Gênio Incontrolável em Outro Mundo Brasileira

Autor(a): Berweley Kheyle


Volume 1

Capítulo 27 - A Entrada na Masmorra Fantasma!

Mesmo ao analisar cada linha do mito, as palavras estranhas recém adicionadas nunca tiveram nenhum sentido para Sankay. 

O que essas letras querem dizer? Será uma magia para ajudar Dadb a recuperar a memória? O que essas palavras fizeram a ela? Será um encantamento? 

Quando mais Sankay lia essas palavras faziam cada vez menos sentido para ele. 

Mesmo agora com a grande informação de que a segunda fase iria ocorrer na ilha de Rikerhan, sua mente só pensava no que havia acontecido com Dadb. 

Enquanto ele continuava perdido em pensamentos, Dadb acordou. 

Dadb se movimenta e abre os seus olhos lentamente, ainda meio sonolenta. 

— Você está bem? — perguntou Sankay, ajoelhando-se ao lado dela.

— Estou... Acho que sim. — respondeu ela, com a voz hesitante. — Mas minha cabeça ainda doi, como se algo estivesse tentando sair da minha mente.

Sankay observou-a com cuidado. 

Havia algo em seus olhos que ele não reconhecia, uma profundidade que não estava ali antes. Ele sentiu que havia mais em jogo do que apenas o mito ou o campeonato. 

Dadb era uma peça-chave, mas como? E o que exatamente estava sendo despertado nela?Preciso protegê-la, mas também preciso de respostas

Assim pensou Sankay, enquanto ajudava Dadb a se levantar.

Com a confirmação de que Rikerhan era o próximo destino, Sankay sabia que não havia tempo a perder. Ele e Dadb precisavam partir o quanto antes, mas ele também precisava reunir Ryusaki.

Não importa o quão perigoso seja. Vamos nos encontrar, Ryusaki. E juntos, vamos descobrir a verdade.

Enquanto isso, o pássaro mágico voava incansavelmente em direção a Ryusaki, levando a mensagem que poderia mudar o destino deles.

Enquanto Sankay tentava entrar em contato para ajudar Ryusaki e irem a caminho da segunda fase, Ryusaki ainda estava desmaiado após o susto. 

— Filho! Filho! Acorde! — disse 1247. 

—  Quê? O que aconteceu? —  disse Ryusaki. 

—  Você estava dormindo no chão e queria saber o motivo? 

—  Dormi! Não sei. 

Ryusaki levanta totalmente espantado lembrando que alguém tinha tocado em seu braço e falado com ele, e se levanta olhando para todos os lados procurando por alguém. 

—  Se você estiver procurando seu amigo, ele já saiu, mas disse que voltaria depois para falar com você. 

—  Q… Q… QUÊ? Voltar depois? Que amigo? —  grita Ryusaki

Imediatamente ele percebe seu grito e volta ao normal .

—  Pai, eu não tenho nenhum amigo que more aqui ou que venha aqui. 

—  Se ele não é seu amigo eu não sei, mas ele estava aqui e falou isso. —  disse 1247 (Pai).

Assim que seu pai termina de falar Ryusaki fica perdido em seus pensamentos. 

Como eu fui entrar nessa família que acha normal falar com fantasmas? o que eu vim arrumar, mas o pior é que vou ter que entrar em uma masmorra cheia deles. Preciso falar com Sankay.

Assim que Ryusaki se levantou e conseguiu se recompor do susto que havia tomado, o pássaro de Sankay chegou até ele. 

Ryusaki já compreendeu que ele precisava falar com seu irmão. 

Falou com seu pai que logo iria sair, mas precisava ficar sozinho um pouco. 

Assim que seu pai saiu do quarto ele fechou a porta e foi até o livro para se comunicar com seu irmão. 

 

Sankay…..



O que você precisa? 


Estou aqui. 



 

Após receber a mensagem de Ryusaki o seu irmão pega o livro e pede para que eles se encontrem e avisa que vai precisar de sua ajuda. 

Imediatamente Ryusaki imbui magia ao símbolo que representava um espaço vazio e onde ele havia se encontrado com Sankay das outras vezes. 

Da mesma forma Sankay faz o mesmo. 

Assim que Sankay aparece no espaço, Ryusaki fala —  Fala, irmão do que você precisa? 

—  Até que enfim você apareceu, O que aconteceu? —  pergunta Sankay. 

—  Me desculpe, mas acredito que eu dormi ou desmaiei. Não sei direito. —  disse Ryusaki. 

—  Preciso ir até onde você está com a Dadb, a segunda fase é na ilha central e onde você está é mais perto do porto. —  disse Sankay. 

—  Tá, mas para que isso funcione, vou precisar chegar até você. —  disse Ryusaki. 

—  Já sei, que tal você entrar na bolsa que você criou e controla o ambiente e depois sair onde eu estarei? —  pergunta Sankay já sabendo que a resposta é a melhor possibilidade. 

—  Pode ser. Mas o que aconteceu para essa urgência? —  pergunta Ryusaki. 

— Descobri sobre a segunda fase, mas preciso descobrir algumas coisas e sinto que aqui terei problemas, mas nossa maior possibilidade é continuar o campeonato, mas precisamos nos preparar. —  disse Sankay. 

—   Tudo bem. —  disse Ryusaki. 

Ryusaki então pede para Sankay colocar a bolsa mágica no chão e pula dentro dela aberta e desaparece do espaço. 

Sankay então retorna ao quarto onde ele e Dadb estão hospedados e imediatamente abre a bolsa mágica. 

Logo que Sankay chegou viu que Dadb havia adormecido novamente. 

Ryusaki que havia visto o sinal de que poderia sair e resolve sair da bolsa. 

Assim que ele sai da Bolsa mágica a primeira imagem que vê é Dadb. 

Uma mulher meio demônio e meio elfa de cabelos brancos prateados e morena somente com uma blusa e de calcinha. 

Ao olhar para ela seu rosto cora de uma forma que mais parecia um tomate, mas se vira para o seu irmão e pergunta —  O que está acontecendo aqui? 

—  Essa é a Dadb! — disse Sankay como se estivesse acostumado com aquela cena todos os dias. 

—  Você está falando que está é o rei demônio que perdeu a memória? —  pergunta Ryusaki. 

—  Sim, isso mesmo, mas se acalme. —  disse Sankay para tranquilizar seu irmão. 

Ao invés de se acalmar Ryusaki é invadido por vários pensamentos. 

Eu enquanto estou lidando com fantasmas, fui preso e tive que salvar meus pais, esse idiota ta se aproveitando de uma mulher que perdeu a memória na cara dura.

—  Vamos logo, pois temos que ir para a vila e depois ir a masmorra. —  disse Sankay. 

—  Você não vai acordar? —  pergunta Ryusaki.

—  Não vou só vestir ela para que os nossos pais não estranhem. —  responde Sankay. 

Sankay pega Dadb em seus braços e fala para o seu irmão que está pronto para ir. 

Ryusaki segura em sua mão e utiliza a magia de teleporte para ir a vila de Royals. 

Assim que chegam na vila, a primeira coisa que ele diz é que vão até a vila e imediatamente acorda Dadb. 

Assim que ela acorda e eles chegam ao local da vila Ryusaki pergunta —  O que está havendo? 

— Precisamos adquirir equipamentos melhores antes de entrar na masmorra fantasma. — respondeu Sankay. 

Ryusaki respirou fundo, claramente hesitante.

— Tudo bem… Mas vamos precisar de dinheiro para comprar poções também. Precisamos pegar algumas missões antes disso.

Sankay cruzou os braços, lançando um olhar de reprovação.

— Para de ser doido. Você já pegou umas cem missões. Basta completarmos nos primeiros andares e usarmos o dinheiro para melhorar os equipamentos.

— M... Mas seria mais fácil me equipar agora e conseguir alguns galões de água benta — respondeu Ryusaki, desviando os olhos.

Sankay bufou.

— Aqui nem tem isso, e não podemos mais enrolar. Precisamos participar do campeonato!

Depois de discutirem os planos, decidiram completar algumas missões na masmorra fantasma para juntar dinheiro e se preparar. No entanto, enquanto Sankay elaborava a estratégia, Ryusaki tentava bolar uma desculpa para evitar a masmorra.

Como vou lidar com monstros que mal consigo enxergar?

— Vamos entrar na masmorra o mais rápido possível — Sankay decreta. — Precisamos ganhar tempo e chegar ao porto para a segunda fase.

— E se fizermos diferente? — sugeriu Ryusaki, buscando um tom persuasivo. — Eu vou ao porto, enquanto você faz as missões. Afinal, o caminho até o porto pode ser perigoso.

— Nada disso! — Sankay rebateu, irritado. — Você pegou as missões, e vai comigo, mesmo que tenha medo de fantasmas.

— Não é medo! Só acho que ir para o campeonato é mais importante agora.

Sankay riu, mas seu olhar era firme.

— E como vamos sem dinheiro, equipamentos decentes, comida ou poções?

Ryusaki tentou argumentar:

— Podemos pegar missões mais simples, sem precisar completar uma masmorra inteira...

Sankay cortou-o com firmeza:

— Então você quer que a guilda inteira saiba que o grande aventureiro corajoso, que pegou cem missões, está com medo de fantasmas? Até parece que você já não mora com um!

Ryusaki engoliu seco, gaguejando:

— N... N... Não é isso... Mas você tem razão.

— Ótimo! Vamos lá na guilda pedir mais informações.

No caminho para a guilda, Ryusaki percebeu os olhares desconfiados dos moradores. Muitos viravam o rosto ao vê-los, especialmente por estarem acompanhados de Dadb, uma mestiça de demônio e elfa. Essa raça era odiada pela maioria da população de Raijin.

Dentro da guilda, os olhares de reprovação se intensificaram, mas, instintivamente, Dadb lançou uma magia negra. Aqueles com poder mágico inferior simplesmente deixaram de vê-la.

— Que fantasia estranha é essa que ela gosta de usar, hein? — Sankay comentou em voz alta, tentando amenizar a situação.

Quando Dadb desfez a magia, os olhares de espanto se transformaram em risadas, como se tudo fosse apenas uma brincadeira. Eles se aproximaram do balcão da recepcionista, Tanis Rotsuke.

— Olá, Tanis — cumprimentou Ryusaki.

— Olá, Ryusaki. Já terminou suas missões?

— Ainda não. Estava esperando meu irmão e nossa amiga para formar um grupo.

— Viemos aqui pegar um formulário de grupo. — disse Ryusaki.

— Entendi. Vou buscar o formulário.

Enquanto eles preenchiam o formulário, Sankay que já havia colocado as suas informações observava atentamente. Ele queria garantir que ela não escrevesse seu nome e criasse uma bagunça.

Mas Tanis comenta que por ela não ter feito um teste prático, será necessário que faça um agora. 

Após completarem o registro, Dadb foi conduzida ao teste prático. Ela se posicionou diante de Carlile Rortos, um examinador experiente, conhecido por sua força descomunal.

— Você é minha oponente? — perguntou Carlile, olhando para Dadb com um sorriso desafiador.

— Sim — respondeu ela, calmamente. — Posso ir com tudo?

Antes que Carlile pudesse reagir, Sankay gritou:

— Não precisa de tudo! Só o suficiente para derrotá-lo!

Carlile avançou com um golpe potente, mas Dadb desviou com elegância e, num único movimento, o derrubou. Ele caiu inconsciente, para surpresa de todos.

Tanis, impressionada, declarou:

— Rank 1. Parabéns.

Depois de finalizarem o registro de grupo e atenderem Carlile, o grupo partiu para a masmorra. Durante o caminho, Ryusaki sussurrou para Sankay:

— Então, o que vocês faziam naquela hospedaria?

— Do que está falando?

— Eu vi o jeito que ela dorme e lá só tinha uma cama. "Pervertido."

Sankay revirou os olhos, mas logo começou a brigar com Ryusaki, como irmãos costumam fazer.

A briga durou até chegarem à entrada da masmorra, onde uma energia sinistra pairava no ar. Ryusaki sentiu calafrios enquanto olhava para a escuridão.

Por que eu me meti nisso? Porque eu peguei essas missões? E agora?

Antes que pudesse recuar, Sankay empurrou-o para dentro.

— Vai logo, aventureiro corajoso!

Logo eles viram a entrada da masmorra. 

Assim que Ryusaki viu a entrada da masmorra o seu coração começou a ficar ainda mais acelerado e inquieto olhando aqueles túmulos e aquele ambiente de morte e assombração. 

— Que coisa linda esses túmulos! — disse Dadb quebrando assim o silêncio. 

— Ficaria ainda mais bonito se nós encontrarmos alguns mortos-vivos ou fantasmas. — disse Sankay querendo colocar ainda mais medo em seu irmão. 

— Não precisamos encontrá-los agora! — exclamou Ryusaki com tanto medo que suas mãos tremiam. 

— Vamos correr para ver como é lá dentro da masmorra? Talvez tenham mais coisas. — disse Dadb. 

— Não precisamos ir na frente, meu irmão disse que iria na frente e nos protegeria. — disse Sankay para implicar seu irmão. 

— V…Voo….Vouuu ir na frente sim. — exclama gaguejando Ryusaki. 

Assim que Ryusaki termina de falar Sankay corre e o empurra na frente. 

Assim que adentra naquele ambiente sendo empurrado percebe que parece mais com uma caverna e isso o tranquiliza um pouco. 

Mas logo aparecem Dadb e Sankay juntos. 

Eles começam a adentrar na masmorra e nos primeiros momentos encontram com esqueletos que para Ryusaki foi bem comum, afinal até mesmo em seu antigo mundo os jogos usavam isso. 

Enquanto seguiam adentrando mais na masmorra encontraram alguns mortos-vivos que morriam com magia de luz. 

Mas enquanto Sankay se ocupava de derrotar os monstros com Dadb, Ryusaki disse que iria cuidar de coletar as ervas. 

Mesmo com o coração acelerado, Ryusaki sabia que esse era apenas o começo.






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