Gênio Incontrolável em Outro Mundo Brasileira

Autor(a): Berweley Kheyle


Volume 1

Capítulo 57 - Darian se Infiltra!

— Ainda não é o momento, precisamos esperar Kuros e Chedipé. — pronunciou Dadb com autoridade. 

Ao escutar as ordens de Dadb, Rikot disse — Grande Rei! O que faremos aos guardas que continuam vivos?  

Dadb olhou para Sankay e viu em seus olhos, o seu reflexo e disse — Prendam todos, depois vamos decidir isso.  

Sankay estava perdido em seus próprios pensamentos, criando hipóteses sobre quais eram os motivos do Sartre usar duas almas de outro mundo para fazerem um trabalho que deveria ser dele, mas também se questionava o que ele poderia esperar de tudo isso.  

Uma tosse seca e dolorosa soou próximo a eles. 

Todos olharam para Ankatsu que parecia acordar. 

Ankatsu começou a abrir os olhos e tentar se levantar. 

Dadb ao perceber que Ankatsu se levantava saiu imediatamente do local. 

Ankatsu levantava com dificuldade e se sentou ainda no chão. 

— Você está bem? — perguntou Sankay. 

Ankatsu olhou para aquele garoto e ficou pensando no que falar, mas não disse nada. 

— Ele está bem. — disse Dadb longe do local. 

O general dela havia retornado e agora ela poderia se preparar. 

Assim que ele se levantou, saiu em direção a Dadb. 

Em meio aos passos lentos ele se dirigia para onde o rei Demônio tinha ido. 

— Grande Rei! O que devo fazer?  — disse Ankatsu sem se importar com ninguém ao redor. 

— Por enquanto o que nos resta é entender em que momento estamos e se Chedipé já começou a incitar a guerra. — disse Dadb. 

Ao escutar as palavras de Dadb, Sankay arregalou os olhos tentando compreender o que ela queria com uma guerra. 

Ankatsu tentava se manter em pé, mas seu corpo ainda não estava totalmente recuperado e parecia mais pesado. 

— A guerra já está prestes a começar grande Rei, mas ainda não tenho mais informações, pois como você orientou permaneci aqui cuidando de todo o conteúdo histórico e controlando para que ninguém percebesse nossos planos. — discursou Ankatsu com dificuldade. 

Nesse instante um silêncio permaneceu em todo o local. 

Após alguns minutos de completo silêncio, Rikot chegava. 

— Chedipé está chegando. — avisou Rikot. 

— Já estou sabendo. — pronunciou Dadb. 

Kuros e Chedipé vinham correndo e olhando toda a destruição que estava na entrada da cidade. 

Chedipé animada para ver o Rei demônio apôs 50 anos, mas Kuros estava com receio, afinal tinha prendido o rei há 50 anos. 

Assim que ambos avistaram Dadb os seus corações começaram a bater acelerados, mas os motivos eram totalmente diferentes. 

Lina ao ver seu avô se alegrou por saber que ele estava bem e que agora poderia vê-lo e contar tudo que aconteceu. 

No momento que Kuros e Chedipé chegaram aos pés de Dadb ela permaneceu calada. 

— Grande Rei! Que honra poder vê-lá novamente. — disse Chedipé se ajoelhando e reverenciando. 

Dadb acenou com a cabeça e disse — Que bom reencontrar meus generais. Me explique a situação?  

Chedipé permaneceu ajoelhada, mas ao escutar o pedido do Rei Demônio ela olhou nos olhos de Dadb e começou a explicar. 

— O reino de Raijin já se encaminha para a cidade de Rokuto para poder partir para o ataque em Rikerhan.

— Os aventureiros mais fortes dos dois continentes estão concentrados em Rikerhan e tem navios se dirigindo para os continentes. 

— Temos 8 generais em Rikerhan e também temos Darian que vai ir com o Rei de Raijin se passando por salvador do príncipe. Todos estão seguindo as orientações que você nos deixou e Kuros já sabe da sala no castelo de Raijin. — finalizou Chedipé. 

Enquanto Chedipé explicava, Kuros permanecia parado ao lado dela sem conseguir expressar nenhuma palavra. 

Não conseguia dizer nada porque em sua mente só permanecia as lembranças de sua batalha com ela e o aprisionamento que ele, Michael, Kira e o antigo rei de Raijin colocaram-na. 

Kuros permanecia relembrando o passado. 

— Kuros. — a voz de Dadb foi sarcástica e precisa. — O que há com você? 

Ele respirou fundo, mas sua boca permanecia fechada. Chedipé olhava para Kuros com desconfiança, esperando uma traição a qualquer momento. 

— Você está hesitante porque você foi uma das pessoas que me aprisionou?  — continuou Dadb, dando um passo a frente. — Ou teme que eu faça o mesmo a você? 

A tensão entre Kuros e Dadb era visível a todos. 

Sankay observando a cena, sentiu as mudanças que Dadb apresentava. 

Sua voz e sua forma de falar haviam modificado. 

Lina que percebia Dadb se aproximando de seu avô e isso trazia mais aflição a ela. 

O seu coração começava a acelerar e o ar ficava mais pesado. 

Imediatamente todos começaram a escutar vozes. 

— Vão, se preparem para contra-atacar. — dizia uma voz distante. 

Todos se preparam para um possível ataque. 

— Parece que os seus amigos querem me derrotar novamente. — disse Dadb em tom sarcástico. 

Kuros se levantou e disse — Pode deixar que eu resolvo. 

E saiu na direção das vozes. 

— Grande Rei, vou seguir ele e garantir que não nos traia. — disse Chedipé querendo demonstrar sua lealdade. 

Dadb não respondeu, mas acenou com a cabeça confirmando que poderia ir. 

Enquanto Chedipé seguiu Kuros em direção aos guardas do exército que ainda estavam bem, Dadb foi em direção a Rikot e Ankatsu. 

— Se preparem imediatamente, nós vamos sair daqui e ir para a guerra. — disse Dadb. 

Os dois generais que eram leais a ela simplesmente se ajoelharam e afirmaram com a cabeça e saíram dali para preparar para a guerra. 

Sankay achou estranho como Dadb se comportava e disse — Você não é mais a Dadb que eu conhecia?  

Dadb acenou que não com a cabeça, mas antes que explicasse algo Ryusaki a interrompeu. 

— Por que você retornou?  Qual o seu plano?  Por que está indo para a guerra?  — Questionou Ryusaki. 

Dadb olhou para ele e começou a explicar — Eu retornei, pois preciso mostrar o que é ser desprezado e tratado como monstro, mas para isso eu preciso que uma família demonstre quem realmente são. Por isso, vamos chegar na guerra com ela já acontecendo. 

Ao escutar as explicações de Dadb, Ryusaki, Sankay, Excia e Lina se deram por satisfeitos, mas ainda com as suas dúvidas quanto a lealdade e a amizade que tinham com ela. 

Enquanto Dadb e todos os outros se preparavam para se dirigir para a ilha onde ocorrerá a guerra, o rei Arthen Raijin chegava em Rokuto. 

O vento frio cortava as ruas de Rokuto enquanto o rei Arthen Raijin avançava em meio à escolta real. 

O brilho opaco da lua iluminava as bandeiras de seu exército, que balançavam pesadas sob o céu carregado de nuvens. As chamas das tochas tremulavam nas vielas da cidade, refletindo a tensão que pairava no ar.

O rei adentrava a cidade. 

A cidade de Rokuto já estava preparada para a batalha. 

Darian se mantinha alerta e próximo, seus olhos sempre atentos, observando cada movimento do rei e de seus guardas. 

Ele sabia que aquele era o momento crucial. Precisava conquistar a confiança do monarca e garantir seu lugar ao lado dele. 

Afinal, sua posição nessa guerra dependia da habilidade de manipular as palavras tão bem quanto empunhava uma lâmina.

Enquanto o rei e seus guardas se dirigiam para o castelo de Rokuto, Darian estava carregando o príncipe junto a ele, mas devia ter cuidado já que precisava conquistar a confiança de Arthen novamente. 

Assim que o rei chegou ao grande salão de reuniões no castelo de Rokuto, os nobres e comandantes já aguardavam. 

O rei Arthen foi recebido com reverências pelo responsável pelo trono de Rokuto e o direcionou ao trono. 

Arthen sentou-se pesadamente em seu trono provisório, um olhar cansado, mas resoluto, tomando conta de sua expressão. 

Darian que havia parado na entrada do castelo, ficou imaginando como faria para conquistar a confiança dos guardas para ser encaminhado ao Rei. 

Até que bolou uma estratégia para realizar a sua tarefa. 

Ele foi a uma taverna escura onde alguns assassinos estavam e os contratou para que pegassem o príncipe e espalhassem que estavam com o príncipe. 

Ao mesmo tempo, ele pagou para um mensageiro avisar aos guardas que o príncipe Allister estava sendo feito de refém. 

Assim ele começou o seu plano para poder conquistar a confiança do rei. 

Não demorou muito tempo e a informação chegava aos ouvidos dos guardas que se dirigiram ao rei para avisá-lo. 

— Mandem quantos forem necessários para resgatar meu filho. — disse o Rei. 

Em pouco tempo, guardas estavam em busca pela cidade. 

Foi aí que Darian se encontrou com um guarda e conversou com ele e disse que ajudaria a encontrar o filho do Rei. 

O guarda afirmou que se ele encontrasse o Rei daria uma recompensa. 

Darian seguiu junto ao guarda, mas depois falou que ia procurar para outro lado e foi diretamente para onde os assassinos tinham levado o Príncipe. 

Asim que ele chegou lá, viu que outro guarda estava lá querendo entrar. 

Ele avisou que iria ajudar o guarda e adentraram na casa. 

Os mercenários assassinos que ele tinha contratado ficaram confusos com ele aparecendo junto aos guardas e partiram para cima. 

Darian desviou de alguns golpes e acertou golpes rápidos com uma magia de fortalecimento corporal que pronunciou em sussurro. 

Acertou golpes que desmaiaram os assassinos. 

O guarda agradeceu e disse que iria levar eles para o castelo de Rokuto. 

E assim eles se encaminharam para o Castelo. 

Ao chegar no salão real, Darian estava com seu plano quase concluído, mas precisaria convencer o rei agora. 

 

Foi então que Darian avançou, ajoelhando-se diante dele em um gesto calculado de humildade.

— Majestade, venho humildemente perante vós, não como um simples aventureiro, mas como um servo devoto ao bem-estar de seu reino. — Darian ergueu o olhar, sua voz firme, porém controlada. — Trouxe seu filho de volta. Arrisquei minha vida para garantir que Allister Raijin retornasse são e salvo. Acredito que isso, por si só, demonstre minha lealdade.

Os olhos do rei brilharam levemente ao ouvir aquelas palavras. Ele olhou para o lado, onde seu filho Allister permanecia, ainda atordoado pelos acontecimentos recentes. O jovem príncipe hesitou por um momento, depois assentiu levemente, confirmando a versão de Darian.

— Seu ato foi nobre, Darian. Mas o que exatamente deseja em troca? — A voz do rei soou como um trovão contido, carregada de suspeita.

Darian inclinou levemente a cabeça, um sorriso discreto surgindo nos lábios.

— Desejo apenas a oportunidade de continuar servindo. Permita-me acompanhá-lo nesta guerra. Meu conhecimento das forças inimigas pode ser útil. Sei onde atacar, sei quem pode ser persuadido. E acima de tudo, sei que sua vitória é inevitável, majestade. Quero fazer parte dela.

O rei permaneceu em silêncio por alguns instantes, avaliando o homem à sua frente. Havia algo na forma como Darian falava que o intrigava. Ele não era apenas um aventureiro qualquer. Ele sabia demais.

— Muito bem, Darian. Você marchará conosco. Mas esteja ciente… — o olhar do rei se estreitou. — Qualquer sinal de traição e você terá um destino pior do que a morte.

Darian sorriu e baixou a cabeça.

— Não esperaria menos, meu rei.

Enquanto isso, pelo continente de Raenus, a guerra já se desenhava no horizonte.

Em Rikerhan, Os aventureiros permaneciam esperando Raijin chegar, mas Michael e Kira sabiam que as coisas não estavam correndo bem, mas precisavam garantir segurança para os que estacam na ilha. 

As forças de ataque de Raijin se reuniam para as ilhas de Kerraton e de Hanz. 

Os aventureiros mais poderosos dos reinos estavam fora dos continentes e o exército de Raijin poderia segurar os reforços.  

Na ilha de Rikerhan os aventureiros se distraiam com batalhas e treinamentos. 

Batalhas simuladas que serviriam para elevar os resultados de todos no campeonato que ainda acreditavam que iria acontecer. 

E no céu acima de tudo, entre nuvens tempestuosas, uma entidade observava. Seus olhos brilhavam como estrelas gélidas, e sua presença emanava uma energia impossível de ser ignorada. 

Era uma deusa, uma força primordial que assistia ao desenrolar dos eventos com um misto de curiosidade e satisfação.

Ela viu o rei Arthen marchando para a guerra. 

Viu Darian se infiltrando entre os poderosos. Ela viu os povos se preparando para lutar. E então, com um sussurro que se espalhou pelo vento como um sagrado presságio, ela murmurou:

— Finalmente… as peças estão se movendo da forma correta.

E assim, a noite caiu sobre Raenus, trazendo consigo a promessa de sangue e destruição.

 

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