Volume 1
Capítulo 50 - Dadb Perde o Controle!
Antes que terminassem de observar a força dela aumentando, um ataque subitamente surgiu na sua frente.
Ryusaki não teve muito tempo para pensar, mas assim que pensou um pouco mais ele fez com que ele aparecesse mais longe deles.
Com isso, Sankay começou a convocar alguns lobos das sombras para ajudá-lo em seu ataque.
4 lobos surgiram naquele ambiente.
Sankay ordenou que eles sincronizassem seus ataques com o dele.
Os cinco seguiram a direção de Dadb, mas ela também ia na direção deles.
O instinto de Sankay dizia que se ele continuasse o ataque poderia sofrer danos graves.
Antes que pudesse recuar do ataque, Dadb se aproximava dele saindo de suas sombras.
Um dos lobos saiu das suas sombras para o defender e foi cortado ao meio pelo machado de Dadb.
Os outros lobos cercaram a mulher e prepararam ataques com magia das trevas.
Antes que Dadb se movimentasse, foi atingida por quatro bolas de magia das trevas.
Sankay e Ryusaki pensaram que com isso eles iriam conseguir causar algum dano nela, mas a energia foi absorvida pelo corpo de Dadb.
Essa absorção deu ainda mais força para Dadb.
Suas feições que agora nem mesmo pareciam de alguém humano se tornavam cada vez mais demoníacas.
Imediatamente Ryusaki disse — Ela voltou a ser o Rei demônio.
— Se não for isso, eu não sei o que é. Mas o nosso trabalho é detê-la. — disse Sankay.
Ao escutar as palavras, Rei demônio Dadb tentou pronunciar algumas palavras, mas parecia impedida de dizer algo.
Mas antes que pronunciasse qualquer palavra, sua forma e sua feição começaram a se tornar quase monstruosas.
O seu poder mágico aumentou tanto que o espaço de Ryusaki começo a ficar instável.
— Acho que ela se lembrou de quem ela é. Precisamos derrotá-la. — exclamou Ryusaki aflito com a situação.
Sankay observava Dadb, mas ainda acreditando que ela poderia retornar a ser quem ela era.
Dadb imediatamente apareceu em frente a Sankay e o acertou com um soco em seu estômago.
Sankay fora jogado para o ar, mas antes que Ryusaki reagisse ela apareceu em sua frente e acertou um chute nele, o jogando para o alto na mesma direção de Sankay.
Os dois ainda no ar sentiram dores de maneira atrasada, mas quando iriam reagir Dadb apareceu atrás deles com seu machado quase os acertando.
Foi nesse exato momento em que eles escutaram uma voz em suas cabeças.
— Essa não é quem vocês devem derrotar. Deixem que ela vá. — disse a voz.
Assim que a voz falou com eles, ambos foram mudados de lugar.
Foram enviados para um espaço diferente de onde eles estavam.
Dadb não acertou os dois, mas seu golpe foi tão forte que a energia mágica utilizada causou uma rachadura no espaço e permitiu uma abertura.
Antes que os irmãos se levantassem no novo espaço, Dadb saiu do espaço onde ela permanecia presa.
No momento em que ela saiu do espaço, passou por Lina e Excia e ambas desmaiaram com tanto poder mágico que exalava de Dadb.
O Rei demônio havia ressurgido e com toda a sua força e capacidade.
Enquanto Dadb fugia da casa de Ryusaki e Sankay os mesmos começaram a se levantar.
— O que aconteceu? Onde estamos? — perguntou Ryusaki.
— Eu não sei, mas acredito que aquele Deus é que nos chamou. — disse Sankay.
Ambos começaram a olhar ao seu redor, mas tudo que viram era um espaço em branco que parecia estar acima das nuvens.
— Com toda certeza foi aquele Deus. — confirmou Ryusaki ao andar por lá.
Logo que eles se acostumaram com o ambiente, escutaram uma voz feminina surgindo.
— Vocês estão errados. — disse a voz.
Os dois irmãos procuraram pela voz que falava com eles, mas não conseguiram avistar ninguém.
— Precisamos voltar e ajudar Dadb, ela deve estar com problemas. — disse Sankay.
— Fique tranquilo garoto. Tudo está acontecendo da forma que deveria acontecer. — disse a voz feminina.
— Você não é aquele Deus. Sua voz parece de mulher. Quem é você? — perguntou Sankay.
Antes que ele finalizasse a sua fala, apareceu uma mulher de cabelos escuros e pele negra para os irmãos.
— Eu sou a real Deusa deste mundo. — disse a mulher.
— Quantos Deuses tem neste mundo? — exclamou Ryusaki em tom de dúvida.
— Temos mais de um Deus, mas aquele que vocês dizem ser um Deus não está nem próximo de ser realmente. — disse a mulher.
— O que você quer dizer com isso? Como assim Deusa Real? Quem é aquele então? — perguntou Sankay intrigado.
A mulher com um movimento das suas mãos calou os dois e começou a explicar.
— Vocês foram invocados nesse mundo por um ser que quer ser visto como um Deus e pensa que dessa forma poderá obter um respeito em meio aos Deuses de Raenus, mas ele não passa de um aproveitador.
— Eu sou a Deusa Nefertari Raenus. Sou a criadora deste mundo e a responsável pelo controle do mesmo.
Os dois irmãos arregalaram os olhos e ficaram olhando para ela explicar.
— Chamei-os aqui para os explicar que aquele que vocês estavam agora pouco não é realmente o Rei Demônio, mas sim uma injustiçada mestiça.
— O Verdadeiro Rei Demônio surgira nos próximos eventos.
Nefertari parou e olhou para os dois e disse — Sei que ambos têm muitas dúvidas, mas tudo será compreendido em pouco tempo.
— Eu fui a responsável por permitir que os dois obtivessem tantos poderes e escolhi onde iriam nascer, mas não podia aparecer ainda. Por isso peço que retornem e não comentem nada com ninguém. Confiem na garota que está com vocês. Precisarão de toda ajuda possível.
Assim que ela disse isso, estalou os dedos e Ryusaki e Sankay apareceram cada um em seu quarto na casa próxima à masmorra fantasma.
Ambos conseguiram voltar a falar, mas decidiram não comentar nada sobre o ocorrido.
Ao mesmo tempo que eles retornaram, escutaram trovões e sentiram uma poderosa energia mágica.
Sankay saiu imediatamente do quarto e assim que chegou a sala de estar da casa se deparou com Lina e Excia desmaiadas.
Ele gritou e Ryusaki apareceu em seguida.
Sankay utilizou sua magia de cura nas duas para auxiliar elas.
Assim que terminou de curá-las, as duas começaram a se levantar.
— O que aconteceu? — disse Excia com a mão na cabeça.
— Você está bem? — perguntou Ryusaki para Excia.
Lina se levantava e disse — Vimos um vulto passando e seu poder era muito grande e acabamos desmaiando.
Assim que Sankay escutou essas palavras, ele começou a se lembrar de como Dadb estava.
Ryusaki olhou para Sankay como se perguntasse a ele se contariam a Excia ou não.
A resposta de Sankay a contragosto foi que seguisse as orientações daquela Deusa.
— Aquele vulto era Dadb a nossa amiga. — disse Ryusaki.
Excia ficou tentando assimilar quem era ela e porque sumiu dali, mas permaneceu calada.
— Vocês precisam saber que ela é na realidade o Rei Demônio que estava aprisionado há 50 anos. — disse Sankay querendo encurtar as coisas.
As reações tanto de Lina quanto de Excia foram as esperadas.
Foram Gritos e exclamações monossilábicas tentando compreender o que acabava de ser explicado em poucas palavras e que não tinha a menor explicação.
— Do que é que vocês estão falando? Aquela mulher que gosta de lutar da raça de demônios e elfos? — perguntou Lina.
— Isso mesmo, eu a salvei da masmorra onde tinha sido aprisionada, mas ela estava sem memória e eu achei que assim poderia ajudá-la a ser alguém que não causasse mal. O que aconteceu é que suas memórias voltaram e eu acredito que ela tentará se vingar dos aventureiros que a aprisionaram. — explicou Sankay a todos.
Ao escutar a explicação de Sankay, Lina e Excia ficaram olhando incrédulas que ele havia libertado alguém tão perigoso para o reino.
— Fiquem tranquilas, só precisamos segui-la e então fazer com que ela se lembre quem nos somos e assim ela pelo menos nos escutar. — disse Sankay.
Ryusaki começou a sorrir e disse — E como acha que vamos encontrar ela? Melhor ainda como vamos fazer ela se lembrar?
A confirmação da mesma dúvida transparece nos rostos de Lina e Excia, mas quanto a isso Sankay não respondeu diretamente.
— Eu tenho planos para isso. — disse Sankay.
Enquanto a situação era explicada para Lina e Excia, Dadb saia da vila de Royalls.
Seu destino não estava certo, mas a direção que ela seguia era para Tanjo.
Com a sua saída, tanto Kira como Michael sentiram uma forte presença mágica retornando e isso os fez permanecerem alerta.
— Eu conheço essa energia mágica. — exclamou Kira Hanz.
Michael, que estava ainda em batalha com seus três filhos e seu irmão, parou.
— Até que enfim, ela retornou a sua forma original. Posso agora massacrar ela de vez. — afirmou Michael Kerraton.
Wervy também parou e abriu um pequeno sorriso sem que todos percebessem.
Os doze Generais que eram seguidores e apoiavam o rei Demônio sentiram que o tão aguardado retorno aconteceu.
E foi neste momento que Rikot Sart acabava de Chegar em Tanjo.
— Nosso mestre retornou e preciso avisar Ankatsu. — exclamou Rikot com felicidade.
Em pouco tempo ele chegou a academia onde Ankatsu estava.
Ao chegar lá ele encontrou diversos homens armados e se preparando para uma possível batalha.
Ele se dirigiu adentro da academia em busca de Ankatsu, mas no momento em que o viu estava extremamente ocupado.
— Cheguei aqui com notícias. Precisamos conversar. — disse Rikot.
Ankatsu olhou para ele demonstrando não ser o melhor momento, mas disse — Me encontre em minha sala em 45 minutos.
Rikot seguiu na direção da sala de Ankatsu.
Ankatsu permaneceu dando ordens diretas para que todos os soldados se preparasse, pois logo mais deveria sair em direção ao porto de Rokuto.
E permaneceu orientando, soldados e oficiais, mas depois de 40 minutos foi se dirigindo para a sua sala.
Assim que adentrou em sua sala, ele disse — Preciso que tenha mais cuidado a partir de agora.
— Do que você está falando? — perguntou Rikot.
— O rei está preparando um ataque as outras nações para se tornar o rei de tudo e já pediu que nossos soldados se encaminhassem para o porto. Se verem que estou saindo da minha função para atender você podem ficar desconfiados. — explicou Ankatsu.
— Não precisa se preocupar, por mais que tenha saído do plano. Chedipé fez com que um dos Santos da família Severus fosse preso. Além disso, a mente do Príncipe e do Rei parece completamente dominada. — disse Rikot.
— A única clareza que eu tenho é que Dadb retornou a ser quem era antes. Senti seu poder mágico vindo nessa direção. Teremos que nos movimentar. — disse Ankatsu.
— Acredito que nem mesmo precisava das minhas informações. Já está a par de tudo. — pronunciou Rikot.
— Sim, mas preciso que você vá com os soldados, mas tente buscar aquele que acompanhava Dadb. Creio que ele não deixaria ela sozinha. Precisamos retirá-los da jogada. — disse Ankatsu.
Ao ouvir essas palavras, Rikot abriu um sorriso.
Imediatamente ele saiu daquele local.
Enquanto saia sem ser percebido pelas pessoas, ele notou que a maioria das pessoas que estavam ali pareciam nem entender o que estavam acontecendo.
O que ele escutava dos soldados era o seguinte.
— Por que o rei precisa de uma guarda tão grande em um evento como esse campeonato? E, porque chamar logo aqueles mais distantes dele? — dizia um soldado.
— Você deve ser burro né. Ele quer testar os aventureiros em soldados e oficiais mais fracos que quase não lutam. — disse um oficial.
Escutando essas conversas, Rikot começou a pensar consigo:
O que será que foi repassado a eles por Ankatsu? Será que ele não revelou que o rei queria um exército e isso poderia se tornar uma guerra? Ele sabe o que faz e deve ter algum plano.
Não demorou muito tempo para ele saísse da cidade e chegasse ao deserto que era próximo de Tanjo.
Mas ao observar aquele deserto viu algo que mais parecia uma tempestade de areia vindo na direção da cidade.
Junto a isso ele sentiu um poder mágico já conhecido.
— Dadb está vindo mais rápido do que o normal. Preciso esperar junto a ela e assim poder atacar aqueles que estavam com ela. — sussurrou Rikot as palavras para si.
Antes que ele se escondesse, percebeu que Dadb não estava com suas atitudes normais e estava enfurecida de uma forma que ele pouca vezes a vira.