Volume 1
Capítulo XXI: Gabinete de Estado (Parte I)
Brasília 20 de Julho de 2041, 14:30.
Gabinete do Primeiro Ministro, nele estavam presentes: O Imperador, o Primeiro Ministro e demais ministros do governo. O monarca então como de praxe abriu a reunião:
—Obrigado a todos por atenderem a convocação é importante que saibamos como vão os planos de exploração e colonização do novo mundo, Sr primeiro ministro lamento saber que o senhor irá renunciar.
—Obrigado pelo carinho majestade, mas a pressão dos nacionalistas cada vez mais crescentes e o protesto dos moderados dão o recado que com essa nova e inesperada fase da história, precisa o governo ser novamente sabatinado nas urnas e dar a tarefa ao próximo gabinete que sucederá.
O imperador respondeu
—Minha preocupação é com a equipe toda do gabinete, me preocupo se depois das eleições tenha que assumir outros nomes que terão de continuar um trabalho que mal se iniciou...
—Majestade. Respondeu o primeiro-ministro Eduardo Bolsonaro, montei um gabinete técnico tal como meu pai quando foi presidente muitos anos atrás, não creio que seja lá quem for que ganhar estas eleições irá ter motivos para substituir estes homens que estão nesta sala cujo único partido é o mesmo do senhor que é o bem do império.
—Certo sobre o pedido de renúncia do Primeiro Ministro, irei entregar hoje um decreto ordenando uma eleição em no máximo 20 dias e aconselharei o novo primeiro-ministro a manter a equipe atual do gabinete. Voltando à pauta principal da exploração e colonização do novo mundo, queria saber do ministro da guerra como vão as obras de Forte São Jorge e a recepção dos novos colonos. Também desejo o relatório das forças armadas
—Majestade primeiro divulgarei ao senhor, ao primeiro ministro e aos demais colegas alguns números do primeiro censo feito nestes seis meses de exploração. Existe um total de 8000 homens das forças armadas, a maioria cuidando e ampliando as instalações militares e auxiliando na construção da infraestrutura, também temos alguns efetivos explorando as regiões vizinhas travando relações diplomáticas com os povos locais e prestando assistência médica. Nós também enviamos unidades de elite para mapear e explorar áreas distantes tendo estas tropas durante sua missão ter que sobreviver com os recursos que acharem.
Todos devem lembrar que neste primeiro momento assumi algumas funções pelo menos no novo mundo relacionado ao Ministério da Infraestrutura, assim que tivermos condições de garantir um bom suprimento de água e luz além de o mínimo de boas vias de comunicação com os territórios explorados e ou conquistados devolverei estas funções ao referido ministério.
—Majestade, quero deixar registrado que nós do Ministério da Infraestrutura apoiamos a decisão das forças armadas e estamos prestando todo auxílio durante esta fase inicial, inclusive cedendo uma parte de nosso pessoal que está neste momento sob autoridade do ministério da Guerra.
O ministro da guerra agradeceu o apoio e retomou a palavra:
—Voltando ao relatório, a Força Aérea tem realizado vôos rotineiros observando e patrulhando uma área em um raio de 500 kms, para isso estamos utilizando os Caças Turboélice Embraer 318 Super Tucano. Estamos ampliando a base aérea.
—Certo ministro, mas enquanto aos civis. Questionou o imperador.
—A estimativa é de pelo menos 5000 civis trabalhando nas funções de apoio da base militar e também nas obras da construção da cidade muitos deles vivem em São Paulo e atravessam todos os dias o portal, outros vivem em alojamentos temporários dentro e fora da base militar.
Também a cerca de 100 famílias de agricultores que se estabeleceram na vizinhança ocupando antigas fazendas abandonadas ou devastadas pela guerra civil que assola o continente, estas terras continuarão reservadas a agricultura conforme o plano diretor.
—Sim a guerra civil, Kuria nos falou. O monarca interrompeu o ministro da infraestrutura, mas depois disse:
—Por favor, continue o relatório meu amigo.
—Obrigado majestade, para terminar temos a informação de que pelo menos 20 famílias perderam o contato segundo informações estas famílias são formadas por sobrevivencialistas e ou aventureiros que conseguiram permissão para explorar novas terras e ocupá-las em nome do Império, indo neste caminho há um número ainda indeterminado de missionários católicos que tentam recriar o legado dos jesuítas quando aqui chegaram, há pelo menos duas localidades mais ao norte que receberam os primeiros colonos catequizadores. Inclusive estão previstas algumas missões de colonos cristãos espíritas.
Um assessor do ministro interrompeu e disse: "Desculpe interromper, mas também há um número ainda pequeno, mas constante de pessoas e famílias que cruzam o vórtice e se assentam em locais diversos, então esses dados mostrados podem e estão desatualizados…”
Um assistente com um controle remoto na mão fez descer um enorme monitor, nele tinha detalhado as regiões já exploradas com os nomes das localidades, algumas tinham nomes nas línguas locais, outras já tinham recebido nomes em português e ainda tinham locais com os nomes nativos e também os nomes em português.
O ministro de Desenvolvimento Regional então indicou no mapa as rotas que estas famílias de exploradores traçaram e setinhas vermelhas apareceram no mapa partindo de Forte São Jorge e serpentearam até a parte escura continuando a serpentear. O ministro disse que a rota a partir das áreas desconhecidas era mera especulação e em comum é que quase todas iam para o oeste e norte do continente com exceção de uma que partira para o leste e outra que seguia para o sul em direção ao litoral ainda sequer explorado.
—Muito bom, podem me enviar este arquivo para meu computador? Quero olhar com mais calma mais tarde.
—Já foi enviado majestade. Respondeu o Ministro. O imperador continuou:
—Bom senhores eu sei que está previsto nesta reunião uma apresentação mais detalhada dos planos referentes a Forte São Jorge, mas infelizmente tem um incidente gravíssimo que aconteceu no novo mundo, por favor Sr Ministro da Justiça sei que o senhor gostaria de falar em particular comigo, que já tratou com o chefe do governo mas quero que exponha novamente agora para todos o que foi discutido e que será depois transmitido para a população.
—Sim, meus amigos. Respondeu com pesar o ministro e continuou:
—Há alguns dias uma unidade do exército enviado para explorar uma região ao sul do portal se envolveu em uma ação vergonhosa que sujou a imagem do exército de Caxias. Houve uma confusão não se sabe ao certo o motivo em um vilarejo que terminou com 30 nativas sendo cinco elfas estupradas e desse número uma elfa e três mulheres foram mortas e mais quatro que cometeram suicídio dois dias depois de serem violadas tamanha a desonra.
Os autores foram 15 soldados nossos acompanhados de três nativos de outra região que estavam como guia, junto da unidade tinham mais 30 soldados. No momento do incidente só os soldados que cometeram o crime e mais alguns outros tinham chegado ao local estando o resto das forças restantes ainda atrás destes soldados que não participaram desse ato se rebelaram contra os seus colegas estupradores e no vilarejo houve uma troca de tiros....
—Brasileiros contra Brasileiros, que vergonha como se a cicatriz da guerra civil mal tivesse fechado. Comentou o imperador com pesar e remorso.
—Continuando senhores, os 15 soldados que violaram as nativas estavam na companhia de 12 soldados que tentaram impedir o ato, na troca de tiros quatro estupradores foram mortos junto com três soldados que tentavam contê-los, os seus colegas então recuaram e pediram apoio do resto da tropa para cercar e render esses criminosos que continuaram atirando até acabar a munição e serem capturados com muito custo.
Os anciões da aldeia exigem uma audiência com o senhor, majestade.
—Os acusados foram devidamente processados?
—Sim majestade todos pegaram pena de morte e aguardam sua execução.
—Certo, é algo lamentável, porém infelizmente quero que todos saibam que não darei o perdão imperial para eles e que sirvam de exemplo! Um soldado a serviço de nossa nação deve se portar de forma digna a altura dela, não tolerarei qualquer abuso de nossos soldados contra populações civis! Quero que verifiquem o histórico dos condenados para averiguar se houve negligência durante seu treinamento se sim darei uma moção pública de censura!
O monarca continuou:
—Vou pedir ao comandante das tropas no novo mundo para comunicar aos líderes locais daquele povoado que estarei esperando-os para uma audiência, recebam-nos do mesmo jeito que se recebe uma autoridade estrangeira.
Resolvido essa questão não temos tempo a perder, o pessoal ligado ao Ministério da Defesa e ao Ministério da Infraestrutura prepararam para a mesa de gabinete um software que nos mostrará com hologramas como será a capital de nossas colônias, Forte São Jorge.
Continua…
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