Fios do Destino Brasileira

Autor(a): PMB


Volume 1

Capítulo 7.2: A ética dos poderosos

Assim que a moeda atingiu o solo, o impacto entre as lâminas criou uma onda de choque que pôde ser sentida nas arquibancadas.

Ataques rasos foram trocados por algum tempo, enquanto estudavam o estilo um do outro. Embora fossem pouco experientes em combates reais, seus professores na arte da guerra eram de altíssimo nível. Em questão técnica, eram rivais em pé de igualdade.

Aos cidadãos comuns, a luta era equilibrada — vibravam a cada  tilintar do metal se chocando. Porém, para a elite da Longinus, era interessantíssimo observar as trocar curtas que Ayame forçava, assim como a defesa impenetrável de Zuko perante suas investidas.

— A garota está controlando o ritmo da luta, o príncipe está muito passivo — observou um dos reis, que Shuyu e Reiko identificaram como Fuko Amenai, governante de Portus. — Desse jeito, perderá em breve.

— Ora, senhor Amenai, acho que está menosprezando meu filho.

A atenção dos mais próximos foi direcionada à rainha de cabelos loiros e um tapa-olho negro no lado esquerdo da face, cujo queixo se apoiava em sua mão direita, cheia de cicatrizes. Um sorriso presunçoso preenchia seu rosto enquanto encarava o outro monarca com sua única íris carmesim.

— O que quer dizer, senhora Ryoujin?

— Exatamente o que pensa. Em qualquer outro lugar, talvez quem estivesse pressionando estaria com a vantagem… — Uma breve pausa foi feita antes de seguir. — mas não é assim que funciona em Bellato.

A presença crescente no campo desviou os olhares de volta ao combate. Se Zuko antes estava na defensiva, os papéis se inverteram completamente: Ayame era obrigada a bloquear os potentes cortes, tão carregados de força que o solo rachava ao redor deles.

A mãe do príncipe encarou o garoto, cujos olhos azul-céu queimava com a adrenalina do combate. As veias saltadas em suas mãos, o suor escorrendo pela lateral do rosto, o ar frio entrando em suas narinas — o sabor da batalha, a verdadeira razão de viver de um bellano.

— ”O guerreiro mais forte é aquele que não cede nem mesmo à tempestade”. É um ditado bem popular por lá — completou a rainha, risonha.

Ayame esquivou de mais um golpe horizontal com um mortal. A Guardiã de Eolo passava por maus bocados para manter-se no ritmo da luta. Sua dominação fora completamente perdida para a resiliência de Zuko, o que compensava a falta de agilidade dele.

— Olho da Tempestade! 

Ao seu comando, uma barreira de vento formou-se ao redor da garota e repeliu uma nova investida do bellano, que fincou a espada no chão para não ser empurrado para longe. Aquela era a única forma que Ayame tinha para bolar um plano enquanto recompunha seu fôlego.

“Ele é forte. Talvez mais forte que qualquer um que enfrentei até aqui”, constatou em sua mente. “Preciso de uma forma de passar pela defesa impenetrável dele, ou meus ataques vão continuar sendo em vão”.

Isolada de tudo do exterior, sentia-se ainda mais exaurida pelo gasto de mana. Seu estoque mágico podia até ser grande e seu controle mágico decente, mas aquelas feridas estavam mais difíceis do que o normal para serem fechadas.

A análise rápida do seu fluxo interno de mana confirmou sua tese — tratava-se do “Sangramento Eterno”, técnica singular dos Guardiões de Diarmid. Fora descuidada em receber aquelas investidas diretas do rapaz, e isto provavelmente custaria sua batalha. Se recebesse um ferimento mais profunda, sem a menor dúvida seria aniquilada.

— Merda. Preciso fazer al…

A muralha de vento foi subitamente perfurada por Zuko, envolto em uma aura obsidiana. A espada não atingiu Ayame por poucos centímetros. O bloqueio mal feito fez ela receber um golpe direto em seu ombro esquerdo.

Em um movimento aparentemente desesperado, Ayame brandiu sua rapieira repetidas vezes — apenas quando a primeira lâmina de vento atingiu a cintura do príncipe que este percebeu a periculosidade da situação.

A espada desapareceu ao ser guardada na bainha em suas costas, sendo imediatamente substituída por uma lança de cabo preto e cabeça dourada. Ayame foi tomada pelo terror ao perceber que se tratava de Gáe Buidhe, a lança que causava feridas incuráveis e ardentes.

As magias de Ayame foram defletidas pelos giros velozes da lança, que obstruíram a visão dela com a poeira do campo. Seu estado decadente impediu que percebesse a lança de seu adversário zunir pelo campo e cravar profundamente em sua coxa direita.

Fracos e imóveis, os joelhos encontraram o chão enquanto a garota encarava o oponente caminhar lentamente em sua direção, portando a espada de duas mãos. A jovem até tentou estender a palma da mão direita para ele e conjurar um escudo de ar, mas sua mana não fluía pelas seus membros.

— Veneno anti-magia — sussurrou, desolada.

A dor e o cansaço, ela sabia, a impediriam de esquivar do próximo ataque. Apesar de incapacitada, Zuko não demonstrava um pingo de hesitação em sua aura escura circundando o corpo dele e o fio de sua lâmina. 

O medo forçou as pálpebras dela a se fecharem, esperando a morte iminente. Carregaria muitos arrependimentos ao pós-vida, de certo, mas nada poderia fazer. Como Eolo havia dito, talvez ela não fosse tão forte assim.

O quão surpresa ficou quando o gélido toque do metal frio não foi sentido por ela, mas sim uma onda de choque potente e o barulho do choque entre duas lâminas. Dando uma chance à vida, condenada até segundos atrás, abriu os olhos.

À sua frente, uma mulher, coberta por um largo sobretudo branco de bordas douradas, prendia a espada do príncipe no chão com sua própria espada. A lâmina dourada e o guarda-mão branco brilhavam com uma aura branca, que se estendia além do cabo preto envolto pela mão da recém-chegada.

Tamanha era a força que ela expressava por meio das veias saltadas que Ayame tinha confiança de que ela seria capaz de matar qualquer ser humano de mãos nuas.

Os olhos marrom-chocolate faziam um bom par com os longos cabelos, de tom marrom avermelhado e presos num rabo de cavalo volumoso e disforme com uma nuvem — este que ainda tremulava pela velocidade que ela havia chegado à cena.

— Este duelo não deve terminar em morte, Alteza Ryoujin. É apenas entretenimento, lembra-te?

 A voz era tediosa tal qual sua expressão. Sua aura, por outro lado, tornava o ar tão denso que Zuko sentiu as pernas amolecerem na presença dela. Ayame sabia muito bem quem era sua salvadora. Afinal, ela era certamente a figura mais famosa deste mundo, depois de Taeka Haruki.

Reiyo Suishima, o Arcanjo Mudo.

A general dos Vigias da Sabedoria, segunda no comando da Longinus e também a Guardiã de Uriel, o Primeiro. O símbolo da organização estampado nas costas de seu sobretudo, assim como o de Keishi, possuía três círculos e cinco estrelas acima dele — detalhes que comprovavam sua patente.

Mesmo entre os melhores, as capacidades de Reiyo eram tidas como irreais de tão fascinantes que eram seus feitos. Boatos diziam que ela, sozinha, teria eliminado o exército revolucionário de Caelio, há cerca de 8 anos atrás, quando ainda era apenas uma primeira-tenente.

O olhar afiado e gélido da mulher encarava até o fundo da alma do príncipe.

— Ou, se preferir, lute comigo. Darei-lhe um embate digno à memória de seu pai.

A aura de Zuko apagou-se em um gesto de obediência. Relutante, o príncipe guardou sua espada enquanto se retirava a passos lentos, agora consciente de suas ações. Havia se deixado levar pela empolgação do embate.

O príncipe havia sido criado de maneira racional o suficiente para compreender o abismo entre os dois, bem como a verdadeira mensagem por trás daquelas palavras.

“Não te matarei porque este é meu desejo. Mas não quer dizer que não poderia fazer isso aqui e agora.”

— Peço perdão pela minha atitude indecente, senhorita Tengoku. Foi um bom embate — comentou Zuko, afastando-se.

A lança na perna da garota desapareceu em partículas negras e ressurgiu nas mãos do rapaz. Ele caminhou para fora do campo diante dos ensurdecedores aplausos da plateia.

— Ayame! 

Keishi Houseki aproximou-se das duas mulheres, envolto em sua aura cor de jade. Pelo que a garota que viveu com ele nos últimos 5 anos notou, ela estava bem oscilante, refletindo a tempestade dentro da alma do professor.

Com um toque suave no ombro da menina de cabelos azuis, todas as feridas causadas no combate desapareceram em segundos, sem deixar uma única cicatriz. 

— Keis…

— Está bem? Machucada? — A chuva de preocupação de Keishi interrompeu Ayame. — Ah, obrigado, Reiyo, acho que teríamos um desastre aqui se não tivesse se colocado no meio!

Apesar de estar calada, os olhares perturbavam fortemente a aluna de Dracone. Alguns risos podiam ser ouvidos ao longe, o que só fazia ela sentir-se ainda mais frustrada.

— Vamos sair do campo, Keishi. — A salvadora tinha compreendido o incômodo dela, dando a brecha perfeita para escaparem dos olhos do público.

Tão silenciosa quanto antes, Reiyo voltou ao seu assento à direita de Taeka, que murmurou algo no ouvido da Guardiã de Uriel. Um tímido e raro sorriso surgiu nos lábios da segunda no comando, junto de um rubor em suas bochechas. 

Keishi riu baixo ao perceber a interação sigilosa entre elas. “Essas duas… nunca mudam mesmo, né?”, pensou com carinho. Mesmo que houvesse uma hierarquia entre eles, valorizava muito a amizade que tinham.

Virou os olhos para encontrar Ayame caminhando em direção à saída da arena. A boca dela mexia freneticamente, sem emitir sons — ele tinha certeza que eram xingamentos e ofensas de todos os tipos. Conhecendo-a há tanto tempo, as palavras direcionadas ao herdeiro de Bellato não teriam o menor traço de gentileza.

Agarrou a garota num salto, colocando-a sobre o ombro como um saco de batatas. A vergonha queimou as orelhas da Guardiã de Eolo, que dava golpes com a pouca força que tinha nas costas de Keishi.

— M-Me coloca no chão, Kei! eu consigo andar! — Pensar que Shuyu observava a situação vergonhosa apenas piorou seu escândalo.

— Apenas fique quieta. Vou te levar para a enfermaria. 

— Após essa demonstração espetacular por parte de sua Alteza Ryoujin, vamos para a próxima partida!

A voz estrondosa de Shihan tirou a multidão do transe anterior. Antes mesmo do anúncio, os dois combatentes saíram de suas respectivas laterais para se posicionar no centro da arena.

— Em seu primeiro duelo oficial, a princesa Hanako Koufuku, de Alfheim! — Assobios e elogios foram ouvidos da arquibancada, sendo silenciados em seguida pela aura marrom-canela de um dos reis de Alfheim, Asahi Koufuku. — Do outro lado, o príncipe de Tellus e Quarta Cadeira da Academia de Palas, Kousei Ketsukai!

De seu assento privilegiado, Reiko pôde perceber a apreensão nos passos de Hanako, que apertava sua rapieira longa e fina. O guarda-mão azul, em formato de rosa, destacava-se de seu visual em cores pastéis, bem como seus cabelos alaranjados presos pela tiara.

Compreendia o receio da amiga, entretanto — mesmo que fosse talentosa, estava de frente com um adversário consideravelmente mais experiente logo em sua primeira batalha de verdade.

Vestido no uniforme da Longinus com detalhes refletindo sua aura verde-lima, Kousei exibia seu escudo kite azul com bordas esverdeadas. O cabo negro de sua espada podia ser visto escapando pela parte de cima do metal, como se este funcionasse como uma bainha.

O sorriso simpático enquanto distribuía acenos para o público não ocultava sua presença marcante, incrementada pela altura considerável do jovem. Hanako sentia-se oprimida apenas por estar em uma linha reta à sua frente. Ainda assim, a princesa caminhou para perto do juiz, deixando seus medos o mais distante possível.

— Assim que esta moeda cair, a partida começará. Prontos? 

Concordaram com um aceno antes do objeto ser arremessado para cima — era questão de tempo até começarem. Para a surpresa de Kousei, Hanako não puxou sua rapieira logo de cara, assumindo uma posição de franco-atiradora. 

Um arco de madeira, revestido por uma camada de ouro e incrustado por vários cristais que se assemelhavam a pétalas de diversas flores, apareceu de repente nas mãos da princesa. A flecha branca na corda tensionada deixou o estudante de Palas em guarda.

— Disparo de Hemlock!

A única flecha cruzou o ar em alta velocidade em direção ao seu alvo. Kousei preparou sua espada para defletir o objeto, confiante. “É só uma flecha, essa vai ser fácil de esqui…”

— Formação de Pinheiro!

O projétil brilhou ao comando de Hanako e, em seguida, multiplicou-se em pleno deslocamento para dar origem a dezenas de agulhas perfurantes, quase invisíveis ao olho nu. O telurino agachou atrás de seu escudo, envolto em mana.

— Barragem! — ordenou ao seu estoque mágico, que respondeu estendendo as bordas do escudo com uma camada rígida de água.

Quando a barreira líquida se desfez, a ruiva não estava mais em seu ponto original. Aquele ataque era uma distração — sua percepção mágica sentiu a aura tangerina de Hanako voar em sua direção pela direita, o que permitiu que aparasse totalmente o golpe dela.

— Droga — amaldiçoou a garota ao sentir a dor de golpear forte demais.

— Fique calma, Hana, querida. — A voz calma de Titania inundou sua mente. — Começamos bem. Sabe o que fazer, certo?

— Encontre o ponto fraco e busque as maneiras de atacá-lo, como meu pai ensinou.

— Exato. Eu estarei te dando todo o suporte, então apenas foque em descobrir onde é o ponto fraco! — disse por fim a Rainha das Fadas, voltando ao subconsciente.

Hanako havia recuperado a distância. Invocou mais uma flecha de mana, mirando o centro da perna direita de seu alvo enquanto prendia a respiração. O disparo, porém, nem chegou a ser efetuado.

— Prisão Rochosa! 

O grito de Kousei ao mesmo tempo que erguia sua lâmina ao céus tirou a atenção de Hanako. Quando a ponta do metal encostou no solo, a terra ergueu-se com velocidade sobre ela. Pega sem um plano, as asas arco-íris bateram forte o suficiente para esquivar-se dos pedregulhos brotando do chão.

Ficou tão focada em não receber ataques elementais diretos que não percebeu que tinha sido cercada pelas rochas. Com os movimentos restritos à “gaiola” ao seu redor, Kousei viu naquele momento a chance perfeita para atacar.

A sombra dele surgiu sobre a princesa, pronto para acabar com a luta em um único ataque.

— Vanguarda do Dragão!

Hanako foi rápida em perfurar o chão com a ponta de sua rapieira. Do solo, brotaram quatro troncos grossos, crescendo rapidamente em copas circulares gigantescas.

A investida de seu adversário não seria parada por uma mera parede de madeira. O brilho verde-lima de sua aura cresceu durante a queda.

— Lâmina Adamantina! — gritou no instante em que se chocou às copas das árvores, cortando-as feito papel.

Contudo, ao fatiar a barreira e pousar dentro do espaço, foi surpreendido pelo sumiço de Hanako. Os gritos empolgados do público revelaram para onde ela foi. 

Logo acima dele. Os papéis se inverteram.

— Disparo de Azaléia, Formação de Pinheiro!

A flecha roxa voou e, como antes, transformou-se numa chuva de projéteis púrpuros sobre a cabeça de Kousei. Havia sido capturado em sua própria armadilha. 

Seu escudo mágico protegeu-o novamente do ataque mortífero da princesa. Ela mergulhou dos céus, deixando o pouco que restava de mana fluir. “É agora ou nunca”, definiu para si mesma, preparando sua próxima técnica.

— Corte Flamboyant! — 

Sua espada brilhou em vermelho-vivo. Ao passar velozmente o que havia restado de suas árvores defensivas, o silêncio tomou conta do campo por um breve instante. A multidão emudeceu.

A explosão da lateral da gaiola de pedra reavivou os ânimos dos espectadores. Quando a poeira gerada pela destruição passou, puderam ver o corpo de Hanako no chão — um ferimento em sua cabeça pintava o chão com gotas de sangue.

A súbita inversão entre dominador e dominado atordoou o público por alguns breves momentos. Quando os primeiros aplausos e ovações começaram, o efeito manada fez o seu papel para comemorar a estranha vitória de Kousei.

O suor na testa do príncipe escorria frio pelo seu rosto — mascarado por um largo sorriso, contudo, não havia como uma pessoa comum saber. Curiosamente, nenhum dos monarcas expressava a mesma empolgação que os demais espectadores.

Reiko percebeu que havia algo estranho. Analisou em sua mente o passo a passo do plano de sua amiga com sua memória fotográfica, e ainda assim não encontrou um erro.

Hanako foi impecável em seu contra-ataque. Buscou os olhos de Shuyu, que certamente tinha mais experiência com ela sendo um Guardião, apenas para encontrar aqueles olhos.

“Aja de acordo”, era o que eles diziam. A Guardiã de Atena tentou levantar-se num salto, sendo impedida pelo aperto firme de sua mãe.

Todos naquele camarote perceberam a farsa. A farsa que faria sua amiga ser publicamente humilhada. Reiko apertou os dentes, enfurecida — será que valia se meter em uma crise diplomática por um duelo de exibição?

Não, não valia. Racional como sempre, ela sabia que não valia. O que poderia fazer, naquele momento, era aceitar sua frustração.

A movimentação de uma aura enorme trouxe Reiko de volta à realidade. No centro da arena, logo ao lado da inconsciente Hanako, um rapaz coberto por um manto branco com capuz encarava o camarote com sua única íris azul. Uma aura branca envolvia o garoto de baixa estatura.

— Olha, eu não ligo para essas competições — gritou para os governantes — mas criar um showzinho para fingir que essa luta foi justa é vergonhoso.

Entre os monarcas, as expressões variavam entre surpresa, raiva e empolgação, embora ninguém realizasse um movimento sequer. De súbito, o estádio inteiro foi envelopado por uma aura dourada — Reiko sabia muito bem quem estava por trás disso.

— Taeka… — chamou Reiyo, que estava ao seu lado.

— Estive te observando desde o momento que chegou. — A voz da Líder Suprema ecoou pela arena. — O que você quer dizer?

— Aquele loiro engomadinho. Ele deveria ter vergonha de fazer isso com a princesa.

O invasor não tremeu para a aura opressiva da mulher. Ele retirou o capuz, revelando longos cabelos degradê de preto ao branco, e fez sua espada de cabo negro e guarda-mão platinado surgir em suas mãos. Os braços de pele chocolate chamaram a atenção tanto de Shuyu quanto de Reiko.

— Desce aqui e deixe eu te mostrar o mentiroso maldito que você é!



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