Gênio Incontrolável em Outro Mundo Brasileira

Autor(a): Berweley Kheyle


Volume 1

Capítulo 39 - I.K Está vivo!

Assim que Chedipé terminou o seu contato com alguém ela se virou e olhou diretamente para o nada e se preparou para ir ao encontro do príncipe que neste momento já deveria estar acordado. 

Enquanto isso, Kuros Severus correu por um dia inteiro e a noite após a briga com Chedipé e corria como podia para chegar ao reino de Raijin. 

Não demorou muito e logo Kuros começou a ver a entrada do reino. 

Em seus pensamentos sempre pairavam os pensamentos que eram constantes por todo o caminho de sua volta. 

O que será que aconteceu com a Lina? Como será que ela está? Pela mensagem que me deixou, ela deve estar bem, mas o que o príncipe e Chedipé queriam encontrando-a? E de acordo com a mensagem tinha alguma armação na história do rei e de Chedipé. Ainda mais importante é a minha descoberta sobre a Chedipé que na realidade ela é uma general, mas como eu não percebi isso ainda? Eu batalhei com o Rei Demônio, mas nunca cheguei a me encontrar com nenhum general, pois era sempre ela que ia às batalhas. Será que agora ela retornou com força? Alguém a tirou da masmorra? Ela voltou a memória? 

A cabeça de Kuros vivia um loop infinito de pensamentos em um ciclo constante, mas parecia não haver sentido continuar pensando tanto em coisas do passado. 

Kuros chegou à entrada do reino Raijin e disse — Preciso avisar o Rei o quanto antes. 

Continuou a sua direção em direção ao castelo do Rei. 

Observando ao redor percebeu que algo na cidade estava diferente e parecia que as pessoas olhavam para ele com uma forma de julgá-lo. 

Não deu muita importância a isso e continuou seu caminho para o castelo. 

Enquanto Kuros corria contra o tempo para avisar ao Rei Arthen Raijin que a sua maga da corte era na verdade uma general do Rei demônio, Sankay e seu Grupo seguiam o caminho para prosseguir na masmorra fantasma. 

Os objetivos do grupo não eram somente completar as missões, mas descobrir se realmente aquela sigla seria do Ivy Kirllian o escritor de livros sobre magias, runas e aprendizados com os fantasmas. 

A estratégia de Sankay para prosseguirem era sempre com Dadb ele e Ryusaki na frente e mais atrás ficava Fabron Forge e no final ia Lina.

A única mudança era que Terrian desde que eles descobriram os documentos e fizeram conexões com o Ivy Kirllian ele havia desaparecido. 

Em pouco tempo o Grupo chegou ao portal para o décimo segundo andar.

Assim que pisaram na runa que teleportou-os ao próximo andar imediatamente eles perceberam mudanças. 

Ao aparecerem no novo andar o clima e o aspecto da masmorra estava totalmente modificado. 

O ambiente ainda continuava como uma caverna que era o mesmo de antes de eles irem àquele único andar que não havia nenhum monstro. 

Mas agora parecia mais com cemitério e parecia cada vez mais perder a claridade. 

Lina imediatamente utilizou uma magia de luz para iluminar o local — Lux apparet et illuminat ambitum ubi ambulo. 

O ambiente se iluminou próximo a todos, mas além do ambiente ser mais parecido com um cemitério tinha diversas lápides. 

— O que é isso? Entramos em um cemitério? —  disse Ryusaki apresentando receio e medo em suas palavras. 

—  São somente tumbas, mas isso não estava aqui há 15 anos. —  respondeu Fabron apresentando as informações de quando ele vinha a masmorra. 

— C… Como Assim? V… Você quer dizer que alguém colocou essas lápides aqui? —  perguntou Ryusaki ainda demonstrando medo. 

—  Deve ter sido, mas o motivo só saberemos olhando por ai. —  confirmou Fabron. 

— Você está querendo andar por aí olhando lápides? — disse Ryusaki ainda parecendo com medo. 

— Nossa melhor opção é ficarmos atentos e prestarmos atenção as missões que temos que cumprir, afinal já conseguimos algumas passando para aquele andar onde estava o laboratório, mas ainda precisamos ir adiante. — explicou Sankay para todos. 

Na mesma formação todos eles continuaram e passaram por muitas lápides pelo caminho, mas para Fabron o caminho ficava ainda mais pesado para passar com a sua cadeira de rodas. 

Ao passarem por algumas lápides que aparentavam ser mais recentes a roda da cadeira de fabron ficou presa. 

Ele tentou usar a força de seus braços para sair de lá, mas parecia que alguém estava segurando a cadeira de rodas. 

Assim que ele olhou para a roda da cadeira viu que era realmente uma mão segurando em sua cadeira de rodas. 

— Esses túmulos são de zumbis. — gritou Fabron para alertar a todos. 

Lina que viu o zumbi segurando a cadeira, usou a magia que conjurou para iluminar afim de afastar o zumbi. 

Assim que a luz se aproximou a mão dele soltou e Fabron pode retirar a cadeira do local. 

Assim que todos olharam ao redor começaram a ver mãos saindo dos túmulos e se apoiando para seguirem na direção do grupo. 

— Sabia que essas lápides não eram um bom sinal. — exclama Ryusaki ainda demonstrando medo. 

— Se preparem! Vamos derrotar mais zumbis. Precisamos de 8 deles para duas missões. — avisa Sankay alertando a todos. 

— Temos que nós salvar e depois pensamos em missões. — disse Ryusaki. 

— Para com esse medo que esses zumbis não são nada, uma pancada e seus corpos se partem. — exclama Dadb. 

— Mas eles se juntam denovo. — disse Ryusaki querendo se justificar. 

— Você tem magia de luz, basta usá-la. — disse Sankay. 

O grupo foi interrompido pela horda de zumbis que se aproximavam deles. 

Zumbis vindo de todas as direções e atacando a todos que viam em seu caminho. 

Fabron e Lina se preparavam para atacar os zumbis quando se sentiram paralisados. 

— O que está acontecendo aqui? Estou preso. — disse Fabron. 

— Não são somente zumbis que estão aqui. — disse Lina para avisar aos outros. 

Lina e Fabron tentavam se soltar dessa paralisia, mas não conseguiam e começavam a se preocupar e se debater quando de repente apareceram espectros de cobras infernais. 

Antes que eles conseguissem se soltar e atacar os zumbis se aproximaram e cercaram os dois, enquanto Dadb, Ryusaki e Sankay atacavam os zumbis. 

Sankay atacava os zumbis imbuindo sua adaga com magia de luz para que os zumbis não retornassem. 

Ryusaki, mesmo com medo, atacava meio que sem querer os zumbis, mas logo eles se constituíam novamente. 

Dadb brandia seu machado tentando acertar quantos zumbis fossem possiveis. 

Sankay percebeu que Lina e Fabron estavam cercados e pareciam não conseguirem atacar. 

Então ordenou aos seus lobos para ajudarem Lina e Fabron. 

10 lobos saíram das sombras de Sankay e foram na direção deles mordendo e atacando qualquer zumbi que viam ao redor de Lina e Fabron. 

À medida que a batalha ia seguindo todos iam se cansando, mas Dadb parecia se divertir cada vez mais com a batalha. 

Sankay prestou atenção na batalha e percebeu que Dadb parecia reluzir de tanta alegria por estar em batalha. 

Ficou observando e se perdeu em pensamentos:

Ela está demonstrando mais ousadia e mais vontade, principalmente em batalha. O que será que ocorreu com ela naquele dia que ela ficou desmaiada depois de ver aquelas palavras. As escritas pareciam muito com aquelas runas que estavam escritas no guardião. Será que havia algum feitiço naquele papel que estava o mito de Fanheamadem? Eu preciso observar e aprender aquele idioma para saber o que ele significa. 

— Sankay, presta atenção. — gritou Ryusaki. 

Sankay despertou de seus pensamentos e percebeu que ele estava cercado não só por zumbis, mas por alguns espectros que apareceram. 

Dadb chegou de uma vez para salvá-lo e com o seu machado imbuído com magia de terra levou um lado dos zumbis abrindo espaço para se aproximar de Sankay. 

— Vamos acabar com esses monstros. — disse Dadb se aproximando com um grande sorriso. 

— Ryusaki, vai ajudar Lina e Fabron. — disse Sankay. 

Assim que ele falou isso, ouviu um estrondo vindo da direção de onde estavam Lina e Fabron. 

Fabron havia conseguido se livrar da paralisia dos espectros de cobras infernais e utilizou uma de suas armas mágicas que causava um tipo de explosão assim que imbuísse magia nele. 

— Agora estou livre. — gritou Fabron Forge. 

Fabron retirou uma espada longa de sua bolsa mágica e começou a balançar na direção dos zumbis e conseguiu cortá-los e derrotá-los sem que eles se reconstituissem. 

— O que é essa espada. — perguntou Lina intrigada com o motivo de uma espada sem magia imbuída conseguir derrotar zumbis. 

— Agora não tem tempo para explicar, mas é melhor você se afastar. — disse Fabron. 

Fabron irritado com os espectros lançou adagas nas cobras espectrais e elas desapareciam como se tivessem sido expurgadas por alguém que usa magia de luz. 

Sankay observava o que acontecia e ficou mais animada com a revelação de muito mais conhecimento de equipamentos mágicos que Fabron tinha. 

A batalha que estava com uma vantagem para a masmorra começou a mudar. 

Passaram-se 20 minutos e todos ainda batalhavam e apareciam zumbis e espectros como se fossem infinitos. 

— Esses monstros não acabam mais? — perguntou Ryusaki. 

— Eles parecem estar chegando de outro lugar. — disse Sankay. 

Sankay então deu uma ordem aos lobos. 

— Escondam-se nas sombras e vão averiguar por este andar e descubram o motivo de aparecerem zumbis e espectros.

Enquanto os lobos seguiam pela masmorra eles continuavam cortando e atacando mais e mais zumbis, mas agora o ambiente assumiu um ar ainda mais gelado. 

O ambiente pressagiava algum tipo de neve de tão gelado que ficava dentro daquela caverna. 

— O que está acontecendo? — disse Fabron. 

— Tem alguma coisa acontecendo com essa masmorra, mas nunca vi isso ocorrer. — disse Lina. 

Enquanto o grupo enfrentava zumbis e espectros aparentemente intermináveis, a temperatura ao redor continuava a cair. 

O ar gélido parecia cortar a pele, e até mesmo a respiração ficava difícil, liberando nuvens de vapor a cada movimento. Sankay, que normalmente se mostrava inabalável, começou a demonstrar sinais de preocupação.

— Está frio demais. Algo grande está por vir. — disse ele, mais para si mesmo do que para os outros.

Dadb, apesar de animada com a batalha, parou por um momento, sentindo uma mudança no ar. Sua respiração pesada estava acompanhada de um leve brilho em seus chifres, uma ocorrência que parecia surgir sempre que o perigo se intensificava.

— Sankay, esse frio... parece magia. — comentou Lina, aproximando-se dele enquanto Fabron mantinha os espectros distantes com sua espada mágica.

De repente, um som estrondoso ecoou pela caverna, como se algo gigante estivesse se aproximando. 

O chão começou a tremer novamente, desta vez com uma cadência rítmica que lembrava passos pesados.

— Outro tremor? Não pode ser coincidente! — falei Ryusaki, recuando alguns passos e empunhando suas espadas com firmeza.

Das profundezas escuras da masmorra, uma figura colossal começou a emergir. 

Primeiro, os sons de correntes arrastando-se pelo chão ecoaram, seguidos por uma silhueta imensa que se destacava contra a luz mágica que Lina conjurava. 

O ser tinha mais de cinco metros de altura, com um corpo composto de ossos reforçados por placas metálicas e runas brilhando em tons de azul e preto. Seus olhos emanavam uma luz fria e letal.

— Que... coisa é essa? — murmurou Fabron, enquanto apertava o cabo de sua espada.

A criatura parou, a presença de sua esmagadora fazendo com que até os zumbis e espectros cessassem seus movimentos. Ela estendeu sua mão esquelética, e sua voz grave e ressonante preencheu o espaço:

– Intrusos. Vocês ousam entrar no domínio do mestre I.K. Não passarão deste ponto, a menos que provem seu valor na batalha. Derrotem-me, e terão a honra de conhecer meu mestre. Falhem, e suas almas se tornarão parte desta masmorra.

O impacto daquelas palavras foi como um golpe no grupo. 

O nome de I.K, deixava de ser uma assinatura em documentos e um enigma, agora estava ligado a uma figura real, poderosa o suficiente para deixar um guardião como este em seu encalço.

— I.K. realmente está por trás de tudo isso... — sussurrou Lina, sentindo o peso da revelação.

— Então ele ainda está vivo. E controlando essa masmorra? — questionou Ryusaki, tentando disfarçar o medo.

O guardião atraiu uma grande maça feita de ossos e metal, repleta de runas semelhantes às que brilhavam em seu corpo. Com um movimento lento, mas carregado de força, ele golpeou contra o chão, enviando uma onda de choque que fez o grupo se espalhar.

— Preparem-se! Ele não vai esperar por nós. — compreendeu Sankay, tomando a frente e imbuindo suas adagas com magia de luz.

A batalha começou com uma intensidade avassaladora. Cada movimento do guardião era um ataque devastador, e cada golpe dele no chão fazia as paredes da masmorra tremerem. 

Sankay liderou os ataques diretos, usando sua agilidade para evitar os golpes enquanto tentava encontrar brechas nas defesas da criatura.

Dadb, por sua vez, corria ao lado de Sankay, usando seu machado com força bruta para atingir o guardião. No entanto, sempre que ela acertava um golpe, uma barreira rúnica brilhava e dissipava o impacto.

— Essas malditas runas de novo! — resmungava ela, frustrada, enquanto recuava para evitar um contra-ataque.

Lina e Fabron trabalharam juntos na retaguarda. Fabron tentava analisar as runas no corpo do guardião, enquanto Lina conjurava magias de luz para enfraquecer as barreiras.

— Lux et ignis, purgat tenebras! — entoou Lina, lançando uma explosão de luz diretamente no peito do guardião.

A barreira brilha intensamente antes de se fragmentar com perfeição, mas o guardião rapidamente absorve sua magia, absorvendo parte da energia mágica para fortalecer suas defesas.

Ryusaki, mesmo com medo, atacava os flancos do guardião, tentando distraí-lo para abrir espaço para os outros.

— Sankay, as runas! Elas estão conectadas às barreiras dele! — referiu Fabron, percebendo o padrão de energia que fluía pelo corpo do guardião.

— Entendido! Lina, foque nas runas! — respondeu Sankay, desviando de um golpe que passou a poucos centímetros de sua cabeça.

Lina concentrou sua magia em um único feitiço poderoso:

— Lucem puram dirigo, armam destruas! — Um feixe de luz intensa atingiu o corpo do guardião, fazendo-a vibrar e rachando uma de suas runas principais.

O guardião rugiu em fúria, soltando uma onda de energia que lançou todos para trás. Mesmo assim, Sankay viu a oportunidade e avançou, atingindo uma das runas no braço da criatura com suas adagas imbuídas de luz.

— Agora, você está acabado! Termine isso! — conferiu ele.

Dadb saltou com todo o impulso que conseguiu reunir, imbuindo seu machado com magia de sombra e terra.

— Umbrae et terra, confundante et destruidor! — conversei ela, atingindo o peito do guardião com toda a força.

A runa central no peito do guardião brilha intensamente antes de se despedaçar em uma explosão de energia. O guardião soltou um último rugido antes de cair de joelhos, seu corpo começando a desmoronar em poeira e fragmentos.

Enquanto a poeira assentava, um som metálico ecoou. No lugar onde o guardião caiu, surgiu uma pequena runa brilhante, flutuando no ar. Ela projetou um holograma de luz, revelando uma figura encapuzada.

— Vocês provaram seu valor. Avancem e descubram a verdade por trás desta masmorra. Mas saibam: o que vos aguarda não é apenas o conhecimento... mas também os segredos mais sombrios deste mundo. — A voz era fria e imponente, relacionada com o mistério.

O holograma desapareceu, deixando o grupo exausto, mas determinado.

— Acho que acabamos de receber um convite pessoal de I. K. — disse Fabron, tentando recuperar o fôlego.

— Então é isso... Ele realmente está vivo. E está nos observando. — completou Sankay.

Enquanto o grupo se reagrupava e discutia seus próximos passos, a sensação de que estavam sendo apresentados nunca os deixou. A jornada pela masmorra fantasma estava apenas começando a revelar seus verdadeiros segredos.

 



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