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Capítulo 13: Treinamento na Dungeon (1)
— Todos conhecem as origens da magia, mas foi apenas quando o “Mago Branco”, também chamado de Mago Progenitor, espalhou a magia pelo mundo que humanos e outras raças puderam manipulá-la.
Na verdade, a classe de magia era altamente subdividida.
Trajetória de Mana, uma Introdução à Magia Fundamental Avançada, era um estudo sobre a relação entre realidade e direcionamento, e assim por diante…
E, como em qualquer outro mundo, as aulas eram extremamente entediantes. O professor Raiden, em particular, não era popular por causa de sua voz característica, aguda e agressiva, que estressava os ouvintes.
— Depois de espalhar Magia Natural para os elfos, Magia de Manipulação Metálica para os anões e Magia Elemental para os humanos, o Mago Progenitor desapareceu.
— Então, alguém sabe para onde o Mago Progenitor foi depois disso?
— Eu!
— Fale.
— Ele foi para o Céu e ensinou Magia da Luz aos anjos, depois transmitiu Magia das Trevas aos demônios no Submundo.
— Exato.
Eu estava com sono pra caramba. Independente de ter algo que eu já soubesse ou não, a aula era muito chata. Como vou ouvir isso por três anos…?
Mas essa aula era bem importante. Isso porque podia haver informações que me aproximassem do “Final Verdadeiro”.
O professor Raiden alinhava coisas no quadro com o marcador, usando sua voz irritante de costume.
— Mas havia algumas coisas que o Mago Progenitor não esperava. A curiosidade humana não parou na Magia Elemental. Magos humanos começaram a viajar pelo mundo e roubaram a magia de outras raças. Assim nasceu a magia moderna.¹
Bocejei silenciosamente e olhei ao redor. Sentada um pouco mais afastada, Eisel chamou minha atenção. Será que ela originalmente fazia essa aula? Pelo que eu lembrava, nenhum personagem principal assistia às aulas do Raiden.
— As pessoas também não ficaram satisfeitas com isso. Queriam mais conhecimento e mais magia. Porém, os humanos não conseguiam aprender mais nenhum tipo de magia. Isso porque o Mago Progenitor desapareceu deixando para trás as “Doze Novas Luas” no mundo. Alguém sabe sobre essas Doze Novas Luas?
Finalmente, o ponto principal apareceu, e minhas orelhas se animaram. Porque esse era o assunto que mais me preocupava: as Doze Novas Luas.
Um aluno ergueu a mão, e o professor Raiden fez um gesto para que ele falasse.
— Responda.
— Dizem que as Doze Novas Luas são guardiãs posicionadas para proteger o equilíbrio dos continentes, e que até cerca de mil anos atrás elas se espalhavam pelo mundo e observavam os continentes.
— Correto. Cada uma defendia um continente com seus poderes especiais.
O professor escreveu quatro letras no quadro.
— Por exemplo, dizia-se que a Nova Lua da Chama, que simboliza o fogo, era uma chama vermelha que jamais se apagava. Ainda hoje, dizem que, se você entrar no “mar profundo de Alamanca”, pode ver essa chama vermelha, então, se tiver interesse, pode entrar lá para verificar.¹
Ele não estava brincando, mas os alunos explodiram em risos. O mar profundo de Alamanca era uma “Zona Absolutamente Proibida”, governada pelo Rei dos Mares Alamanca. Não era um lugar onde seres terrestres ousariam entrar.
Talvez hoje fosse o único dia do ano em que o professor Raiden fazia uma piada realmente engraçada.
— Concentrem-se.
Uma tela luminosa brilhou no ar, e a risada cessou quando Raiden falou. Os alunos focaram em algumas imagens flutuando diante deles.
O mar profundo de Alamanca.
No fundo do mar, onde apenas a escuridão reinava, uma chama vermelha brilhante — que parecia capaz de iluminar o mundo inteiro — era envolvida por um polvo gigantesco. O polvo dormia, acorrentado, mas estranhamente, a chama não o queimava apesar de estar presa ao seu corpo.
A próxima imagem foi tirada em um lugar chamado “Costa de Levien”.
Um enorme redemoinho se formava no meio do mar. O vórtice catastrófico, com um diâmetro de quinhentos metros, estava completamente congelado pelo poder da “Décima Segunda Lua de Bronze”.¹
Um fenômeno misterioso, difícil de explicar até com magia. Era tão surpreendente que meu sono desapareceu.
— Dessa forma, cada Nova Lua tem suas próprias habilidades únicas, e dizem que, quando todas elas se reúnem, algo muito especial acontece.
— O que acontece?
Pela primeira vez, o professor Raiden ficou sem palavras diante de uma pergunta de um aluno.
— Isso… ninguém sabe. Porque nunca, na história, todas as Novas Luas estiveram reunidas. Certo. Isso porque as Novas Luas nunca despertaram desde que adormeceram há mil anos.
Como jogador, eu até tinha encontrado partes relacionadas às Doze Novas Luas enquanto jogava.
Aqueles que completavam seus eventos ganhavam habilidades especiais ou recebiam itens das Novas Luas — e, naturalmente, eu tinha grande interesse nelas, pois eram absurdamente poderosas.
No total, encontrei cinco Novas Luas.
E isso só foi possível combinando informações de outros jogadores. Encontrei essas cinco no fim de caminhos extremamente difíceis, e não havia jogador que tivesse coletado mais Novas Luas do que eu.
Por isso, pensei que a existência das “Doze Novas Luas” poderia estar diretamente ligada ao “Final Verdadeiro”.
Dez anos. Por dez anos, incontáveis jogadores passaram pelo jogo com inúmeras escolhas e viram incontáveis finais.
Mas, se ninguém viu o Final Verdadeiro… não estaria a resposta em algo que ninguém havia alcançado?
E isso eram as Doze Novas Luas.
Mesmo no jogo, apesar da dificuldade extrema, consegui coletar cinco Novas Luas enquanto rondava a beira da morte várias vezes…
E, ainda assim, não consegui chegar ao Final Verdadeiro. Só restava tentar de novo…
Depois da aula do Raiden, eu estava caminhando pelo corredor em direção à próxima aula quando alguém me chamou por trás.
— Com licença.
— Hã?
Era Eisel. Ela se aproximou com uma expressão levemente insatisfeita e disse:
— Você… por que está assistindo essa aula?
— Por que eu assisto? Que pergunta nada a ver.
— Responda.
— Bem…
Na verdade, a aula sobre as Novas Luas não era muito popular.
A magia era baseada em desdobrar cálculos matemáticos, organizar e controlar o fluxo de mana, mas a “filosofia das Novas Luas” não tinha nada disso.
Para usar uma analogia, era como feitiçaria ou bruxaria: rezar para as Doze Luas, que talvez estivessem vivas em algum lugar, pegar emprestado seu poder e herdar habilidades especiais.
Assim como o professor Raiden, muitas pessoas veneravam as Novas Luas e praticavam a magia delas. Contudo, esse método não era amplamente aceito, porque suas vantagens sobre a magia tradicional nunca foram claramente comprovadas.
Em algumas regiões, dizia-se que membros da Igreja da Nova Lua eram até tratados como hereges e expulsos.
— Só estou assistindo porque me interesso.
— … Só isso?
— Sim.
— …
Ela fechou a boca por um momento, pensou e, depois de me encarar por um tempo, abriu os lábios novamente:
— Então… hmm. Isso tem a ver com notas?
— Estudo das Novas Luas é meu hobby.
De qualquer forma, algo estava estranho.
— Parece que você não estava na orientação do Estudo das Novas Luas. Quando você se inscreveu?¹
— Bem, eu…
Agora que pensei nisso, o período de alteração de matrícula ainda estava aberto.
— Você se inscreveu no Estudo das Novas Luas por acaso? Você conhece o charme das Novas Luas?
— Não? Do que você está falando?
Depois de dizer isso, Eisel virou as costas e desapareceu.
— Ou não… por que você está assim?
Deixando a pergunta no ar, segui para assistir à próxima aula. As aulas iam até a tarde hoje.
Bang! Bang!
Um enorme espantalho de treino explodiu em chamas, causando uma explosão massiva. Durante a Aula Prática de Combate, os estudantes lançavam ataques mágicos contra o alvo usando magias compatíveis com seus atributos.
— Não se trata apenas de lançar forte e rápido. O que importa é a precisão. Mesmo que você tenha uma magia poderosa, ela é inútil se não acertar o inimigo, certo? — disse o professor Hong Yi-El, do atributo fogo.
Assim que suas palavras caíram, o espantalho encolheu e começou a correr de um lado para o outro.
Os ataques dos alunos explodiam no ar sem sequer arranhar o alvo — e o mesmo aconteceu com o ataque de Hong Bi-Yeon.
Thud!
Ela franziu o cenho, puxou o cajado com irritação e lançou uma esfera de fogo. O poder dela era alto, mas ela simplesmente não acertava nada.
Hong Yi-El passou ao lado da filha e sussurrou:
— …Isso está péssimo, Bi-Yeon.
Hong Bi-Yeon empalideceu com aquelas palavras, mas fechou os olhos com força, tentando não demonstrar seu caos interior. Mordendo os lábios trêmulos, levantou novamente o cajado.
Ela sentiu que não conseguiria, então acabou abaixando o cajado de novo.
— Hmm…
Uma pressão esmagadora caiu sobre seu peito. Ela lutava para respirar enquanto o suor frio escorria pela testa.
Você não pode demonstrar. Não pode mostrar sua vulnerabilidade.
Bi-Yeon sentia que poderia desmaiar a qualquer momento, mas resistiu com uma força mental sobre-humana. Uma garota se aproximou enquanto ela ainda tentava se recompor.
— Uau… Princesa, você é incrível.
— …O quê?
— Usou a mesma magia que eu, mas o seu poder foi três vezes maior.
Essa pirralha percebe como eu estou, ou só está falando besteira sem pensar?
— Mas, de que adianta? É inútil. Eu mal consigo acertar o alvo. Tenho inveja de você… sua precisão é muito maior.
— …Mas, se a Princesa praticar um pouco mais, não superaria alguém como eu facilmente?
O que você quer dizer com isso?
Hong Bi-Yeon ignorou as palavras da garota, pegou o cajado e se levantou. Graças à conversa, a pressão em seu peito diminuiu um pouco.
Pensando bem… ela também é uma maga do fogo?
Arshuang… acho que já ouvi esse nome.
Fora da academia, havia sido um alvoroço quando se espalhou a notícia de que surgira o maior talento do atributo fogo de todos os tempos. Mas, quando Arshuang finalmente entrou na Stella, suas habilidades eram tão fracas que nem chegavam perto das de Hong Bi-Yeon.
Claro, isso era natural. Hong Bi-Yeon era um gênio de nível mundial — não apenas “de todos os tempos”. Para ela, derrotar alguém daquele nível não despertava nem orgulho.
— Fuu…
Depois disso, Bi-Yeon passou um bom tempo tentando acertar o espantalho em fuga, e assim que a aula terminou, disparou para fora da sala.
Ela não suportava olhar para o rosto da mãe por nem mais um segundo.
— Uff…
Chegando à sala de descanso, desabou numa cadeira. Até suas pernas estavam dormentes, sem força alguma.
Talvez fosse porque ela se forçara duas ou três vezes mais do que outros alunos, ou talvez o peso psicológico tivesse sido ainda pior.
— Princesa.
— Yuri, que bom. Me traz uma bebida… e bala de ginseng vermelho também.
— Aqui está.
Yuri, a guarda pessoal da princesa, era alta para uma mulher, chegando perto de 1,70m. Hong Bi-Yeon, com 1,60m, sempre precisava erguer um pouco o olhar para encará-la.
— E então, alguma novidade?
— Sim. Sobre a remodelagem do cajado que a senhorita pediu.
— Ah, aquilo…
Bi-Yeon tocou o queixo, pensativa. Sabia que alguns alquimistas usavam cajados remodelados — mas nunca vira um mago fazer isso.
Ele é estranho de várias maneiras.
Um garoto que ressoou com um cajado de grau intermediário-superior, que estava em último lugar na escola inteira e ainda assim entrou na Classe S…
— A espada mágica é possível?
— Como o cajado é muito bom, o produto final também deve ser de boa qualidade. Porém, há um detalhe um pouco… questionável.
— Questionável?
— É que… o cajado tenta sugar a mana do dono.
— O quê? Isso não é tabu?
— Não exatamente. Ele parece estar constantemente ressoando com a mana natural ao redor.
— Que tipo de cajado estranho ele conseguiu? Stella é mesmo um lugar esquisito.
Continuamente absorver a mana do usuário e, ao mesmo tempo, ressoar com a mana natural? Só de ouvir já parece absurdo.
— …Como um cajado desses é apenas grau intermediário-superior?
— Exatamente por isso ele foi classificado nesse grau.
— Como assim?
Yuri suspirou, sem saber como explicar.
— Originalmente, seu desempenho seria superior. Ele amplifica explosivamente o poder mágico do usuário, aumentando-o de forma absurda. Mas foi rebaixado porque suga a mana de quem o segura.
— S-Superior?! Como é que um estudante anda por aí com algo assim?
— Eu também não entendo.
Hong Bi-Yeon tinha certeza de que aquele cajado jamais deveria ser capaz de ressoar com alguém. Então… como aquele plebeu conseguiu?
O que esse garoto estranho está fazendo?
Não que ela desejasse aquele cajado. A habilidade de aumentar a força da magia era atraente, mas o preço — perder mana continuamente — era alto demais.
— Acho que ele não usaria mesmo se eu entregasse o cajado pronto. Não sei se ele tem mana demais… ou se não tem mana nenhuma.
Aquilo era ainda mais estranho. Se ele não tivesse mana, não poderia ser mago. Então por que usar um cajado?
— …Não sei. O plebeu que se vire. Eu só vou fazer o que me pediram.
O dono é único… e o cajado também.
Ela nunca havia ficado pensando tanto em um plebeu antes, mas Baek Yu-Seol simplesmente não saía de sua cabeça — por vários motivos.
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