Gênio Incontrolável em Outro Mundo Brasileira

Autor(a): Berweley Kheyle


Volume 1

Capítulo 58 - Chedipé Revela a Ilusão!

Enquanto os acontecimentos seguiam seu curso, a Deusa observava tudo com satisfação, pois as coisas começaram a seguir o trajeto correto. 

O mundo de Raenus enfrentava chegava próximo ao sua decisão, mas o Deus que invocou Ryusaki e Sankay estava cada vez mais inquieto. 

Parecia que enviar aqueles garotos e dar uma chance a eles havia sido a decisão errada. 

Ele olhava todos os acontecimentos do mundo e parecia cada vez mais próximo de ter um colapso nervoso. 

— Deve ser coisa daquela Deusa. Ela deve estar atrapalhando meus planos. — disse ele quase que em um sussurro. 

E ficou pensativo sobre o que poderia fazer para que os seus planos seguissem o curso natural. 

Mas em sua mente só tinham duas opções: 

Ele iria questionar a Deusa ou interferiria com alguém no mundo para seguir os seus planos. 

A segunda ideia ganhou voz e ele começou a olhar para todos. 

Conseguia observar a tudo e a todos naquele mundo. 

Passou alguns momentos procurando o seu alvo. 

Mas encontrou finalmente o seu alvo. 

O alvo era o filho de Kira Hanz que alimentava um grande ódio do Rei Demônio. 

— É você! — pronunciou ele para si. 

Enquanto Deus buscava uma forma de controlar alguém ou incentivá-lo a realizar seus planos, Darian e Arthen junto a um exército ia para a ilha de Rikerhan. 

Todos estavam no navio. 

Allister seguiu junto a eles para a guerra, afinal Arthen não tinha confiança de deixar seu filho sozinho, sabendo que a traidora poderia encontrá-lo. 

O príncipe começara a acordar e quando olhou ao seu redor percebeu que estava em um navio e não no castelo como acreditava. 

— Acordou meu príncipe! — disse Darian que estava ao lado dele. 

Allister olhou de relance e não disse uma palavra. 

Somente acenou com a cabeça, mas seu corpo estava pesado e dolorido. 

Como se tivesse sido carregado e jogado em vários locais. 

— Por que estamos em um navio?  — Perguntou Allister. 

— Estamos a caminho da guerra que o seu pai e meu Rei começará contra os outros continentes. — explicou Darian. 

— E onde está meu pai? — questionou Allister. 

— Seu pai está na sala de comando conversando com os generais e me encarregou de cuidar de sua segurança, meu príncipe. — disse Darian fazendo uma reverência. 

— Então o rei te deu permissão para vir comigo. Foi uma boa recompensa por me salvar no castelo, mas agora você terá que ser o meu criado. Não confiarei em um mestiço como você para a minha segurança, afinal seu trabalho é dar a vida pelo príncipe e pelo rei. — pronuncio Arthen em tom de arrogância e desdém. 

Darian não disse nada, mas fez uma reverência e se ajoelhou. 

Enquanto se ajoelhava, só pensava em como deveria agir quando chegasse a Rikerhan, pois somente ali não precisaria agradar ninguém. 

A viagem ainda ia demorar cerca de 2 dias, mas tudo estava se ajustando e correndo bem no navio. 

Enquanto a viagem seguia para a Ilha de Rikerhan, os aventureiros de nível Santo sentiram que tinha algo errado. 

— O que está acontecendo que os aventureiros de Raijin ainda não chegaram?  — Questionou Kira Hanz ao seu filho. 

Saito Hanz somente acenou para afirmar que não tinha essas informações. 

A preocupação de Kira Hanz era visível em seus olhos. 

Kira Hanz sabia que havia algo errado com essa demora e com a informação que havia chegado há algum tempo. 

— Algo está errado. — afirmou Kira. 

Enquanto isso, Michael estava se divertindo em uma brincadeira com os aventureiros, mas a maioria deles havia perdido para ele. 

Todos, inclusive seus filhos, estavam cansados, mas Michael e Wervy continuavam de pé. 

— Isso me lembra da nossa batalha para quem seria o Rei. — pronunciou Wervy. 

— Hahahaha! Eu só estou no começo — disse Michael. 

Wervy sempre fazia magias de longe e pronunciando os encantamentos mais rápido e mais eficiente que a maioria, mas agora ele e Michael trocavam golpes com os punhos. 

Michael socava o rosto de Wervy, ele devolvia o soco, mas a única pessoa sentindo o corpo cansado era Wervy. 

Sua utilização de magias e a batalha que durava cerca de 8 horas entres os aventureiros de Kerraton fez com que ele se sentisse esgotado. 

Principalmente porque ele tinha um controle tão preciso da magia de seu corpo que conseguia controlá-la e reforçar uma parte de seu corpo com a magia sem precisar de um encantamento. 

Toda vez que ele recebia um golpe, parte de sua energia mágica era perdida. 

Enquanto Michael parecia não sofrer muito com os socos e os golpes que acertaram nele. 

Nenhum dos golpes era forte o suficiente para atingi-lo de uma forma que precisasse de uma cura, mas sempre que um golpe o fazia cuspir sangue ou sentir dor, parecia que ele gostava mais ainda da batalha. 

Wervy em meio a uma troca de socos com Michael, caiu de joelhos de cansaço. 

Michael estava preparando um soco em seu rosto, mas quando Wervy caiu ele simplesmente parou. 

— São todos muito fracos ainda, mesmo com todos vocês nem conseguiram me cansar. — disse Michael para todos. 

Ao redor dele estavam todos os aventureiros que passaram na primeira fase de Battle Royale que ele havia decidido. 

Michael saiu dali e disse a eles — Vou ir brincar com o Kira. Se recupere para o campeonato. 

Enquanto Michael saia em direção a Kira Hanz Gaius sussurrou. 

— Você nem sabe o que espera vocês. 

Michael não escutou e nem viu Gaius, mas percebeu a sua energia mágica. 

— Por que você está se escondendo?  — Disse Michael. 

A resposta não apareceu. 

Michael olhou ao redor, mas se virou novamente para sair e disse — Covardes devem ficar fora do meu caminho. 

E saiu dali se dirigindo ao seu companheiro Kira. 

Enquanto na ilha de Rikerhan as coisas pareciam confusas e sem nenhuma informação de Raijin, Kuros e Chedipé se encaminharam para convencer os guardas a deixarem Dadb seguir. 

Assim que Kuros chegou aos soldados, viu que alguns se preparavam com várias armas. 

Mas os soldados não sentiram nenhum pouco de confiança ao vê-lo. 

Os soldados empunharam as suas armas e as levantaram contra Kuros. 

— Você está com o Rei Demônio. Se preparem é um general. — disse o comandante dos soldados. 

Kuros se afastou um pouco de todos e levantou as mãos. 

— Fiquem calmos, eu posso explicar esse mal-entendido do Rei — disse Kuros. 

 Os guardas não o escutaram e começaram a se aproximar pouco a pouco dando passos lentos. 

Kuros ia se afastando junto, para poder atrasar uma batalha o quanto fosse possível. 

— Até que enfim alguém veio nos ajudar. Prenda o general do Rei Demônio! — disse o comandante olhando atrás de Kuros. 

Ele sabia que Chedipé estava chegando. 

Chedipé se aproximou de todos e então ficou ao lado de Kuros. 

Os soldados ali ficaram sem entender nada do que acontecia ali. 

— Esse não é um general do Rei Demônio. — disse Chedipé segurando no ombro de Kuros. 

Em meio a exclamações silenciosas de confusão e de expressões claras de que não haviam compreendido ela, Chedipé começou a mudar de forma. 

A mulher de cabelos roxos, pele branca e parecia uma humana maravilhosamente bela estava revelando quem era de verdade. 

Mudanças em sua aparência surgiram. 

Em meio aos seus cabelos surgiram chifres pequenos. 

Seus olhos que antes eram castanhos claros se revelaram um roxo vivido e vibrante. 

A aparência de mestiça apareceu a todos que ficaram de boca aberta com o que acontecia em sua frente. 

— Eu sou uma general do Rei Demônio. — finalizou Chedipé. 

Todos os guardas permaneceram parados e abismados com a revelação de Chedipé diante de todos. 

Inclusive Kuros também ficou de boca aberta ao ver a verdadeira aparência de Chedipé. 

— Os dois estão juntos com o Rei demônio. Ataquem! — ordenou o comandante. 

Os guardas que ali estavam começaram a se organizar ao redor dos dois com suas armas. 

Chedipé que agora se sentia mais livre para fazer o que quisesse, pois sua atuação chegava ao fim. 

Antes que os soldados e guardas os prendessem, Chedipé pronunciou um encantamento — iubeo umbras obedire meo imperio et ab omni impetu me custodire. 

Sombras se juntaram próximo a Chedipé e Kuros. 

Um dos soldados avançou com uma lança antes dos outros, mas uma sombra surgiu e bloqueou o ataque da lança, fazendo com que a mesma quebrasse. 

— Ataquem agora! — gritou o comandante. 

Kuros não ficou parado. 

Por mais que fosse um mago habilidoso, ele também tinha uma excelente pontaria. 

Pegou a ponta da lança quebrada e lançou-a em direção a um soldado. 

O soldado tentou desviar, mas a ponta da lança quase acertou seu peito. 

A lança o acertou em seu ombro. 

Um grito de dor foi lançado anunciando uma nova batalha a frente. 

Cada ataque dos soldados era bloqueado pelas sombras. 

Kuros começou a pensar no que fazer para persuadir os soldados a deixarem eles em paz e ficarem tranquilos, mas não encontrava uma solução. 

O comandante estava cada vez mais irritado e gritou — Magos! Atacar. 

Vários encantamentos começaram a ser pronunciados a uma certa distância de todos. 

— Precisamos nos proteger. — afirmou Kuros. 

— Eu Sei!!! — confirmou Chedipé com sarcasmo.

— Me dê tempo que eu faço uma barreira. — disse Kuros. 

Chedipé somente confirmou com a cabeça. 

Foi neste momento que Kuros começou o seu encantamento — Utinam naturales vires et vires meae impedimentum tutelae triplex iacuit ad omnes impetus reflectendos. Confunde vires, et bis tantum viribus absolve.

Ao finalizar o encantamento foram surgindo barreiras próximo aos dois. 

Surgiu a primeira e os ataques físicos dos soldados foram repelidos. 

Surgiu uma segunda e terceira barreiras. 

Chedipé olhou para aquela magia e olhou para Kuros como se ainda não tivesse visto o real potencial dele. 

E então pensou: 

Como esse velho consegue usar tanta magia em um curto espaço de tempo?  Ainda mais com um encantamento tão específico e utilizando energias naturais? Então é este o nível de um aventureiro nível santo. 

Surgiram diversas magias vindo na direção das barreiras.

Magias de todos os jeitos, Água, Fogo, Terra, Vento. 

Junções de magias como Lava, Gelo, Relâmpago e uma Nevoa carregada com vários projeteis de pedras. 

Os soldados de fora da barreira sabiam que não seria fácil derrotar os dois, mas poderiam atrasá-los ou cansá-los. 

Se distanciaram para que as magias não os acertasse. 

Diversos impactos na barreira fizeram parecer que a terra tremia. 

Alguns ataques eram repelidos quase que imediatamente e outros pareciam quase atravessar uma das barreiras. 

Até que a primeira barreira caiu. 

Ficaram duas e diversas magias lançadas para todos os lados. 

E com magias e um grande poder sendo lançado, Dadb percebeu a dificuldade deles. 

Dadb não disse nada a ninguém, mas saiu dali e foi em direção ao campo de batalha. 

Os outros olharam para ela, mas Sankay foi o único que queria segui-la. 

Novas magias eram lançadas uma atrás da outra, forçando a segunda barreira. 

Vários soldados haviam sido atingidos pelas magias dos seus próprios magos. 

A destruição que já estava evidente na cidade de Tanjo se tornava cada vez mais evidente. 

— As barreiras não aguentaram muito tempo. Qual o nosso plano? — perguntou Kuros. 

— Posso sair e atacá-los, mas sou melhor em magia. — pronunciou Chedipé. 

Enquanto pararam um pouco para pensar, sentiram duas grandes energias mágicas se aproximando. 

Chedipé já sabia e disse — O rei veio fazer o trabalho em nosso lugar. 

Dadb chegava carregada de animação para uma batalha. 

A barreira de Kuros estava próximo de quebrar, mas terminou quando Dadb passou pelas duas restantes como se não fosse um problema. 

Kuros olhando aquilo percebeu que ela estava mais forte. 

Dadb avançou diretamente nos magos. 

Os magos falavam encantamentos e alguns quase a acertaram, mas ela era mais rápida. 

Foi aí que Sankay chegou lá e perguntou — Vocês estão bem?  

Kuros e Chedipé afirmaram com a cabeça. 

Dadb parecia ainda mais animada agora atacando os magos. 

Derrubando-os com seus ataques. 

Ela não perdia muito tempo, mas tomava o cuidado de somente deixar os soldados e magos desacordados. 

Nenhum dos golpes era fatal. 

Mas as magias que eram lançadas acertavam amigos e soldados do mesmo pelotão. 

Dadb se movia cada vez mais rápido. 

Chedipé olhava maravilhada por poder ver o Rei Demônio novamente. 

Mas tanto Kuros quanto Sankay se questionava se isso era o seu real poder ou era somente uma demonstração. 

 

Apoie a Novel Mania

Chega de anúncios irritantes, agora a Novel Mania será mantida exclusivamente pelos leitores, ou seja, sem anúncios ou assinaturas pagas. Para continuarmos online e sem interrupções, precisamos do seu apoio! Sua contribuição nos ajuda a manter a qualidade e incentivar a equipe a continuar trazendos mais conteúdos.

Novas traduções

Novels originais

Experiência sem anúncios

Doar agora