Gênio Incontrolável em Outro Mundo Brasileira

Autor(a): Berweley Kheyle


Volume 1

Capítulo 49 - A Volta do Rei demônio!

Assim que escutaram essas palavras, Ryusaki, Lina e Sankay se encaminharam para a ferraria de Fabron para pedir a ele que desse uma melhorada em seus equipamentos. 

Mas antes que saíssem da guilda, Excia Vandelord foi ao encontro de Ryusaki e disse — Olá, Rio de saquê. 

Ryusaki olhou na sua direção e viu que aquelas palavras eram ditas com uma certa melancolia e na realidade pareciam muito forçadas. 

— Olá, Excia. O que houve que retornou a vila? — perguntou Ryusaki. 

— Eu vim antes, mas e você o que faz aqui? — respondeu Excia sem animação em sua voz. 

— Que bom. Eu vim entregar algumas missões que fiz junto a meu irmão. — respondeu Ryusaki apontando para seu irmão. 

— Muito prazer em conhecê-la. Me chamo Sankay. — disse Sankay se curvando e demonstrando uma educação de nobres. 

Excia observou a sua apresentação e começou a sorrir dele. 

— Essa é a primeira vez que vejo um humano se curvando para um Demi-humano. — pronunciou Excia e continuou sorrindo. 

 Neste momento Ryusaki percebeu que Excia tentava esconder o que ela tinha passado antes. 

— Não é todo dia que meu irmão me apresenta alguma mulher, ainda mais uma que lhe deu um apelido. — disse Sankay querendo pegar no pé de seu irmão. 

Ryusaki começou a gaguejar e dizer que ele não deveria dizer coisas como essa, mas percebeu que Excia se mostrou mais tranquila e sorridente ao ver a brincadeira dos irmãos. 

— Hahaha. Quer dizer que seu irmão não apresenta mulheres? — perguntou Excia intrigada. 

— Na realidade ele nunca nem demonstrou interesse. Achei que nem gostava de mulheres. — disse Sankay para Excia. 

Mas Ryusaki escutou essas palavras e disse — Como é que é seu otário? Eu vou te matar.

E os dois começaram uma briga tipica de irmãos. 

Excia se divertia vendo a implicância dos dois irmãos. 

— Precisamos ir garotos! — exclamou Lina os segurando longe um do outro. 

— Me desculpe, mas precisamos ir até a ferraria e depois retornaremos aqui para pegar nossas recompensas. — disse Lina se desculpando com Excia. 

Excia os olhou de forma diferente e parecendo que desejaria ser convidada por eles. 

Sankay logo percebeu isso e disse — Venha conosco, assim posso conhecer a namorada do meu irmão. 

Ryusaki corou o seu rosto ficando ainda mais tímido, mas ainda assim partiu para cima de seu irmão querendo atacá-lo. 

Mas Lina segurou Sankay e Ryusaki foi abraçado por Excia. 

Esse abraço foi recebido com tantas batidas no coração que era difícil de contar. 

— Excia! — exclamou Ryusaki ao perceber que o abraço dela ficará mais apertado, parecia que com isso ela dizia a ele que algo aconteceu e esse era um momento de conforto para ela. 

Ainda permaneceu tímido e sem saber se abraçaria ela de volta. 

Até que Sankay piscou para ele confirmando que ele poderia fazer isso, pois era disso que ela precisava. 

Os braços de Ryusaki envolveram Excia. 

Ambos permaneceram abraçados por um momento sem pronunciar nenhuma palavra. 

Imediatamente Lina e Sankay foram seguindo para sair da guilda. 

Assim que chegaram na porta, Sankay disse — Vocês vão demorar muito nesse namoro? 

Dessa vez a implicância de Sankay não foi recebida da mesma forma por seu irmão que se encaminhava para a saída com Excia. 

Enquanto todos saiam em direção à ferraria de Fabron Forge, Dadb acabava de acordar novamente. 

Logo que ela acordou sentiu fortes dores de cabeça e se sentindo um pouco tonta. 

Ao olhar ao seu redor não reconheceu nada do ambiente. 

— Onde eu estou? — exclamou Dadb ainda confusa. 

Ela se levantou e começou a cambalear ainda sem uma coordenação eficiente de seu corpo. 

Dadb não se sentia a mesma de um dia atrás. 

Sua cabeça, que antes era pesada e parecia sempre não lembrar muitas coisas, fora preenchido por várias informações. 

Ela percebeu que em seu corpo tinha uma espécie de bolsa. 

Analisou e tinha duas coisas nela. 

Tinha o seu machado longo e um pedaço de papel. 

Assim que ela pegou o papel, foi diretamente lê-lo. 

 

Se estiver lendo esse papel deve ter acordado sem saber nada, mas irei te explicar aqui. 


Primeiro quero que coloque sua mão sobre o papel e adicione um pouco da sua magia. 


Você vai se lembrar e entender tudo que aconteceu até agora. 


Saímos para entregar algumas coisas e voltamos já. 

Dadb leio aquelas palavras, mas não fazia ideia de quem era aquela letra. 

Ficou com receio do que poderia acontecer ao adicionar magia naquele pedaço de papel e então o guardou novamente. 

— Preciso sair daqui logo. Mas onde eu estou. — disse Dadb. 

Com esse pensamento ela pegou o seu machado em punho e começou a andar por aquele espaço tentando descobrir uma forma de sair. 

Andou por algum tempo, mas nada de encontrar uma saída. 

Aquele local parecia um espaço completamente vazio. 

Dadb ainda permaneceu se movimentando, mas em dado momento ela decidiu utilizar sua energia mágica para tentar sair daquele lugar. 

Assim que utilizou a sua energia mágica percebeu que ali tudo era repleto de energia mágica. 

Se movimentou usando essa mesma energia, até que descobriu que em uma parte a energia mágica tinha uma espécie de fraqueza. 

Naquele momento ela se dirigiu para o local e começou a tentar bater , mas nada ocorreu. 

Enquanto ela atacava no espaço de Ryusaki, os irmãos acabavam de combinar os equipamentos a serem consertados com Fabron Forge. 

Assim que Dadb bateu naquele espaço, Ryusaki sentiu uma dor. 

— Ai! Minha cabeça. — exclamou Ryusaki com dor. 

Sankay olhou para seu irmão e começou a observá-lo. 

— Minha cabeça. Está doendo. Parecem pancadas. — disse Ryusaki ainda com dores. 

Imediatamente Sankay pensou: 

Deve ser a Dadb tentando sair do espaço que só a habilidade dele permite criar. Eu nem mesmo expliquei para ele que a sua habilidade dada não é a de se teletransportar, mas a de permear e criar espaços em qualquer local. Mas o espaço que ele cria funciona como uma extensão de sua mente, por isso quando alguém tentar forçar a saída ele sentirá alguma dor. Isso serve de alerta. Precisamos fazer com que ele nos leve até lá. Ela não deve ter encontrado o papel ou recuperou a sua memória e não se importa com a gente. 

Enquanto Sankay pensava, Ryusaki começou a sentir dores mais fortes, mas não sabia de onde aquelas dores estavam vindo. 

— Deve ser a Dadb, precisamos ir até ela. — disse Sankay imediatamente. 

Assim que ele escutou seu irmão dizendo isso, Ryusaki tentou se levantar. 

— De quem vocês estão falando? — perguntou Excia curiosa. 

— Uma amiga que deixamos esperando em nossa casa. — respondeu Lina tentando ajudar eles a saírem. 

— Aquela casa que você ganhou próximo à masmorra? — perguntou Excia para Ryusaki. 

— Essa mesmo. — respondeu Ryusaki ainda com a mão em sua cabeça. 

Excia não pronunciou nenhuma palavra, mas começou a segui-los. 

Lina foi junto a eles para tentar fazer com que ela não fosse, mas logo Excia se aproximou de Ryusaki e o abraçou ajudando ele a andar. 

— Eu vou continuar com vocês. Quero conhecer você melhor Rio de Saquê. — pronunciou Excia. 

Naquele momento Sankay percebeu que não adiantaria tentar dizer o contrário a ela. 

— Precisamos ir rápido. — disse Sankay. 

Quando Sankay disse isso, eles já haviam saído da ferraria e se encaminharam para um beco onde não havia ninguém. 

— Fechem os olhos que vamos até a minha casa em um instante. — disse Sankay tentando fazer parecer que ele os levaria. 

Assim que Lina e Excia fecharam os olhos, ele acenou para que Ryusaki usasse o seu teleporte e os levasse até a sua casa. 

Em pouco menos de 1 segundo eles apareceram na casa da masmorra. 

— Chegamos. Eu e Ryusaki vamos ir até a Dadb, por isso mostre a casa para ela Lina. — disse Sankay assim que chegaram. 

Imediatamente após Ryusaki e Sankay saírem de perto, Lina foi mostrando o local para Excia.

Enquanto Lina distraia Excia, os irmãos adentraram no espaço de Ryusaki. 

Logo que apareceram lá encontraram Dadb vindo na direção de onde eles vieram com o machado em punho e preparada para um ataque. 

Sankay imediatamente criou uma barreira com magia. 

Dadb não conseguiu penetrar a barreira, mas se distanciou imediatamente. 

— Dadb! Somos nós. Se acalme. — disse Sankay tentando acalmá-la. 

Dadb não pareceu compreender nada do que ele dizia, mas com o seu machado em punho adicionou energia mágica no mesmo e seguiu novamente para o ataque. 

— Ela perdeu a cabeça? — perguntou Ryusaki enquanto permanecia atrás de seu irmão. 

Sankay pegou suas armas em punho e disse — Algo aconteceu com ela, mas precisamos acalmar ela. Se prepare. 

Ao escutar as palavras de seu irmão Ryusaki começou a se preparar para a batalha que viria logo. 

Antes que Dadb chegasse até Sankay uma barreira foi levantada, mas Dadb desviou da mesma. 

Sankay tentou acompanhar o movimento dela, mas a perdeu de vista. 

Ryusaki e Sankay tentavam encontrá-la, mas quando perceberam o ataque de Dadb vinha das sombras. 

Sankay tentou defender com suas adagas imbuídas de magia, mas o ataque foi tão forte que o lançou para o alto de uma vez jorrando sangue de suas mãos. 

Ryusaki utilizou sua magia e usou para chegar ao seu irmão com uma poção de cura em mãos. 

Jogou a poção nas mãos de seu irmão que imediatamente foi curada. 

Dadb para se preparar para um novo ataque deu um impulso no chão se encaminhando para o ar onde ambos estavam. 

Desta vez ela não imbuíra o machado com magia. 

Antes que ela chegasse até eles, Ryusaki usou sua magia e voltou para o chão. 

Assim que eles apareceram no chão, Sankay disse — Ryusaki, pare de usara sua habilidade errado. Manipule esse espaço. O seu verdadeiro poder e controlar o espaço e permear por ele. 

Ryusaki olhou confuso para seu irmão tentando entender o que ele havia dito com isso. 

Antes que ele respondesse algo, Dadb apareceu em sua sombra e acertou uma de suas mãos a cortando. 

Ryusaki gritou pela dor, mas em meio ao seu grito o espaço e aquele momento sofreram uma pausa. 

Ele desejou poder voltar e se defender ou ter desviado. 

Assim que ele pensou nesse desejo, o espaço se modificou fazendo com que aquela mão cortada se tornasse nada e sua mão estava no lugar certo. 

Ryusaki que não entendeu bem o que acontecerá ali naquele instante, ficava perplexo. 

— Não perca o foco. — gritou Sankay para seu irmão. 

Ele voltou a si, mas a primeira coisa que fez foi lançar uma magia de luz por todo o local tentando acertar Dadb. 

Ela desviava de cada uma das bolas de luz lançadas. 

Ao mesmo tempo, ela lançara magia de terra, mas a mesma não apareceu. 

Logo ela percebeu que não poderia utilizar o que não existia naquele espaço. 

Então optou por usar encantamentos de fortalecimento e magia das trevas. 

Sankay permanecia observando e tentando ajudar seu irmão, que parecia ainda confuso com o que havia acontecido momentos antes. 

— Volte a si, pois ela parece pronta para nos matar. — disse Sankay. 

Ryusaki escutou aquelas palavras e disse em tom de explicação — A minha mão tinha sido cortada e depois voltou. 

— Isso faz parte da sua habilidade de “teleporte”. Você pode permear o espaço e quando adentra em um espaço seu o controle do tempo e de tudo que nele ocorre é seu. Só precisa focar no que você deseja. — explicou Sankay enquanto desferia alguns golpes com Dadb. 

Ryusaki tentava assimilar o que seu irmão dizia a ele, mas ainda estava atordoado com o conhecimento que seu irmão tinha de sua habilidade. 

Sankay e Dadb trocavam golpes pesados e os impactos eram cada vez mais fortes, pois ambos no momento do contato utilizavam magia para causar ainda mais impacto. 

Dadb começou a parecer ainda mais brava com aquilo que acontecia e começou a brilhar as marcas que haviam aparecido em seu corpo. 

No momento em que as marcas começaram a brilhar, sua feição foi se modificando e apresentando um rosto ainda mais demoníaco. 

Os chifres dela começaram a crescer. 

Quando isso aconteceu ela desapareceu em menos de um segundo e apareceu em frente a Ryusaki, mas Sankay que estava atento apareceu na direção dele e pensou em proteger o golpe, mas perceberá que ele não teria efeito. 

Antes que desviasse o ataque, uma de suas adagas que recebera o ataque primeiro foi quebrada. 

Ryusaki tentou golpear Dadb com sua espada imbuída com sua energia magica, mas ela nem arranhou seu corpo. 

Ambos se distanciaram dela e perceberam que ela estava aumentando a sua força. 

 



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