Gênio Incontrolável em Outro Mundo Brasileira

Autor(a): Berweley Kheyle


Volume 1

Capítulo 74 - A Maldição de Sartre!

Arthen Raijin sentiu que o seu psicológico tinha sido transporta e quando se viu retornando para a frente do navio ele ficou sem entender oque tinha acontecido direito. 

Ele observou o seu corpo e ele parecia um pouco diferente do que ele estava acostumado. 

Mas não tinha muito tempo para pensar e ficar analisando o que havia mudado. 

Arthen olhou ao seu redor e continuou o seu caminho para o navio. 

Assim que ele adentrou ao navio, o mesmo estava completamente vazio. 

Não tinha nenhum soldado. 

Arthen foi diretamente ao local de carga do navio. 

Estava a procura de um artefato. 

— Onde ele está? — disse Arthen enquanto buscava em meio a carga. 

Olhou em caixas, baús e diversos itens, mas não estava encontrando o que precisava. 

— Onde esse artefato está. — sussurrou Arthen. 

Enquanto ele se via sem saída para conseguir encontrar o artefato que procurava, escutou um som no navio. 

O som vinha de algo caindo. 

Arthen se assustou com o barulho e então ficou alerta. 

— O que foi isso?  — Expressou Arthen. 

Imediatamente ele saiu do lugar de carga do navio e foi em direção de onde o barulho tinha vindo. 

Mas antes de sair ele pegou uma espada que estava na parte de carga. 

Ele foi andando pelo corredor em direção ao lugar de onde o barulho tinha vindo. 

O quarto onde ficava a carga era no porão do navio, mas o barulho vinha de um convés mais acima. 

Arthen ia passando pelos corredores e subindo a escada com a maior atenção possivel e observando tudo. 

Ele não encontrava nenhuma pessoa por todo o navio e o barulho que escutou havia parado. 

Quando chegou próximo ao convés que ele escutou o barulho, ficou ainda mais atento. 

Ao caminhar pelo corredor, ele escutou um barulho de alguém em um dos cômodos andando. 

Arthen apertou as suas mãos ainda mais firme na espada que carregava. 

Quando se aproximou do quarto, ele começou a sussurrar um encantamento para que ele fortalecesse o seu corpo e pudesse atacar. 

Assim que finalizou o encantamento e se sentiu mais seguro, ele colocou a mão na porta. 

Girou a maçaneta da porta e a abriu. 

Empurrou a porta de uma vez. 

Assim que a porta abriu escutou um grito. 

Arthen olhou para dentro do quarto e ao observar mais atentamente ele reconheceu a silhueta da pessoa no quarto. 

— Allister? — disse Arthen. 

A pessoa que havia gritado com o susto era Allister e quando escutou a voz de seu pai tirou as mãos do rosto. 

— Pai! É você? — disse Allister. 

— Sim, sou eu. O que você está fazendo nesse navio? — Perguntou Arthen. 

Antes que Arthen finalizasse a pergunta, Allister foi diretamente abraçá-lo com força. 

— Ainda bem que você está bem pai. — disse Allister. 

Arthen sentiu que Allister parecia estar se tremendo. 

— O que houve? — perguntou Arthen. 

Allister soltou seu pai e recuou alguns passos e disse — Estava fugindo dos soldados malucos que tentavam me atacar. 

Quando Arthen Raijin escutou a explicação de Allister ele ficou sem saber o que fazer, afinal os guerreiros tinham sido feitos para ele. 

— Tinha gente para todo lado e para não ser atacado eu fugi para outro navio que estava mais vazio. — disse Allister. 

Os olhos de Allister demonstraram claramente o medo que ele estava, mesmo que só relembrando o acontecido. 

Arthen Raijin se aproximou dele e disse — Você estará seguro, mas precisa voltar para o outro navio. 

Allister se afastou de Arthen em um salto e disse — Como assim?  E o que faço com essas pessoas loucas?  

— Vou te mostrar algo. — disse Arthen. 

Allister saiu acompanhando o seu pai, mas antes que eles saíssem do quarto, Arthen viu a caixa que ele procurava. 

Assim que ele avistou a caixa, ele parou e começou a admirar a caixa. 

Começou a andar em direção a caixa. 

— O que houve pai?  — Perguntou Allister. 

Arthen não respondia nada, mas se aproximava da caixa. 

Assim que tocou na caixa, ele sentiu uma energia enorme perpassar pelo seu corpo. 

— É isso. — esboçou Arthen. 

Seus olhos brilhavam ao olhar para a caixa. 

Allister não estava entendendo nada que seu pai estava fazendo e disse — Deixe essa caixa idiota aqui e vamos embora. 

Quando Allister disse isso, Arthen Raijin não disse uma palavra, mas destrancou a caixa e começou a sussurrar. 

Assim que ele parou de sussurrar, a caixa destrancou. 

Logo que a tranca destravou, Arthen abriu a caixa dele. 

Dentro da caixa havia uma espécie de poção brilhosa e roxa, mas ao lado também tinha uma adaga. 

Allister se aproximou de seu pai e observou o que tinha naquela caixa. 

— O que é isso? A adaga é muito bonita, mas acredito que deveria jogar fora essa poção. Deve estar estragada. — disse Allister. 

Quando Allister terminou de falar, Arthen Raijin disse — Fique calado, você nem mesmo sabe que poder isso tem, mas agora preciso que saia daqui e se esconda. 

— Por quê? Não vamos sair agora? — disse Allister. 

— Eu não, mas você vai. — disse Arthen. 

— Como assim? Para onde eu vou? — perguntou Allister. 

Arthen não disse nada, mas se levantou e segurando a adaga nas suas mãos, disse — Você precisa fazer o que eu vou te pedir agora. 

— Estou aqui. — respondeu Allister rapidamente. 

Assim que Allister confirmou que ajudaria, Arthen Raijin pegou a adaga e cortou seu dedo para sair sangue. 

Pegou a mão de Allister e fez o mesmo. 

Allister disse — Ai! 

Assim que ele viu o sangue escorrendo, pegou a poção e derramou um pouco sobre o machucado que ele fez nele mesmo. 

Quando fez isso, a poção que era roxa começou a se tornar uma cor mais avermelhada. 

Quando a poção mudou de cor, Arthen derramou um pouco na mão de Allister. 

Quando a poção tocou o corte que Arthen tinha feito na mão de Allister um brilho apareceu e depois sumiu de repente. 

— Você deve ir sozinho. Preciso continuar aqui. Michael e Kira estão vindo atrás de mim e preciso que você fique seguro. Pode ir, pois agora os soldados não irão mexer com você. — explicou Arthen para seu filho. 

Allister estava sem entender nada do que seu pai queria dizer, mas mesmo confuso afirmou para seu pai que iria sair. 

Quando começou a sair, ele se virou olhando novamente para o seu pai. 

— Vá logo, você precisa sair rápido. — disse Arthen acenando para que ele saisse. 

Allister foi saindo do navio. 

Quando ele chegou a costa, seu pai estava no convés do navio e disse — Vá por ali. 

Allister olhava para o local que seu pai apontava. 

Era em direção ao navio que ele estava antes. 

— Não se preocupe, basta seguir e retorne a Raijin no navio sozinho. — complementou Arthen. 

Enquanto Allister ia na direção da costa de onde ele tinha vindo, Arthen observava seu filho se distanciando, mas assim que ele estava mais longe retornou as suas atividades. 

Ele foi diretamente até a caixa. 

Pegou a poção e a bebeu. 

A expressão em seu rosto demonstrava o quanto aquela poção tinha um gosto ruim. 

Mas continuou bebendo até finalizar toda a poção. 

Colocou a adaga em sua cintura. 

E depois começou a mexer na caixa. 

Cortou o forro que segurava a adaga e a poção. 

Quando terminou de cortar, ele viu um colar com o símbolo do Deus Sartre. 

— Era isso mesmo que eu precisava. — disse Arthen em voz alta.

Assim que ele pegou o colar e colocou em seu pescoço, escutou uma voz. 

— Cadê você, seu rato? — Gritou a voz. 

Arthen reconheceu a voz que se aproximava. 

Michael gritava a procura de Arthen. 

Assim que ele se aproximou do navio, ele disse — Então é aqui que você está se escondendo. 

Arthen sabia que Michael estava chegando, então foi novamente na sala onde estavam os equipamentos e procurou por equipamentos que o protegessem. 

Enquanto procurava, ele ouviu uma voz dizendo — Pegue a armadura negra na cabine próximo ao convés. Vou te ajudar com isso. 

Arthen não disse nada, mas seguiu as orientações que ele reconheceu apenas pela voz e a forma de se comunicar. 

Quando chegou na cabine encontrou uma armadura negra. 

Era uma armadura que parecia ter sido feita com peles de ursos negros. 

A armadura chamou a sua atenção. 

Quando suas mãos tocaram na armadura, ele sentiu uma energia aparecendo sobre ele. 

Parecia que alguém estava auxiliando ele dando mais poder a ele. 

A armadura que ele tocava também parecia ter recebido uma energia a mais. 

Imediatamente Arthen colocou a armadura e então escutou Michael gritando novamente. 

— Eu já sei que você está aqui. Agora não terá nenhum golem para te ajudar. — disse Michael. 

Arthen estava com o coração acelerado, principalmente por que sabia que ele tinha menos experiência em batalhas que um aventureiro santo e nem mesmo tinha conseguido estar no mesmo patamar que Michael. 

Mas reuniu forças e foi diretamente ao convés do navio. 

Quando chegou ao convés do navio avistou Michael. 

— Eu vou acabar com você agora mesmo. — disse Arthen reunindo forças para dizer essas palavras para Michael. 

O convés do navio estremeceu quando Michael Kerraton avançou, seu machado brilhando com energia acumulada. Seus olhos, frios como o aço, fixaram-se em Arthen Raijin, que agora vestia a armadura negra, seu peito acelerado quase saindo da armadura.

— Você não tem mais para onde correr, Arthen. — Michael cuspiu as palavras como uma sentença.

Arthen sorriu, os dedos tremendo perto da adaga em sua cintura.

— "Correr? Não, Kerraton. Hoje eu termino o que comecei."

Michael não esperou. Com um movimento fluido, ele ergueu o machado e gritou:

— Ventus et Terra, audite me! Concussio!

O convés de madeira sob Arthen rachou como um terremoto, lançando estilhaços para todos os lados. 

Arthen saltou para trás, mas não rápido o suficiente — um pedaço afiado de madeira rasgou sua perna. Sangue escorreu, mas ele não gritou. Em vez disso, ergueu as mãos e sussurrou:

— Ignis crepitus!

Bolas de fogo explodiram de suas palmas, girando em espiral em direção a Michael. O guerreiro de Kerraton girou seu machado, criando um redemoinho de vento que dissipou as chamas.

— Isso é tudo que você tem? — Michael riu, avançando novamente.

Arthen recuou, sentindo o calor da batalha e o peso da desvantagem. Ele sabia que não venceria em força bruta. Precisava de algo mais.

Michael não deu trégua. Com um salto, ele golpeou o ar com seu machado, invocando uma lâmina de vento cortante:

— Ventus lamina!

O golpe atingiu Arthen no ombro, fazendo-o cair de joelhos. A armadura negra rachou, mas não quebrou. Ele engoliu o gosto de ferro do sangue na boca e sorriu.

— Você fala muito, Kerraton.

Arthen fingiu fraqueza, deixando a cabeça cair como se estivesse à beira do colapso. Michael, confiante, aproximou-se para o golpe final.

— Adeus, Raijin.

Foi então que Arthen agiu.

Com um movimento rápido demais para os olhos acompanharem, ele arrancou a adaga do coldre e a cravou no abdômen de Michael.

— Sorria, herói. Esse é o presente de Sartre.

Michael gritou quando a lâmina penetrou sua carne. Não foi só a dor — foi a sensação de algo podre se espalhando por seu corpo. A ferida escureceu instantaneamente, a pele ao redor apodrecendo como se tivesse semanas de decomposição em segundos.

— Veneno... de necromancia? — Michael engasgou, recuando.

Arthen riu, levantando-se com dificuldade.

— Não apenas veneno. É a maldição de um Deus.

Antes que Arthen pudesse aproveitar sua vantagem, uma voz ecoou do lado de fora do navio:

— MICHAEL!

Kira Hanz surgiu no convés, suas adagas já em punho. Seus olhos se estreitaram ao ver o estado de Michael, cujo rosto apresentava a sua força, mas as suas mãos permaneciam segurando a ferida. 

— Você... seu covarde! — Kira rosnou.

Arthen sabia que não venceria os dois. Ele recuou, segurando o colar de Sartre.

Mas antes que Arthen saisse Kira apareceu na sua frente. 

Arthen se espantou com a aparição tão repentina de Kira ali. 

Em um impulso, Arthen começou a atacá-lo com a adaga amaldiçoada. 

Kira desviava de cada ataque e outros, ele ainda conseguia segurar, mas sem saber o que aquela adaga era capaz ele tomou o cuidado para que ela não o acertasse. 

Michael conseguiu se recuperar bem, mas o ferimento ainda estava negro como se a carne tivesse apodrecido. 

— Não se preocupe com a adaga. Ela não tem um veneno mortal. Continuo vivo. — disse Michael em voz alta. 

Michael tossiu, sangue escuro escorrendo de seus lábios.

Kira olhou para onde Michael estava.

— Se desviar os seus olhos, vai ser o próximo. — disse Arthen atacando novamente. 

Kira deu alguns passos para trás e recuou. 

 

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