Volume 1
Capítulo 4: Celulares Combinando em Diferentes Cores
No sábado à noite. Como não haveria aula no dia seguinte, Naomi estava aproveitando a noite para ler alguns mangás que havia comprado digitalmente quando seu telefone tocou.
“Ei, Nacchan, você está livre amanhã? Quer dizer, provavelmente está livre, certo? Não que eu não tenha outras amigas para fazer compras nem nada, okay? É que você é mais fácil de conviver do que minhas amigas, porque eu não preciso ser toda educada e tudo mais. Quer dizer, eu ainda sou uma garota de uma certa idade, certo? Ser paquerada sozinha é um saco~”
[Moon: Amiga, relaxe! Respira um pouco. Primos…]
“Você ligou para o número errado. Tchau.”
“Espere, espere, espere! Seu número está salvo no meu celular, como eu pude ligar para a pessoa errada!? Desculpe, Nacchan, não desligue, só me escuuutaaa!”
E assim, no dia seguinte — domingo — precisamente às 14h.
Apesar de ser seu dia de folga, Naomi estava parado na catraca da Estação de Yokohama, a cerca de dez minutos de trem de casa, tendo sido obrigado a acompanhar Kasumi nas compras.
Bem no horário combinado, seu telefone tocou novamente — Kasumi.
“Okay, então, tipo, eu me sinto muito mal com isso. Sério, eu estava pensando: ‘Nossa, coitado do Nacchan,’ e eu sinto muito, muito mesmo. Mas, tipo, como eu ia saber que tinha algo para entregar amanhã!?”
“Espera aí, você está falando sério que me arrastou até aqui só para me abandonar—?” Antes que Naomi pudesse terminar de reclamar, a ligação foi cortada abruptamente.
Claro, ligar de volta não adiantou — Kasumi não atendeu. Em vez disso, ele recebeu um adesivo estilo samurai dizendo: “Me perdoe” pelo aplicativo de mensagens. Você só pode estar brincando.
E assim, seu precioso dia de folga foi completamente desperdiçado.
Mesmo assim, quero dizer... eu já tinha vindo até Yokohama...
Era só uns dez minutos de carro de casa, mas como ele tinha se esforçado para vir para a cidade, parecia um desperdício simplesmente dar meia-volta e ir embora. Isso, e a ideia de deixar uma adulta inútil fazê-lo perder metade do dia, o irritava — o suficiente para que ele agora estivesse determinado a salvar o dia por pura teimosia.
Mas ele não estava com muita vontade de comprar roupas e, para começo de conversa, nunca tinha ido a fliperamas. Ele também não era do tipo que ficava sozinho em um café da moda, então, sem nada para fazer, soltou um longo suspiro.
...Acho que vou para casa.
Sem nenhuma ideia melhor, ele estava prestes a desistir quando notou dois caras chamativos praticamente implorando por uma garota.
“Nós te levamos lá! Só para tomar um chá, okay!?”
“É, é! Nós pagamos, vamos lá! Estamos implorando!”
Os dois homens adultos apertavam as mãos descaradamente e abaixavam a cabeça em desespero.
Nossa, é assim que se conquista garotas? Isso acontece mesmo, né?
Ele já tinha ouvido falar desse tipo de coisa antes, mas não era sempre que se via acontecer na vida real. Ele não conseguia parar de observar.
Os caras pareciam os típicos universitários festeiros, mas a garota que eles estavam importunando tinha cabelos pretos longos e lindos, uma blusa branca, uma saia azul-marinho de cintura alta na altura do joelho e uma bolsa tiracolo simples — muito elegante e cheia de classe.
Quando seus longos cabelos balançaram e revelaram seu perfil, ele vislumbrou suas feições notavelmente bem-formadas e seus grandes e penetrantes olhos azuis.
“...Espera. Villiers?”
O nome de alguém que ele conhecia escapou da boca de Naomi antes que ele percebesse.
“E-eu estou muito bem, obrigada...”
“Vamos te levar até a loja! Você não sabe o caminho, né?”
“Então a gente te acompanha até lá, tá? Por favor?”
“E-eu estou bem mesmo, então...”
“Então pelo menos nos dê o seu número! Vamos lá, estamos implorando!”
“Até mesmo as suas redes sociais! Estamos em tudo!”
Com os dois caras a encurralando perto de uma parede, Yui parecia visivelmente tensa e impotente.
É, não tem como ela estar gostando disso…
[Moon: Nããããoo me diiigaa… | Yoru: Caramba, se você não tivesse dito...]
Ela era fofa o suficiente para que caras assim definitivamente dessem em cima dela, claro. Mas seria legal se eles pelo menos tivessem o bom senso de perceber quando alguém não estava interessado.
Naomi não gostava de se meter em dramas e também não era muito bom em confrontos — mas ficar parado enquanto alguém que ele conhecia estava claramente em apuros era ainda pior.
Eu me arrependeria se não fizesse nada... acho que não tenho escolha.
Soltando um longo suspiro, Naomi se preparou e chamou os dois rapazes como se estivesse vindo resgatar uma princesa aflita.
“Ei, desculpe interromper, mas ela está comigo. Algum problema?”
Todos os três — incluindo Yui — se viraram para encará-lo.
Encontrando seus olhares surpresos, Naomi inclinou a cabeça com um sorriso deliberadamente calmo.
“K-Katagiri-san...?”
“Desculpe por ter feito você esperar.”
Ele levantou a mão como se tivessem combinado de se encontrar o tempo todo, e os dois imediatamente se afastaram de Yui.
“Ah, droga — desculpa, cara!”
“Não queria atrapalhar o seu encontro! A gente vai cair fora!”
Com reverências rápidas e tímidas, os dois saíram correndo.
Eles eram irritantemente persistentes ao dar em cima das garotas, mas também surpreendentemente rápidos em recuar quando as coisas não davam certo — quase como profissionais experientes. Era como se estivessem dizendo que não queriam problemas, pois desapareceram rapidamente de vista.
Para aqueles artistas da sedução que priorizam quantidade em vez de qualidade, não faz sentido perder tempo e esforço com alguém que claramente não está interessada. Melhor partir para a próxima — é mais eficiente assim.
Assim que os dois rapazes sumiram completamente de vista, Naomi soltou a respiração que estava prendendo e se virou para Yui.
“Você está bem? Desculpe se meti o nariz onde não fui chamado.”
“K-Katagiri-san...”
Yui se abraçou com força, agachando-se com as costas curvadas.
“F-Foi realmente assustador... bem, bem assustador...”
Sua voz frágil tremia enquanto seu pequeno corpo tremia.
Seus dedos se cravaram com força na parte superior dos braços enquanto ela se encostava na parede, como se estivesse lutando para não desmoronar.
Este era um país desconhecido para Villiers. Ser encurralada por dois homens estranhos — é claro que ela ficaria apavorada.
Até minha prima, que é japonesa, diz que ser paquerada é repugnante e assustador. Se eu estivesse em um país estrangeiro e dois caras viessem para cima de mim daquele jeito, eu também ficaria assustado.
Observando Yui tremer onde estava agachada, percebi o quão levianamente eu havia encarado a situação. Senti uma pontada de culpa.
“Desculpe, Villiers. Eu deveria ter intervindo antes.”
“Não, de jeito nenhum... muito obrigada...”
Ela finalmente se levantou e deu um sorriso fraco e delicado enquanto abaixava a cabeça para Naomi.
...Ela claramente não está em condições de ser deixada sozinha ainda.
Vendo como ela ainda parecia pálida e como continuava a se agarrar a si mesma, Naomi tomou sua decisão.
“O que te trouxe a Yokohama, Villiers?”
“Ah... hum... Eu vim comprar um telefone...”
“Um telefone? Espera, você não tinha um antes?”
“Não...”
Agora que ele pensou nisso, ele nunca tinha visto Yui usando um telefone.
Ele não tinha pedido o número dela nem nada, então não tinha pensado nisso até agora.
“Eu não achei que precisasse de um, mas... através do diretor, minha família disse que eu deveria ter um para poder entrar em contato...”
“Então você veio para Yokohama e aqueles caras deram em cima de você.”
“Sim...”
Yui assentiu levemente, seu rosto se contraiu.
Para os caras que estavam procurando garotas, ela devia parecer o alvo perfeito. Para eles, provavelmente valia a pena tentar.
Mas para Yui, o medo que ela sentia era muito real.
Até eu fiquei tenso me preparando para ajudar — então, para Yui, que não teve aviso, deve ter sido assustador.
Eu até me senti mal de novo por quase recusar o convite da minha prima ontem à noite.
Naomi se virou para Yui e suavizou a voz o máximo que pôde.
“Não é sua culpa, Villiers, mas... você deveria saber que é o tipo de garota que é abordada. Assim, você pode planejar como escapar ou acabar com tudo sem problemas na próxima vez.”
“Sim... você tem razão... me desculpa...”
Ele tentou falar com delicadeza, mas Yui ainda se curvava como uma criança sendo repreendida.
Era verdade que sua aparência chamava atenção, e ele disse isso por ela, mas o momento provavelmente poderia ter sido melhor. Ele coçou a ponta do nariz, sem jeito.
“Por enquanto, por que não encontramos um lugar para descansar um pouco? Mesmo que você esteja comprando um telefone, é melhor se acalmar primeiro. Eu vou com você.”
“Hã…? Você vem comigo…?”
Yui olhou para ele surpresa.
“Bem, eu sou um cara, afinal. Se eu estiver com você, provavelmente não será incomodada novamente. Mas se não se sentir confortável com isso, sinta-se à vontade para dizer não.”
“N-Não! Quer dizer, se for você, Katagiri-san, claro que não me importo, mas…”
“Mas?”
“Só me sinto mal por fazer você passar o dia de folga com algo tão pessoal para mim...”
Ela olhou para ele se desculpando, com as sobrancelhas franzidas.
Como não o estava rejeitando de cara, provavelmente não se importava. E, claramente, ainda estava abalada.
Mesmo agora, ela ainda pensava em como isso poderia incomodá-lo.
Naomi interveio mais uma vez, gentilmente.
“Eu já te disse, certo? Não posso ignorar alguém que conheço quando está com problemas. Então, se não se importa, atribua isso à minha intromissão.”
“Katagiri-san...”
“Além disso, meus planos foram cancelados e eu não tenho nada para fazer. E provavelmente posso te ajudar um pouco — não apenas como repelente de insetos, mas com instruções e como fazer compras também.”
Naomi deu de ombros exageradamente na tentativa de aliviar o clima. A tensão de Yui diminuiu e ela soltou uma risadinha.
“Você é realmente gentil... como sempre.”
“Eu continuo te dizendo — estou apenas entediado.”
[Kura: Como era mesmo? Para a minha própria satisfação. | Del: Aê Kura, tá pegando o jeito. | Moon: Que orgulho… A criança tá crescendo.]
Ao ouvir sua resposta estranhamente direta, Yui riu novamente.
Era verdade — seus planos haviam fracassado, e ver alguém necessitada bem na sua frente o fez querer ajudar.
Se isso o tornava “gentil,” então... talvez estivesse tudo bem.
Yui, parecendo ter se recomposto um pouco, olhou para ele novamente.
“Se você realmente tiver tempo, Katagiri-san... você se importaria de vir comigo comprar meu celular?”
“Claro. Se você estiver de acordo, eu ficaria feliz.”
Naomi sorriu ao responder ao pedido mais formal de Yui. Ela retribuiu com um pequeno sorriso, e eles riram juntos baixinho.
◇ ◇ ◇
“Muito obrigada!”
Com uma voz alegre do atendente se despedindo, Naomi e Yui passaram pelas portas automáticas da loja de celulares.
Quando ele pegou o celular para verificar as horas, já passava das seis. O sol estava quase se pondo, banhando o ambiente com um tom alaranjado quente.
Yui caminhava ao lado de Naomi, segurando delicadamente seu smartphone novinho em folha com as duas mãos, o rosto voltado para ele com um sorriso alegre.
“Muito obrigada, Katagiri-san. Se eu estivesse sozinha, acho que não conseguiria comprar hoje.” Sua voz normalmente calma transmitia um leve toque de entusiasmo ao expressar sua gratidão.
Quando a atendente perguntou pela primeira vez: “Qual modelo você gostaria?” Yui ficou completamente paralisada, então seria impossível para ela conseguir passar por tudo sozinha.
Ela me olhou com os olhos marejados e sussurrou: “Katagiri-san...” Então, sugeri que ela comprasse o mesmo modelo que eu, pensando que seria mais fácil ajudá-la dessa forma. Foi assim que Yui acabou com o mesmo celular que Naomi.
Embora tenha sofrido com a decisão, acabou escolhendo um rosa suave e feminino. Foi surpreendente no início, mas agora que o segurava com um sorriso, combinava perfeitamente com ela.
“Então, como é a sensação de ter seu primeiro celular?”
Quando Naomi perguntou, Yui hesitou por um momento e então deu um sorriso tímido.
“‘É jogar pérolas aos porcos’, eu acho.”
“...Hã? O quê?”
“É um provérbio. O equivalente japonês seria ‘neko ni koban’. Então... por favor, me ensine a usá-lo.”
[Del: “Neto ni Koban” é uma expressão que significa “dar uma moeda de ouro a um gato”, que não sabe usar e não entende o valor de uma moeda de ouro. Agora, “jogar pérola aos porcos” é basicamente a mesma ideia e faz referência a Mateus 7.6.]
Naomi piscou, sem segui-la a princípio, e Yui estreitou os olhos, brincando, como uma criança feliz com uma brincadeira bem-sucedida.
Ela devia estar de bom humor depois de finalmente receber seu celular. Ver esse raro lado brincalhão de Yui também trouxe um sorriso ao rosto de Naomi.
“Tem algum app que você queira experimentar, Villiers?”
“App...?”
“É uma abreviação de aplicativo. Como navegar na internet, jogos, vídeos — coisas assim.”
“Desculpe... Não estou muito familiarizada com esse tipo de coisa.”
“Ah, certo. É seu primeiro smartphone. Foi minha culpa.”
Ele percebeu que ela era ainda menos entendida em tecnologia do que ele pensava e se desculpou novamente.
“Certo, vamos começar explicando como adicionar um contato. Você sabe algum número de telefone da família?”
“Sim, eu tenho o número da minha irmã...”
Yui começou a vasculhar a bolsa pendurada no ombro. Ela procurou... e procurou... e então soltou um suspiro de derrota.
“...Desculpa. Deixei o bilhete em casa.”
“Você não precisa se sentir tão mal...”
Vendo-a perder o sorriso instantaneamente e abaixar a cabeça, Naomi tentou confortá-la.
Eu poderia simplesmente dar meu número para ela praticar os passos...
Mas ser o primeiro contato no celular dela, apesar de nem ser seu amigo, o fez hesitar. Não era algo que importasse, mas, colocando-se no lugar dela, ele não conseguia deixar de se sentir estranho.
“Talvez seja melhor fazermos isso mais tarde, quando você estiver em casa.”
Quando ele murmurou isso, Yui inclinou a cabeça.
“Há algum motivo para eu não poder registrar seu contato, Katagiri-san?”
[Moon: Minha atacante lerdinha akakak!]
“Hã? Não, não é que você não possa, mas...”
“Mas?”
“...Quer dizer, você concorda que eu seja seu primeiro contato?”
“Por que não concordaria?”
“Não há exatamente um motivo, mas...”
Yui olhou para ele com curiosidade. Naomi se atrapalhou, incapaz de se explicar direito.
Era verdade que ele estava apenas pensando demais. Não havia um motivo sólido para dizer não. E se Yui não se importasse, talvez estivesse tudo bem...
Com ela ainda o observando, Naomi finalmente cedeu.
“...Se você realmente concordar com isso.”
“Sim. Eu agradeceria.”
Yui fez uma reverência educada enquanto ele concordava relutantemente.
Naomi imaginou que talvez ele estivesse sendo constrangido demais e decidiu seguir em frente.
“Certo, primeiro pressione o ícone do telefone.”
“Este, certo? Okay, eu apertei.”
Ela abriu o aplicativo de telefone e seus dedos hesitantes seguiram as instruções dele enquanto digitava o número de Naomi.
Então, ela o salvou como um novo contato e digitou: “Katagiri Naomi.”
“Agora é só clicar no botão salvar e pronto.”
“Huh... É só isso que preciso para registrar um número de telefone?”
Quando ela abriu seus contatos para verificar, com certeza, “Katagiri Naomi” estava listado lá.
Ao ver o nome aparecer em seu telefone, o rosto de Yui se iluminou com um sorriso satisfeito.
“Uaau, consegui. Isso faz do Katagiri-san o meu primeiro.”
“Essa frase é um pouco perigosa, okay? Se for dizer para alguém, lembre-se de dizer ‘a primeira pessoa que pratiquei para registrar na minha agenda’. Entendeu?”
“Perigoso? Mas não é um mal-entendido.”
“Quero dizer... não é, mas pode ser mal interpretado, sabe?”
“Como pode ser mal interpretado? Se houver risco de confusão, por favor, me diga. Agora estou curiosa.”
“Não, não, tudo bem. É totalmente inofensivo. Só... se acalme um pouco.”
A fixação inesperada de Yui na frase forçou Naomi a insistir que ela se referisse a ele como “a pessoa que ela praticou adicionar”. Ele sabia muito bem que não havia a mínima intenção por trás das palavras dela, mas se ela contasse isso a um colega de classe ou a um membro da família, poderia levar a um enorme mal-entendido. Felizmente, ele conseguiu convencê-la e sentiu um peso sair de seus ombros.
Nesse momento, eles chegaram aos portões da estação. Aproveitando a oportunidade para evitar mais constrangimentos, ele disse: “Ah... droga, esqueci que não tenho saldo suficiente no meu cartão de proximidade. Preciso recarregar.”
Ao passarem pelos portões e pararem na plataforma agora lotada durante o movimento da noite, Yui olhou para o céu que escurecia e murmurou baixinho ao lado dele:
“Eu me pergunto o que teria acontecido comigo se eu não tivesse conhecido você, Katagiri-san...”
Quando Naomi se virou para encará-la, ela estava olhando para o céu crepuscular com um leve sorriso nos lábios.
“Eu vim para o Japão porque queria mudar... mas se eu não tivesse te conhecido, Katagiri-san, acho que nunca teria tido a chance.”
Yui murmurou como se estivesse saboreando cada palavra, estreitando os olhos azulados para o único nome de contato exibido em seu telefone.
“Você está exagerando. Não acho que seja verdade.”
“Não, isso realmente é verdade.”
Seu sorriso calmo e gentil e suas palavras honestas não foram ditas por constrangimento, e Naomi coçou a ponta do nariz — não porque coçasse, mas porque não sabia onde mais esconder o rosto afobado.
Quando se conheceram, ela era uma princesa fria e indecifrável. Agora, exibia um sorriso genuinamente doce e apropriado para sua idade.
Aquela distância entre o antes e o agora o fazia sentir-se estranhamente ansioso, sem saber para onde olhar.
“...Bem, se eu puder ajudar em alguma coisa, então já está bom.”
Foi tudo o que ele conseguiu dizer em resposta. Nesse momento, um trem deslizou para dentro da plataforma, buzinando ao longe.
Assim que os passageiros terminaram de desembarcar, Naomi entrou no trem. Yui a seguiu de perto, agarrando-se ao corrimão perto da porta.
“Ah, se formos agora, será justamente na hora em que os bentos pela metade do preço vão chegar”
“Já que você mencionou... Eu também não estou a fim de cozinhar hoje à noite. Talvez eu pegue um bento com desconto também.”
“Nesse caso, você gostaria de ir às compras comigo?”
“Sim, por que não? Eu vou junto.”
Sorrindo, Naomi aceitou a sugestão com um aceno de cabeça.
No caminho para casa, Naomi a ajudou a instalar um aplicativo de mensagens e registrar a ID dele. Então, ele se juntou a ela para praticar a digitação de mensagens, trocando mensagens.
“Muito obrigada por hoje.”
“Nada. Se precisar de ajuda novamente, é só me avisar.”
Enquanto trocavam as mensagens, os dois sorriam baixinho para si mesmos, balançando ao ritmo do trem.
Traduzido por Moonlight Valley
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