Volume 1
Capítulo 41 - O Chamado do Rei Demônio!
Logo que Ivy desapareceu em meio ao laboratório Dadb começou a se sentir melhor, mas novas memórias chegaram até a sua mente.
Com as novas memórias invadindo a sua mente, Dadb se sentiu pesada e como se estivesse vendo memórias de outra pessoa.
Dadb deu um grande grito em um idioma que as pessoas do Grupo reconheceram.
— झूठे ते धोखेबाजें गी नष्ट करचे। उठो मेरे वफादार अनुयायी। — gritou Dadb sem nenhum controle das palavras ou encantamentos que dizia.
Assim que ela gritava, as letras da linguagem demoníaca eram escritas no ar próximo a ela.
Todos olharam para o que acontecia e sabiam que novas coisas aconteceriam e que aquilo não era nada normal naquela situação.
— O que está havendo? Porque ela fala a língua demoníaca? — perguntou Ryusaki tentando entender o que estava acontecendo a Dadb.
— Ela nunca disse uma palavra sequer nesse idioma, mas imagino que ela pode estar se lembrando de alguma coisa. — disse Sankay preocupado, pois ele já desconfiava que ela era o Rei Demônio que havia sido selado.
Assim que Dadb finalizou o grito caiu imediatamente no chão.
Naquele momento parecia que as coisas se tornavam cada vez mais complicadas e que novas coisas iriam acontecer com o grupo de Sankay e novas informações seriam reveladas.
Naquele mesmo momento em que Dadb pronunciava palavras em um idioma estranho, Chedipé e Ankatsu perceberam algumas mudanças.
As palavras pronunciadas por ela chegavam a todos os servos de Dadb dos quais ela nem mesmo se lembrava.
Enquanto o grupo ainda tentava ajudar Dadb, Kuros chegará ao castelo para poder conversar com o Rei.
Assim que ele chegou ao castelo foi logo querendo entrar.
Antes que ele entrasse os guardas barraram a sua entrada.
— Você não pode entrar, mas terá que nos acompanhar imediatamente Kuros. — disse um dos guardas.
— Como assim? O que está havendo? Preciso falar com o rei e avisá-lo do que está acontecendo. — disse Kuros.
— Você vai se encontrar com o Rei, mas sem direito de falar nada, mas prefiro que se renda e deixe-nos levá-lo até ele e não cause mais problemas. — disse o Guarda se aproximando de Kuros a fim de intimidá-lo.
— Por que eu causaria problemas para o reino? Vocês estão estranhos, mas quero ver o que está havendo. — disse Kuros, mas já imaginando que o Rei poderia ter sido manipulado por Chedipé.
— A nossa ordem foi a de te prender. — disse o Guarda se aproximando dele para o prendê-lo.
— Mas qual é o motivo de prender uma das pessoas que mais ajudaram o Reino? — questionou Kuros.
— Foram ordens do Rei, mas as explicações somente ele poderá passar com detalhes. — disse o guarda.
— Tudo bem, mas preciso de explicações para essas açoes. — disse Kuros.
O guarda se apressou e prendeu Kuros com uma espécie de algema, mas sem causar muito dano e mantendo o respeito pela lenda que ele é.
Enquanto era levado como um criminoso, Kuros ficou pensativo sobre o que poderia ter ocorrido.
O que aquela cobra maldita disse ao Rei? Será que ele é manipulado por ela também? Se ela estava infiltrada aqui no palácio talvez tivesse mais servos do rei demônio espalhados por aí. Preciso descobrir e tentar ajudar o reino, pois o perigo está ficando cada vez maior.
Kuros era levado sem dizer uma palavra aos guardas e só acompanhando os seus passos, mas com a mente distante daquele local.
— Enfim chega o traidor do Reino. — disse O Rei Arthen Raijin ao ver Kuros sendo trazido.
— Quê?... Como Assim? … Eu? Traidor? — disse Kuros ainda espantado com as palavras ditas — Do que vocês estão falando?
— Agora vai se fazer de sonso? Já descobrimos que você está traindo o reino e seguindo ordens dadas pelo próprio Rei demônio. — disse o Rei.
— Eu não sei mesmo do que é que vossa majestade está falando? — disse Kuros aflito e buscando um sinal de compreensão.
— Suas palavras não irão me atingir mais! Diante das evidências que recebi, nada que diga o tirará desta situação. — disse o Rei com tom decisivo.
— Que provas? Eu não fiz nada e sou capaz de dizer que quem disse ou deu informações foi a pessoal responsável por traição. — disse Kuros.
— E quem séria a pessoa responsável por tal ato? — perguntou o Rei querendo uma confirmação.
— A sua maga real a conhecida Chedipé. — disse Kuros com grande certeza.
O rei imediatamente arregalou os olhos e fitou Kuros naquele momento e logo respondeu.
— Ainda bem que eu já havia sido avisado que você jogaria a culpa de traição em outra pessoa. — disse o Rei.
— A traidora do Reino na realidade é General do Rei Demônio. — disse Kuros tentando falar a verdade para o Rei.
— HAHAHA… Agora vem contar absurdos diante de mim? — disse o Rei.
— Não adianta mentir e tentar jogar a culpa em uma pessoa que nem mesmo estava viva quando você derrotou o Rei demônio há 50 anos. — disse o Rei de modo incisivo.
— Você está errado Rei. — disse Kuros.
— Calado! Você não tem mais o direito de falar. — disse o Rei.
A situação que Kuros tinha se metido era de certa forma incompreensível para ele e queria saber o que ele tinha contra ele.
Mas como uma forma de tentar descobrir sobre o que havia acontecido ao rei e o que havia acontecido alí, Kuros utilizou sua magia para poder ver energias mágicas e percebeu que o Rei tinha traços de magia de Chedié.
Ao olhar os traços de energia mágica de Chedipé, Kuros percebeu que o rei poderia estar sendo controlado ou sendo influenciado por ela.
— Qual será a sentença grandioso Rei? — perguntou um dos guardas.
— Vamos deixá-lo preso e aguardar o príncipe e Chedipé retornarem para nos explicarem melhor a traição. — disse o Rei Arthen pedindo para que levassem Kuros.
Kuros ainda queria entender quais eram as acusações e antes de ser retirado da frente do Rei disse — Quais são as acusações e as provas contra mim?
O rei olhou para ele com um ar de irritado, mas sem querer responder a pergunta.
— Se eu estou sendo acusado de traição, quero que me diga o que foi? Por todos os anos de serviço à coroa e ao reino de Raijin. — disse Kuros tentando descobrir o que tinham criado sobre a sua traição.
— Em nome do tempo de serviço que você teve conosco irei te contar. — disse o Rei.
— Chegou ao meu conhecimento que você ordenou o ataque dos plebeus a sua neta para que pudesse retirar o príncipe e Chedipé do palácio e poder manipulá-los contra o povo do reino causando um conflito do povo com a coroa. Além disso, você agiu em conjunto com a sua neta que a partir deste momento não será só procurada, mas caçada e presa até que eu decida qual será a pena pela sua traição. — disse o Rei de modo severo.
— Não consigo entender porque um aventureiro nível Santo e renomado com você seria capaz de atacar o reino desta maneira. — complementou sua fala pedindo para que retirassem Kuros dali.
— Está ação é que está sendo um verdadeiro ato de traição. Não confie em Chedipé. — disse Kuros em tom ameaçador e gritando para que o Rei o escutasse.
Imediatamente os guardas saíram levando os guardas, mas Kuros não apresentava reações de usar força ou tentar fugir dali.
Ele estava preso em pensamentos e imaginando o que Chedipé tinha feito para que o Rei Arthen confiasse mais nela do que em alguém que já ajudou a salvar o reino.
A cabeça de Kuros permanecia um turbilhão de pensamentos inquietantes, mas a sua maior preocupação era que além de ter sido culpado por Chedipé, ela estava culpando a sua neta como uma cúmplice.
Os guardas levaram Kuros para a masmorra onde Lina e Ryusaki haviam ficado presos que dificultava o acesso a energia mágica e assim ele não faria nenhuma tentativa de fuga.
Enquanto a sentença de Kuros ficava em aguardo para o retorno do Príncipe, o mesmo estava recuperado da briga com Excia e recuperado da noite mal dormida.
A maga real após perceber mudanças e escutar a voz de sua amada mestra que não aparecia há mais de 50 anos ganhava um novo ar de esperança e de incentivo em suas ambições, mas precisava esconder o que acontecia, por isso voltou ao seu rosto normal e seguiu para o quarto do Príncipe.
Chedipé adentrou o local onde o príncipe se encontrava e disse — Bom dia Jovem príncipe.
— Você já teve noticias do maldito Kuros que desapareceu? — disse o príncipe em tom questionador.
— Eu acabei de conseguir conversar com o Rei, meu jovem príncipe. — disse Chedipé se curvando.
— Me conte, o que conversaram e se temos mais notícias da Lina? — perguntou Allister.
— Na realidade, preciso avisá-lo que o nosso amado rei mudou a missão de busca e agora precisamos caçar Lina. — disse Chedipé.
— Caçá-la, mas o avô dela não vai gostar disso. — disse o príncipe.
— Ele não terá nenhuma opinião quanto a isso, afinal ele está preso na masmorra pelo seu próprio pai e nosso amado Rei. — disse Chedipé.
— Mas…. O que aconteceu? Até ontem ele estava junto a nós? — disse o Príncipe intrigado.
— Jovem príncipe, vou te explicar. — disse Checipé para iniciar sua explicação.
— O Kuros estava a par de nossas buscas aos plebeus e queria protegê-los, mas eu descobri antes e ele acabou fugindo, mas o que eu contei ao seu pai é que descobrimos que Kuros na realidade era quem estava planejando nos tirar do palácio e assim se aproveitar do alvoroço do campeonato e nos raptar. — finalizou Chedipé a sua fala.
— Por que estamos incriminando Kuros desta traição? — perguntou curioso o príncipe.
— Jovem príncipe precisamos que o Rei detenha o Kuros para evitar que atrapalhe os nossos planos, mas o mais importante é que ele sendo um aventureiro de nível santo pode acabar conosco, mas acatará algo que o rei defina. — explicou Chedipé.
— Agora entendi. Realmente ele é muito forte, mas acredito que eu seria capaz de derrotar ele. — disse Allister.
— Acredito que bem recuperado o jovem príncipe conseguiria derrotá-lo mesmo. Mas precisamos partir em busca de informações sobre o paradeiro daquela neta do Kuros. Acredito que iremos encontrar os seus plebeus junto a ela. — disse Chedipé.
Não demorou muito e Chedipé e Allister saíram da hospedaria que os guardas tinham arranjado para eles e uma carruagem espera o príncipe, mas Chedipé assim que viu evitou de entrar e puxou o príncipe.
— Não se esqueça que temos que nos infiltrar e esconder-nos nesse meio de plebeus e obtermos informações. — disse Chedipé.
Allister olhou para a maga da corte com um olhar de desânimo e desdém por aquela situação que está acontecendo.
Então ambos saíram prestando atenção pelas ruas e perguntando sobre os irmãos e sobre Lina Severus.
Enquanto a busca deles ainda continuava, o grupo de Sankay antes de sair da masmorra se preocupou com o novo desmaio de Dadb, mas ainda mais preocupante foi o seu grito em um idioma que nenhum deles conhecia.
— Ela está bem? — perguntou Lina.
— Acho que sim, mas logo estará recuperada, mas precisaremos de um tempo. — disse Sankay otimista.
Enquanto respondia ao questionamento de Lina, Sankay estava decidido a descobrir que tipo de idioma era aquele.
Antes que saíssem da masmorra ele deu uma ordem a um de seus lobos infernais e imediatamente disse — Agora estamos prontos para entregar as missões e também seguir adiante com o tal campeonato.
— Venha logo, pois quero ir embora desse lugar. — disse Ryusaki.
Todo o grupo se juntou próximo de Ryusaki e como antes pediram para que todos fechassem os olhos e permanecessem assim.
Assim que Fabron e Lina fecharam os olhos Ryusaki usou sua magia de teleporte e apareceu do lado de fora da masmorra.
— Enfim, podem abrir os olhos! Estamos livres daquela masmorra. — disse Ryusaki aliviado.
— Agora podemos ir para a nossa casa e depois entregar as missões na guilda. — disse Lina.
— Depois que tudo isso aconteceu, precisamos de descanso e também precisaremos de alguns equipamentos depois. — disse Sankay.
— Vocês serão bem-vindos em minha ferraria, mas saibam que precisarei de alguns itens para fazer. — explicou Fabron Forge.
Após isso eles se despediram e Fabron seguiu o caminho para a sua ferraria.
E o restante do grupo seguiu para a casa que era bem próxima a masmorra Fantasma.
Sankay seguia carregando Dadb desmaiada nos braços e Lina e Ryusaki caminhando ao lado, mas nem imaginavam que as coisas que pareciam tão certas poderiam mudar.