Volume 1
Capítulo 69 - A Deusa Verdadeira!
Ryusaki olhou bem a imagem daquela pessoa e a frase escrita.
— Quem é a Deusa Nefertari? — perguntou Ryusaki.
— A Deusa real que tem o controle sobre Raenus e não o falso Deus que se passa por criador. — pronunciou Ivy.
— Do que você está falando? Deus falso? Deus real? — disse Ryusaki confuso quanto ao que estava acontecendo até o momento.
— O Deus que todos de Raijin e todos de outros reinos acreditam são diferentes e sempre são demonstrados como os reais, mas a Deusa real foi esquecida há muitos anos. — explicou Ivy.
O rosto de Ryusaki ainda demonstrava claramente a confusão que sua cabeça estava, mas agora parecia mais interessado em tentar resolver suas perguntas e questionamentos.
— A Deusa Nefertari é a responsável por cuidar deste mundo e foi sendo deixada de lado ao longo dos anos e sendo esquecida pelas pessoas. Mesmo alguns ainda acreditando nela. — continuou Ivy explicando.
— Mas como uma Deusa é esquecida? Por que ela foi esquecida? E por que ela não fez nada para mudar isso? Por que um Deus falso conseguiria controlar o mundo sendo que ela tem um poder? — perguntou Ryusaki cheio de dúvidas.
— Por que esse Deus que está no controle atualmente também chegou ao patamar de divindade. E a Deusa tentou mostrar a realidade, mas não teve muito exito em mostrar a realidade aos habitantes de Raenus. — explicou Ivy.
Imediatamente Ryusaki se lembrou de quando ele teve a conversa com Deus e que ele era um homem.
— A Deusa Nefertari é uma mulher ou ela pode aparecer como homem? — perguntou Ryusaki.
— Os deuses só se apresentam nas formas com as quais eles conquistaram a divindade e permanecem assim eternamente, sendo assim suas formas não mudam. — explicou Ivy.
Quando Ivy finalizou a explicação, Ryusaki ficou absorto em seus pensamentos.
Se eles conquistam a divindade, quer dizer que podemos nos tornar Deuses? Como será que funciona esse processo? E quem é que decide quando podemos ser da divindade? Não sei se estou entendendo bem isso, mas precisarei da ajuda de Sankay.
— Ryusaki! — disse Ivy tocando nos braços de Ryusaki.
— Me desculpe, mas estava pensando aqui. Se a Deusa Nefertari é a real e ela só aparece como mulher mesmo, quem é o Deus que aparece em todas as igrejas de Raijin? — pergunta Ryusaki.
— Aquele é o Deus Sartre. — disse Ivy.
Ao escutar o nome do Deus Ryusaki sente seu corpo tremer e sente arrepios em seu corpo.
— Deus…. Sartre… — gaguejou Ryusaki sem completar o que gostaria de falar.
— Esse é o Deus que no início conquistou o direito de se tornar um divino, mas desde que ele se tornou uma divindade as coisas mudaram. As masmorras apareceram, uma nova raça de seres amaldiçoadas. Isso a mais de 700 anos atrás. — disse Ivy.
— Então…. Você está dizendo que… esse Deus Sartre… É o mesmo? — perguntou Ryusaki com várias pausas para raciocinar.
— Deus Sarte é o mesmo do mito que vocês leram, mas aquele não é o real. — explicou Ivy.
Antes mesmo que a conversa entre Ivy e Ryusaki finalizasse e as explicações tivessem sido dadas, uma luz começou a aparecer em uma sala da igreja.
Ryusaki e Ivy olharam diretamente para a sala.
— Vamos até lá. — disse Ivy.
Ryusaki ainda com um pouco de medo do que aconteceria foi seguindo Ivy que ia na frente.
Quando adentram a sala iluminada, eles deram de cara com uma estatua da Deusa Nefertari.
A estatua estava brilhando.
O brilho se intensificava cada vez mais, até que os dois fecharam os olhos porque não conseguiam mais olhar.
Quando fecharam os olhos, sentiram como se eles tivessem sido transportados de lugar.
— Eu explicarei tudo que precisa saber. — disse uma voz feminina.
Ryusaki e Ivy escutaram a voz e imediatamente abriram os olhos.
Assim que abriram os olhos, deram de cara com uma mulher de cabelos escuros e cacheados, pele negra e olhos azuis e uma voz autoritária.
Ivy imediatamente se ajoelhou e disse — É uma honra estar em sua presença minha Deusa.
A Deusa acenou com a cabeça agradecendo a Ivy pelas considerações.
Ryusaki olhava admirado para ela.
— Olá Ryusaki Kenchi, seja bem-vindo. — pronunciou a Deusa.
— Quê? Você me conhece? — perguntou Ryusaki sem acreditar.
— Claro, você e Sankay só vieram até aqui por que permiti. — explicou a Deusa.
A dúvida e a incerteza são refletidas na expressão de Ryusaki nitidamente.
— Você não precisa entender nada agora, mas preciso explicar o que está havendo com vocês e contar a verdade para você. — disse a Deusa Nefertari em tom calmo e sereno.
Ryusaki olhou atentamente para a Deusa e se lembrou que àquela mesma voz e aquela mesma mulher já havia aparecido para ele e seu irmão.
— Então você é a Deusa? — perguntou Ryusaki.
— Pelo jeito já se esqueceu que apareci para você e para seu irmão e disse que a pessoa que acreditam ser um Rei demônio não está nem próximo de ser. — disse a Deusa Nefertari.
— Você é a que mudou os nossos poderes e nos trouxe na família que nascemos. — disse Ryusaki se lembrando da mulher e do momento.
— Eu sou a criadora deste mundo, mas seres que alcançaram a divindade decidiram tentar mudar tudo que eu construí para tentar serem bem vistos por outros Deuses.
— Na realidade, eu interferi na vinda de vocês até este mundo e permiti que vocês encontrassem com as pessoas ideias para que pudessem me ajudar. Já que não posso interferir de forma direta no mundo de Raenus. — disse a Deusa Nefertari.
— Por que está dizendo tudo isso agora? Assim não seria interferir de maneira direta? — perguntou Ryusaki.
— Agora eu posso falar diretamente com vocês, afinal já descobrimos o quanto Sartre interferiu nesse mundo e o quanto ele é perigoso. — pronunciou a Deusa.
— Mas o que é mais importante é que vocês entendam quem é a família de vocês e ajudem a quebrar a maldição e o feitiço colocado sobre diversos humanos de Raenus, mas junto a isso acabar com a diferença entre as raças. — completou a Deusa Raenus.
Os olhos de Ryusaki demonstraram ainda mais interesse no que ela ia falar, principalmente quando ela disse sobre a família.
— Como assim entender quem é a família? Isso realmente importa? — Perguntou Ryusaki, mas em seu inconsciente ele questionava os motivos de seus poderes serem tão grandes.
— As famílias e as linhagens sanguíneas definem suas aptidões em magia e em capacidade mágica. Mas a família define qual será a sua capacidade. Assim como as cinco famílias descendem diretamente dos deuses. — explicou Nefertari.
— O que você está querendo dizer com tudo isso? — perguntou Ryusaki.
Ivy, que permanecia calado, se levantou e disse — Se você nascer como um descendente das 5 famílias principais, tem uma chance maior de se tornar uma divindade.
Ryusaki entendeu após a explicação de Ivy.
— Além disso, existe a possibilidade de retirar as maldições e feitiços das pessoas que estão sobre a influência dos trabalhos realizados em Raijin, mas preciso que eles venham até aqui. — explicou a Deusa Nefertari.
— É aí que precisamos da sua ajuda Ryusaki. — disse Ivy Kirllian.
Ryusaki permaneceu pensativo sobre o que eles haviam conversado e sobre as famílias.
Se a linhagem é algo tão importante para as aptidões e é raro as pessoas terem todas as aptidões, eu e Sankay devemos ter uma boa linhagem, afinal somos meio que exagerados nas capacidades magicas e outros.
— Ele se perdeu nos próprios pensamentos novamente. — disse Ivy.
Ivy se aproximou de Ryusaki e tocou em seu braço dizendo — Raenus chamando Ryusaki.
Ryusaki saiu do loop de pensamento em que ele estava e disse — O quê? O que foi?
— Você se perdeu em pensamentos enquanto nós te chamávamos para nos ajudar a quebrar as maldições e encantamentos dos sem nomes. — disse Ivy repetindo o que a deusa e ele falaram.
— Como é que eu poderia ajudar nisso? Eu não sei nada de maldições, muito menos encantamentos. — disse Ryusaki.
— Fique tranquilo, que você não terá que fazer nada disso, mas preciso que abra um portal e envie as pessoas para cá e eu as encaminharei para retornar. — disse a Deusa Nefertari.
Ryusaki sentiu um grande alívio ao escutar essas palavras, afinal assim ele não teria que se preocupar novamente com tentar fazer uma coisa que nunca havia feito antes.
— Então eu só preciso manter um portal aberto para eles entrarem e um para eles saírem? — perguntou Ryusaki.
— Exatamente, mas saiba que precisamos ser rápidos e precisaremos de mão de obra para ajudar em qualquer coisa. Além de uma pessoa responsável que controle e comande aqueles que acabaram de sair do transe. — disse a Deusa Nefertari.
Ryusaki olhou novamente para a Deusa e olhou Ivy e analisou eles antes de falar qualquer coisa.
Após uma análise das pessoas, Ryusaki sentiu uma força maior o puxando para conversar com eles e questionar o que ele deixava em sua mente.
— Pode perguntar o que quiser. — disse a Deusa Nefertari.
— Eu quero saber se a minha família é uma das cinco originais e como vai purificar as pessoas. — Perguntou Ryusaki.
— Para a sua primeira pergunta a resposta é sim, mas quanto a segunda vai ser uma benção que tenho sob essa igreja que foi trazida da masmorra para cá e permitiu que esse templo permanecesse intacto. — explicou a Deusa de Raenus.
Ryusaki demonstrou que havia compreendido o que ela explicava e somente acenou com a cabeça.
— Eu preciso que você vá agora. — ordenou a Deusa Nefertari.
Ryusaki imediatamente se viu do lado de fora da igreja.
E sem perder tempo, Ivy disse — Crie o portal e eu ficarei cuidando dos que chegam.
Ryusaki fechou os olhos e concentrou sua atenção na criação de um portal para que ele pudesse voltar a batalha.
Quando se concentrou, o portal foi se abrindo.
Assim que as primeiras impressões apareceram, Ryusaki escutou os sons de espadas e de gritos.
Quando passou pelo portal, a primeira voz que escutou foi a de seu irmão.
— Voltou, finalmente — disse Sankay, com um olhar rápido. — Preciso de você focado agora.
Ryusaki assentiu. Sentia algo diferente em si mesmo — como se a presença da Deusa tivesse deixado uma marca sutil. Mas não havia tempo para pensar nisso.
— Qual é a situação? — perguntou ele.
— A divisão entre os soldados está quase completa. Estamos separando os marcados com números dos que já receberam nomes. Excia e Dadb estão liderando o nosso ataque frontal e derrubando os soldados enquanto Kuros e Lina se ocupam com controlar os ataques mágicos e evitar danos. E eu separo os que são numerados. — Explicou Sankay com firmeza.
Lina se aproximou, limpando o sangue de sua lâmina.
— Os “sem nomes” estão lutando contra nós, mas não por vontade própria — disse ela. — A energia que emana deles é a mesma que vimos na masmorra. São marionetes, Ryusaki. Humanos presos em um feitiço de obediência absoluta.
— Eu imaginei que seria algo assim, fui informado que além dessa maldição, há um tipo de feitiço ativo neles. — respondeu Ryusaki. — Precisamos encaminhas as pessoas sem nome para o portal e enviá-los até o templo. Lá, eles serão purificados.
— Então vamos levar todos para lá agora mesmo. — afirmou Dadb, com um leve sorriso sombrio.
Ryusaki que estava ao lado do portal que abriu, disse — Sankay vamos começar a enviar os que já estão caídos para o templo.
A cada um que passava pelo portal Ryusaki sentia algo diferente.
Parecia que ao colocarem pessoas no portal estavam forçando-as a irem contra o próprio corpo.
Ryusaki sentia uma grande resistência do corpo para passar pelo portal, mas mesmo assim continuava.
— Vamos! — gritou Sankay ajudando seu irmão a mandar um dos sem nome.
Kuros, do alto de uma elevação de pedra, usava sua aura para identificar os que ainda estavam sob controle. Seu olhar cortava como uma lâmina.
— Aqueles dois à esquerda, e o grupo à direita da bandeira caída — disse com voz firme. — Marquem-nos.
Lina e Sankay avançaram com velocidade, anulando os agressores com o mínimo de força possível.
Um por um, os "sem nomes" eram guiados até o portal. Alguns vinham em transe, outros chorando em silêncio. Muitos estavam confusos. A Deusa havia dito que a bênção os restauraria. Ryusaki só podia torcer para que ela estivesse certa.
Enquanto os sem nomes eram encaminhados para uma purificação, os guerreiros de Hanz, Raijin e Kerraton seguiam sua batalha intensamente.
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