Volume 1
Capítulo 98 : O solitário da Masmorra!
Ivy começou a golpear Arthen de todas as formas que ele conseguia.
Os golpes de Ivy se tornavam pesados a cada novo golpe que ele desferia contra seu adversário.
Arthen estava sendo pressionado a recuar.
Os golpes fizeram com que Arthen retornasse até aquele local onde estava.
Ivy observou a expressão no rosto de Arthen.
— Sei que você quer avisar o seu querido Deus que os aventureiros estão novamente de pé. — sentenciou Ivy.
Arthen quando escutou essas palavras sentiu seu corpo ficar pálido e sem sangue.
Sua mente começou a vagar se questionando como ele sabia de algo que havia acontecido recentemente e a uma certa distância.
Imediatamente ele começou a balbuciar algumas palavras indistinguíveis.
Ivy observou Arthen com atenção.
— Você não pode fazer nada. Essa batalha está perdida. — disse Ivy.
Arthen olhava para seu adversário com os olhos cheios de ódio misturado com dúvidas.
Ele estava preso em questionamentos de sua própria mente.
Quem é esse cara? Por que ele esta me impedindo? Como ele consegue acompanhar minha velocidade? Por que ele está tão confiante na batalha? Eu nunca vi essa pessoa.
Enquanto Arthen tentava solucionar a sua dúvida observando e montando um cenário em sua mente para entender tudo, Ivy tentava ganhar tempo.
— Como um rei pode se render a um Deus menor como esse? — disse Ivy.
Ao escutar essas palavras, Arthen se virou para ele e sentiu seus olhos ficarem pesados e seu corpo começou a ferver.
Aquelas pequenas palavras o causaram uma raiva.
— Deus menor? Do que é que você está falando? — disse Arthen.
A raiva de Arthen transparecia com suas atitudes e seu olhar.
Ivy olhou com atenção para o seu adversário.
Percebendo a irritação dele, decidiu ficar implicando para que Arthen permanecesse ali por mais tempo.
— Sartre é apenas um Deus menor que ainda não tem um poder completo. — disse Ivy.
Arthen escutou as palavras proferidas por Ivy com dúvidas.
— Ele é o único Deus deste mundo e foi ele que nos mostrou o caminho para melhorarmos nosso mundo. Combatendo os demônios e evitando que esse mundo vá para o caminho errado. — sentenciou Arthen elevando sua voz.
Ivy o observou bem.
Arthen não perdeu tempo e começou a correr na direção de Ivy enquanto lançava magias de fogo na sua direção.
Ivy sabia que tinha conseguido tirar a atenção de Arthen do seu objetivo inicial.
As magias de fogo vinham na direção de Ivy.
Ele começou a escrever runas próximo a ele.
As runas escritas brilhavam no ar como se alguma espécie de magia houvesse sido ativada.
Quando as magias lançadas por Arthen se aproximaram de Ivy, se chocaram contra uma parede.
Bolas de fogos e flechas formadas pela magia de Arthen atingiram uma barreira.
O choque da magia de Arthen com a barreira de Ivy causou uma fumaça.
Arthen tentou se aproveitar desse momento e acelerou seus movimentos.
Ele se encontrava em meio a fumaça, mas quando foi desferir um golpe na silhueta que aparecia pela fumaça acreditando ser seu adversário foi com toda sua força.
A espada de Arthen chocou-se contra a mesma parede.
— Você não pode lutar contra mim, mesmo sendo o escolhido de um Deus menor. — sentenciou Ivy.
A fumaça começou a se esvair e Ivy apareceu.
Arthen recuou alguns passos de distância para tentar se proteger de algum golpe de seu adversário.
— Sou o escolhido do único Deus deste mundo. — disse Arthen.
Ivy sorriu.
— Você acredita mesmo nisso? — Perguntou Ivy.
O olhar de Arthen para Ivy nesse momento vacilou.
Ele parecia estar em dúvida sobre o que aquela pessoa estava falando ali naquele momento.
— Do que você está falando? — Questionou Arthen.
— Acho que não deveria ser a pessoa a te contar a verdade. — disse Ivy.
As dúvidas e questionamentos que pairavam na mente de Arthen transpareciam em seu olhar e em sua expressão facial.
Seus olhos buscavam uma resposta como se ele estivesse procurando uma explicação para o que Ivy dizia.
— Você está errado. — sentenciou Arthen correndo diretamente para Ivy, tentando golpeá-lo.
Ivy somente fez um sinal como se fosse escrever novamente uma runa, mas Arthen se distanciou novamente.
— Dessa vez você não vai me surpreender. — sentenciou Arthen recuando e mudando a direção para onde ia.
Ele correu na direção contraria a fim de atacar seu adversário pelas costas.
Mas antes que se aproximasse, Ivy surgiu diante de seus olhos.
Ivy carregava apenas um pedaço de madeira.
Arthen sem conseguir observar direito, apenas desferiu um golpe com sua espada.
A espada de Arthen atingiu o pedaço de madeira nas mãos de Ivy.
Mas por mais que Arthen tivesse empregado força no golpe, nenhuma rachadura ou corte se precipitou sobre o pedaço de madeira.
Ivy havia utilizado sua magia para fortalecer e moldar a madeira, tornando-a mais firme e mais resistente que diamante.
Quando Arthen recuou sua espada, tentou novamente um novo golpe.
A cada golpe que Ivy defendia, uma lasca da espada de Arthen se desprendia.
Arthen sem perceber o que acontecia, golpeava sempre que não atingia seu inimigo.
Ele prezava apenas por um golpe, mas parece que seu adversário já sabia cada ataque que ele faria.
— Quem é você? — Perguntou Arthen enquanto tentava golpeá-lo.
Antes de dar uma resposta, Ivy abriu um sorriso e então disse — Sou Ivy Kirllian.
O olhar de Arthen não parecia se lembrar nem mesmo desse nome.
— Você é um nada. Mas como pode lutar melhor que os aventureiros mais fortes de todos os reinos? — Questionou Arthen.
— Não se preocupe com isso, sou apenas um solitário que vive na masmorra fantasma. — respondeu Ivy.
Arthen não se importou muito com essa resposta, mas imaginou que por não conhecer aquela pessoa ou o nome poderia conseguir usar melhor as suas magias como um escolhido de Sartre.
Imediatamente ele começou a forçar sua mente a trazer mais mobilidade ao seu corpo.
Os movimentos de Arthen eram mais rápidos e mais precisos que antes.
Ele golpeava Ivy de direções diferentes.
Os ataques não pareciam impressionar Ivy.
Ivy conseguia bloquear cada ataque.
— Se continuar assim, só vai envergonhar o seu grandioso Deus Sartre. — insistiu Ivy.
Aquelas palavras fizeram o sangue de Arthen ferver e seu corpo ficar quente de raiva.
Arthen começou com novos ataques com magias sedo disparadas de direções diferentes com o objetivo de deixar Arthen sem saída.
Bolas de fogo à direita.
Flechas de fogo vindo de cima.
Paredes de fogo se estendendo pela esquerda.
Chuvas de fogo vindo pelo norte.
E Arthen vindo da única direção onde Ivy poderia sair.
Ivy não pareceu nenhum pouco preocupado com as magias que se precipitaram sob ele.
Antes que Ivy se movesse escreveu algo com os dedos no ar.
Era o mesmo idioma desconhecido por Arthen.
As runas que Ivy utilizava muito bem.
Ivy permaneceu no mesmo local.
Arthen ainda não se aproximava antes das magias se aproximarem do seu adversário.
No momento em que as magias estavam a cerca de um metro de Ivy.
O fogo das magias se esvaiu.
A expressão no rosto de Arthen ao presenciar aquele acontecimento era de alguém que não entendia o que havia acontecido.
Antes que ele fosse surpreendido por Ivy, Arthen correu na direção de seu adversário.
Quando estava com o seu golpe indo ao encontro do rosto de Ivy.
Ivy posicionou seu pedaço de madeira para se proteger.
No momento em que a espada de Arthen se chocou com o pedaço de madeira que Ivy carregava consigo.
A espada de Arthen rachou e se partiu em dois.
Arthen parecia confuso com o que acabara de acontecer.
Imediatamente recuou se distanciando de seu adversário.
— Parece que você vai precisar de uma nova arma. — sentenciou Ivy de modo sarcástico.
Arthen não compreendia bem o que acabara de acontecer.
Estava se questionando o que havia ocorrido com sua espada.
Mas quando olhou para o cabo da espada que ele segurava, observou que ela estava com várias lascas e rachaduras no metal.
Foi nesse momento que ele compreendeu que aquele pequeno pedaço de madeira não estava apenas defendendo o seu adversário, mas causando pequenas fissuras em sua arma.
Ivy não o atacava em nenhum momento.
Arthen achou isso estranho.
— Por que você não me ataca? Se estou atrapalhando vocês de alguma forma, seria melhor me derrotar logo? — Questionou Arthen.
Ivy permaneceu sem responder Arthen.
— Você pretende me atrasar, mas por quê? — Perguntou Arthen.
— Descubra você mesmo me derrotando, escolhido de um Deus menor. — disse Ivy.
Arthen sentiu seu corpo ferver novamente, mas antes de realizar qualquer movimento ele pensou em como conseguiria aquilo, afinal, sua espada havia quebrado.
Antes que Arthen pudesse conseguir uma nova arma, Ivy lançou o pedaço de madeira para ele.
— Tome isso, não gosto dessa diferença entre os adversários. — disse Ivy enquanto pegava outro pedaço de madeira e escrevia runas no mesmo.
Arthen não compreendeu bem o que Ivy queria, mas sem esperar nenhuma explicação correu na direção de Ivy.
Os golpes de Arthen estavam mais pesados.
Os golpes trocados por Arthen e por Ivy pareciam ir na mesma linha que Sartre seguia enquanto batalhava com Dadb e Sankay.
As batalhas se estendiam pelos campos da ilha de Rikerhan.
A oeste se encontravam os generais que tentavam de todas as formas derrotar as sombras que formavam os golems de Sartre.
Os golems que Sankay havia utilizado já haviam sido derrotados.
Apenas os 12 generais seguravam e batalhavam contra as formas negras que sempre sumiam e reaparecem.
Os generais estavam se sentindo cansados e com os corpos pesados.
Ao norte estavam Dadb, Sankay e Sartre.
Trocando golpes e magias, Sartre parecia mais sério que no começo da sua batalha.
Dadb e Sankay parecia agir em conjunto pressionando Sartre.
Ivy e Arthen permaneciam mais ao centro, perto do campo de visão de ambas as batalhas.
Já ao leste estavam os aventureiros santos, Lina, Excia e Ryusaki.
Todos se preparavam para retornar a batalha e de alguma forma conseguirem alcançar Arthen.
Kuros, Michael e Kira já haviam conseguido se levantar e entender o que estava acontecendo.
Kuros explicou o que havia acontecido desde que ele fora acusado de trabalhar com o rei demônio.
Ele explicou que na realidade, a família de Raijin tentava de alguma forma conquistar os reinos e ser a família principal.
Avisou sobre a forma de controle que eles haviam utilizado em Raijin para manter o controle das pessoas.
Tanto Kira quanto Michael nem mesmo sabiam sobre as formas de controle que a família Raijin utilizava em seu continente.
Quando descobriram que além de esconderem dos outros reinos que além de manter pessoas como escravas, eles controlavam quem poderia ter nome e a punição de ter o nome retirado da pessoa implicava em muito mais do que apenas seu nome.
Esse tipo de tortura fazia com que as pessoas perdessem o acesso a sua energia mágica e ainda fazia com que os outros que as conheciam nem mesmo se lembrassem delas.
E assim eles tentavam os manter o mais longe possível das pessoas que conheciam.
Pois a proximidade poderia interferir na maldição.
Ryusaki não se lembrava disso, mas ao escutar a conversa e a explicação de Kuros sobre algumas coisas que havia escutado de Chedipé e da sala secreta que se encontrava no castelo de Raijin, ele se lembrou de sua mãe e seu pai.
Nesse momento ele também se lembrou do momento em que Lina havia visto seus pais e que ela havia se sentido mal.
Aquela pequena lembrança trouxe a mente de Ryusaki uma possibilidade deles serem parentes, talvez por esse motivo ele conseguia usar a habilidade especial que pertence às pessoas da Família Severus.
Mesmo que aquelas hipóteses fizessem sentido naquele momento, ele decidiu deixar isso de lado para focar no que eles precisavam fazer no momento.
Foi nesse momento que ele interrompeu as explicações de Kuros dizendo — Precisamos entender o que está ocorrendo com meu irmão e ir ao encontro dele.
— Quem é o seu irmão garoto? — Questionou Michael.
— É quem está batalhando junto a Dadb e tentando derrotar Arthen e Sartre. — sentenciou Ryusaki.
Imediatamente ele solicitou que todos se reunissem ao seu redor.
Mesmo que os filhos de Michael e o filho de Kira ainda não se sentissem bem a vontade em estar perto dele, decidiram se aproximar.
Nesse momento Excia e Lina disseram que eles estariam de volta no campo de batalha.
Os olhares de todos estavam mais confusos, mas Kuros acenou afirmativamente para dizer que eles poderiam confiar.
Todos ali naquele pequeno espaço foram imediatamente transportados para o campo de batalha onde estavam os 12 generais.
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