Gênio Incontrolável em Outro Mundo Brasileira

Autor(a): Berweley Kheyle


Volume 1

Capítulo 23 - A Jornada Até Rokuto!

Em meio aos seus testes e experimentos junto a Dadb ele descobre diversas informações. 

Primeiro descobre que na realidade seus pais precisam ter acesso a magia e serem trimagos, que era como as pessoas conheciam as pessoas que tinham aptidões em 3 elementos, mas além disso ele descobre que existe uma mudança em utilizar magias com nome ou sem. 

Quando Sankay criava uma bola de fogo sem encantamento a magia saia quase que instantaneamente após terminar de ser criada, mas o mesmo não ocorria agora. 

Agora por ter um nome ele consegue sentir as partículas de mana se juntando para formar a magia que ele está imaginando. 

Enquanto lia e estudava o livro viu que dependendo do tamanho do encantamento ele demorava mais tempo, sendo assim acumularia mais poder e consequentemente aumentaria o gasto de mana. 

Então resolveu testar. 

Sankay se preparou e conjurou o encantamento — Ignis( Fogo) .

Esse encantamento criava uma chama pequena de fogo que mal consumia magia e até mesmo uma criança conseguiria realizar algo assim se tivesse energia mágica. 

Depois resolveu testar um encantamento mais longo que viu — Murus ignis vorans gehennae ( Parede de fogo escaldante do inferno).

O encantamento criava uma parede de fogo que era extremamente quente e consumia maior quantidade de magia e somente pessoas com aptidão a magias de fogo conseguiriam utilizar e tendo aumentado a sua energia mágica. 

Além dos testes feitos ele viu a seguinte informação no livro: 

 

Todos os seres têm uma capacidade mágica, mas o que pode definir a sua capacidade de utilização dela é a quantidade de energia mágica presente nela. 


Existem três meios que são calculados para ter uma energia mágica, mas alguns podem aumentar e outros não. 


A energia mágica que nasce com você. 

A energia mágica que você recebe ao ser nomeado. 

A energia mágica conquistada por treino. 


Podemos ver elas com as seguintes capacidades e limites: 



Nascimento

1

5.000

Nomeação

5.001

35.000

Treinamento

Atual

80.000 


Quando uma pessoa nasce ela pode ter uma energia mágica que pode variar entre 1 - 5.000. 

Somente essa capacidade faz com que eles possam aprender feitiços básicos de acordo com suas aptidões. 

Ao receber um nome a pessoa consegue aumentar a sua energia mágica de 5.001 - 35.000. 

Isso depende de como os deuses quiserem, ou seja, é difícil ter o controle sobre isso. 

Além de que pode ocorrer dos deuses nem mesmo mudarem sua energia mágica, mas aqueles que eram vistos como protegidos dos deuses haviam recebido mais 15.000 de energia mágica. 

E a energia mágica que é adquirida por treinamento ainda não sabemos até quando pode aumentar, mas pode chegar ao nível de um Deus com essa capacidade, mas exigiria muito treino e muitas batalhas. 

Atualmente os que tinham o maior poder de aptidão mágica eram os de níveis santos e os magos prodígios que tinham por volta de 80.000 de poder mágico que permitia que algumas magias pudesse destruir um continente. 

Além disso era necessário que cada pessoa para ter conhecimento de quanto poder tinha e quanto usaria captasse a saída mágica ao utilizar suas mágicas que exigia atenção e era entregue uma forma de entender somente para alguns aventureiros com níveis de ouro acima. 




Compreendendo o que estava estudando, Sankay e Dadb permaneceram testando as magias, se conseguiriam controlar a quantidade de saída de magia e assim conseguiriam modificar algo. 

Enquanto isso, Ryusaki que estava preocupado em realizar as missões da masmorra fantasma decide buscar formas para lidar com os fantasmas de maneira mais simples. 

Mas precisaria conversar com as pessoas da guilda ou até mesmo da vila.

Enquanto ele pensava o que falaria com as pessoas sem que elas achassem que ele não queria ver ou enfrentar fantasmas, seus pais deram um grito. 

Ryusaki se assustou e saiu correndo para ver o que estava acontecendo. 

Ao chegar viu seus pais caídos e uma mensagem escrita na mesa apareceu para ele que conseguia ver uma escrita mágica. 

Na mensagem dizia: 

Saiam da minha casa ou enfrentem a nossa ira!

Ryusaki ao ler aquilo morreu de medo do que poderia acontecer e pensou que deveria sair de lá o quanto antes, mas lembrou que seu irmão havia pedido para permanecer lá. 

Imediatamente ele ajudou os seus pais a levantarem. 

— Vocês estão bem? O que vocês viram? —   pergunta Ryusaki.

—  Estamos bem sim. Eu não consegui ver nada. —  disse 1247

—  Eu também não consegui ver muito, mas parecia alguém vivo aqui. —   disse 1478. 

—   Como é? Uma pessoa viva dentro de casa? 

—   Isso mesmo. —   disse 1478. 

Ryusaki resolve não querer saber mais sobre isso,  mas decide conversar com seus pais sobre ele sair um pouco para conseguir algumas informações e pede para que seus pais cuidem de tudo. 

—  Se algo acontecer, não evite de ir atrás de ajuda. —  disse Ryusaki.

Deixou algumas moedas de ouro que ainda tinha para seus pais e saiu. 

Ryusaki segue o seu caminho até a guilda de aventureiros e começa  a questionar sobre como lidar com fantasmas e como poderia lidar com eles, mas a maioria dos aventureiros dizia que precisaria de um sacerdote ou que falasse com o Fabron Forje. 

Mas eles diziam que era melhor ele buscar um sacerdote, pois o Fabon não estava por lá. 

O templo mais próximo é indo para o reino de Rokuto. 

Imediatamente Ryusaki decide sair da vila de Royals. 

Assim que vai caminhando em direção a saída da vila escuta alguém gritando. 

— Rio de Saquê!! É você. — grita uma mulher meio lobo. 

Ryusaki se vira para olhar quem estava chamando, mas pela forma que o chamou já imaginava. 

Ele olhou para trás e viu que era a pessoa que já imaginava ser. 

— Olá, Excia… — disse Ryusaki com um sorriso meio desconcertado. 

— Você também vai viajar Rio de Saquê? — perguntou Excia em tom de deboche para ele. 

— Sim. Mas já te disse que meu nome é Ryusaki e não Rio de Saquê. — responde Ryusaki aparentando estar meio irritado, mas sem manter o contato com Excia. 

— Para onde está indo? Para Rokuto? — perguntou Excia. 

— Sim, vou ir até lá. — responde Ryusaki. 

— Estou indo pra lá, vamos juntos? — pergunta Excia já puxando ele pelo braço. 

— V… Vamos S… Sim. — responde Ryusaki gaguejando meio nervoso por ela estar tocando em seu braço. 

Porque uma mulher está me tocando de forma tão simples? Na minha vida antiga as mulheres me evitavam e eu era visto como se tivesse uma doença contagiosa e agora eu posso passar por isso. Obrigado Deus por me dar essa oportunidade. 

 — Você já foi até lá alguma vez? — perguntou Excia atrapalhando os pensamentos de Ryusaki. 

— Ãn.. Ah não, nunca fui lá. E você? — perguntou Ryusaki. 

— Já fui algumas vezes, mas sou de Rokuto. — disse Excia. 

— Mas o que vai fazer em Rokuto? — pergunta Excia. 

— Preciso resolver algumas coisas no templo. — disse Ryusaki. 

— Então está procurando uma forma de tirar os fantasmas daquela casa né? — pergunta Excia. 

— N… N… Não é nada disso! Sou um aventureiro rank 1. Não tenho medo de fantasmas. — respondeu Ryusaki de forma quase inaudível. 

— Sei, sei. Pode confessar a verdade. — disse Excia. 

— Não estou com medo, mas preciso me prevenir caso ataquem. — disse Ryusaki. 

A viagem até Rokuto demoraria alguns dias, mas durante a viagem, eles passaram por florestas com  monstros e vilas. Ryusaki sempre tentando manter-se calmo e tranquilo, mas Excia sempre estava determinada a atormentar ele a cada oportunidade. 

Sempre que estavam sozinhos na estrada ou em alguma hospedaria, ela imitava gemidos e sussurros fantasmagóricos para assustá-lo.


— Cuidado, Ryusaki... Estou ouvindo um espírito atrás de você… — sussurrou Excia enquanto andavam sozinhos na estrada. 


— N-Não tem nada aí! — disse Ryusaki.

Ela ria, balançando a cauda com satisfação.


— Você é mesmo fácil de assustar Rio de Saquê. Não sei como se tornou aventureiro. — disse Excia.

Apesar do tom provocador, havia algo de acolhedor nas brincadeiras de Excia. 

Cada vez que ela sorria, Ryusaki sentia o rosto esquentar e sua respiração falhar por um segundo. Aos poucos, ele começou a gostar da companhia dela. Gostava do jeito como ela andava ao lado dele, sempre segura de si, e de como seus olhos brilhavam ao provocá-lo e sua cauda demonstrava a alegria quando implicava com ele.

A última noite antes de chegar a cidade de Rokuto os dois montaram um acampamento como sempre, mas dessa vez algo diferente aconteceu. 

Assim que terminaram de montar acampamento eles acenderam o fogo e assim sentaram ao redor da fogueira a luz do luar. 

— Sabe, Rio de Saquê, você até que é bem corajoso por querer enfrentar os fantasmas da casa e da masmorra. — disse Excia puxando assunto. 

— Eu já disse, não tenho medo de fantasmas. — disse Ryusaki meio irritado. 

— Ah claro, mas não foi você que gritou “fantasma” quando uma coruja passou perto de nós uma noite? — pergunta Excia com um sorriso malicioso. 

— Eu só queria alertar, mas se fosse algo perigoso já ajudaria. — respondeu Ryusaki. 

— Sim, claro. E o que mais? Vai me dizer que tem medo das sombras também? Cuidado elas podem te atacar… — disse Excia com um sorriso de ironia. 

Ryusaki irritado ficou sem responder por um tempo. 

— Por que você insiste em me chamar de Rio de Saquê e pegar no meu pé? — pergunta Ryusaki. 

— Porque você insiste em ficar irritado e também parece combinar mais com você: um aventureiro medroso e meio confuso. — disse Excia. 

— Eu não sou medroso e muito menos confuso. — respondeu Ryusaki. 

Ryusaki se levantou dizendo que ia dar uma volta e saiu andando. 

Excia que estava querendo pregar uma peça nele para assustá-lo enquanto caminhava já se preparou. 

Saiu pisando leve como um felino e andou próximo às árvores sem que ele percebesse. 

Ryusaki que estava andando pensativo e sem prestar muita atenção seguiu seu caminho. 

Logo ele percebeu que não estava mais vendo Excia e nem o acampamento e resolveu que deveria voltar, mas assim que se vira ele escuta um galho quebrando. 

Olha para onde o barulho veio e depois escuta um som de vento como se tivesse uma energia maligna. 

— Quem está ai? — pergunta Ryusaki. 

Ninguém responde e logo aparece um vulto próximo a ele. 

Sente a brisa e começa a recuar e voltar para o rumo do acampamento devagar. 

Mas  ele tropeça em uma pedra por estar indo de costas e assim que cai Excia pula em cima dele coberta com algum pano. 

Ryusaki grita e fica bravo, mas Excia revela que era ela. 

Ele solta uma risada meio que forçada. 

— E se fosse o fantasma aqui? Deixaria ele ficar tão perto assim de você? Pronto para te pegar? — pergunta Excia. 

— N…N…Não. É claro que não. — responde Ryusaki. 

Ela então começou a segurá-lo pelo ombro e em cima dele. 

— Mas um fantasma não faria nada disso, muito menos estaria assim. — responde Ryusaki querendo se convencer do mesmo, mas ao mesmo tempo percebeu que uma mulher está sobre ele. 

— Que brincadeira sem graça. — disse Ryusaki. 

— Do que você tem tanto medo, Rio de Saquê? — pergunta Excia percebendo que o olhar dele se encontrava com o dela e o coração dele acelerava. 

Então Excia decidiu se aproximar mais de Ryusaki. 

Seu rosto estava cada vez mais perto do de Ryusaki, mas Ryusaki sentiu seu coração acelerar e sua respiração mudar. 

A tensão dos dois era nítida, mas Excia imediatamente diz — se fosse um fantasma você estaria morto. É melhor que busque um sacerdote logo. 

Ryusaki meio irritado tira ela de cima dele  e fala que não seria a mesma coisa se fosse um fantasma. 

Por um breve momento pensei que iria receber um beijo de uma mulher pela primeira vez, mas se fosse ela não me importaria. 

— Você só deixou porque fui eu a pessoa que te atacou? — perguntou Excia interrompendo os pensamentos de Ryusaki. 

— N… Não. Claro que não. Eu já sabia que você ia fazer alguma coisa como essa. — disse Ryusaki tentando se convencer disso. 

— Ah, Rio de Saquê, você é mesmo adorável. — disse Excia sorrindo e com um olhar penetrante para ele. 

Droga… Ela quase percebeu que estou começando a gostar dela, mas ela pode implicar ainda mais comigo. E porque meu coração está assim tão acelerado. 

Ambos continuaram a voltar para o acampamento, mas o ambiente e os olhares pareciam ter mudado alguma coisa. 

Logo na manhã seguinte chegaram ao Reino de Rokuto. 

Excia vira para Ryusaki e aponta para duas torres altas dentro da muralha que cercava Rokuto e diz — ali é a entrada. 

— Vamos. — diz Ryusaki. 

Assim que chegam ao portão principal, Excia diz — Agora chegou o seu momento de brilhar. Vá até o portão e peça permissão para ir ao templo. Só tome cuidado. 

— Por quê? — pergunta Ryusaki. 

— Eles sempre precisam saber quem veio para o templo e porque. Mas vai descobrir que o templo é um lugar diferente do que você imagina. — disse Excia. 

Ryusaki ficou sem entender as palavras dela, mas perguntou — e você vai para onde agora? 

— Irei para a academia de comércio. — diz Excia. 

— Você estuda na academia? — pergunta Ryusaki. 

— Nos vemos por aí, Rio de Saquê. — disse Excia se despedindo com um sorriso. 

Antes que ele pudesse responder, ela se aproximou do portão. Com um movimento casual, mostrou um cartão para os guardas, que imediatamente se curvaram e a deixaram passar sem questionar.

Ryusaki ficou parado, observando a cena com uma mistura de surpresa e curiosidade.

Quem é ela? Porque os guardas se curvaram para ela? Será que é tão importante assim? 

Ele balançou a cabeça e seguiu em direção ao portão. Após uma breve explicação, os guardas indicaram uma grande torre com o telhado dourado.

— O templo é por alí. — disse o guarda.

Sem perder mais tempo, Ryusaki se dirigiu até o local, embora a presença de Excia ainda o incomodasse. Ela não era apenas uma demi-humana qualquer — disso ele estava certo. Mas o quê, exatamente, ela escondia?

 



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