Volume 1
Capítulo 96 : Os Escolhidos!
A lança negra de Sartre chocava-se contra o machado de Dadb.
No momento em que Sankay escutou as palavras de Ivy ele estremeceu, mas ao se virar para ele questionou — O que você quer dizer com isso?
— Se ela continuar assim descontrolada, sua energia se perde e logo vai perder para “Deus”. — explicou Ivy.
O olhar de Sankay demonstrava claramente que ainda não havia compreendido bem o que ele queria dizer com a ajuda.
— O que você quer que eu faça para ajudá-la? — Questionou Sankay.
Ivy se aproximou dele e disse algumas palavras em seu ouvido para explicar o que deveria fazer.
Após isso Sankay foi diretamente para onde conseguíamos escutar os golpes de machados e de lanças chocando-se entre si.
Na medida que ele se aproximava ele mal conseguia ver a silhueta dos corpos de Dadb e Sartre.
A única coisa que conseguia perceber era o choque das armas.
Foi com esse objetivo que Sankay se aproximou.
Ele sabia que poderia ser atingido ou feito de refém entrando em meio aquela batalha, por isso, criou uma barreira magica envolta do seu corpo e continuou se aproximando calmamente.
A Luta entre Dadb e Sartre seguia com Sartre sempre evitando os golpes de Dadb, mas sempre que o seu golpe se aproximava de Dadb ele recuava os golpes com um sorriso no rosto.
Antes que Sankay interferisse na batalha, ambos pararam.
O olhar de Dadb demonstrava que ela não estava muito consciente do que estava fazendo.
Já o de Sartre esboçava um sorriso.
Isso fazia parecer que aquela troca de golpes era um simples cumprimento.
— O rei demônio só é capaz disso? — Questionou Sartre.
Dadb não respondeu ao questionamento, mas suas mãos tremeram enquanto formava um soco.
— Eu poderia ter te matado cerca de 20 vezes em nossa pequena troca de golpes. — disse Sartre.
Após esse pronunciamento, Sankay se incomodou com o que ouviu e Dadb parecia com muita raiva, a ponto perder o controle sobre a sua magia até mesmo nos ataques.
Dadb correu na direção de Sartre e começou a golpeá-lo.
Os golpes com poder descontrolado abriam pequenas fissuras no machado de Dadb.
Sartre conseguia bloquear cada golpe que Dadb desferia contra ele.
Sankay que observava de longe não sabia como chamar a atenção de Dadb.
Enquanto pensava em uma forma de se aproximar de Dadb e Sartre, ele observava que as batalhas ocorriam de forma bem controlada, mas os Golems de Sartre pareciam não serem derrotados.
Sempre surgiam quando parecia derrotados.
Os golems negros sempre pareciam fumaça e quando todos pensavam estarem derrotados, eles surgiam novamente.
Já os Golems que Sankay havia utilizado como sua estratégia ofensiva contra Arthen já haviam sido derrotados.
Os generais de Dadb lutavam contra os golems.
Ivy após falar com Sankay retornará para próximo dos generais a fim de ajudá-los.
Antes que Sankay tomasse a decisão de falar com Dadb ele foi surpreendido.
Sartre apareceu subitamente ao seu lado.
A única coisa que Sankay conseguiu sentir foi uma pressão esmagadora se aproximando dele que o fez ficar paralisado.
Era somente a energia de Sartre começando a emanar ameaçadoramente.
Com isso, Dadb apareceu ao lado de Sankay.
Mas a energia de ambos causava uma pressão no ambiente de forma assustadora que parecia que a qualquer momento ele iria falecer.
Antes que Sankay conseguisse esboçar qualquer palavra e ter qualquer reação, Dadb o defendeu.
Mas a defesa custou um corte em seu braço.
O corte era superficial, mas lançou Dadb na direção de Sankay.
Assim que o corpo de Dadb se chocou contra o de Sankay ele conseguiu recuperar as suas ações, pois as energias intimidadoras haviam amenizado.
Foi nesse momento em que ele se lembrou das orientações de Ivy.
Imediatamente antes que caíssem, Sankay abraçou Dadb.
— Acorde. — sentenciou Sankay.
Ao mesmo tempo que ele tentava usar sua energia mágica para regular o descontrole de Dadb.
A tentativa não surgiu o efeito esperado.
Dadb começou a se debater.
Quando conseguiu se desvencilhar do abraço de Sankay ela recuou e o deixou cair mais longe.
Sankay levantou de imediato se lembrando das orientações que Ivy havia lhe passado.
— Primeira tentativa falhou. — disse Sankay para si.
Ele foi correndo na direção de Dadb.
Ela estava ainda descontrolada, mas atenta ao que os outros falavam.
Ao ver o movimento de Sankay ela começou a se preparar para um ataque.
Seu machado estava em punho e seu braço com sangue escorrendo.
Sankay não era tão rápido quanto Dadb, mas precisava tentar fazer ela voltar a si.
Antes que ele chegasse até Dadb, ela saiu do local e apareceu atrás dele.
A pressão novamente o deixou tremular, mas ele se lembrou que precisava ajudar ela.
Sankay engoliu em seco pensando que essa tentativa poderia causar mais danos do que ele imaginava.
O machado de Dadb foi diretamente na direção do seu pescoço.
Ele conseguiu ver o ataque dela, mas seu movimento não era rápido o suficiente para uma defesa.
Sankay pensou um pouco antes do impacto ele lançou magias de vento para levar seu braço ao local onde o machado atingiria e utilizou magias de barreira em seus braços e adagas para evitar o golpe.
O golpe atingiu a ponta da lamina de Sankay, mas, ao mesmo tempo, ele começou a abaixar o seu corpo.
Dadb ainda estava com força total.
Antes que Dadb lançasse um novo ataque, Sankay se lembrou de uma das palavras que Ivy disse a ele.
Se não conseguir controlar sua energia descontrolada usando a magia, use suas emoções e sua conexão com ela.
Sankay ao conseguir se esquivar do ataque de Dadb por pouco, deu um impulso e foi em direção ao corpo de Dadb.
— Vamos banhar juntos de novo! — disse Sankay ao mesmo tempo que ia ao encontro do corpo de Dadb.
No momento em que Dadb escutou essas palavras, sua energia oscilou um pouco e ela deixou-se ser abraçada.
Com esse abraço Sankay conseguiu imobilizar o corpo de Dadb e a aproximou de seu corpo.
Sankay estava com o rosto vermelho de vergonha ao dizer aquilo daquela forma, mas sabia que talvez isso a acordaria da sua perda de controle.
Dadb não pareceu recuperar o controle, mas parou o ataque.
Com seu abraço, Sankay imaginou que teria que fazer algo, além disso.
Nesse momento ele se lembrou das diversas vezes que durante essa batalha Dadb havia o beijado sem nenhum motivo aparente.
Ao pensar nisso ele sentiu uma incerteza quanto ao que faria, mas tomou coragem.
Sankay aproximou a sua boca da de Dadb e a beijou.
Encostando seus lábios junto aos de Dadb.
Quando ele a beijou sentiu aquela energia descontrolada e poderosa que o ameaçava retornar ao controle normal.
No momento em que os lábios deles se desencontraram, ambos olharam um para o outro com brilhos nos olhos.
Nenhuma palavra precisava ser dita.
Mas nesse momento, ambos sentiram uma energia vindo na direção deles.
Os dois soltaram o corpo um do outro e empurraram-se.
Sartre apareceu com um golpe de lança no exato lugar onde seus corpos há poucos segundos estavam colados.
— Que bonitinho! O amor de um humano com um demônio. — sentenciou Sartre com desprezo.
Sankay e Dadb observaram Sartre.
Sartre parecia enojado com aquela cena.
— Eu envio você para derrotar um demônio e quem sabe me ajudar a acabar com uma raça, mas você vai lá e se apaixona por ela. Talvez não tenha captado bem sua missão. — disse Sartre olhando Sankay.
Sankay ao escutar esse comentário não tem uma reação esperada.
Ele somente diz — Eu não serei ordenado por ninguém. Nem mesmo um Deus terá esse poder.
As palavras de Sankay chegam aos ouvidos de Sartre como se fosse uma espécie de brincadeira, pois, ele começa a sorrir.
— Pelo que percebi, colocar você e aquele outro aqui foi uma completa perda de tempo. — sentencia Sartre.
Antes que eles continuassem a conversa, Dadb avança contra Sartre com seu machado em punho.
Sartre defende o golpe e devolve um golpe em Dadb.
Ela defende e a troca de golpes começa a ficar mais intensa entre os dois.
A luta retorna entre Dadb e Sartre.
Sankay tentava se aproximar, mas sempre era surpreendido por Sartre aparecendo e quase o atingindo com um golpe.
Imediatamente ele começa a pensar.
Como vou conseguir ajudar nessa batalha, se eu nem mesmo consigo acompanhar a velocidade dos mesmos? Como vou conseguir ir contra um Deus? E como aquele Deus que me recebeu pode ser esse?
Enquanto a cabeça de Sankay fervilhava com questionamentos sobre as suas ações e sobre como batalhar com um Deus, Arthen retornava aquele local.
Os pensamentos de Sankay continuaram por um tempo, mas logo foi interrompido por uma voz.
— Fique calmo. Você conseguirá acompanhá-los. E a sua existência nesse mundo não foi uma permissão somente dele. — disse a voz feminina.
Sankay reconhecia aquela voz que já havia aparecido para ele algumas vezes.
Ele prestou atenção a voz que surgia diretamente em sua mente.
— Você e Ryusaki são os únicos capazes de ir contra um Deus. Vocês são os meus escolhidos. — disse a voz na cabeça de Sankay.
No momento em que ele escutou novamente a voz em sua mente, se lembrou da Deusa que ajudou eles a auxiliarem os sem nomes que estavam sendo controlados por Arthen.
A voz era igual a que ele já havia escutado antes.
Era a Deusa Nefertari.
No momento que ele se lembrou disso, seus olhos tinham um brilho, mas a dúvida consumiu os seus pensamentos.
Os pensamentos que surgiram foram:
Como assim nós temos o poder de rivalizar com Deus? Que poder é esse? Eu mal consigo acompanhar a Dadb aqui que é o Rei Demônio.
Assim que Sankay pensava, a voz ecoou novamente passando pela sua mente.
— Você ainda não pode compreender os motivos, mas ambos são meus escolhidos e contarão com a ajuda de Dadb para passar por esse desafio. Confie em sua força e aprenda a usar os seus poderes. — finalizou a voz de Nefertari ecoando na mente de Sankay.
Aquelas palavras trouxeram um novo animo para Sankay.
Com o ânimo que iluminava o seu semblante também vinha um novo desafio.
Superar as suas habilidades atuais.
Ivy que sabia do que estava acontecendo, gritou de longe — Confie em você e supere seus limites.
As palavras de Ivy alcançaram Sankay.
O rosto de Sankay apresentava dúvidas, mas havia ganhado uma nova forma.
Imediatamente ele começou a se movimentar para tentar ajudar Dadb.
— Vou te ajudar! — sentenciou Sankay para Dadb.
Foi nesse momento em que eles escutaram magias sendo lançadas vindo da direção de onde Ryusaki estava, mas não era o momento de se distraírem.
Sankay e Dadb se aproximaram um do outro em um tempo onde os golpes de Sartre cessaram.
Ambos olharam um nos olhos do outro.
Eles não disseram uma única palavra, mas seus olhos pareciam dizer tudo que precisavam.
Sartre olhou na direção das explosões de magia e viu que algo ruim estava acontecendo com seu escolhido que ficou do outro lado.
Antes que ele tirasse os olhos daquela direção veio um ataque de Dadb.
Sartre sentia que vinha um novo ataque.
Quando foi sair da direção ele percebeu que Sankay ia atacar diretamente o local para onde a sua fuga estava programada.
O olhar de Sartre era de animação.
Antes que fosse atingido pelo golpe de Sankay ele usou uma magia negra que formou uma espécie de barreira.
A adaga de Sankay chocou-se contra a barreira.
Ambos recuaram.
— Você acredita mesmo que é capaz de me ferir? — Comentou Sartre.
— Meu objetivo não é te ferir. — disse Sankay correndo novamente na direção dele.
Sartre preparou-se para o ataque, mas ao observar bem ele parecia muito lento para conseguir ferir ele.
Quando ele foi tentar sair do lugar e correr em direção ao Sankay visando golpeá-lo, foi surpreendido com a presença de Dadb na direção em que ele iria.
Neste momento o olhar confiante e a expressão de desprezo de Sartre sumiram de sua face.
Ele estava se questionando como eles sabiam o caminho que ele iria tomar.
— C… Como? — esboçou Sartre confuso.
Mesmo com sua mente confusa ele ainda conseguiu se defender do ataque e se preparar para um novo golpe.
O olhar que ele direcionava a Dadb e Sankay não era o mesmo de antes.
Sankay apresentava um pequeno sorriso no canto de sua boca.
Imediatamente, todos que estão ali naquele campo sentem uma energia poderosa se aproximando.
Os olhares se direcionam para a direção onde Ryusaki havia ido com Lina e Excia.
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