Pt. 2 – Arco 3
Capítulo 30: O Incidente de Woodnation
Ruas de Woodnation - 5:09 da tarde, quinze de Julho.
Gregory abriu os olhos.
Na última vez em que eles estiveram abertos, seu corpo fora congelado pela tecnologia que o inimigo — Leonard Mystery — tinha em mãos. Agora, se encontrava em pé no meio daquela rua, totalmente encharcado.
Em sua frente, meia dezena de agentes vestidos com aqueles ternos pretos idênticos.
— Entregue o relatório ao superior — ordenou rispidamente o agente em sua frente; um homem de aparência esquecível. Ele segurava uma máquina estranha com a forma de uma arma, que fora usada para descongelá-lo.
— Certo — assentiu, indo imediatamente até o superior do grupo. Tremia consideravelmente, pela condição peculiar da qual acabou de ser tirado.
Não foi difícil identificar o homem de cargo elevado, já que ele vestia uma gravata de cor diferente.
— É rosinha?
— O quê? — Não compreendeu a pergunta do superior.
O superior resmungou aos murmúrios, com uma aura de impaciência escondida por seus bons costumes. Abaixou os óculos e encarou Gregory de forma analítica e opressora, indagando novamente:
— Você está vestindo uma calcinha rosa?
“O quê? Por que essa pergunta? O que devo responder?!”, pensou Gregory. O medo se instaurou nele, e ele rapidamente se desesperou. A aflição, entretanto, não era refletida em seu rosto.
— Responda logo e seja sincero.
— Certo…
Raciocinou por alguns instantes, hesitante por não saber quais seriam as consequências de sua resposta. Então, tentou se afastar dessas inseguranças e tomou coragem para responder:
— Não, senhor. A minha calcinha é preta.
Aquele olhar opressor do superior não cessou. Muito pelo contrário. O rosto dele avançou como uma fera e parou bem próximo ao de Gregory, que permanecia estático, mas tremia em seu inconsciente.
— Ótimo! — exclamou, se afastando de Gregory e lhe dando as costas. — Seria problemático caso um de nossos agentes estivesse vestindo uma calcinha rosa.
— É…
Quando o sujeito se afastou por completo, Gregory finalmente soltou o seu suspiro de alívio. Ficou sentido com aquela situação. Mesmo não estando vestindo uma calcinha rosa, ser interrogado daquela forma por seus colegas significava que poderia ser dado como traidor a qualquer instante. Os agentes superiores só fazem aquele tipo de pergunta quando suspeitam de que está falando com um espião soviético infiltrado, mas apenas eles sabem quais são as respostas certas. É impossível não lembrar de que um agente foi queimado vivo por ter dito que não brinca de amarelinha pelado. Afinal, quem brinca de amarelinha usando roupas só pode ser comunista; porque se você fizer isso pelado na União Soviética, o frio vai te matar. Essa lógica é infalível.
— Agente Gregory, fico feliz por te ver — falou Ethan, surgindo ao seu lado.
— Olha só, também foi descongelado? É bom saber disso.
— Digo o mesmo. Foi um golpe de sorte da nossa parte, pois The Cock Dwayne Johnson acabou sofrendo danos graves. Pelo o que me informaram, ele foi envenenado e só sobreviveu devido a sua resistência biológica sobre-humana.
— É incrível que esteja vivo.
— Ainda assim, caso os outros agentes não chegassem a tempo, o seu corpo certamente não teria resistido. Ele terá que ficar sob cuidados por um bom tempo.
— Inclusive, percebo que trouxeram toda uma força-tarefa especial. Perceberam que os cryptos da cidade são muito mais fortes do que o esperado, devido a quase-morte de The Cock?
— Certamente. Não só isso, como parece que outros dois cryptos surgiram na mansão. Apenas um deles derrotou os três agentes encarregados por supervisionar o local. Agora, eles estão em um estado de coma aparentemente irreversível.
— Então, é uma ameaça real. Contando com os outros, são cinco cryptos na cidade. É uma infestação?
— Afirmativo. Foi imposta uma quarentena em toda Woodnation. Caso a força-tarefa falhe em capturar-los… vão ter que chamar os colegas do The Cock.
— Espera, eles já estão cogitando em chamar a Tropa de Elite? — Uma rara expressão de surpresa surgiu no rosto de Gregory, mas sumiu em questão de instantes. — Impressionante. A situação realmente se tornou séria.
— Infelizmente, não estaremos aqui para presenciar o resto da operação. Ouvi o superior dizer que seremos mandados de volta ao Pentágono, para prestar alguns exames e fazer relatórios mais apurados.
— É compreensível. Não se sabe a quais tipos de energias nós entramos em contato nesses últimos dias. Aqueles cryptos podem ser cheios de doenças misteriosas. Mas duvido que ficaremos fora por muito tempo. Na verdade, tenho plena certeza de que irão nos querer de volta na operação devido às nossas últimas experiências.
— Espero que você esteja certo.
Ethan apontou para um dos jipes militares estacionados naquele local cercado por agentes do governo. Os dois se aproximaram e observaram a traseira do veículo, onde havia uma carga coberta por um extenso lençol.
— É ali onde está o único crypto capturado — explicou Ethan. — Foi o que encontraram na mansão, junto do outro que deixou três agentes em estado de coma. O que foi capturado está completamente imóvel e incapaz de usar os seus poderes.
— Foram os militares que o deixaram desse jeito?
— Pelo contrário. Por algum motivo, foi encontrado já preso em uma pedra de gelo vermelho.
— Talvez isso tenha sido obra do Homem dos Trapos, ou melhor, Leonard Mystery. Ele está portando uma arma congelante… Ou seja, os cryptos talvez não sejam todos amigos uns dos outros.
— Bem, não vejo motivos para a cor desse gelo ser diferente, mas é uma hipótese lógica se lembrarmos dos estranhos sinais de luta encontrados na casa de Amadeus Stevens após o incidente da invasão… afinal, foi por causa desse acontecimento que a organização deu início a essa investigação.
— De fato. Parecia uma batalha entre dois cryptos.
— Uma guerra entre dois grupos de cryptos. Isso torna tudo muito mais perigoso e imprevisível.
— Bem, independentemente da situação, tudo será resolvido e essa cidade que um dia foi calma voltará aos seus dias de glória. — Os seus olhos passearam pelo cenário árido e sem vida de Woodnation. — Quer dizer, dias de paz.
— Enfim, foi dito que devemos entrar no jipe e esperar pelos soldados. Vamos?
— Certo.
Gregory abriu a porta traseira do veículo e deu passagem para o seu colega, que entrou e sentou em um assento. Ele fez o mesmo logo em seguida, fechando a porta e soltando um suspiro firme.
— Algum problema, Gregory? — questionou o seu parceiro.
— Não, não. Só senti um calafrio estranho. Será que isso é algum efeito colateral de ter sido congelado?
— Acredito que sim. Também passei por essa mesma sensação há poucos segundos atrás.
— Então deve ser isso.
Gregory aquietou-se no assento e permaneceu estático. Eram naqueles momentos em que nasciam na sua mente os pequenos desejos do dia; comer um hot-dog, voltar para sua cidade natal, rever sua família, parar de ter que pensar bem na resposta antes de revelar qual a cor de sua calcinha, etc.
Eram desejos realmente complicados de se cumprir, devido a vida que andava levando nos últimos anos com este emprego.
O que não tornava a sua mente mais infeliz e raivosa, claro, já que proteger a estabilidade da nação e de todos que nela vivem sempre foi o seu sonho. E, sinceramente, a sua vida veio a ser muito melhor do que esperava quando criança.
Afinal, quem esperava que se tornar um agente secreto lhe concederia ter um sabre de luz ou lutar ao lado de um careca pirocudo? Todas as aventuras que sonhou em viver quando criança não chegavam aos pés da vida real.
Isso sem contar com as pessoas que conheceu! Ah, Gregory nunca pensou que se importaria com os personagens secundários de sua vida, mas com o tempo descobriu que a verdadeira jornada são os amigos que se fazem no caminho.
Como o seu treinador Shawns, um homem branco, de cabelos castanhos e terno escuro. Ou um de seus superiores, Philson, um homem branco, de cabelos castanhos e terno escuro. Isso sem falar do Gosling; ah, um homem branco, cabelos castanhos e terno escuro…
Ele ter sido explodido por aquela garota de macacão rosa foi uma verdadeira pena. Errou em ter confiado nela apenas por parecer uma criança, deveria ter atirado na hora mesmo arriscando estar tirando a vida de um inocente. Por isso, Gregory precisava honrá-lo e ajudar no que pudesse naquele caso. Somente assim que aqueles cryptos malditos pagariam por seus crimes hediondos contra a pátria.
Mergulhado nos próprios pensamentos, quase não notou os soldados adentrando no jipe, na parte da frente. Quando se deu conta, o veículo já havia começado a andar. Não demorou nada para que saísse da cidade e seguisse o percurso pelo deserto.
Ah, o deserto, cheio daquelas ondas infernais de ar que mais queimavam do que refrescavam. A única característica apreciável do mar de areia era o silêncio quase absoluto, interrompido apenas pelos eventuais sons dos poucos animais selvagens que viviam pelos arredores.
Só que o som que passou pelos ouvidos dos agentes não veio de nenhum ser selvagem.
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Os ruídos eram rápidos e vibrantes, como se tivessem saído de alguma máquina.
De repente, outro som. Dessa vez, um grito, que saiu desesperadamente da garganta do motorista.
Gregory e Ethan sacaram suas armas lasers.
Quando foi perceber, entendeu que o motivo do soldado gritar tanto era muito compreensível. Afinal, uma lâmina de energia simplesmente perfurou o teto e desceu até atravessar a cabeça do homem.
O crânio dele, ao ser rasgado no meio, jorrou uma horrenda quantidade de sangue. Com sua morte, uma poça vermelha foi se criando em meio a carne exposta de seu rosto.
— Maldição! — gritou Ethan.
O outro soldado, sentado ao lado do motorista morto, agarrou o volante e começou a dirigir o veículo. Totalmente concentrado, gritou:
— Existe um inimigo no teto, destruam ele!
Sem pestanejar, Gregory arrancou seu cinto, desceu o vidro da porta ao lado e começou a escalar pela brecha. O seu parceiro fez o mesmo pela porta oposta e, em pouquíssimo tempo, os dois subiram até o topo do carro.
Aquilo na frente deles logo se virou. Tinha o corpo de uma moça e roupas dignas de um trabalhador de escritório, com gravata e tudo. Entretanto, sua cabeça era literalmente uma tela quadrada de computador.
Na sua mão direita, estava a longa lâmina de energia que fora usada para matar o motorista. A arma brilhava em um forte tom azul e exalava partículas quentes da mesma cor. E a sua ponta enorme ainda estava atravessada no teto do jipe.
— Abaixe a arma, IMEDIATAMENTE!!! — gritaram os dois agentes, apontando suas armas para ela.
Na tela daquele estranho monitor que substituía um rosto comum, surgiu um desenho:
:)
O desenho parecia expressar um sorriso. “Essa coisa está zoando com a nossa cara?!”, pensou Gregory.
— Nossa, sem nenhuma espécie de apresentação? — perguntou a ciborgue, 100% tranquila. — Podem me chamar de Bomba Lógica. E vocês, são…?
Os agentes a responderam com uma chuva de tiros. Eles só pararam de atirar quando as balas acabaram.
Todavia, todos os projéteis (antes mesmo de atingirem a moça) simplesmente pararam no ar. A centímetros dela, totalmente estáticos. Então, começaram a ser lentamente puxados na direção de seu rosto.
— Vocês são grossos demais! — exclamou.
As balas atingiram lentamente a tela do monitor, mas então, entraram nele como se estivessem caindo em uma superfície líquida. Ou melhor, um portal. Ao fazerem isso, sumiram completamente. Bomba Lógica seguiu sem ferimentos.
— Ok, não estão querendo bater um papo. Tudo bem! — Ainda com o sorriso virtual, moveu a lâmina de energia. O ato foi seguido por um grito horrendo vindo de dentro do jipe.
Gregory rapidamente se lembrou do soldado que havia assumido o volante. Ele desceu para dentro do carro o mais rápido possível, deixando o amigo lidando com a ciborgue. Ao entrar, deparou-se com o novo motorista ensurdecendo o ambiente com seus gritos de dor.
O movimento da ciborgue fez a ponta da lâmina sair do cadáver do motorista original e ir até o atual motorista. As duas mãos do soldado foram arrancadas e caíram no chão.
Agora sem um motorista, o veículo perdeu todo o pouco controle que ainda tinha. A lâmina de energia saiu de dentro do carro e cresceu, atravessando o capô. O jipe começou a cair.
Gregory não tinha tempo algum para tomar o controle do volante. Precisava avisar Ethan para então pular junto dele, mas ao virar-se para a janela, deparou-se com a expressão estática do rosto daquela maldita ciborgue.
— Oi! — exclamou ela, de cabeça para baixo.
O agente sentiu uma repentina e devastadora pressão no peito. Olhou para baixo, e percebeu que a mesma lâmina que matou um dos seus colegas e arrancou as mãos do outro, dessa vez, fez dele o seu alvo. O seu peito tinha sido atravessado de um lado para o outro.
Não conseguia esconder o horror de ver todo aquele sangue jorrar de seu corpo. Até mesmo esquecia do fato de estar dentro de um carro descontrolado e prestes a cair.
— Sei que toda essa violência gráfica é desnecessária, mas é que odeio muito o seu tipinho — comentou a ciborgue, em meio a risadas. — Enfim, espero que o senhor e seus amiguinhos queimem nas chamas do Inferno por toda a eternidade. Tchauzinho!
Sem dificuldade alguma, ela saltou e desapareceu do campo de visão de Gregory.
Mesmo com uma fraqueza terrível enfraquecendo seu corpo, ele não desistiu naquele momento. O jipe já virava, pronto para cair e ser destruído pelo impacto, quando o agente abriu a porta e se jogou com todas as suas forças.
Sua visão embaçou por completo enquanto seu corpo rolava violentamente pela extensão de areia. Por um único instante, até pensou que realmente tinha morrido; até que o estrondo do carro explodindo o despertou.
A sua visão ainda estava embaçada, mas melhorou consideravelmente. Olhou para trás e percebeu que fez bem de pular do veículo, que naquele ponto já era apenas um monte de metal flamejante. Lamentou a morte dos soldados.
“Espera, mas e o Ethan…?”
Tentou se levantar, mas estava fraco demais para fazer mais do que rastejar.
— Agente Gr…
Virando-se novamente, encontrou seu colega, caído há alguns metros de distância. Uma perna quebrada, o osso escapando para fora da pele.
Atrás dele, a Bomba Lógica.
— Nossa, ainda não morreu? Pelo amor! — resmungou, chutando a arma de Ethan para longe. Com uma força desumana, ela o agarrou pelo pescoço, até deixá-lo de pé.
— Cacete! — berrou Gregory.
Subitamente, uma bala atingiu as costas da moça. Ela se ajoelhou momentaneamente, mas apesar de ter levado um tiro, se recuperou.
— Malditos… — murmurou, olhando para trás.
Gregory seguiu o olhar dela e, forçando os próprios olhos, conseguiu ver a frota de veículos militares se aproximando. Arfou de alívio.
— Eu os chamei… quero ver se vai continuar com essa sarcasmo imundo, maldita! — berrou Ethan, mostrando que segurava um comunicador com a outra mão. — Atacar a gente logo depois de sairmos de uma cidade infestada por soldados não foi a sua melhor ideia.
"Ela não é totalmente imune a tiros, e deve ser incapaz de absorvê-los se não estiver de frente para eles!", concluiu Gregory, antes de gritar seus pensamentos para os soldados.
— Atirem, não se preocupem conosco! — berrou Ethan.
Os dois agentes sabiam muito bem o que estava por vir.
Os soldados recém-chegados sequer hesitaram. Apenas começaram a disparar incessantemente, sem se preocuparem com a possibilidade dos dois serem atingidos. Uma verdadeira chuva de balas começou.
Tomado pela dor, Gregory apenas fechou os olhos e esperou pela concretização de seu destino. Ouviu o grito de seu amigo. Não um de medo ou de dor, mas sim um grito de guerra.
Por fim, sentiu algo atravessá-lo. Tudo terminou naquele momento.
…
Aturdido com a luz alucinante do deserto, abriu os olhos. Sentia como se tivesse acordado de um longo sono, como alguém que dormiu por dias. Quando olhou para frente, berrou, totalmente espantado.
Os veículos militares, uma vez parados uns aos lados dos outros como uma frota, se tornaram uma montanha de destroços. Os soldados, transformados em cadáveres flamejantes.
Ethan… dividido em dois, provavelmente por aquela maldita lâmina de energia. Não de forma rápida e fria; pelas imperfeições do corte, foi de forma lenta e furiosa.
O grito de guerra de Ethan havia apenas precedido inúmeros outros de pura agonia.
Passando seus olhos aterrorizados pelos arredores, Gregory não encontrou nenhum sinal da ciborgue.
Nesse tipo de caso, é esperado que o comunicador seja usado para chamar mais reforços.
Mas ele não o fez.
Sua mente se tornou nebulosa, tudo aquilo que aconteceu em tão pouco tempo fez com que sua consciência começasse a vagar em uma nebulosa de confusão. Ele apenas se virou e começou a rastejar, ignorando as balas alojadas em seu braço esquerdo e o sangramento enorme no peito.
Continuou vagando pelo deserto, enquanto as poucas paletas de cores do horizonte se misturavam em um vórtice na sua visão embaçada. Sejam segundos ou minutos, anos ou décadas, o tempo se passava à medida que o rastro de sangue aumentava.
Suspirou.
Quando já nem conseguia mais refletir sobre o que estava acontecendo, parou de vagar. Então, olhou para frente e se viu atrás de um carro. Ficou perplexo; por que um veículo daqueles no meio do deserto?
Por que um fusca azul?
— Droga! — gritou, ao acertar um soco no próprio ombro. A brincadeira do fusca azul não pode ser ignorada, mesmo diante de uma situação daquelas.
Olhando para a direita, notou um enorme buraco ao lado do carro.
Uma cratera.
Subitamente, a porta do veículo abriu espontaneamente. De lá, caiu uma estranha planta. Era como uma árvore, só que com o tamanho de uma flor. Carregava uma forte coloração vermelha.
Só que a mais peculiar característica daquela coisa só surgiu quando ele a olhou detalhadamente; aquela planta possuía olhos. Não, um par de olhos haviam acabado de nascer naquela planta!
O agente tentou se afastar, mas já não tinha forças. Os estranhos olhos avermelhados, que mais pareciam vórtices, começaram a analisá-lo profundamente.
Gregory apenas gaguejou, confuso.
Quando percebeu, a forma de vida misteriosa já se encontrava em sua boca. Tentou cuspir, mas já sentia aquilo chegando na garganta. Incapaz de suportar a dor de ter seu interior dilacerado, o agente desmaiou mais uma vez.