Hant! Os Piores Brasileira

Autor(a): Pedro Suzuki


Volume 1 – Arco 1

Capítulo 3: Livro do passado

“Por adiantar consideravelmente o meu retorno, confesso que devo muito a essa figura misteriosa e me alegro em estar lutando na mesma causa que ele.

Sei que é seu dever, mas não consigo esquecer a imagem daquela rua, logo à frente dos faróis fortificados.

O chão era um mar de sangue. Milhares de corpos frios: desmembrados, decepados, divididos em dois. Crianças, adultos, mulheres, cachorros. Montanhas, pilhas e montes de todos os tipos de seres vivos, acumulados em um caminho até o castelo.

Era como se o anjo da morte tivesse descido a Terra mais uma vez e todos que sequer olhassem para ele em sua marcha mortal perdessem a vida.

Sei que um anjo não teria nada com um homem justo, íntegro, seguidor do caminho e sem dever nada para ninguém, mas não consigo deixar de sentir medo.

Nem mesmo os animais foram considerados justos diante dele?

Uma calamidade assustadora, comparado ao incidente do herói Modros pode ter chegado a Fortuna.

E eu espero nunca na vida cruzar caminho com ele.

Tome cuidado Khajilamiv.”

                                                                                                                       

                                                                                    Prisão central do Ducado Fortuna, 1340 D.M

Em um parque composto somente de plantas com cores primárias, um grupo de quatro prisioneiros conversavam, enquanto almoçavam em uma mesa retangular de pedra lisa, especulando sobre o próximo prisioneiro que iria vir.

Eles haviam escutado dos guardas que o novo prisioneiro havia sido condenado por invadir o quarto de um nobre, alegar falsamente ser um herói, tentar agredir um soldado e fugir do interrogatório logo após.

Porém, essas eram especulações em cima de especulações, rumores vagos de credibilidade questionável, pois nem mesmo os supervisores sabiam ao certo sobre quem iria vir.

Essa medida de proteção à privacidade era exclusiva do Ducado Fortuna, para impedir que houvesse discriminação por parte dos guardas contra os presos e dos próprios presos, uns contra os outros.

— Impossível um herói de verdade ser preso... Mas aposto que ele é um espião daqueles bandos de baronatos briguentos! Afinal, não tem como alguém comum se infiltrar na casa de um nobre. — O homem baixo, caolho, de cabelo cinza bagunçado, que gritava cuspindo comida da boca, era apelidado de Vibogo, pois sempre apostava pela manhã ou tarde para ver qual dos dois: o azar ou a sorte, seria a predominante para o resto do dia, característica marcante de um personagem secundário do antigo livro de fábulas “Contos do vigarista viajante”, Vibogo, que coincidentemente também era caolho.

Nessa prisão, logo quando chegavam, os condenados podiam escolher entre quatro cores de roupas: amarelo, azul, cinza e branco. Vibogo vestia um cinza com detalhes rasgados que representava bem sua personalidade sem graça.

— Já consigo sentir no ar! Os ventos me contam que esse é um ser de muito, muito longe... Talvez das ilhas do ar? Já pressinto que só de olhar em seu cinto, conseguirei ver em tua alma aquilo que o acusará. Um monstro na pele de um humano! Um demónio! Oh, sim, um demônio será. Do continente médio virá para acabar com o que é divino...Vou anotar isso.

O alto homem de cabelos loiros, longos, lisos e brilhantes, com uma aparência chamativa por sua pele limpa, longos cílios e maçãs do rosto avantajadas, era chamado de poeta predestinado a ser tudo menos um poeta, ou resumidamente, poeta ruim, pois apesar de sua voz forte e agradável aos ouvidos, sua beleza digna de performar nos mais renomados teatros da capital e físico para competir profissionalmente em qualquer esporte, ele escolheu ser um poeta, medíocre em seus melhores dias.

— Consegue descobrir demônios só olhando para o cinto deles? Mas na prisão nem é permitido...

— Mas rimou.

— Não adianta rimar se não fizer sentido.

— Só eu inventar que existe um significado mais profundo, cheio de intertextualidades e metáforas, muito além do entendimento de um amador qualquer, para não parecerem idiotas, vão fingir que entenderam.

Ele vestia uma roupa branca fedorenta, suja com diversas cores providas pelas fontes mais suspeitas. Seu objetivo era fazer uma roupa colorida, mas o resultado foi um bege cor de burro quando foge, com toques de vermelho tomate.

— Um acha que vai ser um espião, outro acha que vai ser um demônio... Que tal apostar? Eu acho que vai ser um bandido, com uns parafusos a menos e um físico como dos gigantes. Nenhum imbecil conseguiria chegar nem perto do castelo de um nobre a não ser que tivesse um físico monstruoso, mas se fosse um espião ou demônio, também nem seria pego. — Esse era o mais comum dentre eles, altura média, cabelos curtos escuros, emaranhados e olhos da mesma cor, uma pele cheia de cicatrizes, um sorriso amarelo de negócios a todo momento e sempre com algum tipo de droga escondida na mão.

Ele era chamado de Corvo, pois havia confessado que estava lá por ter confundido e roubado alguma tralha brilhante de um comerciante ambulante, pensando ser uma pedra preciosa, mas que na verdade não passava de lixo. Parte do motivo pelo apelido também se dava pelas suas roupas tingidas de preto, as quais ninguém sabia como ele havia conseguido.

Então, os três viraram seus olhares para o quarto homem na mesa, que comia silenciosamente.

— E você? Como acha que ele vai ser, hein? — perguntou Vibogo.

— Eu já disse que não aposto — respondeu com sua voz grave, o último membro do grupo, o homem careca que andava sempre de cara fechada, com o ar de preocupado como se fosse um turista perdido em uma terra estranha, mesmo que tivesse quase dois metros de altura e um físico musculoso anormal que espantava a qualquer um. Talvez fruto de ser o mais recente integrante do grupo ou algo relacionado ao seu crime.

Ele vestia uma roupa azul apertada, que caía bem mal nele e era chamado de Brutamonte por motivos óbvios. Tudo que ele havia revelado era somente sua profissão antes de ser preso: fazendeiro.

Como o nome da mesa dizia, os quatros eram unidos por um só motivo: fugir da prisão. Até o momento, eles haviam tentado oito vezes, e já nem mais escondiam que iriam continuar até terem sucesso ou morrerem tentando.

A tentativa de fuga, nesse Ducado, era considerado um impulso natural que ia de acordo com os direitos humanos, portanto, nunca haveria consequências para os quatro fujões, desde que não machucassem ninguém durante as tentativas.

Ah, qual é? Não precisa apostar, só dá um palpite aí de como acha que o novo prisioneiro vai ser! — disse o Corvo.

O Brutamonte olhou nos olhos do Corvo, acelerou suas garfadas até terminar de comer, empurrou o prato na direção dele, então finalmente deu sua opinião:

— Eu também acho que ele vai ser um bandido. — E se levantou da mesa, para encher seu copo em uma fonte de mármore, em formato de cabeça de urso.

— Certo! Um voto para demônio, um para espião e dois votos para bandido maluco! Querem apostar o que?

— Que tal apostar o salário semanal dos trabalhos? — sugeriu Vibogo.

— Fechado! — O Corvo olhou para a mesa ao lado e perguntou: — Algum de vocês sabe que dia ele chega?

O grupo original dos fujões era composto por muito mais que quatro pessoas. Das oito pessoas sentadas nas duas mesas a esquerda, seis já fizeram parte desse grupo, e havia ainda mais espalhados por toda a prisão.

— Ouvi que ele chega ainda hoje, mas bem tarde — disse um deles.

— A noite? Eu ouvi outra coisa, me falaram que ele chega só amanhã de manhã.

— Não precisam ser tão exatos, o importante é que todos concordam que ele vem logo... — O Corvo olhou para baixo, sorriu e cochichou para o poeta falso que estava ao seu lado. — Ou seja, teremos mais uma chance de fugir!

— Eu já penso o contrário — respondeu o poeta, em voz alta, pouco se importando que os guardas fossem ouvir. — Se ele é realmente tão perigoso quanto estamos supondo, com certeza a segurança será fortificada da cabeça aos pés, dos chapéus felpudos dos guardas, até os sapatos brilhantes deles, do teto ao subsolo, da solitária até os banheiros... Enfim, fugir agora será mais difícil que em todos os outros dias.

— Fala baixo! — E tentou cobrir a boca do Poeta, mas ele escapou.

— Você é que gritou agora.

O Corvo olhou para os dois lados rapidamente e viu que mesmo anunciando em voz alta os planos de fuga, nenhum guarda parecia preocupado. Então, ele agarrou a orelha do poeta e puxou para perto de si.

— Justamente por melhorarem a segurança, é que eles não vão esperar que algum idiota tente fugir nesse dia... — O poeta gritou e se debateu para que o soltasse durante a explicação. — Olhe ao seu redor, todos estão com a guarda baixa agora!

Argh, tá, tá, tudo bem, não custa nada tentar... Para que puxar tão forte?

— Até a noite eu penso em algum plano. — Ele se levantou da mesa, pegou o prato, os copos e os talheres de madeira dele e do poeta, e foi andando em direção a cozinha.

— Ei! Eu ainda não terminei!

O Corvo virou o prato em sua boca, mastigou, engoliu a comida restante e apontou o prato vazio para o poeta.

— Eu não estou vendo nada aqui. — E saiu correndo, enquanto ria igual um maníaco.

O Brutamonte voltou e se sentou novamente.

— Agora que o Corvo já foi, posso dizer o que eu realmente penso. Eu acho que ele vai ser um herói mesmo.

— E por que não disse antes? — perguntou Vibogo.

— Por mais que eu ache isso, ainda é improvável. Mesmo dizendo que não quero apostar, se eu perder para aquele trambiqueiro, ele com certeza vai me cobrar todo santo dia. Se eu ganhar junto dele, devolvo o dinheiro para vocês.

— Espera que façamos o mesmo? — perguntou o poeta.

— Sim, aquilo foi só uma desculpa para ele conseguir comprar mais drogas, não caiam na dele.

— Relaxem, não tem por que se estressar... Vamos mudar de assunto! — sugeriu Vibogo. — Erm... Você disse que já viu um herói, como ele era?

— Nada demais, gente como a gente.

— Sério? Nada mesmo? Tinha certeza de que alguma coisa nele devia se destacar, afinal... Ele é um herói! De outro mundo ainda, como que tudo era igual? Tem certeza de que não se confundiu?

— Bom, não sei se você sabe, mas nem todos os heróis são iguais aos das lendas, contos e livros. Assim como existem aqueles que tem algo especial, uma força, um poder absurdo ou uma mente extraordinária, eu tive o azar de me encontrar com um herói fraco e ordinário. Por isso, não eleve tanto suas expectativas. Pelo que eu sei tem uma alta chance de ele ser um herói genuíno, mas mais provável ainda é ele ser completamente comum, talvez até meio arrogante.

— O que custa ser um pouco otimista? Quer saber, fui convencido de que um grande herói vai entrar por essa porta e libertar a todos nós! — E o poeta começou a escrever fervorosamente, em um caderno entregue por um guarda que apreciava suas canções noturnas.

— Agora eu estou confuso, como que pode existir um herói inútil? — perguntou Vibogo, subindo em uma das árvores para tirar um cochilo.

— Você já ouviu as lendas do rei de Modros? — perguntou o poeta.

— Claro que sim, o primeiro herói... Ah! — Ele pisou em um galho fino, que se quebrou e caiu de cara no chão. —  ...Certo?

— E de onde ouviu isso?

— De um bardo que conheci quando passeava pela cidade.

— Um músico de rua... Deve ter algumas partes exageradas, mas a essência nunca muda. Qual foi o clímax da canção?

Hm... Se não me engano, foi quando ele expulsava o império demoníaco de seu reino, montado em um dragão voador! — disse enquanto procurava por uma rede de descanso disponível.

— Ele misturou tudo... — comentou o fazendeiro.

— Mas o mais importante ainda está aí — disse o poeta. — O rei de Modros que é o nosso maior modelo de herói precisou fazer três coisas para se consagrar como um: reconquistar terras das mãos dos demônios, administrá-la, se tornando um rei e protegê-la.

— Isso não prova o contrário? Se ele é um modelo de herói, todos os outros deveriam ser fortes como ele também! — disse Vibogo.

— Ser forte não é a característica principal de um herói. Inclusive, tenho minhas suspeitas de que quem nosso caro senhor mistério conheceu, foi um candidato a herói, não herói.

— Não dá na mesma? — perguntou o fazendeiro.

— O primeiro herói nasceu e morreu em nosso mundo, ele escolheu ser um herói e deu seu corpo e alma para ser isso da melhor maneira possível. Já os exemplos mais modernos foram arrastados para cá por uma força não divulgada a nós, reles plebeus. Não tem nenhum vínculo com nossa terra ou povo e sinceramente, nem motivo para se sacrificar pelo nosso bem. Portanto, seria justo dizer que aquele trazido de outro mundo é um herói só de pisar aqui?

— Não?

— Mas os idiotas do passado, nossos antepassados, pensaram que sim. Entendeu? Heróis do nosso mundo trabalharam a vida inteira fortalecendo seus corpos para lutar pelo bem de todos nós, sem ninguém pedir, enquanto os tais heróis de outro mundo só lutam para conseguir fugir daqui o mais rápido possível. Os estudiosos passaram a perceber isso e daí que surgiu o termo e as formalidades de um candidato a herói.

— Mas então... Por que existiu heróis de outros mundos que tiveram sucesso por aqui?

— Sorte e bons companheiros. Como quase ninguém pode recusar o chamado de um herói, aqueles que tiveram sucesso, triunfaram nisso pois saíram chamando toda a nata daqui.

— Ainda assim, quem seguiria alguém de outro mundo, só por ser de outro mundo? Sinto que eu estou perdendo alguma coisa. — E se deitou uma rede livre.

— Eu assumi que você soubesse. Aquele músico era pior que eu esperava... Olha, vai para a biblioteca central ler os clássicos, aqueles livrões vermelhos no centro.

— Passou de três linhas é sonífero para esse preguiçoso — disse o Brutamonte.

— Pois então eu recito toda história em formato de um poema original!

O fazendeiro desabou no chão, só de relembrar das poesias passadas, fez três flexões e se levantou com um pulo na terceira repetição.

— Eu conto! Depois eu explico o resto para ele... Por enquanto só saiba que a sorte significa...

— Atenção a todos do dormitório 4! Se reúnam no edifício central. Atenção a todos do dormitório 4! Se reúnam no edifício central... — anunciou repetidamente em um tom monótono, a voz propagada por magia, seguida de um sino metálico.

Vibogo tapou os ouvidos com as mãos, ignorando o aviso para continuar deitado, mas foi carinhosamente puxado para fora da rede por um guarda.

— Mas já!? Ele não iria chegar à noite? — perguntou o Brutamonte. — Aliás, para onde que o Corvo foi?

— A esse ponto ele já deve estar fugindo — respondeu o Poeta.

— Que idiota... Por que logo agora? — E começou a correr para o prédio principal, onde ficava o portão de entrada, a solitária e a biblioteca. — Se ele entregar nosso túnel, que demorou meses para cavar, eu vou...

— Já deve ser tarde demais, não precisa correr! — gritou o Poeta. — Espera! Não me deixa sozinho!

E os dois aceleraram mais ainda ao escutar o som dos tambores que anunciavam a chegada do novo prisioneiro.

Os enormes portões de metal reforçados por magia, rangeram, tremeram, então lentamente se abriram. O Brutamonte e o Poeta se esgueiraram no meio de uma multidão que crescia rapidamente e disputava o pequeno espaço ferozmente, só para terem o privilégio de olharem para o herói e confirmar os rumores.

A gritaria, os empurrões e desentendimentos se cessaram de uma só vez, com o ecoar dos passos vindos da escuridão. Parte por medo dos guardas de elite, que tinham permissão para os matar por um só erro, parte pela ansiedade e curiosidade para ver o prisioneiro novo.

Após vinte e sete passos na escuridão, junto da companhia de quatro guardas de chapéus felpudos dourados e adornados com pedras preciosas, e mais quinze guardas comuns, a silhueta do prisioneiro foi lentamente sendo revelada.

Seus músculos eram definidos, mas não de forma exagerada como o brutamonte, comuns, assim como sua altura. Ele vestia uma roupa amarela que combinava com seus cabelos tingidos de loiro, como indicava a raiz preta de seus cabelos, algemas de ferro prendiam seus braços e pernas, e uma venda cobria seus olhos.

Mesmo assim, ele se apresentava elegante, com o peito estufado, um caminhar tranquilo e um sorriso que parecia genuíno, diferente do corvo.

Até em uma situação tão miserável, ele brilhava. Essa foi a primeira impressão de todos ali.

As vendas então caíram e as algemas foram soltas, os quatro guardas marcharam de volta para a escuridão e as portas se fecharam.

Se não estava óbvio antes, com a revelação de seus olhos azul escuro, traço próximo o suficiente para ser associado com os heróis da era antiga, agora estava claro de que sua aparência era a primeira testemunha a favor de sua inocência como herói.

— Com licença... Ah, não empurra! Espera! — A agitação da multidão esmagava o Poeta.

Ninguém ali, nem mesmo em pensamento, voltou a cogitar sua autenticidade como um herói, todos que o viram tiveram instantaneamente a certeza de que ele era um. Era como se ele fosse o próprio filho da Luchiena.

— Abram caminho! — gritou um dos guardas.

Desajeitadamente, um corredor se formou em meio à multidão, e o herói começou a andar para fora do prédio, acenando, apertando as mãos e recebendo presentes dos prisioneiros como se fosse uma celebridade.

Agora a questão não era mais sobre se ele era ou não um herói verdadeiro, mas sim sobre quem conseguiria se agarrar a ele e ganhar esse bilhete de saída da prisão tão fácil. Pois era uma das muitas autoridades dos heróis oficiais o poder de prender ou soltar, acusar ou revogar mandados de prisão.

— Poderia... Me deixar eu passar?

Com quem ele falava, era um daqueles que nem tentou disfarçar essa intenção e aproveitou desde o primeiro momento para tentar a sua chance, não obedecendo o guarda e continuando no caminho, impedindo o herói de passar.

Burburinhos começaram a brotar e se espalhar na multidão, mas ninguém ousou se colocar ao lado de nenhum dos dois. Todos apenas assistiam atentamente, curiosos para o que viria a seguir.

“Que tipo de herói ele é? Ele o convencerá com palavras? Ele o derrotará em um golpe? Ou mostrará algum poder totalmente novo? O que ele fará com pessoas problemáticas como ele?”, o pensamento de todos ali se alinhou de certa forma.

A quantidade de pessoas juntas em um ambiente pequeno abafou o salão, o ar passou a se tornar desagradável e a falta de ação do herói começou a incomodar.

— Mate ele logo!

— Mande-o sair!

— Chute ele para longe!

O herói, porém, permaneceu parado, só piorando a situação e causando mais agitação na multidão, que estava prestes a explodir em uma confusão enorme.

                                                                                   

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