Gênio Incontrolável em Outro Mundo Brasileira

Autor(a): Berweley Kheyle


Volume 1

Capítulo 45 - Chedipé Retorna a Raijin!

Chedipé e Allister andavam pelos corredores e perceberam que haviam mais guardas do que o de costume ali naquele local. 

Assim que adentraram o salão onde Arthen Raijin o Rei de Raijin se encontrava, o clima estava bem diferente do que eles imaginaram, pois o Rei estava junto a alguns generais como se estivesse se preparando para um ataque a alguma nação. 

— O Príncipe Allister e Chedipé chegaram ao salão. — pronunciou um dos guardas que era o responsável por anunciar a chegada de qualquer pessoa ali para o rei. 

Assim que ele escutou as palavras, ele fez gestos para que os generais seguissem as suas orientações, mas sem dizer uma só palavra. 

Imediatamente os generais saíram juntos para deixar que o Rei pudesse conversar com seu filho e a conselheira real. 

— O que está acontecendo aqui, pai? — pergunta Allister. 

—  Nada de mais. Só estamos nos preparando. — disse o rei saindo daquela pergunta. 

Antes que Allister pudesse falar novamente, Chedipé o interrompe e diz — Meu rei, recebeu minhas informações? Conseguiu deter o traidor? 

O rei a olha nitidamente para os olhos de Chedipé demonstrando uma confirmação de ter detido aquele maldito traidor. 

— Não só o prendi, mas também irei executá-lo. — disse o rei demonstro orgulho de sua decisão. 

Chedipé olha para o rei com um olhar satisfeito, mas receando uma reprimenda, ela diz — Meu querido e amado Rei, não seria melhor que vossa majestade conseguisse informações dele? 

— Talvez, mas é melhor executar um general do demônio para dar o exemplo e servir de aviso aos outros que ainda não apareceram. — disse o Rei demonstrando seu conhecimento. 

— Sei que está pensando no melhor de todos, mas deveríamos aproveitar e conseguir informações sobre o paradeiro e o plano do Rei Demônio. — disse Chedipé. 

— Até que esta não é uma má ideia. — disse Arthen Raijin. 

— Pai, antes de chegar aqui alguém tentou me atacar com uma flecha, mas fui salvo por um dos amigos de Chedipé que é um mestiço. Poderia permitir que ele entre no castelo. — disse Allister interrompendo a conversa mais importante entre o Rei e sua conselheira. 

O rei olhou com fogo nos olhos para Allister e  mandou que ele ficasse quieto, pois precisava resolver alguns assuntos. 

Allister demonstrou irritação ao receber essas palavras e disse — Eu preciso ir buscar aqueles plebeus que atacaram Lina. Ainda não os encontrei. 

— Não importa o que você quer, estamos passando por problemas. Saia imediatamente daqui. Vá atrás de seus amigos. — disse o Rei Arthen com autoridade e irritação em sua voz. 

Assim que terminou de falar, alguns guardas que permaneciam a postos na sala do rei se encaminharam para Allister e o conduziram para fora do salão. 

Allister não saiu nada satisfeito do salão real, pois seu pai não tinha dado a menor atenção para o que ele havia falado. 

Enquanto o Rei e Chedipé decidiam o destino da vida de Kuros, Darian ia se encontrar com a pessoa que havia usado aquela flecha próximo ao castelo. 

Darian saíra da frente do portão de uma maneira discreta, utilizava uma magia que o permitia fazer seu corpo se adaptar as cores do ambiente e isso o fazia parecer que estava invisível. 

Assim que ele chegou em um ponto mais afastado e próximo a algumas árvores, ele avistou uma pessoa em pé com o arco apontado em sua direção. 

Naquele momento ele já sabia quem era. 

Ele levantou a mão direita e fez o gesto para demonstrar que o Rei demônio retornou. 

Assim que ele fez isso, o homem que estava lá desceu da árvore e seguiu na direção de Darian. 

Ao se aproximar, Darian viu que abaixo do capuz verde que ele usará ainda conseguia ver um pouco a ponta das suas orelhas, mesmo que elas fossem mais curtas do que os elfos comuns. 

— Até que enfim você apareceu Rikot Sart. Veio a mando de Ankatsu? — disse Darian. 

— Sim, mas preciso que você fique atento, pois o Rei está armando algo que não estava programado. — disse Rikot. 

— Acredito que o Rei está planejando atacar todos em pleno campeonato e assim tentar tomar o controle de todos os continentes. Vamos dar continuidade a nosso plano. — pronunciou Darian já se distanciando de Rikot. 

Rikot Sart pulou em um dos galhos da árvore próxima e disse — avisarei a Ankatsu. 

E assim saiu daquele ambiente indo em direção de Tanjo. 

Enquanto ele se dirigia para Tanjo, Darian estava retornando para a entrada do castelo. 

Darian percorria o caminho em direção ao castelo pensativo, mas não demorou muito até retornar para onde ele estava. 

Assim que ele havia chegado a entrada do castelo o príncipe vinha até a porta para agradecer a ele por salvá-lo. 

Logo que o príncipe ia saindo de dentro do castelo foi impedido por alguns guardas que o levaram dali imediatamente. 

Desde o momento em que os guardas encostaram nele Allister começou a gritar — Me soltem! Vocês não têm o direito de fazer nada comigo! Ajudem é uma conspiração contra a família Real! Ajudem!

Darian escutou os gritos de Allister, mesmo antes de tê-lo visto. 

Permaneceu parado por um tempo, mas depois escutou um pedido de ajuda do príncipe. 

O príncipe gritava — Darian me salve! Alguém me ajude! Por favor. 

Desde o momento em que Allister escutou o príncipe pedir por sua ajuda ele começou a correr em direção ao castelo e prestando atenção nos barulhos para identificar onde o príncipe estava. 

Entrou no portão e não viu nem mesmo sinal de algum guarda. 

Passou por alguns corredores e não se encontrou com nenhum guarda e só escutava o eco dos gritos de Allister. 

Darian usou a sua força bruta para controlar os músculos de seu corpo e conseguir forçar as pernas de modo que ele conseguiria ficar mais rápido. 

Com essa força extra em suas pernas, ele alcançou o príncipe em instantes e logo percebeu que todos os guardas por, onde passou iam guardando o príncipe. 

Quando os guardas perceberam sua presença com eles entraram em modo de batalha. 

Cada um dos guardas mais nas pontas carregavam um escudo vermelho e uma lança e fizeram uma formação que os permitia fazer tanto ataque quanto defesa. 

Criaram uma espécie de casco de tartaruga com os escudos e o som dos gritos do príncipe foram abafados. 

Darian tinha uma força que se comparava aos anões e sua resistência era invejável. 

Ainda mantendo o impulso em sua musculatura da perna, ele se aproximou daqueles escudos, mas teve problemas quando os guardas se reorganizaram em instantes para fazer uma brecha nos escudos surgir no ponto em que ele ia socar.

Sua mão parou exatamente no momento em que ia atingir a ponta de uma lança que acabará de surgir. 

Darian percebeu que está organização parecia ter sido treinada por anos. 

Recuou dois passos para trás, mas aquela aglomeração de guardas formando um casco de tartaruga ia acompanhando o príncipe Allister que continuava a gritar. 

Assim que ele recuou, pensou que deveria utilizar magia para salvar o príncipe. 

— Exurge terra, et fac exemplum mei, ut valeam proficere contra inimicos meos. — pronunciou Darian dizendo o encantamento. 

Ao terminar o encantamento surgia a seu lado uma réplica idêntica a ele feita de terra. 

A sua réplica começara a se movimentar em direção a eles e Darian se escondeu atrás de sua cópia. 

 Os guardas se reorganizaram para atacar aquele Darian que estava na frente, mas quando se reorganizaram deixaram uma brecha que foi por onde o verdadeiro Darian entrou. 

Assim que ele entrou daquela barreira de escudos, ele se apressou em encontrar o príncipe. 

Avistou o príncipe que dizia de olhos fechados — Me salvem! Está acontecendo uma rebelião dos guardas. 

Darian aproveitou aquele momento de tumulto que ele havia adentrado a barreira de escudos e utilizou uma magia. 

— Sit mihi terra in dicione mea et cogitationibus meis eam meo modo fingere et facere queam quicquid imaginor. — pronunciou o encantamento e começou a movimentar toda a terra ao redor. 

Comandou uma parte da terra para se tornar uma mão e resgatar o príncipe e o restante deixou amolecer, pois somente assim ele iria conseguir se livrar dos guardas. 

Assim que pegou o príncipe, ele saiu do castelo carregando Allister. 

Enquanto os guardas ainda permaneciam tentando sair daquela terra que de uma hora para a outra se tornou mole e depois endureceu novamente. 

As coisas no castelo pareciam totalmente diferentes, pois havia um aventureiro conhecido como herói do mundo e de nível Santo preso em cela especial, Chedipé conversava com o Rei a SOS. 

E para completar os guardas a mando de alguém tentaram um sequestro ou um roubo.

 A cidade de Raijin que é a capital do reino, estava se tornando cada vez mais confusa. 

Mas naquele momento Ryusaki e Lina presenciaram a cena que Sankay fez diante daquele fantasma que recentemente estava tentando os matar. 

A cena de Sankay se ajoelhando aos pés de um fantasma e dizendo que era insolência não reconhecerem o Rei. 

Lina que percebia aquilo bem estranho. 

Sankay começou a se portar completamente diferente do normal, pois percebeu uma coisa que ambos não haviam percebido. 

Enquanto Sankay permanecia de cabeça baixa e ajoelhado em frente ao fantasma, o mesmo começou a dizer — Pelo menos um de vocês sabem de verdade quem eu sempre fui e quem nunca deixarei de ser. 

Ryusaki e Lina estavam tão confusos com aquela situação que ainda permaneciam calados e em choque pela mudança desde o acontecido até agora. 

— Cadê aquele demônio imundo? — perguntou Sigurd se dirigindo a Sankay. 

Ele imediatamente olhou na direção de Sigurd e percebeu que ele falara com ele. 

— Desculpe meu rei, mas já dei fim aquele ser. — disse Sankay ao fantasma. 

— Se você deu um fim naquela vida, por que estou sentindo uma energia de demônio? — perguntou Sigurd. 

A verdade era que Sankay havia utilizado uma das poções que ele desenvolveu, permitindo que você se torne transparente e assim ninguém a veria. 

Mas ele não imaginava que o Fantasma séria capaz de detectá-la. 

Dessa forma, Sankay piscou para Ryusaki tentando dizer para ele enviar Dadb para o seu ambiente, mas o mesmo nem entendeu o que ele quis dizer. 

Percebendo que seu irmão não entendeu sua dica, ele simplesmente correu na direção de Lina e Ryusaki e pronunciou — meu Rei, devo matar esses dois? 

Sigurd olhou aquela cena acontecendo diante de seus olhos e perdeu sua atenção da sua percepção da energia mágica. 

Neste exato momento Sankay ordenou em pensamento que um de seus lobos saísse rapidamente de sua sombra e pegasse o caderno em seu quarto e fizesse com que Dadb entre naquele espaço por meio do símbolo na página final.

 Essa ordem de Sankay não durou mais do que 2 segundos para que o final daquele momento Dadb estivesse segura. 

Sigurd percebeu uma mudança na energia mágica que durou cerca de 5 segundos e pensou que algo estaria acontecendo, mas ao olhar ao seu redor percebeu que não tinha nada de mais ali.

Sankay sussurrou então no ouvido de Ryusaki – escute, preciso que vá no seu espaço cuidar da Dadb, mas tome cuidado para que esse ser não perceba nada. 

Enquanto Sankay sussurrava sem prestar à atenção em nada, Sigurd saiu da frente e foi se infiltrando na parte debaixo do solo. 

 Sigurd se aproximou deles e escuro a conversa e disse — Então você só está tentando me alegrar fingindo me conhecer. 

— Meu rei, mas eu queria mesmo te conhecer, mas disseram que eu não podia. — disse Sankay. 

— Aqueles que me conhecem ou tem o desejo de me conhecer devem primeiro saber que sou um rei e exijo que se curvem a mim e que sejam honesto comigo. — disse o fantasma. 

— Sendo assim, meu rei, lhe devo uma reverência e uma apresentação adequada a meus parentes, pois nunca tivemos a oportunidade de estar na casa de um rei. 

Sankay pegou Lina e Ryusaki e disse em seus ouvidos para serem maleáveis e mais atenciosos com aquele ser que foi o fundador das forças policiais e que trouxe a verdade para o mundo.

Ryusaki e Lina olharam sem entender como ele sabia disse e muito menos porque havia decorado, pois estava sem informações em qualquer lugar antes das ilhas serem separadas. 

Aquilo intrigaram os dois que o acompanhavam sempre nas masmorras. 

Mas resolveram deixar quando a situação estivesse mais complicada. 





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