Gênio Incontrolável em Outro Mundo Brasileira

Autor(a): Berweley Kheyle


Volume 1

Capítulo 71 - A Benção de Nefertari!

Durante o retorno dos generais, todos juntos, eles passaram por vários soldados, mas evitavam atacá-los a pedido de Chedipé. 

Os soldados já estavam se aproximando da batalha que já estava acontecendo em Rikerhan. 

Mas os doze generais iam desviando e correndo na direção da costa onde Dadb se encontrava. 

— Vamos matar esses soldados de merda! — disse Wervy. 

— Não podemos, temos que chegar a Dadb e aí decidimos o que fazemos a eles. — explicou Chedipé. 

A expressão no rosto de Wervy e de alguns generais que adoravam batalhas foi nítida, mas se contiveram e continuaram seguindo as ordens de Chedipé por enquanto. 

Os soldados se acumulavam seguindo eles. 

— Por que esses soldados estão nos seguindo e não parecem dizer nada? — perguntou Zyon Torkus. 

Os olhares observadores de Ankatsu foram diretamente aos soldados e mesmo enquanto corria ele conseguiu analisar um pouco. 

— Parece que eles estão sendo controlados ou sob o efeito de algo que os faz percorrer o que eles verem e atacar. — disse Ankatsu. 

— Você quer dizer que utilizaram um encantamento de condição em humanos? — perguntou Torvyn Sigurd.

— Parece ser isso ou algum tipo de maldição. — disse Zyon. 

Quando Zyon disse a palavra maldição, todos os generais olharam uns para os outros e seus olhares pareciam falar por meio deles. 

Os olhares entendiam o que a palavra maldição significava para eles e para Dadb. 

E sem dizer uma única palavra, todos os generais seguiram na direção da costa. 

Após essa conversa, todos seguiram somente olhando adiante e seguindo em direção à costa que Dadb estava. 

Até que Rikot disse — A costa está próxima. 

Todos os generais sabiam utilizar muito bem tanto os seus corpos como as suas magias e sempre as utilizavam quase que de forma instintiva. 

A caminhada da batalha até a costa levaria cerca de 3 horas de corrida, mas os generais avistaram a costa em menos de 1 hora e meia. 

Quando eles foram se aproximando da costa, Wervy disse — Nosso Rei está aqui. 

Eles continuaram seguindo e logo avistaram Dadb e algumas pessoas ao lado dela. 

— Aquele não é o tal Kuros? Ele está contra nós? — disse Kretus Sart que era bem desconfiado de tudo e de todos. 

— Calma, ele está com a gente por enquanto. — disse Chedipé. 

Neste momento, Dadb olhou na direção dos generais e abriu um sorriso ao vê-los. 

Os generais se aproximaram de Dadb com diversos soldados atrás deles. 

Sankay ficava observando todas as ações de Dadb e de todo que estavam ali. 

Ao perceber a alegria de Dadb ao ver os generais, Sankay sentiu uma preocupação maior com o que iria acontecer. 

Imediatamente ao chegarem próximo de Dadb todos os generais faziam reverências a ela e diziam — Meu Rei! 

Dadb sabia que eles estavam animados por reencontrá-la. 

— Sejam bem-vindos a nossa batalha tão aguardada. Vamos enviar o máximo de soldados sem nome para aquele portal. — ordenou Dadb. 

Os generais ao verem Dadb apontando para o portal perceberam que alguns soldados estavam sendo jogados lá. 

Sem nenhuma relutância, os generais acenaram de modo afirmativo e começaram a se movimentar. 

Em pouco tempo os generais se adaptaram a estratégia que eles estavam utilizando e começaram a acumular mais e mais soldados desacordados e muitos para serem levados ao portal. 

— Está na hora de buscarmos e orientarmos os sem nomes que foram ao templo. — disse Ivy. 

Ryusaki que permanecia próximo ao portal, foi o único que escutou. 

Imediatamente ele foi até seu irmão e disse — Assuma levando os soldados para o portal, vou retornar e buscar aqueles que saíram do templo. 

Sankay não disse nada, mas afirmou que faria o pedido do irmão. 

Ao avisar o seu irmão, ele foi até o portal. 

Quando passou pelo portal viu novamente a entrada do templo que estava dentro da masmorra. 

Mas ela não parecia a mesma de antes, afinal estava cheia de iluminação e parecia brilhar de forma frequente. 

Assim que Ryusaki viu o templo por dentro, não viu nenhuma das pessoas que eles passaram tentando voltar ou atacando alguém. 

Todos pareciam calmos e tranquilos como se estivessem em um momento de meditação. 

— Por que as pessoas não estão mais atacando ou agindo da mesma forma? — disse Ryusaki para si. 

Ele foi andando junto com Ivy que havia ido com ele. 

Enquanto os dois caminhavam pelo templo viram que no mesmo local onde eles encontraram com a Deusa estava cheio de iluminação e que a luz se intensificava e as pessoas iam na direção dela. 

— A Deusa deve estar fazendo a cura deles ali. — disse Ivy. 

Ao escutar as palavras cura, Ryusaki se questionou se aquilo seria mesmo uma cura, mas sua curiosidade sobre o que acontecia ali era maior do que tudo. 

Ryusaki se aproximou cada vez mais da sala do templo onde eles viram Nefertari. 

Assim que ele olhou para a sala, avistou a Deusa Nefertari. 

Ela tocava no rosto da pessoa e com um beijo na testa conseguia uma iluminação pelo corpo da pessoa e depois encostava sua testa na da pessoa e aquilo mais parecia uma forma de cuidado e carinho. 

Ryusaki ficou admirado com a forma com que a Deusa Nefertari lidava com a situação. 

Ela parece uma mãe cuidando dos filhos. Talvez ela seja mesmo a Deusa que criou esse mundo. Mas se ela é a Deusa real, Quem é o outro? 

— Precisamos ir ver onde os que já foram tratados estão indo. — disse Ivy interrompendo os pensamentos de Ryusaki. 

— Tudo bem. Vamos. — afirmou Ryusaki. 

Ambos continuaram seguindo para o local onde as pessoas que já tinham recebido o cuidado da Deusa estavam seguindo. 

Todos se dirigiam para uma porta lateral após passar por aquela sala. 

Ao passarem pela porta lateral, os Sem nome que haviam sido tratados não ficavam mais sem falar nada. 

Assim que Ivy e Ryusaki passaram, por lá escutaram diversas pessoas conversando umas com as outras. 

— Onde é que nos estamos? — dizia uma pessoa próximo a eles. 

Todas as pessoas que estavam do lado de fora do Templo se questionavam onde e que estavam. 

Questionavam o que havia acontecido a eles. 

Ivy percebeu o que acontecia e começou a falar. 

— Sejam todos bem-vindos a vila Nefertari. Aqui vocês retomam o controle de suas vidas. 

— Vocês podem estar se questionando onde estão, mas essa é uma vila dentro de uma masmorra que foi escondida dos Raijin. Portanto, se trata de um lugar seguro. 

Quando todos escutaram as palavras de Ivy se sentiram aliviados, mas algumas pessoas sentiram um pouco de Raiva e outros uma certa desconfiança. 

— Quem é você? — perguntou um homem desconfiado. 

— Me chamo Ivy Kirllian e sou um pesquisador e ajudo esse garoto em uma batalha contra a família Raijin nesse exato momento. 

— Enquanto estamos aqui, uma guerra está acontecendo e muitos de vocês estavam sendo utilizados como meros soldados para fazerem números. Mas eu acredito que cada um de vocês é muito mais do que isso. — finalizou Ivy. 

 — Uma guerra? — disseram alguns. 

Outros disseram — Aqueles malditos Raijins. 

A irritação de todos os que estavam presentes começou a ficar cada vez mais nítida. 

Ryusaki percebendo a raiva e a conversa aumentando, se aproximou de Ivy e perguntou — O que vamos fazer com eles? 

— Isso não é obvio? — perguntou Ivy. 

Ryusaki apenas olhou para ele sem esboçar nenhuma palavra. 

— Vamos incentivá-los a lutar junto conosco contra os Raijin. — afirmou Ivy. 

A expressão de Ryusaki foi fiel ao que ele pensava, mesmo que ele não demonstrasse o quanto aquilo parecia pesado, seu rosto demonstrava a preocupação. 

— Fique tranquilo, só aqueles que quiserem é que vão batalhar. — disse Ivy. 

— E como você vai convencê-los?  — Sussurrou Ryusaki para Ivy. 

Ivy apenas acenou dizendo a Ryusaki que ele aguardasse. 

Em pouco tempo mais pessoas apareciam. 

— Eu sei que acabaram de sair de um momento péssimo onde mal sabiam o que estavam fazendo, mas agora devem se lembrar quem vocês são. Saibam que isso foi tirado pela ordem dos Raijin e agora vocês têm como se vingar, mas para isso terão que batalhar e ir contra os mais fortes. Se desejarem fazer essa família pagar pelos males que fizeram a vocês e as suas famílias, este é o momento. — disse Ivy em seu discurso. 

Todos olharam uns para os outros como se esperassem que alguém fosse o primeiro a se manifestar. 

Ryusaki e Ivy olhavam para todos ao seu redor, mas nenhum sinal de que alguém fosse ir na direção deles. 

Ryusaki ficava cada vez mais aflito com essa situação. 

Parecia que ninguém sentia Raiva dos Raijin. 

A cada segundo que passava Ryusaki se tornava mais impaciente e as pessoas ficavam com ainda mais receio de mostrar a alguém que gostaria de ir. 

Ryusaki já estava ficando cansado de esperar. 

Imediatamente ele decidiu agir e se aproximou do lugar onde Ivy estava. 

Ivy estava próximo a um banco mais alto e estava se comunicando por lá. 

Ryusaki subiu e disse — Sei que vocês não me conhecem. Mas eu sei como foi a vida de vocês apos serem destituídos de seus nomes e serem tratados como escravos. Neste momento vocês até podem lembrar seus nomes, mas antes de passarem por aquele templo a vida de vocês era sem nenhuma conexão com a magia, sem nenhum nome e sendo obrigados a servir os nobres ou os que tinham um nome que se achavam melhor do que cada um de nós. Meus pais e eu tivemos que sofrer bastante pela falta de nome, mas eu e meu irmão não fomos desligados ou retirados do mundo mágico. Se vocês não querem mais ser escravizados e obrigados a lutar sem ter nenhuma consciência do que estão fazendo, podem continuar, mas se querem mudar venham conosco para a guerra. 

Assim que Ryusaki finalizou o seu discurso, alguns homens se aproximaram de Ryusaki e disseram. 

— Estamos com o garoto, lembramos que sofremos muitos anos, mas agora sentimos uma força dentro de nós e uma ligação nova. — disseram os homens. 

Imediatamente após os homens se posicionarem, cada vez mais pessoas estavam se aproximando. 

— Abra um portal próximo à costa. — disse Ivy para Ryusaki. 

Ryusaki ouviu, antes perguntou — Mas e os que não quiserem ir

— Aqueles que não quiserem vão permanecer aqui. Até a guerra acabar. — explicou Ivy. 

— Tudo bem. — concordou Ryusaki. 

Após essa conversa, diversas pessoas que haviam recuperado os nomes se sentiram animadas para ir à batalha. 

Ryusaki se preparava para abrir um portal quando escutou alguém dizendo. 

— Como vamos sair de uma masmorra para  a batalha? Não temos armas? — disse uma das pessoas no meio da multidão. 

— Fiquem tranquilos, após sairmos daqui verão a batalha e bastam seguir as instruções dos meus amigos lá fora. — afirmou Ryusaki. 

E quando se concentrou, ele abriu o portal para que as pessoas pudessem passar. 

O portal aberto não era no mesmo lugar do outro, mas era próximo à costa. 

Assim que o portal foi aberto, Ivy disse — Você vai com eles e eu fico orientando os próximos que vierem. 

Ryusaki assentiu com a cabeça e andou na direção do portal dizendo — Vamos! Me sigam. 

Ao passar pelo portal, ele voltou ao barulho e as explosões e gritos da guerra. 

Junto a ele, diversas pessoas também saíram. 

Quando os generais avistaram um novo portal aparecendo e diversas pessoas começando a sair deles, todos pensaram que teriam um problema. 

Mas antes que eles fizessem qualquer coisa, Ryusaki disse — Temos reforços para nos ajudar a ganhar a batalha. 

O alívio para os generais havia aumentado um pouco, afinal eles estavam na linha de frente e fazendo muitos desmaiarem. 

Dadb simplesmente gritou — Sejam bem vindos a batalha. 

Mas os que acabaram de chegar se sentiram meio que fora do que estava acontecendo. 

Ryusaki foi junto com eles próximo a Dadb e a Sankay. 

— Eles precisam de orientação e de armas. — disse Ryusaki. 

— Fiquem tranquilos que seus trabalhos no momento serão ajudar os outros sem nome que estão vindo. — disse Dadb. 

— Como vamos saber quem tem numero ou nome? — perguntou uma das pessoas. 

— Fique tranquila, mas aquele cara lá poderá ajudar a identificar as pessoas sem nome. Mas na maioria tem um número escrito em seus corpos. — disse Sankay apontando para Kuros. 

Quando todos avistaram Kuros, muitos abriram as suas bocas, afinal alguns conheciam seu famoso mago de Raijin. 




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