Gênio Incontrolável em Outro Mundo Brasileira

Autor(a): Berweley Kheyle


Volume 1

Capítulo 26 - Fragmentos de Memória e Vestígios de Magia!

Enquanto as notícias dos 50 competidores que passaram na primeira fase e seguiam para a segunda fase do campeonato, Ryusaki e Sankay ainda não sabiam nada sobre sua mestre Lina Severus. 

Ela havia fugido da prisão onde Allister e Chedipe haviam colocado ela, mas Lina tinha um plano. 

Assim que ela fugiu da prisão ela passou na casa dos seus aprendizes. 

Assim que chegou a casa onde Ryusaki e Sankay moravam ela viu…

A casa estava completamente revirada e com móveis e utensílios espalhados e não havia ninguém na casa. 

Seu primeiro pensamento foi: 

Será que pegaram eles e os seus pais? Será que eles fugiram antes e não os encontraram? Preciso ver o que aconteceu aqui. 

Lina Severus começa a andar pela casa e olhar tudo para ver se encontra algum indício de que as pessoas estão vivas ou mortas. 

Enquanto olhava ao redor e mexia nos móveis ela encontrou algo que quase a paralisou. 

Ela encontra a imagem dos pais de Sankay e Ryusaki. 

Ao ver aquela foto ela sente seu corpo e sua mente tentando lembrar de onde conhece ela, mas parece que não lembra. 

Mas ela não tinha como se lembrar, afinal ela nunca havia nem mesmo visto os pais deles. 

Após se recuperar dessa sensação, ela encontra uma carta que Ryusaki havia utilizado para avisar sobre onde estava e como estava. 

 A carta dizia o seguinte: 

 

Queridos pais, 


Venho para dizer a vocês que eu estou bem e cheguei a vila de Royalls e vou ficar aqui por um tempo para conseguir dinheiro. 

Me tornei um aventureiro aqui na vila e vou começar as minhas missões logo. 

Fui classificado no Rank 1, imagina o quanto isso vai ser bom para quando puder trazer vocês aqui e recuperar seus nomes. 

Lembro que vocês terem perdidos os seus nomes e nem lembrarem de quais são deve ser uma grande dor para vocês, mas pode ter certeza que logo vocês terão suas vidas de volta. 

Eu prometo que vou recuperar para vocês. 

Vou ajudar vocês. 

Espero poder vê-los logo. 

Enquanto Lina lia a carta de Ryusaki achou que havia algo errado. 

Os pais dele tiveram o nome retirado? Mas porque? E porque eles não lembram? Será que posso ajudar em algo? 

Lina se questionava sobre a retirada do nome porque essa é a sentença para aqueles que cometem crimes horrendos, como matar pessoas ou fazer parte de um.

Ela também fica se perguntando o que será que os pais deles fizeram? Será que eles fizeram algo assim tão drástico? 

Depois de olhar tudo e ao redor ela saiu da casa, mas levando a foto dos pais de Ryusaki e Sankay. 

Mas o que achou ainda mais estranho era ver a sua casa da maneira que estava. 

Ao chegar na sua casa percebeu que estava completamente revirada e com tudo bagunçado, mas sentiu rastros de magia de seu avô. 

Conseguiu sentir por conta da magia que seu avô havia ensinado que permitia perceber a magia ao seu redor e como identificar as pessoas. 

Ela começou a trocar a sua roupa, pois havia dias que estava escondida e evitando os guardas, tomou uma poção para se recuperar. 

Se sentou em sua cama e respirou fundo para criar coragem para a jornada que viria. 

Mas enquanto ela se preparava para a jornada o seu avô chegava estava no castelo a procura de sua neta. 

Kuros entra no castelo e solicita uma audiência de emergência com o Rei, pois sua neta havia desaparecido e ainda não tinha encontrado. 

O Rei que já sabia em parte do que Chedipé e Allister tinham contado a ele o atendeu prontamente. 

Kuros adentra no salão do rei com uma fúria incontrolável e uma presença tão ameaçadora que alguns soldados menos experientes do rei acabaram desmaiando. 

— O que é tão urgente Kuros? —  disse o Rei Arthen Raijin. 

—  Onde está a minha neta? Sei que ela esteve por aqui. —  responde Kuros impaciente. 

—  Acalme-se, fiquei sabendo que a sua neta foi atacada por alguns plebeus. —  disse o Rei. 

—  Plebeus? Nenhum plebeu conseguiria machucar a minha neta. —  disse Kuros. 

—  Parece que foi algo bem planejado por alguns plebeus, mas o meu filho e Chedipé já foram ajudá-la. —  disse o Rei. 

—  Você realmente acredita que simples plebeus vão conseguir atacar e machucar a minha neta que já esta no rank diamante? —  diz Kuros. 

—  Pelo que me contaram, eles armaram uma emboscada e passaram alguns anos trabalhando para ela, mas teve muita ajuda de outros plebeus. —  disse o Rei.

— Ninguém que trabalhava com ela iria se revoltar com ela. —  disse Kuros confiante. 

—  Além disso , na casa dela encontrei traços de magia que saiam de lá e seguiam para  o castelo, mas parecia bem confuso os sinais. Mas sua magia parece que foi enfraquecida aqui no palacio. —  disse Kuros. 

— Talvez ela tenha conseguido falar com algum guarda e por isso minha maga e meu filho souberam do acontecido e foram ajudá-la. —  disse o Rei Arthen. 

— Se quiser pode se encontrar com meu filho e ir atras dela. —  completou o Rei. 

—  Não precisa, vou buscá-la, seja lá onde ela esteja. —  disse Kuros. 

—  É melhor que você encontre alguém para curar os seus soldados, pois se permanecerem assim desmaiados podem ficar com sequelas e ficarem incapazes de usar magia. —  alertava Kuros ao Rei. 

—  Espere… Não precisa sair assim, vamos encontrá-la e ver o que aconteceu depois. —  disse o Rei. 

Dessa forma Kuros sai do castelo ainda irritado e preocupado com o que aconteceria e quem poderia preparar uma armadilha para a sua querida neta. 

Deve ter algo a mais nessa história, para pegarem minha neta devem ter emboscado, mas porque estaria enfraquecendo somente no castelo? Tem algo de estranho nisso. Deve ser alguma coisa daquela maga do Rei. 

Kuros pensava assim, pois já conhecia o caráter do príncipe e duvidava da lealdade de Chedipé. 

A mente dele estava focada em sua neta. 

Mesmo ela sendo sempre forte e independente, era teimosa. 

Desde pequena demonstrava uma habilidade fora do comum no entendimento da magia, uma herança inegável da nobre família Severus. 

Kuros sabia que onde quer que sua neta estivesse, estaria batalhando. 

Mas ao pensar nisso sua mente se enchia de vários pensamentos. 

Quem está batalhando com ela? Porque atacá-la? 

E mesmo com esses pensamentos ela seguiu seu caminho para ir atrás das pessoas que trabalharam com Lina. 

Mas enquanto isso, Chedipé Le Fay e Allister Raijin deixavam o templo. 

Ambos pareciam estar frustrados pela falta de informações e pela demora em encontrar Lina. 

— Aquele plebeu recebeu um nome. — comenta Chedipé, observando o principe. 

—  Isso significa que ele conseguiu dinheiro de algum jeito. —  complementa Chedipé. 

Allister fez um som de resmungo e ajustou seu manto. 

— É claro que conseguiu. Deve ter roubado. Plebeus não conseguem ganhar dinheiro aqui sem trabalhar. —  diz com uma grande certeza Allister. 

— Mas ele pode ter se tornado um mercenário. —  acrescentou Chedipé. 

— Há um padrão aqui que não podemos ignorar. Se ele conseguiu escapar da prisão levando os seus pais, significa que adquiriu habilidades consideráveis. — disse Chedipé. 

Allister parou neste momento e olhou para ela com uma incredulidade. 

—  Um plebeu? Aprender magia? Não me faça rir. Mesmo com um nome, ele nunca conseguiria pagar por isso. —  disse Allister irritado. 

Chedipé olhou atenta para ele e com um sorriso em seus lábios disse —  Não subestime alguém que foi roubado. Lembre-se que você tirou aquilo que eles tinham no teste há 6 anos atrás. 

— O que isso tem a ver com a situação de agora? —  disse Allister. 

—  Tudo. —  respondeu Chedipé com firmeza e autoridade. 

—  Se eles conseguiram atrasar aquele dragão vermelho até que você chegasse, provavelmente serão bons adversários. —  disse Chedipé. 

— Acredito que eles estejam em alguma vila próxima daqui, para ganhar dinheiro e se fortalecer. — disse Chedipé. 

Allister soltou um ar de quem não gostava da conversa ou do comentário e disse —  Então porque estamos aqui? Se sabemos que ele não está aqui, vamos onde pode estar. 

Chedipé confirmou com a cabeça com a opinião do príncipe e disse —  Sei que devemos ir, mas ainda não temos nenhuma informação de onde ela está. 

Enquanto Kuros buscava respostas, os pensamentos sobre sua linhagem ecoavam em sua mente. 

A família Severus era uma das mais antigas e respeitadas em todo o mundo. 

Seus membros foram responsáveis por feitos notáveis ao longo das eras, mas também carregavam segredos que poderiam mudar o curso da história.

Um dos mais conhecidos era o mito da "Hereditariedade Severus". 

Esse mito, transmitido em sussurros apenas entre aventureiros de nível Santo, dizia respeito à relação entre sangue, nome e magia.

De acordo com o mito, a força de um mago não dependia apenas de sua habilidade, mas da herança mágica que corria em suas veias. No entanto, havia algo mais sombrio: uma conexão direta entre a linhagem Severus e um poder oculto que poderia ser perigoso se revelado.

O rei de Raijin, juntamente com Kuros, fez questão de esconder esse mito da população. "Certas verdades não devem ser conhecidas", pensava Kuros. E, de fato, o mito escondia segredos que, se descobertos, poderiam causar guerras entre as raças.

Pouco se sabia sobre os detalhes, mas acreditava-se que a pesquisa do ancestral de Kuros havia revelado fragmentos desse poder oculto. 

Os textos foram escondidos em lugares inatingíveis, protegidos por feitiços que apenas aventureiros muito habilidosos poderiam romper.

Mas enquanto Kuros estava perdido em seus pensamentos e lembranças caminhando em busca de alguém que saiba de sua neta, Lina estava em sua casa preparando para deixar o ambiente. 

Lina antes de sair de sua casa deixou uma mensagem escondida para seu avô, pois assim poderia comunicar o que houve com ela. 

 Enquanto as coisas se desenrolavam em Raijin, Sankay que se preparava para ir até onde seu irmão estava percebeu algumas mudanças em Dadb. 

Dadb parecia bem diferente agora. 

Mesmo enquanto estava dormindo, parecia ser nítida a mudança em sua feição. 

Aquele rosto confuso e meio perdido que carregava consigo parecia não fazer mais parte dela. 

Enquanto ela dormia, Sankay permaneceu ao seu lado por um momento, observando-a com preocupação e curiosidade. 

Ele sabia que algo havia mudado, mas não podia perder tempo. Ainda havia muito a fazer. 

Se levantou e foi até sua bolsa, pegou o texto sobre o mito e começou a folheá-lo novamente, em busca de pistas.

Ao reler o nome do prodígio mencionado no mito, algo clicou em sua mente. 

Ele já havia ouvido aquele nome antes. Sankay fechou os olhos, tentando se lembrar. 

A história de uma batalha antiga ecoou em sua mente, uma batalha que havia mudado o curso do mundo. 

Ela separara os continentes e deixara uma única ilha no centro, isolada e quase esquecida. Era a Ilha de Rikerhan.

“É isso!”, pensou ele, enquanto seu coração acelerava. 

A segunda fase do campeonato tinha que ser naquela ilha. 

Tudo fazia sentido agora. Mas Sankay sabia que a primeira fase não terminava simplesmente ao decifrar o destino. 

O verdadeiro desafio estava no caminho. “Chegar ao porto será a parte mais perigosa”, ponderou ele.

Provavelmente muitos aventureiros de Raijin estão aguardando em emboscadas, esperando capturar aqueles que desvendaram o mito. Eles não se importarão em roubar ou matar para garantir suas próprias vagas no campeonato.

Sankay sabia que precisava se preparar, mas antes, havia algo mais urgente. Ele pensou em seu irmão, Ryusaki, que estava lidando com missões desafiadoras na masmorra fantasma. 

Ele precisava avisá-lo sobre o que descobrira e garantir que ambos estivessem prontos para a jornada até Rikerhan. 

Pegou seu livro mágico, que usava para se comunicar com Ryusaki, e começou a escrever freneticamente:

 

Ryusaki….


Eu descobri que temos que ir para as ruinas centrais para fazer a segunda fase.  


Precisamos ir a Rikerhan. 


Vamos nos preparar e andar com isso. 

Mas o livro que até ontem anoite era respondido rapidamente, permaneceu em silêncio. 

Nenhuma resposta veio. 

A inquietação cresceu em Sankay. 

Algo estava errado. Seu irmão sempre respondia rapidamente. 

Será que ele estava em perigo? Ou algo mais estava acontecendo?

Sem perder tempo, Sankay decidiu enviar um de seus pássaros mágicos. Pegou uma pequena pena de sua bolsa, murmurou um encantamento e lançou o pássaro no ar. 

A criatura, formada de energia mágica, voou rapidamente, desaparecendo no horizonte enquanto seguia em direção a Ryusaki.

Enquanto observava o pássaro desaparecer, Sankay respirou fundo e voltou sua atenção para Dadb. 

Ela continuava dormindo, mas ocasionalmente murmurava algo incoerente. 

Ele se perguntava: 

Será que essas memórias que estão voltando são perigosas?

Sankay pegou novamente o texto e começou a analisá-lo com mais cuidado. 

Cada linha parecia esconder mais do que mostrava, mas ele já havia encontrado o suficiente para confirmar suas suspeitas. 

Rikerhan não era apenas o destino da segunda fase. A ilha tinha uma importância histórica, talvez até mística, que estava ligada diretamente ao mito.







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