Gênio Incontrolável em Outro Mundo Brasileira

Volume 1

Capítulo 103 : A Missão de Allister!

Naquele momento Arthen saiu em meio a poeira que tomava de conta do local. 

Ivy estava distante de Sankay e Excia. 

Arthen estava com uma aparência diferente. 

Emanava energia mágica se tornando ameaçador a todos que o viam.

Sankay sabia que aquela era uma situação inesperada. 

Ele ajudou Excia a se sentar e disse para ela sair dali quanto antes. 

Imediatamente correu na direção de Arthen. 

Antes que se aproximasse do adversário foi lançado longe somente pelo choque de energia. 

A energia que Arthen emanava era uma energia quente e parecia um calor. 

Sankay não queria desistir, mas imediatamente se lembrou das palavras de Nefertari. 

Vocês são os escolhidos de Deuses Maiores. 

Quando se lembrou disso ele sentiu uma energia fluindo em seu corpo. 

Antes que Arthen começasse qualquer ataque, Sankay correu em direção a ele. 

Mas dessa vez conseguiu se aproximar. 

Os golpes de Sankay conseguiram atingir Arthen. 

Mas Arthen não os defendia. 

Apenas permanecia parado e emanando uma energia esmagadora. 

Ivy começou a tentar se levantar. 

Foi nesse momento que Arthen começou a olhar na direção de Ivy e disse — Você está interferindo em assuntos que não deveria interferir. 

Aquelas palavras soaram como se não viessem de Arthen, ele parecia ser controlado por alguém. 

Após dizer aquelas palavras ele saiu imediatamente dali. 

Correndo na direção de onde Sartre e Dadb estavam batalhando. 

Sankay tentou impedir que ele passasse, mas foi arrastado por alguns metros por Arthen. 

Ele utilizava sua força para tentar deter Arthen. 

Mas parecia que a mesma não era suficiente. 

Arthen conseguiu aumentar a força e começou novamente a se mover arrastando Sankay. 

Sankay forçou ainda mais para evitar que ele saísse dali. 

Mas antes que pudesse usar mais de seu poder vieram magias de fogo de ambas as direções. 

Esquerda e direita. 

Sugiram fogo em formato de uma mão. 

Sankay tentou usar sua magia para se proteger, mas nesse momento diminuiu a força que tentava usar para segurar Arthen. 

Arthen correu na direção de Sartre. 

Sankay havia caído no chão, mas não havia sido muito ferido. 

Ele utilizou magia para curar suas feridas. 

Em pouco tempo estava se sentindo bem. 

Imediatamente correu em direção à batalha. 

Foi seguindo Arthen que corria a toda velocidade. 

Enquanto Sankay ia atrás de Arthen. 

Ryusaki apareceu na vila onde seus pais estavam. 

Quando apareceu na vila percebeu uma energia totalmente diferente. 

Era uma energia sombria. 

Ryusaki havia aparecido na entrada da vila. 

Desde que Ryusaki havia ido aquela vila ela sempre parecia muito acolhedora e muito tranquila. 

Cheia de movimento e de pessoas andando para todo lado. 

O céu estava escuro naquele local. 

Ryusaki tinha que ir procurar seus pais naquele lugar. 

Foi correndo em direção à vila. 

Observava os locais vazios e os comércios todos fechados. 

Aquilo era muito estranho. 

Enquanto corria ele escutou uma pessoa assobiando para ele. 

Quando olhou na direção de onde vinha aquele som ele percebeu que se tratava de um amigo. 

Fabron Forge. 

Ryusaki correu na direção do ferreiro que permanecia escondido entre algumas casas em uma espécie de beco. 

— O que houve com a vila? — Questionou Ryusaki. 

— Allister aconteceu. — disse Fabron. 

— Aquele filho do rei idiota? — afirmou Ryusaki. 

Fabron acenou afirmativamente com sua cabeça. 

— Ele chegou procurando dois escravos que estavam escondidos na vila. — explicou Fabron. 

Ao escutar a explicação os olhos de Ryusaki se arregalaram. 

— Fique tranquilo, seu que são seus pais. Escondi eles em minha loja. — disse Fabron. 

— Obrigado. — agradeceu Ryusaki. 

Fabron Forge começou a ir na direção de uma porta naquele beco. 

Levantou a porta no chão do beco. 

— Venha. — sentenciou Fabron. 

Ryusaki não o questionou, apenas o seguiu. 

Fabron foi seguindo por uma rota subterrânea com pouca iluminação. 

Era uma construção de pedras que formavam um corredor de 2 metros de altura e 3 metros de largura. 

Ryusaki e Fabron continuaram o caminho em linha reta pelo corredor subterrâneo. 

Após algum tempo andando eles começaram a ver um espaço maior a frente. 

Aquele corredor ia diretamente para uma peque sala de pedras, nela havia três portas e alavancas nelas. 

Fabron se aproximou da alavanca do meio e movimentou a alavanca para baixo 3 vezes e a da lateral esquerda duas vezes. 

Imediatamente a porta do meio abriu e ela chegou a um ambiente que lembrava Ryusaki da arena na loja de Fabron. 

No momento em que eles entraram na arena, não conseguiram sentir a energia de ninguém. 

Mas ao olhar atentamente perceberam que Allister estava com alguns guardas e segurando os pais de Ryusaki. 

Allister segurava a mãe de Ryusaki pelo pescoço. 

O pai de Ryusaki estava tentando ajudar ela, mas os guardas batiam nele. 

Aquela cena causava raiva em Ryusaki. 

Antes que ele pronunciasse qualquer coisa, teleportou diretamente para o lado de Allister. 

— Solte os meus pais! — gritou Ryusaki com raiva e em pleno ataque. 

A espada de Ryusaki veio na direção de Allister, mas o mesmo conseguiu desviar. 

No momento em que desviou do golpe de Ryusaki ele começou a apertar o pescoço da mãe dele. 

— É melhor não fazer nada estúpido. — sentenciou Allister. 

A mãe de Ryusaki o olhava com tristeza. 

Os olhos dela pareciam tentar de alguma forma tranquilizar ele para deixar as coisas acontecerem. 

Ryusaki recuou alguns passos. 

— Isso mesmo garoto. Se mantenha afastado e seus pais podem durar mais. — disse Allister sorrindo ao terminar de falar. 

Ryusaki apertava suas mãos no cabo da sua espada com força. 

O sangue de Ryusaki fervia de raiva. 

— Por quê você está com os meus pais? — Perguntou Ryusaki. 

— Estou seguindo as ordens de um Deus, mas preciso levar esses dois escravos que não valem nada para ele. — disse Allister sorrindo. 

Aquelas palavras fizeram Ryusaki sentir ainda mais raiva daquilo. 

Ele tentou dar um passo a frente. 

No exato momento em que ele evidenciou um passo, Allister apertou o pescoço de sua mãe. 

A situação parecia sem saída. 

Fabron estava lá atrás observando. 

— Fique calmo garoto. — disse Fabron Forge se aproximando de Ryusaki. 

Nesse momento colocou a mão em seu ombro e repetiu novamente. 

— Fique calmo garoto. — repetiu Fabron. 

Ryusaki virou seus olhos na direção de Fabron e percebeu que ele falou, mas parecia balbuciar algumas palavras. 

Parecia um encantamento mágico. 

Quando Fabron acenou para ele Ryusaki começou a correr na direção de seus pais. 

Fabron ativou sua magia. 

Plantas surgiram do chão da arena e vinhas se prenderam aos soldados que seguravam seus pais. 

Os soldados deram uma folga para 1247 e ele saiu correndo em direção de Allister. 

Allister estava sendo atacado por 1247 e por Ryusaki. 

Antes que eles se aproximassem dele, o mesmo fez uma magia de fogo sob a sua pele e formou uma espécie de agulha. 

Uma agulha formada com fogo que se aproximava do pescoço de 1478. 

Após essa ameaça, ambos pararam o ataque. 

Mas Fabron usou suas plantas para lançar o pai de Ryusaki na direção em que eles estavam. 

1247 foi lançado no ar. 

Ryusaki começou a ficar com esperanças de salvar o seu pai com a ajuda de Fabron. 

Mas enquanto seu pai estava no ar, Allister lançou diversas magias de fogo em sua direção. 

Ryusaki mal teve tempo de reagir. 

Mas quando ele conseguiu colocar barreiras próximas ao seu pai, ele havia sido atingido por algumas magias de fogo. 

Algumas queimaram seu braço e sua perna. 

O pai de Ryusaki foi aparado por plantas que Fabron controlava. 

Ryusaki queria ir ao encontro de seu pai, mas quando fez o movimento de sair do local em que estava, Allister espetou a agulha formada por fogo na garganta de sua mãe. 

— Você tem a escolha de me deixar levar ambos ou escolher quem você vai salvar. — disse Allister. 

Ryusaki ficou pensativo, mas com o sangue fervendo e querendo a qualquer custo ferir aquele idiota. 

Não era a primeira vez que ele encontrava seus pais para atingir ele de alguma forma. 

Enquanto eles permaneciam nesse impasse. 

Allister recebeu uma ordem. 

— Parece que seu tempo acabou. — disse Allister. 

No momento em que finalizou sua fala começou a perfurar a garganta da mãe de Ryusaki com a agulha de fogo. 

Ela gritava de dor e Ryusaki usou sua magia para estar ali ao lado. 

Mas Allister criou uma espada de fogo no ar para defender o ataque de Ryusaki. 

Ao mesmo tempo que recuava com a escrava. 

Ryusaki quebrou a magia da espada com alguns golpes. 

Sua fúria transbordava. 

Era perceptível a irritação. 

Sempre que Ryusaki aparecia ao lado de Allister ele encontrava uma forma de defender. 

Mas sabendo que não conseguiria recuar por muito tempo, Allister desfez a magia de fogo em forma de agulha e pegou uma pequena adaga em sua bolsa mágica. 

Era uma adaga negra e com pedras roxas encrustadas em seu cabo. 

Aquela adaga o lembrava a adaga que Arthen carregava com ele. 

Os pensamentos tomaram de conta de Ryusaki. 

Várias questões e soluções começaram a surgir tentando conectar a adaga com a que havia visto e como poderia resolver caso ela tivesse maldiçoes assim como a de Arthen. 

Ele parou de correr atrás de Allister e disse. 

— Espere, essa adaga está amaldiçoada. Não faça isso! — sentenciou Ryusaki. 

Allister parou e aproximou a adaga da garganta de 1478 e começou a sorrir. 

— Então você já conhece esse tipo de adaga? — Questionou Allister. 

Ryusaki acenou afirmativamente. 

Allister continuou sorrindo da situação. 

— O que você quer com eles? Aquele Deus está te controlando. — afirmou Ryusaki. 

— Vou cumprir a missão dada a mim como o escolhido de um Deus. — sentenciou Allister. 

Aquela resposta lembrou a Ryusaki que o Rei também era um escolhido. 

— Você também é um escolhido? Mas como se seu pai está sendo o escolhido de Sartre? — Questionou Ryusaki. 

O semblante de Allister demonstrava claramente que estava confuso. 

— A família Raijin é a escolhida dos Deuses para acabar com esses malditos escravos e adoradores dessas raças medíocres. — sentenciou Allister claramente com raiva. 

— Mas o que meus pais e eu fizemos? — Perguntou Ryusaki tentando ganhar algum tempo. 

— Você e seu irmão já me atrapalham desde o momento em que apareceram naquela masmorra. — sentenciou Allister irritado. 

— Mas meus pais não fizeram nada a você. — disse Ryusaki. 

Allister começou a sorrir e disse — Não, mas deram à luz a imundos como vocês que andam com mestiços e se juntaram ao rei Demônio. 

Assim que Allister cessou as suas palavras, foi atingido por um jato de água com magia de ar que apareceu atrás dele. 

A magia perfurou seu ombro causando um ferimento. 

No momento em que Allister foi atingido ele se movimentou e cortou com a adaga que estava em sua mão a 1478(Mãe de Ryusaki). 

A adaga perfurou o pescoço de 1478. 

Allister gritou com dor e soltou a mãe de Ryusaki. 

Ryusaki se apressou e teleportou para o local para levar sua mãe. 

Mas no momento em que foi retornar com ela para onde sue pai estava, Allister se segurou em seu braço. 

Foi junto a Ryusaki até o seu pai. 

A adaga foi lançada por Allister antes que Ryusaki pudesse colocar sua mãe no chão e se soltar de Allister. 

Em pouco segundos a adaga encontrou o peito de 1247. 

Cravada no peito de 1247, a adaga começou a deixar a região roxa. 

Ryusaki conseguiu se soltar de Allister. 

Nesse momento Allister correu em direção à saída. 

Fabron Forge tentou acertá-lo com suas magias, mas Allister as bloqueava e lançava outras de fogo em sua direção. 

Ryusaki encontrara seus pais, mas ambos acabaram de ser feridos pela adaga amaldiçoada de Allister. 

Allister conseguiu fugir dali. 

Ryusaki começou a chorar e juntou seus pais. 

Em meio aos prantos ele disse — Vou levá-los até meu irmão ele vai curar vocês. 

Nesse momento 1247 toca no braço de Ryusaki. 

— Filho não precisa. — disse 1247. 

Os soluços de Ryusaki eram misturados ao choro e a aflição de não conseguir protegê-los. 

— Fique calmo filho, já estávamos feridos antes de você aparecer. — disse 1478. 

— O quê? — Ryusaki esboçou um grito. 

— Eles já havia nos ferido e torturado antes de você chegar. Aquela adaga já havia sido usada em nós dois. — explicou 1247. 

Ao escutar a explicação, Ryusaki sentiu ainda mais raiva por não chegar antes. 

— Isso é só por que demorei. — disse Ryusaki. 

O pai de Ryusaki apertou a sua mão e disse — Filho preciso contar algo que nós não falamos antes.