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Capítulo 12: Um Fracasso na Turma S (5)
Fim da tarde.
Depois de terminar a “Aula Especial” da Hong Bi-Yeon, saí imediatamente do terreno da academia e fui para Arcanium.
Eu precisava ir a uma livraria.
— Será que ela realmente acredita em tudo aquilo?
Pensar no que eu tinha acabado de fazer me enchia de vergonha e culpa.
Hong Bi-Yeon. Ela era obviamente uma maga boa e inteligente, mas sua desvantagem era ter um modo de pensar extremamente estereotipado.
Mas isso não significava que eu deveria ter me aproveitado dela.
— Bem, tanto faz, afinal ela é uma vilã mesmo.
Não tinha escolha. Agora, a imagem de Argento como espada mágica estava pairando na minha frente.
Eu precisava converter Argento em uma espada mágica o mais rápido possível para aumentar minha interferência no enredo da academia.
— Chega de pensar nisso. Preciso comprar os livros.
Amanhã eu precisaria dos livros da minha especialização, já que iria começar a participar das aulas práticas e teóricas de verdade.
Enquanto caminhava pelas ruas da cidade mágica de Arcanium, uma vista panorâmica da colorida Torre dos Magos e das inúmeras academias de magia se abria diante de mim.
Carruagens eram puxadas por cavalos alados, e pequenas ilhas flutuantes pairavam no ar. As ruas estavam bem cheias, com estudantes, incluindo eu, que saíam às pressas para comprar livros. Homens e mulheres andavam em pares.
Realmente, esses jovens eram muito animados.
As ruas eram bem pavimentadas, e prédios iluminados com diversas cores se alinhavam ao longo do caminho. Assim que entrei em um beco enquanto observava a essência da engenharia mágica, ativei Flash para avançar rapidamente.
— É aqui? Não consigo lembrar.
No jogo, bastava apertar “assistir à aula”, mas na vida real, era preciso um livro da matéria.
Outra coisa absurda era que as notas aumentavam dependendo de qual livro de especialização fosse usado.
No começo, eu lembrava de comprar livros em uma livraria famosa da cidade. Havia muitos tipos de livros e muitos clientes, então parecia melhor, de qualquer forma.
Mas eu estava enganado. Mais tarde, os jogadores descobriram que havia livros escondidos por toda a cidade que aumentavam as notas.
Em particular, a livraria onde esses livros mais apareciam era a “livraria sem nome”. Ela ganhara esse nome porque sua placa era completamente vazia.
Depois de caminhar um pouco pelo beco, cheguei à tal livraria sem nome. Era um lugar bem antigo.
Ao abrir a porta de madeira rangente da livraria decadente, que parecia capaz de assustar até fantasmas, o cheiro de livros mofados me atingiu.
Havia um velho cochilando no balcão. Aquele velho pervertido fingia dormir daquele jeito, mas observava os clientes usando detecção mágica. Bem, magos longevos sempre tinham suas manias.
Sem hesitar, caminhei para dentro. Apesar de antiga, ali havia as “Anotações Escritas à Mão de Maela”. Ele tinha se formado na Academia Stella como melhor aluno há 10 anos.
Eu não sabia por que aquilo estava sendo vendido ali… mas se você fizesse a aula de engenharia mágica com aquelas anotações, tirava nota perfeita quase sempre.
Minhas notas talvez não importassem tanto por causa do Sentient Spec, mas havia receitas ocultas dentro delas, então eu poderia encontrar algo útil mais tarde.
— Com isso, posso estudar o resto só com livros simples.
Afinal, eu tirava nota perfeita graças ao Sentient Spec.
— Vamos ver… Acho que encontrei.
Ninguém tinha tocado nelas. O nome de Maela estava claramente escrito nas “Anotações de Teoria de Engenharia Mágica”. Alguns podiam reclamar das marcas de uso, mas para mim aquilo era uma vantagem. Livros antigos, aliás, eram sempre melhores.
Quando estendi a mão para pegá-las, um pulso branco apareceu do outro lado e segurou o livro que eu tinha escolhido.
— ...?
— Oh?
Virei um pouco a cabeça e vi uma garota de cabelo azul-celeste, um pouco menor que eu, puxando apressada as mãos como se tivesse tocado fogo.
Quando recuperei minha mão, fiquei sinceramente confuso ao reconhecê-la.
— Eh, Eisel?
— O quê. Você me conhece?
— Hã? Ah, você sabe… você é famosa.
Era porque Eisel Morph, também chamada de “Senhorita Miserável”, estava me encarando com um velho livro usado nos braços.
Ela afastou uma mecha do cabelo azul-celeste ondulante e me fitou intensamente.
— Ah, você… o de antes?
— Uhh.
“Ótimo que você lembre de mim, mas não dá pra lembrar que já nos vimos duas vezes antes?”
Eisel ficou me olhando por um tempo e depois balançou a cabeça.
— Eu gostei da discussão mais cedo… Foi meio decepcionante você não ter explicado até o fim.
Pensando bem, Eisel não tinha conseguido resolver todos aqueles problemas. Então, enquanto tentava resolvê-los, podia ou não haver uma rota que a aproximava do Mayuseong.
— Enfim, foi bom encontrar você — disse ela, virando o rosto com indiferença e indo para o outro lado.
Mas por que ela estava numa loja de livros usados?
Apressado, puxei o caderno de Maela. Como eu não tinha perdido aquilo, tudo estava indo bem.
Depois fui pegando outros livros, um por um, enquanto olhava de canto de olho para Eisel.
Ela pegava vários livros, mas parecia se preocupar com o preço na etiqueta.
— Ah, então é isso.
Essa livraria vendia principalmente livros usados, então raramente alguém vinha aqui… a não ser estudantes pobres como eu.
Mas entrar em uma das cinco escolas prestigiosas de Arcanium era algo apenas para pessoas realmente ricas. Significava que os poucos estudantes com uma origem como a minha tinham que gastar todas as economias da vida antes que seus pais morressem para pagar a matrícula.
Ou seja, vir a uma livraria improvisada… significava que ela era tão pobre quanto eu.
— Meio triste.
Depois da queda de sua família, Eisel teve que viver uma vida completamente distante de seu passado luxuoso. Ela havia perdido tudo no intervalo de poucos meses.
Ela estava olhando as etiquetas de preço dos livros velhos na livraria porque ela, que costumava cortar filé em todas as refeições, não tinha dinheiro suficiente para comprar um livro decente.
Além disso, até mesmo no romance original, ela tinha um final trágico. E, neste mundo onde Edna havia assumido o papel de protagonista, ela estava destinada a morrer antes mesmo de chegar ao seu trágico fim.
No final, essa mulher seria infeliz por toda a vida e pereceria diante dos olhos de todos.
— Eh, sei lá.
Enquanto eu escolhia os livros que queria na livraria, mais de dez já estavam empilhados.
Coloquei tudo no balcão! O velho abriu os olhos, surpreso, quando empilhei os livros.
Quê? Mesmo com os olhos fechados, eu sentia o olhar dele o tempo todo.
— Mas o que é isso… Como você trouxe tudo isso?
— Usei a força.
Olhando para o lado, Eisel mantinha distância, com os olhos semicerrados. Ela examinava cuidadosamente os livros que eu tinha escolhido.
— Por quê?
Eu tentei acrescentar algo, mas Eisel respondeu antes do esperado.
— Não, é só que… não sei, achei que você escolheu umas matérias interessantes.
“Tenho certeza de que você só quer me insultar.”
— Tipo o quê?
— Tipo tudo. Por que você faria Teoria Avançada de Selamento?
— Ah, isso? É uma matéria sem perspectivas.
Selamento era uma magia muito antiga que expressava magia por meio de objetos — por exemplo, cajados. Porém, com o surgimento da tecnologia de “Encantamento”, desenvolvida pela alquimia e pela engenharia mágica, o selamento acabou se tornando uma arte naturalmente esquecida.
Diziam até que sua única conquista real tinha sido inventar o cajado.
O governo mágico cortou o suporte aos estudos de selamento e, enquanto os estudiosos perdiam seus cargos, poucos estudantes se ofereciam para cursar aquela matéria, que estava prestes a ser abolida.
Mas eu sabia que a matéria não seria encerrada e sobreviveria até o fim. Dava para gastar menos tempo do que em qualquer outra disciplina e ainda tirar nota alta.
— Você sabe que não tem futuro. Então por que…?
Ela olhou para mim com uma expressão que dizia nitidamente: “Que besteira é essa?”
Eu não podia dizer que tinha visto isso no jogo. Seria vergonhoso.
— Enfim, tenho que ir.
Era difícil continuar a conversa, então saí correndo da livraria, olhando para trás e vendo Eisel encarar o livro Introdução aos Estudos de Selamento com uma expressão curiosa.
Sua expressão, porém, não parecia muito promissora.
***
No dia seguinte.
Hoje era, de fato, o primeiro dia de aula.
— A primeira aula…
Eisel conferiu seu horário e viu que a primeira disciplina na Academia Stella era uma matéria chamada “Como Observar o Vazio”.
Diziam que era fácil tirar boas notas ali, então, mesmo sendo uma aula pouco procurada, ela se inscreveu rapidamente.
— Você também está na aula do vazio?
— Você também? Ah… estou ferrada. Você estuda melhor do que eu.
— Você veio aqui pelas notas também?
— Não é óbvio? Achei que só alguns amigos mais espertos saberiam disso, mas tem gente demais. Tô ferrada já no primeiro semestre…
Contudo, quando se espalhou a informação de que era simples conseguir boas notas, um grande número de alunos se reuniu. Além disso, estudantes que não recebiam bolsas por não estarem no topo da lista foram obrigados a tomar uma decisão.
— Hmm… complicado.
Não era nada bom para Eisel, que precisava sempre estar no topo para manter a bolsa. “Tenho que me esforçar mais nas outras matérias.”
O tempo era curto e havia muito a estudar. Não havia espaço para lamentar o passado.
Caminhando pelo corredor, Eisel de repente ouviu um grupo de alunos conversando sobre o menu do almoço.
Seu estômago roncou — um sinal claro de desespero. Ela tirou do bolso um maço de 60 tíquetes acadêmicos.
Com esses tíquetes, ela poderia comer 60 vezes na academia, mas não havia chance de sobreviver ao semestre inteiro com isso, então precisava economizar sempre.
— O almoço de hoje não parece bom… Vou ter que comprar algum pão na cafeteria.
Claro, ela mal conseguia comprar pão simples, que custava apenas 1.200 créditos. Eisel, que estava indo apressada para comprar algo rápido, parou de repente ao passar por uma sala de aula.
Era a sala de “Introdução aos Estudos de Selamento”. Uma matéria para a qual o estudante chamado Baek Yu-Seol, que ela havia encontrado na noite anterior, tinha se inscrito.
Ela espiou discretamente, só por garantia, e notou Baek Yu-Seol ao longe, ouvindo o professor com uma expressão vazia. Seus olhos eram negros e translúcidos, misteriosos e enevoados.
Eisel olhou para os outros alunos.
— Hã? Por que tem tão poucos alunos?
O número era tão pequeno que a disciplina mal conseguia se manter. Talvez por isso o professor estivesse nervoso, roendo as unhas enquanto dava a aula.
Além disso, os poucos alunos presentes pareciam inquietos.
— E se… se eu também tivesse me inscrito em Introdução aos Estudos de Selamento?
— …Eu poderia ter melhorado minhas notas sem precisar gastar tanto tempo.
— E se eu tivesse estudado outras matérias com o tempo que economizaria… talvez eu pudesse subir no ranking e ganhar mais bolsa?
— Será que ele realmente sabia que esse curso era fácil para conseguir nota?
Eisel olhou para Baek Yu-Seol. O olhar dele a deixava ainda mais confusa. Ela não conseguia compreender sua intenção ou seus pensamentos. Estaria sonolento? Meditando?
Será que ele tinha uma estratégia de matrícula bem planejada?
Esse pensamento passou por sua mente, mas Eisel balançou a cabeça rapidamente para afastá-lo.
— Por que eu pensei nisso? Deve ser coincidência.
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