor de uma das írises era visível: escura, em um tom ordinário que se encontra em qualquer lugar.

Ao redor do pescoço, acima de suas roupas, um colar de pérolas encontrava um intruso: uma esfera dominada por um material transparente, formando uma silhueta de lua, no resto amarelado e sólido da esfera.

Retornando a pichação, é ousado afirmar que por baixo, na região da testa, havia uma tatuagem. Muito pouco era mostrado.

Mas havia um detalhe que se destoava do tom da pele, diferente o suficiente para instigar esse palpite.

Olhando somente superficialmente, afirmar que aquela era a mesma mulher da estátua da seita, era no mínimo forçado.

Mas nos pequenos detalhes, na composição distante e na escolha de cores, havia um evidente simbolismo, taticamente oculto pelas escritas, pela data e pelo logo.

Todos os pontos que gerariam dúvida, todas as partes que poderiam apontar semelhança nos traços incomuns, estavam cobertos por algum empecilho.

Não havia como ser coincidência.

De alguma forma, os cultistas, o circo e os assassinos, colegas da Selena, estavam ligados. Percebi isso, logo que bati o olho no mural.

Os recentes eventos só confirmavam isso.

Mas não está óbvio demais? E se essa possível ligação for uma distração para tirar nossa atenção do real perigo?

Ou talvez, nem seja tão óbvio.

Com uma crença ou suspeita forte o suficiente, nossa mente pode inventar evidências ou tomar pequenas coisas como provas absolutas.

Pode ser que nem houvesse tantas dicas que apontassem para isso, pode ser que esse desenho realmente seja de uma modelo aleatória, porém, meu foco é tanto, que encontrou nesses detalhes, a última evidência que faltava para concluir isso.

Sabendo disso, decidi dar um passo para trás e analisar o que temos.

Isso pode ser apenas um convite, uma forma sofisticada de chamar para um duelo direto?

Sendo assassinos e pelo que a Selena afirmou anteriormente, muito mais fracos, o mais lógico é se voltarem para a covardia.

Considerando o grande número de pessoas que vão para o circo diariamente, se tentarmos evitar ou fugir, eles usariam o público de refém ou pior, poderiam armar uma bomba e nos obrigar a ir até lá, para impedir o atentado.

Sabendo onde o confronto ocorreria, eles estariam em uma enorme vantagem, podendo preparar quantas armadilhas quisessem.

Olhei para a data, marcada para daqui a dois dias.

— Tem algum evento especial nesse dia? — perguntei.

— Que eu saiba não — respondeu o Visconde.

Foi difícil teorizar qualquer coisa, além do fato de ser pouco tempo para nos prepararmos, então guardei essa data e passei para o próximo elemento.

— Pode traduzir para mim? — pedi ao Khajilamiv.

O grafite dizia o seguinte:

"Venham ver as sensacionais aberrações e o show principal: os quatro mutantes! Uma grande surpresa especial os aguarda! Venham se divertir!" 

Perguntando ao Visconde, ele respondeu que ouviu de um dos seus secretários, que os mutantes são quatro homens peixe. 

A parte da grande surpresa era óbvia. Haveria algum tipo de reviravolta, provavelmente na hora do show principal. Mas como vi anteriormente, haviam múltiplas seções e mais de uma repetição no palco central. Teríamos que ir em todas?

Somente a existência de um palco para aberrações, me trazia um desconforto terrível.

“É estranho que Fortuna ainda não tenha banido algo tão controverso. Será que é uma prática que surgiu recentemente?”

Prestes a pedir a opinião do Khajilamiv, perdi meu foco por um grito.

— Por que interferiu!? — Essa voz, vinha da Selena.

— Como ouviu antes, agora não vale de nada tentar lidar com isso sozinha.

— E você sabia disso na hora que agiu?

— Mas é claro que...

— Se queria ajudar mesmo, por que não contou antes?

— Para que esse tom agressivo? Ainda está magoada com a discussão de antes?

— Você sabe muito bem o que fez! — E ela saiu da construção, apressadamente.

— Pelo jeito, até gênios tem essas fases — disse o Visconde.

— A diferença, é que a raiva dela é justificada — defendeu Khajilamiv.

— O que a Ampom fez, enquanto eu estava fora, para todos se irritarem com ela? — perguntei.

— É uma longa história.

— Dessa vez, prefiro ficar sem saber.

— E quem disse que eu te contaria? Não sou insensível ao ponto de compartilhar temas tão sensíveis.

— Será que é? — provoquei, com um leve sorriso.

— Claro que sou!

— Falando nisso, conheci um monge tagarela que se daria bem com você.

— Se quiser, não te conto mais nada!

— Sem mais atitudes drásticas. Suas explicações ainda me ajudam bastante. E inclusive, preciso de uma agora. Tem alguma ideia de quem é essa mulher do mural?

— Não é só uma modelo aleatória?

— Pensei que também reconheceria...

“Ele também viu pessoalmente a estátua e nem desconfiou”, mais um motivo para duvidar dessa ligação.

— Podemos continuar com o tour? — perguntou o Visconde.

— Que coragem. Ou é costume? É verdade que os Laika sofrem tantas tentativas de assassinato? — perguntei. — Me parece loucura querer continuar, como se nada tivesse acontecido.

— Prefiro estar sendo caçado por assassinos, perto desses grandes grão-mestres, que andar sem um inimigo, sozinho. E um bom assassino não faria uma nova tentativa, no mesmo dia que falhou.

— De onde tirou esse ditado? — perguntou Rafun.

— Do livro de guerra do descendente de Modros, Felix.

— Sabe que o maior feito desse homem foi ter nascido do ventre de uma das bisnetas do Modros, não é?

— O que não impede ele de ser um grande escritor.

— De fantasia, só se for. Por um membro da mesma guilda Glance, eu já fui atacado oito vezes consecutivas, na mesma noite!

— Devia ser um assassino péssimo, então — disse Prilio. — Para mim, esse ditado parece verdade.

— Quem é maluco de tentar assassinar um Eplila? Tenho certeza que só não tentaram de novo, porque viram essa sua cara de burguês.

— Hoje, podemos colocar isso a prova — sugeriu o Visconde. — Como disse, vamos seguir a excursão e se formos atacados, então o ditado é falso.

— O que irei ganhar se estiverem errados? — perguntou Rafun.

— Posso te entregar uma das garras do Rundel — disse Prilio.

— Por que ele iria querer uma unha de dinossauro? — perguntei.

— É um material versátil, fundido junto de materiais mais caros, para diminuir o custo na produção de espadas raras. Pela propriedade das Serpes de adaptabilidade — explicou Khajilamiv.

— Aceito! Em troca, se perder, te entrego um dos olhos do Fum! — Vendo minha cara de nojo, o Rafun explicou. — Fique tranquilo, eles crescem de novo.

— Esse não é o problema...

“O que esses pobres coitados têm a ver com essa aposta?”

Os dois mereciam donos melhores. Será que Fortuna tem um serviço de proteção animal?

— Se todos concordam, então vamos voltar para a carruagem!

No resto da noite, visitamos uma sauna que possuía uma fonte de águas congelantes, matéria prima para a produção de sorvetes locais, passamos em frente a um parque aquático fechado, conhecemos uma perfumaria que vendia materiais para produção de perfumes caseiros, demos uma olhada na forja que estava refinando nosso cristal de barreira substituto, vizinho de uma carpintaria famosa, então chegamos na nossa última parada da noite.

“Sem nenhum sinal de assassinato, até agora.”

Por um grande portão duplo, entramos em uma grande construção retangular, que parecia um estádio de futebol.

Subimos as escadas e nos sentamos nas arquibancadas.

No centro, havia uma grande reta, separada em oito faixas, com obstáculos que pareciam impossíveis: como rodas que o corredor teria que continuar de ponta cabeça, saltos gigantes sobre abismos perigosos, paredes que se fechavam em um tempo muito curto e um tubo cheio de água, que subia por dezenas de metros até a linha de chegada.

Os adultos admiravam a beleza desse lugar e até o humor da Selena mudou, ansiosa por ver esse esporte estranho, mas sem acreditar que haveria uma corrida de verdade, a essa hora.

De repente, todas as luzes se acenderam, iluminando o estádio e revelando ainda mais obstáculos.

— Três, dois, um... — E o Visconde balançou um sino, que deu início a corrida.

De um túnel fechado, as grades se levantaram e oito cavalos gigantes, montados por oito corredores cobertos de armaduras leves, dispararam em direção a pista.

Na reta, sem obstáculos, todos pareciam parelhos, mas logo chegou o primeiro desafio: a volta de ponta cabeça.

Ao invés de todos seguirem retos e vencerem pela força bruta, como esperava, cada um dos corredores lidou com isso de uma forma diferente.

Os corredores alcançaram a pequena mochila pendurada ao lado do apoio de pé, mas cada um retirou algo diferente.

Alguns puxaram cristais mágicos escuros, que quando quebrados, deram fricção para as patas dos cavalos, permitindo uma travessia cautelosa, ativando e desativando uma espécie de cola, a cada passo.

Outros amarraram uma corda na pista e carregaram o peso absurdo só com os dois braços, dando mais liberdade para os cavalos correrem com mais velocidade. Com o custo de precisarem descansar após esse obstáculo.

E um ignorou a pista, passando direto pelo obstáculo, seguindo correndo.

— Por que os outros não fizeram o mesmo? — perguntei.

— Nessa modalidade, além de só poderem tomar três faltas, antes de serem desqualificados, quando você ignora um obstáculo, é acrescentado uma penalidade de dois minutos.

Esse corredor partiu direto para o segundo obstáculo: uma descida íngreme, de piso irregular, com pedras soltas, então pegou um cristal mágico da mochila e bateu as rédeas, ordenando o cavalo a avançar.

Quando parecia que iriam apenas cair, ouvi um som de uma gaita.

Olhando novamente para o corredor, ele havia levantado o elmo e começado a tocar um instrumento preso em sua boca, logo que quebrou o cristal.

Como se as pedras tivessem ganhado vida, todas se organizaram no caminho mais eficiente e se ajeitaram sozinhas, quando o cavalo estava prestes a dar um passo em falso.

Enquanto esse descia, outro o ultrapassou, ignorando esse obstáculo e partindo para o próximo.

Sua solução foi bem direta. Dando o comando para o cavalo saltar no tempo certo, ele soltou uma rajada de vento para trás, voando pelas paredes esmagadoras, escapando por um triz.

Em uma liderança isolada, ele aceitou o próximo obstáculo: uma subida íngreme, com grandes bolas de borracha, caindo periodicamente.

Como ele cairia caso repetisse a primeira solução, pois os passos colantes eram o oposto da agilidade requerida para desviar dos obstáculos, o corredor alcançou a sua bolsa, pegou mais um cristal, dessa vez azul, e um livro, que começou a recitar.

No meio do encantamento, o corredor que estava no segundo obstáculo chegou e pulou esse, passando para o quinto: uma corda bamba, com uma queda insignificante, mas que resultaria na falha desse obstáculo.

Tocando sua gaita, as pedras do obstáculo anterior vieram e ele as remodelou em uma grande ponte, que se quebrava e reconstruía a cada passo na corda bamba.

No meio dessa lenta travessia, um corredor o alcançou, mas decidiu pegar um bastão retrátil e atravessar da maneira planejada pelos construtores dessa pista.

Pensei que logo cairia, mas esse cavalo avançou em um ritmo levemente mais rápido que o outro, confiantemente.

Quando estava prestes a ultrapassar o outro, porém, foi desequilibrado por uma ombrada “acidental” no bastão.

Quase caindo, ele usou o mesmo para empurrar uma das patas do cavalo adversário, resultando na falha dos dois.

Enquanto brigavam no chão, um corredor passou pelos dois, usando uma magia de vento para se lançar para cima e outra para diminuir o peso, planando até o outro lado, abrindo uma asa de couro no ar.

Chegando ao último obstáculo: um tubo de água, onde sem pensar duas vezes, colocou uma máscara nele e no cavalo, subindo sem truques.

Na metade do caminho, outro o alcançou e decidiu começar a recitar um encantamento para criar um redemoinho. Não para ganhar velocidade, mas para atrapalhar o outro corredor.

O juiz sinalizou uma penalidade de tempo para ele, que foi obrigado a parar e começar a subir.

No fim, outros três chegaram, antes que o número 6, o atrapalhado pelo redemoinho, atravessasse a linha de chegada e fosse agraciado por uma generosa recompensa do Visconde.

— Bravo! — gritou a Selena.

— Impressionante... — comentou Khajilamiv.

— Coitado dos cavalos...

— Quer tentar? — desafiou Rafun. — Pagaria para ver o Rundel nadando!

— Se conseguir convencer ele. Nem banho esse bicho toma.

— Deveriam instalar essa atração na capital — comentou o Barão.

— Infelizmente, foi patenteado pelos Laika — respondeu o Visconde. — Mas por um bom preço, quem sabe.

Todos aplaudiram vigorosamente, uma inundação de perguntas ocupou, por um bom tempo, os ouvidos do vencedor, e esse assunto dominou todo o nosso caminho de volta.

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