Gênio Incontrolável em Outro Mundo Brasileira

Autor(a): Berweley Kheyle


Volume 1

Capítulo 32 - Os Novos Equipamentos!

O acontecimento deixou Sankay confuso e feliz ao mesmo tempo, pois nunca havia beijado ninguém em sua vida anterior. 

No momento em que ele foi dar um beijo novamente em Dadb seu irmão bateu na porta. 

— Sankay!! Precisamos ver nossas armas e Lina já se sente melhor. —  disse Ryusaki gritando e abrindo a porta. 

Assim que ele abre a porta vê seu irmão e Dadb com os lábios tocando um ao outro e se constrange. 

—  Terminam aí e vamos para a Ferraria de Fabron. —  diz Ryusaki saindo do quarto. 

Dadb imediatamente se levanta e sai animada para ir buscar sua arma, mas Sankay ainda permanece sentado pensativo. 

Eu tenho uma chance com ela e posso aproveitar isso. O que eu não tive antes eu posso ter agora. Posso começar a ser um pouco mais invasivo agora como ela foi? Ela se lembrou de algo, pois nunca agiu assim comigo antes. 

Enquanto ele estava perdido em pensamentos e suposições Dadb pega em seu ombro e diz —  vamos, O Ryusaki está esperando. 

Ambos saíram em direção a Ryusaki e Lina. 

Enquanto eles se preparavam para buscar suas armas que estavam quase prontas na Ferraria algo acontecia com Fabron. 

Fabron Forge batia seu martelo finalizando as peças que terminava de produzir para finalizar suas encomendas, mas ao mesmo tempo comentava com o seu filho: 

—  Lembre-se, garoto.

—  Forjar uma arma mágica não é como criar esses pedaços de metais espalhados nessa ferraria para cortar ou proteger. É traduzir a alma e o espírito do portador em algo tangível. Cada fio de cabelo, cada fragmento de magia que usamos carrega uma parte de quem somos. 

Enquanto ele falava seu filho observava atento a cada batida do martelo. 

—  Pai, como você sabe qual é a arma certa para cada um? —  pergunta Forntr Forge, filho de Fabron. 

Fabron olhou para ele continuando cada martelada nas armas e sorriu para ele dizendo —  Não sei que tipo de arma seria a ideal. 

— Eu apenas aprendi a escutar os materiais imbuídos com a mana do portador me dizendo que forma eles desejam ter. 

—  A magia junto aos materiais pode falar comigo e sussurrar os desejos e eu traduzo isso em uma forma. 

—  Mas como assim? Eu não escuto nada.  —  disse Forntr Forge. 

Fabron começou a sorrir ainda mais com o comentário do filho. 

—  Você precisa de prática. —  disse Fabron. 

Enquanto os Forge finalizavam os pedidos, Ryusaki, Lina, Sankay e Dadb estavam conversando. 

— Lina, como você se sente? —  pergunta Sankay. 

—  Estou até bem, mas Ryusaki comentou que vocês irão pegar uns equipamentos para irem a uma masmorra. —  disse Lina. 

—  Sim, vamos na ferraria buscar o que encomendamos e terminar algumas missões na masmorra, mas caso não se sinta bem pode ficar ai. —  disse Sankay. 

—  Ela vai com a gente. —  disse Ryusaki com empolgação. 

— Que masmorra vocês estão indo? —  disse Lina. 

—  Estamos completando missões que o Ryusaki pegou na guilda de aventureiros na masmorra Fantasma. —  disse Sankay. 

—  Mas quem é Ryusaki? —  perguntou Lina sem saber bem. 

—  É verdade não contamos nossos nomes agora que nós adquirimos. Mas eu me chamo Sankay e o meu irmão Ryusaki. —  disse Sankay explicando a ela. 

—  Então esses são os seus nomes. —  diz Lina. 

— Mas vocês estão falando da masmorra onde ninguém vai e aqueles que vão ou não voltam e dizem que estão assombrados? —  pergunta Lina. 

Assim que Ryusaki escuta a parte de Assombrados sente um arrepio passando por todo o seu corpo e começa a olhar por todos os lados. 

—  Está mesmo. —  diz Sankay. 

— Porque decidiram ir nessa masmorra? —  pergunta Lina. 

— Na verdade nem mesmo sabiamos das histórias dessa masmorra, mas um idiota so pegou umas missões sem nem olhar onde era ou pesquisar sobre. —  disse Sankay em um tom de implicância com seu irmão.

Lina imediatamente começa a sorrir se lembrando que Ryusaki o mais novo sempre tomava decisões por impulso. 

—  HAHAHAHA. Nada muito diferente de quando eram mais novos. —  disse Lina ainda sorrindo. 

Ryusaki que tinha ficado ressentido com o comentário e com os risos de todos fala —  Eu só peguei porque precisavamos de missões para termos dinheiro para continuar o campeonato e evoluirmos como aventureiros. 

— Para de mentir, você nem mesmo pensou nisso. —  diz Sankay. 

—  Nós sabemos que você só pegou sem nem olhar as missões, assim como pegou a casa sem saber onde ela ficava. —  disse Sankay. 

—  Cala a boca. —  disse Ryusaki irritado. 

Os dois então começam a discutir como quando ambos eram jovens e Lina começa a sorrir cada vez mais. 

—  Parem vocês dois. —  disse Lina. 

Assim que ela fala os dois decidem deixar essa discussão boba de lado e começam a se arrumar para sair. 

—  Acredito que indo conosco para a masmorra você evitaria que o príncipe encontrasse o seu rastro. Afinal nem sabe quais os nossos nomes. —  disse Sankay. 

—  Vou ir com vocês, mas preciso me esconder na cidade. Por isso nem irei à guilda. —  disse Lina. 

— Agora que tudo está decidido, podemos sair e ir buscar os nossos equipamentos. —  diz Sankay. 

—  Se quiser aguardar aqui, enquanto vamos lá. Pode ficar. —  disse Ryusaki querendo ser o mais solícito e gentil possível. 

— Não! Vou ir com vocês e aproveitarei para comprar algumas coisas. —  disse Lina se levantando. 

— Então vamos. —  diz Sankay. 

Os quatro saem de casa e seguem para a ferraria de fabron forge que fica um pouco distante, por isso Lina foi com uma capa que cobre seu rosto e seu corpo. 

Ficaram em silêncio durante todo o caminho e não demoraram muito a chegar na ferraria. 

Assim que entraram na ferraria a primeira pessoa que viram foi forge no balcão à espera deles. 

— Vocês voltaram. —  disse Fabron. 

—  Seus equipamentos estão prontos. —  diz Fabron. 

Fabron assovia para chamar seu filho que trabalhava com ele e o ajudava no dia a dia. 

—  Como eles ficaram? —  pergunta Dadb animada para saber. 

O filho de Fabron carregava os equipamentos em um tipo de carrinho que contava com os equipamentos dentro, pois nem ele e nem seu pai poderiam carregar se não utilizassem um carrinho que anula o peso das armas mágicas. 

Fabron então começa a explicar o que é para cada um deles. 

A primeira peça que ele pega é a arma destinada a Dadb. 

Ele então mostra um machado com uma lamina negra e larga, em sua lamina contava com runas incandescentes que brilhavam em tons roxos. 

A empunhadura era feita de um material escuro e polido e com alguns cristais que pareciam brilhar. 

— Este é o seu equipamento, mulher que me atacou. —  disse Fabron. 

— Foi forjado com escamas e ossos de dragão negro. Ele combina perfeitamente com sua magia sombria e oferece resistência  elevada a ataques de luz. É mais que uma arma. Vai ser uma extensão da sua força. —  disse Fabron. 

Dadb pega o machado com uma só mão como se fosse leve como uma pena, começou a girá-lo. 

—  Parece tão leve! —  disse Dadb, impressionada. 

Ryusaki que estava curioso pediu para ver e estendeu a mão. 

Assim que Dadb soltou o machado nas mãos de Ryusaki ele caiu no chão sem conseguir levantar o machado 1 milímetro que seja. 

— Leve? Você está maluca? Isso deve pesar toneladas. —  disse Ryusaki indignado com a situação. 

Fabron começou a sorrir. 

—  claro que é pesado. Não foi feito para qualquer um carregar. —  disse Fabron. 

—  Pode explicar melhor? —  diz Sankay curioso. 

Fabron apontou para o machado.

— Cada equipamento que criei para vocês é único. Usei fios de cabelo de cada um para traçar suas aptidões mágicas e construir armas personalizadas. Elas respondem à sua magia e são impossíveis de serem usadas adequadamente por outros.

— Então, ninguém pode usá-las além de nós? — perguntou Sankay.

— Não exatamente — respondeu Fabron. — Qualquer um pode tentar usá-las, mas sem a conexão mágica, elas se tornam incrivelmente pesadas e quase inúteis.

— Se não é qualquer um que pode carregar, como o seu filho trouxe as nossas armas assim com tanta facilidade? — disse Ryusaki. 

Fabron somente sorriu e disse — Os segredos são somente para a nossa família e mais ninguém. 

A entrega prosseguiu. Para Ryusaki, Fabron entregou duas espadas gêmeas, de lâminas douradas, que pareciam refletir luz mesmo na escuridão da forja.

— Essas espadas são rápidas e mortais. Foram feitas para amplificar sua afinidade com as magias que tem aptidão, permitindo ataques rápidos e conjurações precisas.

Ryusaki balançou as espadas algumas vezes, sentindo a conexão imediata.

Para Sankay, Fabron apresentou duas adagas afiadas, com lâminas de um tom azulado e com um brilho ao redor parecem bem afiadas e brilhantes junto a alguns detalhes intrincados.

— Estas adagas são para você, Sankay. Elas canalizam magia com facilidade e são ideais para ataques furtivos. Combinei materiais raros para garantir que suportem suas aptidões elementares.

Por fim, Fabron entregou a cada um um conjunto de armaduras. Dadb recebeu uma armadura negra que parecia absorver a luz ao seu redor; Ryusaki, uma azulada com detalhes dourados; e Sankay, uma azulada com tons brancos que parecia pulsar levemente.

Assim que terminou de entregar os equipamentos, Forge fala que foram os equipamentos mais difíceis de trabalhar, pois ambos tinham todas as aptidões de magia e ficou difícil de ler.  

Teve que juntar materiais de diversos monstros poderosos para chegar ao que entregou a eles. 

— Se quiserem testar os equipamentos, temos uma arena nos fundos da ferraria. —  diz Fabron. 

— Vamos testar agora. —  diz Dadb animada para uma luta. 

—  Quero que testem seus equipamentos aqui, pois quero ter certeza que terão boa resistência e uma boa capacidade. —  disse Fabon. 

Eles se encaminham para uma arena que está protegida por diversas barreiras mágicas, projetadas para suportar treinamentos intensos. 

Sankay ao ver pergunta —  porque tem uma arena com tantas barreiras na sua ferraria? 

—  Preciso que meus clientes reais testem as armas. —  disse Fabron Forge se esquivando um pouco da pergunta. 

Dadb foi a primeira. 

Ela entrou na arena e girou seu machado com agilidade, liberando uma onda de energia escura que atingiu um alvo no canto da arena, pulverizando-o.

— Isso é incrível! — exclamou ela.

Ryusaki foi o próximo. 

Ele balançou suas espadas, que liberaram feixes de luz, cortando os alvos com precisão cirúrgica. Cada movimento parecia natural, como se as armas fossem uma extensão de seus braços.

Sankay, por sua vez, lançou suas adagas contra alvos distantes. Assim que as lâminas tocaram os alvos, explodiram em pequenos flashes de luz vermelha. Ele as chamou de volta com um movimento da mão, as lâminas retornando como se estivessem vivas.

Todos ficaram espantados com a facilidade que tiveram de utilizar suas magias e saber como usar as armas. 

Parecia que na realidade elas sempre viveram junto a eles. 

Fabron observava atentamente, avaliando cada detalhe.

— Perfeito — murmurou ele, satisfeito. — Parece que tudo está em ordem.

Após fazerem os primeiros testes para ver as armas, eles decidiram fazer duelos para testarem as armas em batalha. 

— Vamos testá-las em batalhas reais. —  disse Dadb animada. 

Os três se encaminham para a arena e Lina, Fabron e Forntr ficam somente olhando eles testarem seus equipamentos. 

Fabron Forge, observando de um ponto elevado, cruzou os braços, satisfeito com a entrega de seus equipamentos, mas ansioso para testemunhar o potencial de suas criações em ação.

— Lembrem-se, isso não é apenas um teste para as armas — disse Fabron. — É um teste para vocês também.

A batalha começou com os três se posicionando em cantos opostos da arena, cercados pelas barreiras mágicas que protegem o local. 

Dadb foi a primeira a agir, segurando seu machado imbuído com a magia negra e avançando com uma velocidade impressionante na direção de Sankay. 

Deu um salto que criou uma rajada de vento ao aterrissar, o que forçou Sankay a usar uma combinação de magia de terra e vento para se esquivar agilmente.

Sankay rapidamente se reposicionou, as duas adagas em suas mãos reluzindo com a magia de cura que parecia pulsar com sua determinação. Antes que ele pudesse contra-atacar, Dadb já estava sobre ele novamente, desferindo uma série de golpes poderosos que faziam o chão da arena tremer. 

Sankay defendia com dificuldade, cada golpe de Dadb parecendo carregar o peso de uma montanha.

Enquanto isso, Ryusaki observava de longe, suas espadas gêmeas douradas brilhando intensamente. Ele aproveitou a poeira levantada pela batalha entre Dadb e Sankay e usou sua magia de luz para criar uma ilusão de si mesmo, avançando na direção de ambos. 

Quando Sankay percebeu o que Ryusaki estava fazendo, gritou:

— Cuidado, Dadb! Ele está usando uma ilusão!

Dadb, no entanto, parecia imperturbável. 

Ela girou o machado com uma força descomunal, dissipando a poeira e a ilusão em um único movimento. 

Mas Ryusaki não era fácil de enganar; ele surgiu por trás dela, aproveitando a abertura que havia criado. 

Suas espadas brilharam em um arco, mas antes que pudesse conectar o golpe, Dadb girou com agilidade, bloqueando as lâminas com o cabo de seu machado.

— Você acha que é rápido, garoto? — provocou Dadb, empurrando Ryusaki para trás com um movimento violento.

Sankay aproveitou o momento para lançar suas adagas, que se cravaram no chão ao redor de Dadb. Antes que ela pudesse reagir, as adagas explodiram em chamas, forçando-a a recuar. 

Sankay usou isso para correr em sua direção, suas adagas se imbuindo de magia de luz e água, visando explorar a fraqueza mágica de Dadb.

Mas Dadb era astuta. Ela saltou para trás e, com um movimento preciso, cravou seu machado no chão, liberando uma onda de energia negra que desestabilizou Sankay e Ryusaki. Ambos foram forçados a recuar.

— É só isso que vocês têm? — zombou Dadb, sua aura de poder irradiando confiança.

— Não subestime a gente! — gritou Ryusaki. Ele cruzou suas espadas, gerando um feixe de luz concentrado que disparou na direção de Dadb.

 



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