Volume 1 – Arco 3

Capítulo 33: Casal em Desespero

Sobrevoando a área sob ataque dos Etéreos, os sentinelas de Thesena liderados pela tenente Mília, observavam a região, onde haviam carros normais e voadores, pegando fogo na rua, as criaturas lá embaixo perseguiam os moradores locais, enquanto destruía algumas casas no caminho. 

Os monstros atacantes eram horrendos e tinham um padrão de aparência entre si, todos ali tinham aparência semelhantes a plantas, troncos de árvores, belas flores, etc.

O dragão criado por Kevin batiam suas asas de forma majestosa e de forma rápida, pousou em segurança na grande avenida, para onde aquelas criaturas estavam seguindo caminho, rapidamente todos os sentinelas saltaram das costas da criatura e pousaram em segurança. 

— Que interessante essa magia. Como consegue criar dragões assim? — perguntou Gwen.

— Infelizmente essa é uma técnica de família, então não posso sair revelando assim para qualquer um. Tem uma tradição que preciso seguir — respondeu ele.

Alexia, que viu os civis serem perseguidos por esses Etéreos, teve que se colocar em ação. Ela de forma ágil, foi a única do grupo que saiu correndo prontamente. Com seus olhos fixos nos inimigos, ela estendeu seu braço apontando para eles e estacas feitas de gelo rasgou o ar perfurando um a um os inimigos.

— Mília, precisamos fazer algo. Não podemos deixar que os civis fiquem aqui, é perigoso! — Alexia apontando sua mão para frente, fez um tapete de gelo se formar no chão, que se estendeu até um Etéreo que tentou pegar um morador. Seu corpo congelou quase instantaneamente e com a cantora disparando uma estaca de gelo, explodiu o corpo do monstro.

Perto daquele ponto, um novo Etéreo estava em cena, seu foco era capturar uma família que consistia em uma mãe com seus filhos. O monstro de forma incessante não saía da cola deles.

Porém, vindo ao resgate, um jovem de longos cabelos negros portando uma espada de lamina levemente curvada tendo a mesma cor que sua arma, veio ao resgate. Ele com um corte preciso e movimentação rápida, dividiu o inimigo em dois.

— Alexia está certa. Vai ser difícil lidar com esses monstros de forma eficaz se tivermos que nos preocupar com os civis — comentou ele.

A frente deles uma grande horda de monstros plantas vinha destruindo tudo. Mília posturada, com a coluna ereta e peito estufado, com dedo indicador apontou para aquela cena caótica, respirou fundo para pegar fôlego e com um grito comandou.

— Vamos acabar com esses monstros o mais rápido possível, antes que causem mais estragos para essa cidade. Alexia, conto com você, Sophia, Agatha, Camilla e Danica para evacuarem a área e pegarem monstros que estejam desgarrados, enquanto o restante, junto a mim, iremos limpar todo esse perímetro.

— Sim! — Todos os sentinelas gritaram juntos. 

As garotas citadas por Mília correram juntas para dentro de um prédio onde um Etéreo havia acabado de entrar, enquanto o restante do pessoal de forma unida, mas sem sincronia, correram em direção dos alvos.

Um inimigo na forma de tigre feito de árvores corria velozmente para atacar Bennet, mas ele que era um excelente espadachim, finalizou a criatura velozmente.

No entanto, um novo Etéreo tentou pegar Bennet, mas ele que o encarou corajosamente por cima do ombro, apenas balançou a cabeça em positivo.

Com um chute na boca do estômago, a criatura foi lançada para bem longe, derrubando um muro no processo. O autor desse ataque tinha um sorriso confiante no rosto, era Kevin.

— Dragão Fronus! Mate todos, deixe nenhum de pé! — ordenou Kevin com tom de voz alto.

O dragão que os levou até ali, após essa ordem entrou em cena, com um abocanhada engoliu vários inimigos de uma só vez, sua calda que balançava sem parar, servia como um chicote, que atacava e dividia os monstros. O dragão embora fosse uma presença majestosa e perigosa, todos os sentinelas perceberam que Kevin tinha o controle total sobre a criatura.

E assim a batalha desenrolou, os sentinelas de maneira coordenada e eficiente eliminavam cada inimigo presente e os Etéreos um a um caia. 

 

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— Roaar!!!

Dentro de um dos prédios próximo da batalha, as pessoas tentavam se esconder no salão principal, da onde podiam ver o embate entre os sentinelas e os etéreos. Todos Pensavam estar seguros, mas foi aí que uma das paredes foram demolidas a força, pois um Etéreo de proporções gigantescas deu a cara já atacando e esmagando alguns inocentes.

— Estamos perdidos! — alguns lamentaram.

Mas antes que a criatura pudesse dar mais um passo em direção aos moradores, seus pés foram congelados por uma camada de gelo. A criatura, com mais de cinco metros, ficou paralisada. Uma garota usando uma varinha mágica apareceu, posicionando-se corajosamente à frente do monstro e lançando um feitiço de rajada de vento que o cortou um pouco. Enquanto isso, duas outras garotas evacuavam todos do local.

— Vamos, venham! — gritava uma delas.

— É perigoso ficar aqui! — alertava a outra.

O monstro, usando muita força, conseguiu se libertar das algemas de gelo e atacou a garota com a varinha. Ela rapidamente criou um escudo que a protegeu.

— Alexia! — ela chamou.

— Sim, já estou aqui! — respondeu prontamente a cantora.

Alexia com um mega salto surgiu de trás da moça, em suas mãos uma lança semelhante a um garfo de duas pontas surgiu, feita totalmente de gelo, criando um pilar desse mesmo elemento, ela usou como apoio para pegar impulso, na qual ela se lançou para frente com muita velocidade empalando o crânio da criatura. O monstro morreu e nada sobrou do seu corpo que virou pó.

— Vamos garotas! Não podemos ficar muito tempo paradas! — disse Alexia.

Todas juntas continuaram a salvar pessoas, embora fosse um trabalho complicado, pois os marcadores locais estavam todos espalhados.

 

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Na Avenida principal onde a batalha acontecia, Afonso, o líder da equipe de defesa da cidade, estava posicionado atrás de uma barricada, empunhando uma metralhadora junto com seus companheiros. Eles estavam em um ponto estratégico, no centro de uma rua, com a missão de impedir que os etéreos avançassem.

— Vamos, atirem! — ordenou Afonso.

Cada etéreo que surgia pela frente era despedaçado pelas balas, e por um tempo, eles estavam conseguindo conter a ameaça. No entanto, uma grande horda de monstros planta avançaram em suas direções. Não importava o quanto tentassem, parecia impossível contê-los.

— Não podemos deixar que eles passem! — exclamou Afonso.

— Não quero morrer, capitão! — implorou um de seus companheiros.

— Fica tranquilo, eu nunca deixaria um companheiro morrer — respondeu Afonso com determinação.

Mas todos sabiam que aquelas eram palavras vazias. Embora fosse o líder das tropas, ele não possuía habilidades especiais, pois não tinha um núcleo de mana, sendo assim, não conseguia usar magia. A situação parecia desesperadora.

Antes que pudessem realizar mais uma salva de tiros, uma nova presença surgiu no campo de batalha. Era Gwen, a menina de cabelos escuros e olhos rosa, com uma faca em mãos.

Ela levantando sua mão e dedos, vários fios foram criados do nada, eram extremamente finos, quase imperceptíveis. Num piscar de olhos, todas aquelas criaturas foram cortadas em pequenos pedaços.

“Que bom que aquela sentinela veio nos salvar, se não estaríamos em péssimas condições.” 

Antes que pudessem agradecê-la, todos no local viram o palácio presidencial explodir parcialmente. Embora o dano não fosse total, eles temiam que algo acontecesse com as governantes.

— Dusk, eu acredito que em você, então vê se não me desaponte? — murmurou Gwen para si mesma.

 

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Correndo pelos corredores do palácio acima da cidade, Maurice e Asta tentavam localizar as governantes Emma e Cristina que estavam no meio desse caos. À medida que eles avançavam, notaram os corpos dos guardas, todos no chão com as cabeças retiradas por mordida, pois marcas de dentes eram visíveis em seus pescoços.

— Os Etéreos já entraram aqui? — Dentro do palácio, era um lugar amplo, com vários quartos e salas, cheias de portas e corredores, era um verdadeiro labirinto. —  Será que vamos conseguir encontrar as duas a tempo?

— Temos que acreditar que sim! — respondeu Asta.

Chegando no fim de um corredor, a dupla de sentinelas, perceberam, logo atrás deles, um grande quantidade de monstros tipo plantas vinham, eram os mesmos que estavam no elevador, onde Dusk deveria proteger. Porém diante deles, viram Emma e Cristina cercadas de criaturas plantas, um a um abocanharam as cabeças dos guardas que não conseguiam revidar. 

— O que faremos? Ajudamos elas ou cuidamos dos monstros atrás de nós? — perguntou Maurice.

— Vamos fazer o seguinte: Eu cuido da nossa retaguarda e você vai e protege as governantes — sugeriu Asta.

Sem esperar, Asta, girou nos calcanhares, correu até a horda de monstros, fechou seus punhos com muita força onde após emitir um brilho mágico, duas ferramentas mágicas surgiram, um par de manoplas de aço.

— Estava tendo um encontro romântico com meu namorado! Agora vocês pagarão por terem estragado o momento!!! — reclamou ela.

Asta avançou com coragem para cima das criaturas com golpes de punhos fechados extremamente agressivos, ela com socos potentes, fazia, a força, as cabeças deles sairem voando, como se fossem nada.

“Minha namorada é incrível! Preciso corresponder a altura.” pensou Maurice.

Abrindo o estojo de violão que estava em suas costas, o sentinela sacou seu violão, mesmo com as pernas trêmulas e dedos vacilantes, ele foi até aos governantes. 

Havia somente um único soldado remanescente, na qual os monstros, o eliminou com seus dentes extremamente afiadas, mas antes que pudesse atacar Cristina e Emma, Maurice tocou as cordas de seu instrumento e magicamente uma nota musical saiu dela e atingiu em cheio o Etéreo, o eliminando na hora. 

— Vocês finalmente chegaram — Cristina respirou meio aliviada, quando notou Asta e Maurice. — Cadê o resto do pessoal? 

— Eles estão cuidando dos Etéreos que derrubaram a muralha.

Maurice, com cada toque no violão, gerava a magia musical que servia como projétil que um após o outro eliminava os monstros. Chegou uma hora que do nada, mais monstros plantas vinham e ele não sabia de onde, mas tinha certeza, se as coisas continuassem assim, seu limite chegaria rápido.

Meio perdido sobre o que fazer, Maurice olhou para todos os lados, até que viu uma sala aberta.

— Vocês duas, venham rápido — disse ele guiando os governantes para dentro. 

O cômodo em si era amplo, cabia fácil umas cem pessoas ali e no teto ficava bem lá no alto, onde nele havia vitrais bonitos decorando o salão que parecia ser usado para festas. 

— Filha! Você está bem? Esses monstros fizeram algo contigo? — Emma estava muito aflita por sua filha, tanto que a abraçou no mesmo instante.

Nesse momento, dez Etéreos entraram na sala, um de cada vez, essas coisas eram extremamente altas tendo uns dois metros de altura.

Eles tinham um forma grotesca, suas imagens pareciam ser retiradas de filme de terror, todos ali tentaram encurralar as governantes, mas elas por serem uma figura de autoridade absoluta na cidade, não podiam recuar, por isso as duas encararam severamente aqueles monstros de cabeça erguida. 

— Partitura Quatro. Cantiga da Morte Melódica: Notas fatais, ressoam no ar. Quem ouvir, não poderá escapar. A melodia mortal traz a escuridão. Com seu som, selamos a condenação. — cantarolou Maurice.

Após recitar essas palavras o mesmo tocou seu violão e magicamente uma esfera transparente se expandiu de seu instrumento, que estendeu por uma vasta área cobrindo quase que o salão todo que devia ter uns 50 metros quadrados. 

— Tampem os ouvidos imediatamente! — pediu ele no mesmo instante que a magia se expandiu.

As governantes pressionaram com força suas orelhas para que nenhum ruído sequer entrasse, Maurice também fez o mesmo movimento. 

Em seguida o som feito pelas cordas reverberar pela sala dentro daquele domo, nada aconteceu com os três, entretanto os Etéreos que não entendiam essa magia ficaram desprotegidos e quando escutaram, seus corpos desapareceram em pó no mesmo instante. 

O domo criado desapareceu gradualmente, o lugar ficou estranhamente silencioso e os monstros de antes haviam desaparecidos em pó, nem mesmo os Etéreos que Asta combatia no corredor se escutava mais. 

As governantes e o sentinelas removeram as mãos dos ouvidos e ao mesmo tempo que isso, Asta deu as caras na porta de entrada, ela parecia cansada com a respiração meio ofegante, mas por ela estar ali, significava que a mesma também eliminou os Etéreos que vinham atrás.

— Está tudo bem aqui, Maurice? — perguntou Asta preocupada.

— Sim, e com você?  

— Só estou um pouco exausta, tinha muito deles ali atrás.

Emma e Cristina, que estavam com as mãos nas orelhas, logo as tiraram e, vendo que a situação se resolverá, Emma respirou fundo, Cristina relaxou seus músculos que estavam tensos e as duas como forma de demonstrar carinho seguraram uma na mão da outra.

— O que aconteceu com aqueles dois? Dusk e Felipe, não era para eles terem lidado com esses etéreos? — perguntou Asta.

— Espero que eles estejam bem — desejou Maurice.

Mas antes que pudessem processar mais informações, o vitral no teto foi quebrado, fazendo com que estilhaços de vidros caíssem com muito impacto no chão e fazendo o mesmo trajeto que os cacos, uma nova presença pousou de lá de cima no chão.

— Olha que sorte, nossos dois alvos estão aqui e, pelo que parece, também têm caçadores com eles. Será que esses também são apenas fracos como aqueles dois? — perguntou a elfa, Shael.

— Como assim? Você fez com Dusk e aquele senhor? — questionou Maurice, processando a informação.

Mostrando um sorriso confiante no rosto, Shael balançou a espada que segurava como forma de exibição e terminou com um corte seco no ar.

— Aqueles dois? Eu os matei!

— Ora sua!!!

Asta, após ouvir isso, partiu para o ataque. Em suas mãos, seus dedos se fecharam para um ataque de soco e ainda usando de sua manopla, ela se aproximou de Shael pronto para um soco em cheio.

Porém, ela nem conseguiu processar, pois Shael encurtou a distância, ela sendo mais rápida foi que encaixou um soco, acertando bochecha da garota com tanta força que a fez desmaiar e cair inconsciente no chão.

— Asta!!! — gritou desesperado Maurice.

Pronto para lançar uma magia contra a elfa, mas antes que seus dedos alcançassem as cordas, ele não pode fazer nada, pois seus dedos não responderam, seu braço caiu no chão espalhando sangue, uma dor insuportável subiu até seu ombro, o fazendo entrar em estado de choque. Ele recuou alguns passos devido ao ataque.

Mas sem deixar brechas, Shael encurtou novamente a distância, com um ataque mais veloz e movimentos ágeis, ela causou inúmeros cortes em sua barriga, fazendo muito sangue escorrer do local da ferida.

Shael apenas escutou o corpo de seu adversário cair, pois a mesma, sem perder tempo, já caminhava, indo em direção de Cristina e Emma. 

— Hora de acabar com essa missão — disse Shael.

Com as lâminas sujas de sangue dos sentinelas que ela feriu, com passos convictos e cheio de firmeza, ela caminhou até Emma e Cristina, que estavam tomadas pela cena desesperadora que viram.


Continua no Capítulo 28: Lamento Pelo Tempo Perdido

Data de Lançamento: 20/07/2024, 06:00:00



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