Volume 1
Capítulo 73 - Golems e a trama dos Deuses!
Michael e Kira estavam sendo impedidos de seguir Arthen Raijin por conta dos dois seres de Capuz preto.
Michael, que sempre foi mais apaixonado por batalhas e impulsivo, não se segurou em partir para cima de um deles.
Quando ele foi atacar um deles, o mesmo se esquivou do ataque de Michael e acertou um soco em Michael.
O soco que acertou Michael Kerraton pegou de raspão em seu rosto, mas o ataque parecia ter acertado ele em cheio.
Michael recuou e quando ficou de pé novamente, cuspiu no chão e disse — Parece que teremos uma boa luta.
Kira observava a luta dos dois, mas imediatamente o outro ser de capuz apareceu na sua frente.
— Pelo jeito eles querem nos segurar Michael. — disse Kira Hanz.
Os dois olharam um para o outro como se estivessem conversando apenas com aquele olhar.
Michael pegou seu machado que estava com ele e partiu em direção ao encapuzado.
— Agora é a minha vez de forçar você. — disse Michael sorrindo enquanto atacava o encapuzado.
Michael tentava acertar por todos os ângulos.
Atacava por cima, mas ele desviava, tentava por baixo e ele desviava.
Michael, percebendo que ele era bom em se esquivar, disse — Parece que você só sabe se esquivar. Vamos ver se ainda vai conseguir.
Assim que ele finalizou as palavras, ele murmurou um encantamento rapidamente e uma pressão de energia começou a aparecer pelo seu corpo.
Kira sentiu a pressão que Michael estava criando com a sua energia mágica e disse — Parece que ele cansou de brincar. Se eu não levar a sério, vou perder para ele ainda.
Kira, diferente de Michael, não pronunciou nenhum encantamento, mas pegou as suas adagas em punho e partiu para cima do encapuzado.
Michael começara a pressionar o encapuzado de todas as formas, golpeando ele por todos os lados.
Enquanto o encapuzado se esquivava ainda mais rápido de cada golpe.
Subitamente um dos ataques de Michael acertou o encapuzado.
O machado acertou a mão do encapuzado.
A mão fora decepada pelo ataque, mas não saiu nenhuma gota de sangue.
Ao invés disso, a mão começou a se desfazer em terra.
— Que merda está acontecendo? — Disse Michael.
Enquanto Michael se questionava o que era aquele ser, uma nova mão se formava no lugar da que fora decepada.
Sem perder tempo, Michael começou a intensificar ainda mais os seus ataques.
Mas o encapuzado desviava da maioria dos ataques e quando era acertado por algum era de raspão.
Kira golpeava com energia magica sendo inseridas em suas adagas.
A velocidade de Kira aumentava cada vez mais e em dado momento cortou um braço do encapuzado.
Enquanto sua adaga cortava o braço, ele sentiu algo diferente.
Quando o braço dele caiu ao chão e começou a se transformar em terra, ele compreendeu do que aquilo se tratava.
— Michael! Eles são Golems de terra e reagem a nossa magia, mas precisamos encontrar o núcleo para destruí-los. — gritou Kira.
Antes que Kira terminasse de falar, Michael já estava cortando o encapuzado em vários lugares sem parar.
Michael nem mesmo escutou o que Kira disse.
Ele atacava freneticamente em todos os lugares, cortando o corpo do encapuzado em vários lugares.
Antes que um braço se regenerasse, ele já estava cortando uma perna e todos os ataques ficavam mais rápidos e mais pesados.
Os seus ataques ficaram em uma velocidade enorme e se tornou um frenesi de ataques.
Partes do corpo caindo e antes que se regenerassem, ele cortava novos.
Foi aí que um cristal começou a aparecer no meio do corpo do encapuzado.
Quando o orbe apareceu, Michael tentou acertá-lo, mas o mesmo saiu do lugar e foi para outro.
— Agora posso acelerar um pouco mais. — disse Michael animado.
Os seus ataques com seu machado aceleraram ainda mais.
O encapuzado já não conseguia nem mesmo se esquivar de nada.
Todos os ataques começaram a acertar precisamente e o orbe apareceu novamente, mas antes que ele se movesse Michael cortou o restante e só deixou uma pequena parte do corpo.
Quando Michael acertou o machado no orbe, o mesmo começou a brilhar.
Aquele brilho estava ficando mais intenso e Michael forçando ainda mais seu machado.
Até que o orbe começou a rachar e quando o primeiro rachado apareceu faíscas começaram a surgir.
Michael percebeu as faíscas e recuou imediatamente deixando o seu machado de lado.
Assim que ele se afastou o orbe começou a queimar, mas com o fogo que surgiu começaram alguns estralos.
Antes que Michael avisasse Kira, o orbe causou uma explosão.
Kira estava atento ao que acontecia e ao invés de recuar ou ter que se proteger, ele pegou o encapuzado que ele batalhava e o empurrou na direção da explosão.
Quando a explosão ocorreu, o encapuzado que Kira estava batalhando tinha encostado no orbe, mas a explosão fez o mesmo com o orbe do segundo ser.
Kira somente se protegeu e aguardou.
— Agora podemos ir atrás daquele idiota. — disse Michael.
— Acho que nós precisaremos esperar um pouco mais. — enunciou Kira Hanz.
Michael apenas olhou para ele e fingiu não escutar.
Imediatamente seguiu na direção que Arthen Raijin tinha ido.
Kira tentou fazer ele esperar, mas foi surpreendido pela chegada dos aventureiros de Hanz e de Kerraton.
Todos vinham juntos e muitos dentre eles estavam feridos.
Até mesmo os ninjas que estavam escondidos estavam junto de todos.
— O que está acontecendo? — Perguntou Kira.
Antes que Kira recebesse uma resposta de alguém, ele escutou — Recuem! Vão, vão.
E em pouco tempo apareceram Saito, Fanallys, Alex e Dacto Kerraton.
Todos estavam olhando na direção de onde eles vieram.
— Por que vocês estão recuando? — perguntou Kira.
— Pai — disse Saito olhando para seu pai demonstrando o alívio em vê-lo, mas continuou — os soldados começaram a se levantar e parece que não morriam.
— Como assim? Do que vocês estão falando? — questionou Kira novamente.
— Sempre que matamos os guerreiros, eles acham uma forma de levantar de novo. Estamos cansados e precisávamos de ajuda. — explicou Saito.
— Você e esses molenga é que precisavam de ajuda. — disse Fanallys tentando parecer mais forte.
Kira, ao observar os guerreiros que vinham atrás dos aventureiros, percebeu que ele precisava ajudar.
Ele começou a preparar e murmurar encantamentos para levantar uma barreira.
Assim que ele começou os encantamentos, ele disse — Preciso que me digam como isso aconteceu e se vocês conseguiram descobrir algo sobre isso.
— Preciso dizer que algum deles faziam orações ao Deus Sartre e pediam uma benção. Mas não tenho certeza se está havendo algo com isso. — disse Saito Hanz querendo explicar a situação.
Fanallys olhou ao redor e perguntou — Onde está meu pai?
— Ele saiu e foi atrás do Arthen assim que derrotamos aqueles Golems. — disse Kira.
— Golems? — questionou Alex Kerraton.
— Isso mesmo, não entendemos o motivo, mas Arthen tinha Golems com ele e se movimentavam sem ordens dele. — explicou Kira.
Quando Kira terminou de explicar tinha erguido barreiras de magia ao redor e os guerreiros não conseguiam passar.
— Acredito que isso deve segurá-los por um tempo, mas agora preciso ir atrás do Michael e do Arthen. — disse Kira.
Assim que ele terminou de falar, correu na direção de onde Michael tinha ido.
— Meus caros guerreiros, vamos nos preparar e nos recuperar para podermos seguir o nosso Rei. — disse Saito assim que seu pai saiu.
Quando Saito deu as orientações a todos explicando o que deveriam fazer, viu Fanallys, Alex e Dacto conversando sozinhos.
Ao se aproximar deles, os mesmos já pararam de conversar e disseram a ele.
— Cuide dos aventureiros. Aqueles que quiserem nos seguir vão vir, mas estamos indo encontrar nosso pai.
Todos os três disseram isso convictos de que ninguém os impediria.
Mas assim que começaram a ir na direção de Kira e Michael, Saito apareceu na frente deles e disse — Não sei como vocês orientam os seus seguidores, mas a minha responsabilidade é apenas com o meu povo e de mais ninguém.
Fanallys não queria escutar nada do que ele dizia e parecia somente seguir.
Mas Saito segurou em seu braço e disse — não vá.
Fanallys olhou para o rosto dele com um olhar como se quisesse matá-lo.
Mesmo não gostando da forma como ele pediu para que ficassem, Alex e Dacto aceitaram e aí pediram para que Fanallys ficasse.
Fanallys ainda assim não escutou o que eles disseram, mas antes que se aproximasse da saída alguns guerreiros de Kerraton a impediram.
— Precisamos da sua força conosco. — disseram os aventureiros de Kerraton.
Ao ser impedida e ter sido solicitada pelos guerreiros de Kerraton ela ficou mais tensionada a aceitar.
— Vocês são uns fracos mesmo, vou ajudá-los, mas precisamos derrotar rápido para podermos ajudar Michael ou ganhar dele. — disse Fanallys em voz alta.
E assim ela começou a aguardar com os aventureiros, mas assim que a situação deles estavam resolvidas, todos começaram a escutar pancadas na barreira de diversos guerreiros.
Imediatamente todos os aventureiros naquela barreira começaram a correr para se prepararem para o novo ataque que aconteceria logo, logo.
Enquanto a espera dos Kerraton e Hanz continuava, Dadb e seus companheiros já estavam prontos para seguirem na direção da costa que eles estavam.
Assim que a ordem de Dadb foi dada para que eles cuidassem o quanto antes dos sem nomes que ainda estavam por lá, os generais demoníacos obedeceram sem nenhuma pergunta.
Todos os 12 generais seguiram buscando os que não tinham nome e ajudam aqueles que foram machucados.
Excia, Lina e Kuros retornaram para onde estavam e se juntaram a Ryusaki e Sankay.
Tanto Ryusaki quanto Sankay se questionavam sobre o que ocorreu para esse retorno daqueles soldados, mesmo daqueles que já consideravam mortos.
E em pouco tempo todos começaram a se reunir, mas com isso Ivy apareceu novamente junto a eles.
— Acredito que chegamos ao fim da nossa ajuda aos sem nome. — disse Ivy.
Assim que todos viram e ouviram Ivy dizer que chegaram ao fim com os sem nome, Dadb disse — Agora podemos seguir em frente.
Todos os generais apenas afirmaram acenando com as cabeças e fazendo reverências a Dadb.
Mas Ryusaki e Sankay ainda não haviam compreendido tudo que estava acontecendo.
— Sankay, preciso que você saiba que a Deusa Nefertari, disse que fomos enganados por aquele maldito Deus. — disse Ryusaki.
Sankay apenas olhou para Ryusaki com um olhar cheio de certeza e clareza de que o Deus que falou com eles quando foram enviados para esse mundo estava escondendo alguma coisa.
— Eu já imaginava, mas precisamos descobrir o que está acontecendo agora e como vamos ganhar essa guerra. — disse Sankay.
— Agora que terminamos de ajudar todos os sem nomes, precisamos seguir o nosso caminho. Imediatamente. — disse Dadb animada.
Ao escutar as palavras de Dadb, Kuros decidiu interromper.
— Precisamos compreender que os sem nomes não tem armas e nem mesmo tem conhecimento algum de luta.
— Para podermos seguir adiante precisaremos de quem sabe ou magia, ou algo de luta. — disse Kuros.
— Pode deixar comigo. — interrompeu Sankay.
Imediatamente ele colocou a mão em sua bolsa mágica e começou a tirar diversas espadas.
Cada arma que era retirada da bolsa de Sankay era apreciada como se ela fosse uma bolsa que tem tudo que precisa.
Mas a realidade era que Sankay já imaginava que iria precisar de algum tipo de alerta e com isso foi separando as armas que conseguia.
Enquanto Dadb e seus companheiros se preparam para ir ao encontro de Raijin e de seus soldados, Arthen Raijin enquanto fugia para a costa em outro navio dele disse.
— Estamos quase chegando. — disse Arthen.
Quando Arthen se aproximou mais do seu outro navio, ele percebeu que algo o chamava a atenção naquele navio.
Arthen Raijin caminhava em direção ao navio, suas botas afundando contra o chão de areia. O Navio estava próximo, mas alguns símbolos antigos, runas que brilhavam fracamente em um tom avermelhado apareceram na proa do navio.
Ele não estava mais na ilha.
Ou, pelo menos, não apenas na ilha.
O ar pesava como se estivesse submerso em algo maior do que o mundo material. A cada passo, sua respiração ficava mais difícil, como se o próprio espaço ao seu redor se recusasse a aceitar sua presença.
Até que, finalmente, ele parou diante de um vulto envolto em luz dourada e sombras dançantes.
— Sartre. — Arthen inclinou a cabeça, mas não se curvou.
O Deus não tinha uma forma definida. Sua aparência mudava a cada piscar de olhos — ora um homem idoso, ora uma figura sem rosto, ora uma massa de olhos e tentáculos luminosos.
— "Arthen Raijin." A voz do Deus não vinha de um lugar, mas de todos ao mesmo tempo. "Você falhou em conter a rebelião."
Arthen cerrou os punhos.
— Eles têm aliados inesperados. Os mestiços, os renegados… até mesmo os reis de Hanz e Kerraton se juntaram contra mim.
Um silêncio pesado pairou no ar. Então, Sartre riu — um som que fez o chão tremer.
"Desculpas são inúteis. Eu lhe dei soldados que não morrem. Eu lhe dei os Golems da Terra Eterna. E mesmo assim, você não consegue esmagar insetos?"
Arthen sentiu um frio percorrer sua espinha, mas não recuou.
— Eles estão sendo ajudados. Alguém… ou algo… está interferindo.
Os olhos do Deus estreitaram (se é que ele tinha olhos naquele momento).
"Você acha que outro Deus se intrometeu?"
— Não sei. Mas se for o caso…
"Então você reconhece que não é forte o suficiente para lidar com isso sozinho." Sartre pareceu ponderar por um momento antes de estender uma mão (ou algo que se assemelhava a uma). "Muito bem. Eu lhe darei mais uma benção. Mas lembre-se, Arthen Raijin…"
O ar ao redor de Arthen ficou gelado.
"Falhe novamente, e você se tornará um dos meus soldados eternos."
Antes que Arthen pudesse responder, o mundo ao seu redor se desfez em névoa.
E, de repente, ele estava de volta à ilha em frente ao navio.
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