Volume 1

Capítulo 95 : A Batalha contra um Deus!

O espanto de Arthen foi nítido ao ver Michael aparecer diante de seus olhos. 

Ele estava tão imerso na batalha que nem mesmo havia percebido que não só Michael havia retornado, mas Kuros e Kira também. 

Ryusaki não conhecia Michael, mas havia visto o corpo dele caído e sabia reconhecer pela sua energia que ele era forte. 

Michael apareceu passando diante de Ryusaki que havia caído ao chão e diante de Arthen de uma vez. 

Protegeu Ryusaki, mas nem mesmo dirigiu seu olhar para ele. 

— Obrigado por ganhar um tempo para que eu acabasse com esse merdinha. — disse Michael. 

Essa foi a única coisa que ele disse e começou a trocar golpes com Arthen com as mãos nuas. 

Michael golpeava o máximo que conseguia. 

Socos eram conduzidos de diversas direções. 

Ryusaki observava sem ter reação a aparição de alguém forte, mas enquanto observava percebeu que ele não estava totalmente bem. 

Uma ferida em sua costela ainda pairava sobre uma parte de sua armadura cortada. 

Antes que ele se levantasse apareceu um Elfo à sua frente. 

— Pode deixar conosco garoto! Você já nos auxiliou o bastante. — disse Kira com um ar de nobreza e educação. 

Ryusaki não sabia bem o que responder, mas quando tocou a mão de Kira estendida para levantar, sabia que ele não era nada comum. 

Após se levantar ele pensou em dizer algo, mas antes olhou na direção onde Lina e Excia estavam. 

Junto a elas estava Kuros recuperado. 

Kuros e Lina estava curando ou usando uma magia de luz que ele nunca havia visto. 

Assim que ele se vira novamente para a direção de Arthen, vê Michael golpeando Arthen e ele defendendo. 

E observa que o Elfo que ele não sabia quem era, estava se preparando para disparar uma magia. 

Ryusaki permanecia sem reação com o que estava acontecendo com ele, mas foi surpreendido com um abraço. 

Antes que ele percebesse, Excia correu e abraçou ele.

O rosto de Ryusaki corou imediatamente quando percebeu ser Excia o abraçando e não conseguiu dizer uma palavra. 

Ele tentava gesticular qualquer palavra, mas nenhum som saia.

Excia o apertava com força, parecia haver muito tempo que eles não se viam. 

Após um tempinho apareceu Lina com seu avô e os demais.

Assim que os filhos de Kira e Kerraton se ergueram não sabiam direito o que fazer, mas quando avistaram Lina, Excia, Ryusaki e Kuros se prepararam para o pior. 

Todos ficaram em alerta por todo o tempo que estavam próximos. 

Lina e Kuros se aproximaram de Ryusaki e Excia, mas os dois não disseram uma palavra. 

Mas tanto Excia quanto Ryusaki pareciam com pensamentos distantes e olhavam um para o outro timidamente. 

— Eles precisam tomar cuidado, essa magia só os dará uma força temporária. — disse Kuros chamando a atenção de todos para Arthen. 

Arthen que estava recuando cada vez mais em direção a Sartre percebia que poderia ter problemas maiores do que ele pensava, principalmente se agora a luta não era somente de 1 vs 1. 

Kira e Michael estavam pressionando Arthen obrigando ele a recuar cada vez mais. 

Arthen usava magias de defesa e de ataque e combinava com suas defesas com a espada. 

Michael estava furioso e seus golpes pareciam ficar cada vez mais fortes. 

Kira sempre tentava recitar seus encantamentos e acertar o alvo, mas Arthen sempre parecia saber onde o ataque iria aparecer. 

Quando Arthen avistou a imagem não somente das pessoas com as quais ele lutava, mas os que estavam caídos também de pé novamente ele soube que deveria sair de lá. 

Imediatamente ele arregalou os olhos e começou a recuar cada vez mais. 

— Então você quer fugir!  — Sentenciou Michael. 

Arthen não respondeu nada, mas defendeu um soco de Michael. 

Após defender ele puxou a adaga que havia usado e cortou o braço de Michael mais uma vez. 

Era a mesma que havia envenenado ou impedido que Michael utilizasse sua energia mágica. 

Michael recuou após o corte em seu braço. 

Kira foi surpreendido com um golpe de surpresa de Arthen em sua perna com a mesma adaga. 

Imediatamente após ferir ambos, Arthen correu em direção a Sartre. 

Enquanto ele fugia, Sayto e os filhos de Kerraton se aproximaram dos pais. 

Ryusaki, Kuros, Lina e Excia também se aproximaram. 

Os filhos dos aventureiros santos se prepararam para uma luta, mas Kuros os interrompeu dizendo — Fiquem calmos, eles estão do lado certo. 

— Lado certo? Eles estavam lutando conosco antes de chegarmos aqui e aquele maluco do Arthen nos derrotar. — disse Sayto. 

— Vocês sabem que a ideia do Arthen é destruir todas as raças que não são humanos puros e escravizar aqueles que não são nobres?  — Perguntou Ryusaki. 

Ao escutarem as palavras de Ryusaki, todos ficaram sem entender por um tempo. 

— A única coisa que sabíamos era que ele estava querendo matar nossos pais. — disse Fanallys. 

— Eles estão certos. — afirmou Kuros. 

Tanto Michael quanto Kira estavam caídos, mas conscientes. 

Ambos sentiam uma dor extrema após serem atingidos pela adaga. 

— Você é forte, vai ficar bem Pai. — afirmou Alex. 

— Não é um fraco que só aguenta uma ferida de veneno. — disse Dacto sendo sarcástico. 

Sayto se irritou, mas antes que ele se levantasse para dizer e fazer algo, seu pai segurou seu braço. 

— C… calma. Ele é realmente… Forte. Se acalme e vá atrás do Arthen. — disse Kira. 

Sayto parou e escutou seu pai. 

Mesmo ainda estando com raiva de Dacto. 

— Não precisam se preocupar. Vamos dar um tempo. Sabemos aonde ele vai e logo iremos ao mesmo lugar. — disse Ryusaki. 

Assim que ele disse essas palavras, todos olharam em sua direção, mas antes que ele explicasse algo Kuros o interrompeu. 

— Precisamos dar um tempo para nos recuperarmos e podemos contar com um exército onde ele está indo. Na realidade Deus Sartre quer que derrotemos o Rei demônio, mas parece que eles não têm culpa de nada. 

— Na realidade eles foram incriminados pelas pessoas da família Raijin. — interrompeu Ryusaki. 

Mesmo após a interrupção, Kuros continuou — Os demônios parecem ser bem diferentes do que acreditávamos, mas para isso precisamos acabar com essa guerra que está acontecendo por conta desse mesmo Deus. 

— Ele nos orientou para criarmos uma batalha que talvez nem fosse necessária. Precisamos nos apoiar contra Sartre e Arthen que se tornou seu escolhido. — finalizou Kuros. 

Enquanto os acontecimentos na batalha se desenrolaram outra batalha também acontecia entre os generais de Dadb e os Golems, entre Dadb, Sankay e Sartre. 

Sartre se sentia muito tranquilo quanto a enfrentar uma simples, rei demônio, mas mesmo assim não atacava ela. 

Sankay observava tudo que acontecia ali. 

Enquanto isso, os generais batalhavam contra os golems feitos de sombras que sempre se regeneravam. 

— Até que enfim consigo te destruir pessoalmente. — sentenciou Sartre. 

Dadb sabia que não poderia somente seguir a batalha, afinal, aquele era um Deus e poderia dar trabalho a ela ou até mesmo derrotá-la. 

— O que um Deus quer com um ser da superfície? — Perguntou Sankay. 

Quando Sankay se intrometeu na conversa o olhar de Sartre para ele era o de desgosto e decepção. 

— Você nem mesmo deveria estar aqui. Eu deveria ter deixado você e seu irmão seguirem o caminho da morte. — disse Sartre. 

— Então você é aquele Deus que prometeu nos dar uma grande ajuda, mas parece que você precisava da nossa ajuda! — disse Sankay irritado. 

Sartre começou a sorrir. 

— Você acredita mesmo que eu daria uma oportunidade de uma segunda chance a alguém sem ganhar nada em troca? — disse Sartre. 

— Acredito que você queria algo, sim, mas parece que não saiu como queria. — disse Sankay. 

Sartre não estava e nem demonstrava estar irritado com os comentários de Sankay, na realidade parecia bem tranquilo e até mesmo sorria de tudo. 

— Você ainda precisa aprender bastante. É somente um garotinho. — sentenciou Sartre. 

Assim que Sartre terminou de falar, Dadb correu em sua direção o atacando com seu machado. 

Sartre, desviou do golpe com extrema facilidade. 

Dadb tentou golpear novamente, mas Sartre parecia nem se incomodar com os ataques. 

Cada golpe que Dadb errava causava uma irritação a ela. 

Sartre desviava dos golpes com facilidade, parecia estar brincando com Dadb. 

Sankay observava os ataques de Dadb, mas não conseguia ver o movimento de Sartre com clareza. 

— Parece que não recuperou nem mesmo parte dos seus poderes. Isso vai me ajudar a acabar com você. — pronunciou Sartre. 

Dadb não prestava atenção nas palavras de Sartre, mas tentava de toda forma acertar um golpe nele. 

O machado rugia da direita, esquerda, cima, baixo e mesmo assim não conseguia atingir o corpo de Sartre. 

Sartre permanecia sorrindo e brincando com Dadb. 

Enquanto observava a batalha de Dadb e Sartre, Sankay havia escutado as palavras ditas pelos Deuses, não somente deles, mas isso o deixou pensativo. 

Se Dadb ainda não está com o poder completo e consegue ser uma das mais fortes que conheço, como será que estaria com toda a sua capacidade?  Não é a primeira vez que escuto falarem disso. 

Em meio aos seus pensamentos, Sankay se distraiu e logo foi surpreendido com um braço do golem de terra dele voando em sua direção. 

Desviou do braço por pouco, mas isso o deixou vulnerável. 

No momento em que ele desviava, Dadb olhou para ele e acabou sendo golpeada por Sartre. 

Um golpe com sombras que a lançou diretamente contra um golem de terra e outro que batalhavam entre si. 

Sartre começou a sorrir de satisfação. 

Sankay olhou-o com atenção, mas logo correu em sua direção para um ataque. 

No momento em que ele apareceu na frente de Sartre, já pegou uma das suas adagas e foi com um corte lateral direto em sua costela, mas antes que ele conseguisse se aproximar do corpo, o mesmo saía dali. 

Em pouco menos de 1 segundo e o corpo desaparecia de perto. 

Sankay sentiu a frustração do seu ataque acertar apenas o ar. 

Após o primeiro golpe frustrado, um segundo golpe veio. 

Sartre somente abriu um sorriso no canto dos lábios e antes que fosse atingido sumiu novamente. 

Antes que Sankay tentasse mais um golpe, Dadb retornou ao lugar com mais raiva do que antes. 

Era perceptível a sua irritação pela energia que emanava. 

Não só a sua energia estava diferente, mas sua aparência parecia mais selvagem e mais demoníaca do que antes. 

A sensação de energia que Sankay experimentou era parecida com o momento em que ela perdeu o controle e lembrou que era o Rei demônio. 

Uma energia pesada que parecia apertar e causar um receio em Sankay. 

Mas imediatamente Sartre começou a emanar uma energia cada vez mais pesada. 

A energia que Sartre emanava era diferente de Dadb. 

Para Sankay a energia de Dadb parecia apenas a de uma pessoa forte que havia perdido o controle, mas a de Sartre parecia mais sombria e controlada. 

Ele sentia como se a qualquer momento, a energia de Sartre agarrava o seu pescoço e tentaria matá-lo. 

Com a mudança de energia a primeira pessoa a olhar na direção da batalha entre Sartre, Dadb e Sankay foi Ivy. 

Seu rosto não era de espanto, nem mesmo de medo, mas algo diferente. 

— Preciso ajudar eles, segurem aí como conseguirem. — disse Ivy para um dos generais. 

Imediatamente se encaminhou para a direção da batalha. 

Uma troca intimidadora de energias se iniciou, mas sem o movimento de nenhuma das partes. 

Sankay sentia seu corpo cada vez mais pesado do que antes. 

— Vamos ver do que você é capaz pequeno Rei demônio. — disse Sartre se preparando para uma batalha. 

Sartre tinha uma lança que conseguia mudar de forma ao seu comando. 

Era uma arma que se  moldava conforme a necessidade e pedido do usuário. 

Os golpes de lança se iniciaram e Dadb  defendia com seu machado por pouco. 

Ela não dizia uma palavra desde que eles haviam visto Deus Sartre.

A troca de golpes começou a acelerar e ficar mais intensas. 

Sartre e Dadb nem conseguiam ser vistos por Sankay que tentava os acompanhar. 

Só escutava os sons de golpes chocando-se um contra os outros. 

Foi nesse momento que Ivy chegou próximo de Sankay. 

— Você precisa ajudar ela, se perder o controle poderá destruir muito mais do que essa ilha que estamos. — sussurrou Ivy. 

Sankay virou-se imediatamente para a direção da voz e se assustou com a presença de Ivy ali. 

 

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