Volume 1
Capítulo 42 - A Chegada em Rikerhan!
Enquanto Sankay e seu grupo retornavam à sua casa próxima da masmorra, novos acontecimentos ao redor do mundo ocorriam, mas junto com isso a maioria das pessoas que passaram para a segunda fase do campeonato estavam chegando à ilha de Rikerhan.
Entre os que passaram chegavam somente pessoas do Reino de Hanz e de Kerraton, mas além daqueles que passaram tinham a companhia dos aventureiros de níveis santos.
Kerraton vinha em um Navio com os guerreiros que tinham demonstrado maior força no Battle Royale que ele mesmo tinha colocado para acelerar as coisas.
Já Kira Hanz seguia um caminho diferente, pois seguiu todo o processo, mas os aventureiros que tinham passado eram muito capazes intelectualmente e fisicamente.
Naquele momento em que Dabd havia gritado algumas pessoas que haviam passado na primeira fase se sentiram animados com a revelação.
Alguns demonstraram uma mudança imediata em suas fisionomias.
— O que houve? O battle royale acabou com você irmão? — disse Michael Kerraton se dirigindo ao seu irmão.
— Não foi nada, mas logo poderei batalhar com você de novo. Quando acabar esse campeonato. — disse Wervy Kerraton com uma animação nova em seu olhar.
Michael Kerraton começou a sorrir, afinal ele adorava competições e principalmente uma rivalidade declarada.
Não demorou muito tempo e os grupos dos dois aventureiros chegaram até o centro da ilha de Rikerhan.
Ao avistarem um ao outro, Kira e Michael utilizaram de seu comprimento mais comum que era um atacar o outro.
Kira puxou adagas e colocou-as em punho e correu rapidamente em direção de Michael, mas o mesmo também seguia na direção dele com seus machados duplos.
Os dois foram tão rápidos que aqueles que os acompanhavam só perceberam que eles não estavam próximos a eles quando já estavam se atacando e desviando de golpes violentos.
Kira com suas adagas tentava golpear a mão de Michael, mas o mesmo conseguia utilizar o machado tão bem que o soltava no ar e tentava socar Kira enquanto o machado estava em pleno ar.
Os dois pareciam felizes assim que aconteceu aquilo.
Mas sempre um desviava do golpe do outro e já estava tentando desferir um novo golpe.
Além desse cumprimento ser feito com golpes que pareciam mais com a intenção de matar, os mesmos seguiam com tanta força que criava um impacto no ar que começava a criar tornados próximo a eles.
Ao perceber o que estava acontecendo, Saito Hanz se pronunciou e gritou para todos — Não interfiram no cumprimento dos aventureiros de nível santo.
— Isso realmente é só um cumprimento? — disse um dos participantes do campeonato.
— Esse é um comprimento normal quando Kira e Michael se encontram, mas logo acabará, portanto se protejam com magias de barreira. — disse Saito Hanz.
Imediatamente os aventureiros formaram uma barreira mágica para se protegerem.
Enquanto isso, os dois aventureiros desferiram golpes e desviavam de outro, mas ninguém havia acertado nenhum golpe no outro.
O cumprimento só parou por causa de uma energia mágica que Kira Hanz sentiu.
— Veio alguém junto a você? — perguntou Kira para Michael.
— Além desses lixos que foram os melhores para essa fase, veio mais um que não consegui encontrar, mas parece ser covarde demais para aparecer. — disse Michael.
— Então você sabia e mesmo assim deixou ele vir? — perguntou Kira.
— Que graça teria ter acabado com eles antes? Precisamos de alguma coisa caso esse campeonato não dê em nada. — disse Michael.
Os dois somente sorriam e se cumprimentaram com um aperto de mãos que parecia mais uma queda de braços.
Os aventureiros começaram a se reunir ao centro de onde eles estavam agora que a sua batalha ou cumprimento havia acabado.
— Então ainda não veio nínguém do Kuros e daquele rei idiota? — perguntou Michael.
— Ainda faltam alguns dias para finalizar a primeira fase, portanto podemos esperar. — disse Kira.
— E o que vamos fazer para aguardar enquanto isso? — perguntou Michael.
— O que acha de irmos em uma batalha? — disse Kira.
Mas antes que Michael respondesse a pergunta, Saito disse — Vocês precisam aguardar e orientar o que os aventureiros precisam fazer.
Então neste momento Sirius Kreator apareceu e se curvou perante os aventureiros de níveis santos e disse — É um grande prazer poder participar desse campeonato, mas as orientações de acordo com que o Rei me disse era para deixar os aventureiros descansarem e conhecerem a ilha, pois precisamos disso para a segunda fase.
— Esse aí parece forte, mas parece meio covarde se curvando assim. — disse Michael.
— Mas ele se curva por que além de aventureiro eu sou rei do Reino de Hanz. — disse Kira demonstrando que isso deveria ser o normal.
Michael começou a sorrir e disse — Que diferença faz se você é rei? Ainda continua sendo fraco contra mim. HAHAHAHa.
— A sua provocação para podermos batalhar não vai funcionar, mas você também é um rei e deveria se comportar como um. — disse Kira advertindo Michael.
— Um rei fraco não vale de nada, mas acho que posso fazer uma brincadeira e ver se algum desses aqui consegue me derrotar ou pelo menos durar um tempo comigo. — disse Michael olhando na direção dos aventureiros.
— Nem pense nisso, vai acabar matando algum deles se forem fracos. — afirmou Kira com rispidez.
Michael olhou para Kira e simplesmente balançou a cabeça e gritou — tragam-me vinho e comida, afinal só nos resta esperar os atrasados.
— Imediatamente Rei. — disse o servo de Michael.
Assim que recebeu a ordem o servo se dirigiu a um local e começou a preparar uma comida.
Enquanto a comida estava sendo preparada algo novo acontecia.
Aqueles que passaram na primeira fase se interessaram por adquirir informações uns sobre os outros e começaram a conversar uns com os outros, mas o clima não era amigável.
O ar estava tão pesado que parecia que a qualquer momento iria ocorrer uma catástrofe.
Um dos que passaram perguntou ao Wervy Kerraton — Você é o famoso Wervy?
Wervy olhou e não respondeu a ele, mas seu olhar confirmava que era ele mesmo.
Assim que obteve a confirmação, todos os outros começaram a olhar para ele, principalmente aqueles que gostariam de passar de Hanz.
Ele olhava atento a todos, mas de repente sentiu uma mão tocando em seu ombro.
Quando a mão tocou em seu ombro ele soube quem era na mesma hora.
Wervy se dirigiu em direção a energia mágica do que havia tocado em seu ombro e foi para longe da multidão.
Quando estava quase chegando lá percebeu que haviam outras pessoas, mas ele já as conhecia.
— Até que enfim nos encontramos! — exclamou Gaius Siruo reaparecendo perante a eles.
Naquele local de reunião estavam reunidas 8 pessoas.
Bortus Cratus de Rank platina e um dos guerreiros de Hanz que era mestiço de elfo e humano.
Carlent But que era um elfo de rank ouro e arqueiro especializado em estratégia de Hanz.
Torvyn Sigurd que é uma temida maga negra com especialidade em magia das sombras e era uma gigante com humana de Rank Ouro.
Sirius Kreator de Rank platina que era um meio humano e elfo que apresentava características de leão e era conselheiro do rei de Hanz.
Kretus Sart era um guerreiro anão e humano de rank diamante de Kerraton.
Zyon Torkus que é um humano e demônio de rank platina e um mago do continente de Kerraton.
Wervy Kerraton que havia acabado de chegar e aquele que acabará de levar todos alí com sua habilidade de se camuflar no ambiente e ser conhecido como um espião nato.
Gaius Sirup era um ninja mestiço de elfo e humano que atuava através das sombras observando tudo que acontecia em Kerraton.
Com todos juntos ali somente fizeram um gesto de cumprimento entre os que escutaram o chamado.
Todos ao mesmo tempo levantaram a mão direita e apresentaram na mão somente os dedos indicadores, anelares e mindinhos levantados, assim confirmando que todos sabiam o que estava realmente acontecendo.
Todos que ali estavam não responderam e nem pronunciaram uma só palavra com seus lábios.
A única coisa que acontecia era que agora os aventureiros que estavam na ilha começaram a procurá-los, pois já havia um tempo que oito pessoas haviam saído de perto.
Assim que escutaram os chamados e os gritos de preocupação todos se dispersaram e apareceram de forma gradativa.
Enquanto na ilha de Rikerhan os aventureiros aguardavam ansiosos pelo início da segunda fase do campeonato.
Ao mesmo tempo em que isso ocorria, Chedipé junto ao príncipe encontrou com um grande conhecido dela há mais de anos.
— Darian? É você? — perguntou Chedipé.
O rapaz metade anão e metade demônio se virou para ela e depois fez um cumprimento de lisonjeiro para ela e cumprimentou-a.
— Chedipé! É você? — perguntou Darian.
— Você está certo, Sou eu mesmo. — disse Chedipé com animação em sua voz.
Logo que eles trocaram essas palavras ambos se abraçaram e utilizaram o cumprimento avisando um ao outro que sabiam do retorno do Rei demônio.
O movimento da mão era levantar a mão direita e demonstrar somente o dedo indicador, anelar e mindinho esticado.
— Que cumprimento é este? Quem é esse? — disse o príncipe sem entender o que estava acontecendo ali.
— Me desculpe, grande príncipe! Deveria tê-lo cumprimentado primeiro. O que o senhor deseja como perdão a minha insolência? — disse Darian se curvando ao príncipe e demonstrando grande respeito.
— Pela sua educação e o seu empenho para se curvar a mim só vou querer que limpe meus pés com a lingua. — disse o príncipe em tom de brincadeira.
Chedipé e Darian olharam uns nos olhos do outro e já sabiam que aquele comentário deveria ser levado á sério pelo bem de tudo que já haviam feito até agora.
Darian então se ajoelhou e começou a se aproximar dos pés do príncipe e colocou sua língua para fora.
Assim que ele foi colocar ela nos pés dele, o príncipe disse — Você não tem o direito de tocar os meus pés, mas gostei da sua obediência, por isso está perdoado de seu erro.
— Chedipé, parece que aqueles plebeus encrenqueiros não estão por aqui. — disse o príncipe Allister.
— Acredito que eles podem estar participando do campeonato ou algo assim. — disse Chedipé.
— Você tem razão! Pode ser que eles foram ao campeonato e somente assim eles poderiam conquistar alguma coisa. — pronunciou o príncipe em tom sarcástico.
— Jovem mestre, este nosso amigo de nome Darian pode nos auxiliar em nossa pequena tarefa, mas antes precisaremos retornar para o seu pai, pois contei a ele o que ocorreu com o Kuros. — disse Chedipé.
— O que você quer dizer com isso? O que o Kuros fez? — perguntou o príncipe sem saber o que estava ocorrendo.
— Jovem mestre, eu esperei que se recuperasse para avisá-lo do que aconteceu com mais tranquilidade. — explicou Chedipé ainda deixando uma dúvida no ar.
— Não se preocupe que Darian já está sabendo e veio para nos auxiliar com isso. — complementou Chedipé.
— Qual crime aquele arrogante cometeu e que eu não poderia saber? — perguntou o príncipe intrigado.
— Antes de sairmos da vila em que estavamos eu descobri que na realidade Kuros está sendo um espião e conspirador do Rei Demônio. Por isso, devemos falar para o nosso Rei a forma com a qual ele se comportava e a forma que ele tratava o jovem mestre. — esclareceu Chedipé em tom amigável.
— Como assim? Um dos santos ajudando o Rei demônio? — gritou indignado com a revelação recebida.
— Jovem mestre, além disso, há pouco mais de 2 meses o Rei demônio se libertou mais uma vez, mas desconfio que Kuros estava atrás dele ou que a sua neta esteja envolvida. — disse Chedipé com muita eloquência.
— Você está dizendo que a minha intuição de ir atrás daqueles plebeus está indo de encontro com me tornar um tipo de heroi e que eles podem estar juntos do Rei demônio? — perguntou o príncipe Allister.
— Jovem mestre, presumo que esta seja a situação mais provável, por isso precisamos fazer com que o Kuros pague pela sua traição ao reino e depois buscar esses plebeus e Lina. — respondeu Chedipé.
— Vamos imediatamente para a capital e notificar o meu pai disso. — disse o príncipe ansioso e animado com estas revelações.
— Para podermos ir precisaremos de ajuda e de uma escolta para que não aconteçam problemas. Por isso, Darian será nossa melhor opção. — complementou Chedipé apresentando o mesmo.
Darian simplesmente deu um assovio e imediatamente apareceram alguns cavalos alados que ele tinha deixado a postos.
— Cavalos alados. São de uso do exército real. — disse o príncipe demonstrando que aquela seria uma honra.
— São para seu uso Jovem príncipe. — disse Darian apontando o cavalo mais bonito dentre os três.
Todos subiram nos cavalos e com um gesto de Darian todos correram e começaram a voar saindo da cidade.