Volume 1
Capítulo Extra V: São Francisco Xavier de Tarl-harrel
Biblioteca Imperial de Forte São Jorge
Instituto Professor Olavo de Carvalho
Livro: Almanaque de colônias e assentamentos brasileiros na Mesogeia
Parte I, Capítulo I
Disponível em Português, Japonês, Inglês, Yamareu e Sirfrésio
Autor: Professor Josias Pimentel dos Santos
Este é mais um escrito que relata e descreve uma das inúmeras colônias brasileiras na mesogeia e também outras terras deste novo mundo.
Desde que incentivados por Kuria que abriu os vórtices, brasileiros e outros povos terrestres se lançaram no “Novo Mundo” por inúmeros motivos tais como seus ancestrais e neste mundo fundaram inúmeros assentamentos de vários tamanhos formados por inúmeras raças e povos.
Entre elas uma das primeiras temos o assentamento de São Francisco Xavier de Tarl-harrel. Localizada a aproximadamente 300 kms na direção Norte-Noroeste em relação a Forte São Jorge e consequentemente o portal brasileiro mas também ao sul da antiga província yamareia da Melragodônia.
Em meio a um relevo acidentado nos planaltos que margeiam os Alpes Brasileiros, lá onde córregos trazem a água dos pontos mais elevados da cordilheira, frutos do acúmulo da chuva, gelo ou mesmo umidade trazida pelos ventos, surgiu um dos primeiros e mais audaciosos assentamentos brasileiros fora do que futuramente seria a região metropolitana de Forte São Jorge, esta que já nasceu cornubada via portal com a Grande São Paulo.
A história desses pioneiros é muito interessante e curiosa. Tão logo a revelação de outros mundos como o nosso e a abertura dos portais se deu, as notícias se espalham como polvora no campo seco e inumeros aventureiros firmam laços de fratenidade por meio da tão já consolidada internet.
Chamados de toda sorte de adjetivos, estes pioneiros levantaram fundos e equipamentos para suas expedições. Estas expedições muitas vezes além do objetivo de explorar, comercializar e colonizar, também tinham o objetivo de converter os nativos para as suas fés tendo missões católicas, protestantes e kardecistas sendo a grande maioria formada por católicos.
Nesta em especial surgiu como iniciativa de fieis e clérigos espalhados por todas as regiões do Império e nasceu com o nome de São Francisco Xavier em homenagem ao cofundador da Companhia de Jesus que se lançou no Extremo Oriente para converter novos fieis no século XVI e assim seria chamada a futura colônia.
Logo munidos de equipamentos e suprimentos que iam desde geradores portáteis a rações de emergência e também sementes das culturas mais populares do Império como também algumas cabeças de gado, eles partiram em várias levas.
Para escolher o local que como descrito era parte do relevo acidentado que margeava a cordilheira eles contaram com a ajuda de autoridades coloniais recém estabelecidas e também com o apoio de outros aventureiros que ofereciam serviços de mapeamento via balões dirigíveis não tripulados e semi tripulados.
O local a ser escolhido tinha que obedecer uma série de critérios cujos principais eram:
-
Estar relativamente ou facilmente próximo a fontes fartas de água para necessidades diárias dos colonos, agricultura e outras atividades.
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Existir alguma estrada ou caminho que depois poderiam ser pavimentadas e/ou ampliadas para facilitar a comunicação e o transporte.
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Estar relativamente despovoado ou com reivindicações fracas de soberania.
-
Entre outras condições menores.
Assim, achou-se um vilarejo cujo nome nativo era Tarl-harrel e era habitado segundo levantamentos feitos por aventureiros e pesquisadores de pelo menos 10 famílias de yamareus-meralgodonios e duas famílias de homens-feras da raça felina.
Os contatos entre os primeiros a sondar o local e os nativos feitas através de seguidores de Kuria, foi amistosa e deixadas às claras a situação e as intenções isso foi definido:
Sobre a situação, o que foi descoberto pelos brasileiros é que a região foi abandonada vítima da guerra civil em Yamaris.
Antes das tribulações que levaram ao fratricídio a região em torno do vilarejo era cliente ou vassala do Reino da Melragodônia que ao longo dos anos ostentava níveis variados de autonomia variando entre os status de província a reino autônomo tendo sua governança atribuída a diferentes governadores ou mesmo figuras nomeadas reis variando as dinastias reinantes com certa frequência.
E qual era a situação? O último rei que havia sido nomeado chamado Lúcio Septímio da casa principesca dos Septímidas morrera em batalha após ironicamente mudar de lado algumas vezes tendo os detalhes de sua morte ainda pouco averiguados.
Assim, sua situação era similar à dos britânicos após a partida dos romanos no ano de 410 da Era Cristã. Estavam literalmente a própria a mercê de bandidos e monstros fazendo com que qualquer nova presença dominadora que trouxesse um mínimo de ordem e segurança era bem vinda e inclusive segundo o representante dos nativos haviam recebido a oferta de se tornarem clientes de um novo Império das estepes a oeste liderados por uma certa rainha guerreira…
Uma vez que a primeira leva pode se estabelecer, começou a preparação para infraestrutura que iria receber novos colonos e até nativos interessados em viver nesse novo mundo de tecnologia e fé cristã. Hidrelétricas portáteis, paineis solares e até moinhos de vento foram instalados em locais estrategicos pulverizando o fardo da geração de energia.
Casas abandonadas foram compradas por um preço razoavel pagos em papel moeda brasileiro, itens de primeira necessidade e até em troca da reforma das casas dos nativos, logo o império iria cunhar moedas de ouro para ser usadas em ultramar quando decidiu lastrear sua moeda corrente em ouro. Uma curiosidade é que este ouro era obtido de mineração espacial sendo então chamado de Real Sinderal ou Real Espacial.
O vilarejo começou a ganhar forma e comercializava muito com a metrópole, mas também com outra colônia irmã chamada de São José de Anchieta, distante apenas 10kms a oeste.
Seu primeiro momento-chave foi a batalha que levou seu nome ocorrida no dia 10 de Maio de 2041 depois de Cristo e dia 9 do sexto mês do ano 817 da sétima era na Mesogeia e cujos impactos só seriam percebidos muito tempo depois.
Nesta batalha uma força composta por colonos e nativos com apoio emergencial de um efetivo do exército imperial, barrou e destruiu um exército muito maior pertencente a um dos inúmeros generais membros da nobreza que lutavam entre si e onde foi notável e visível a grande diferença tecnológica entre ambos os mundos.
Após estes eventos, a fama do assentamento e também do assentamento vizinho se espalhou e quem não estava interessado em colonizar resolvera ir morar na localidade que no seu auge até hoje não passou de 20 mil habitantes que segundo o censo eram compostos por:
45% Brasileiros sendo que
40% Brasileiros natos ou filho de brasileiros
20% Mestiços de Brasileiros com Nativos
7% Homens-feras
8% Elfos
25% Humanos Nativos
15% Imigrantes de fora do Brasil vindos da Europa, BRICS+ e América Latina.
Desde então a colônia tem ganhado a configuração de uma típica cidade interiorana brasileira com um núcleo urbano central e pequenas propriedades rurais em volta.
Seu ponto mais alto é o Conjunto Habitacional e Comercial Príncipe do Grão Pará com 10 andares com 35 metros de altura sendo que desses 10 andares 2 são para lojas e há um Supermercado da Rede Grand Chef.
Existe nas ruas centrais onde antes eram campos abandonados, comércios diversos na mão de imigrantes chineses e também nativos com os brasileiros assumindo cargos na máquina pública como burocratas, segurança, saúde, educação entre outros, além de comprarem pequenas propriedades e plantarem culturas da metrópole e locais.
Também há muitos brasileiros e imigrantes vindos do portal que são verdadeiros nômades digitais.
Os nativos aos poucos interagem e abraçam as novas tecnologias sem abrir mão de sua identidade.
Muitos prosperaram e até tomaram o caminho inverso e foram morar para trabalhar e estudar na sua nova metrópole.
Sobre a questão da religião, a fé predominante é a Católica cuja Diocese Metropolitana ainda se mantém em Forte São Jorge e há na colônia uma paróquia a São João Paulo II Magno.
Muitos nativos estão se convertendo à fé católica para desgosto de Kuria que até mandou restaurar um antigo templo seu agora na Avenida Principal chamada Av. Papa Francisco que só atrai “jovens dinâmicos, modernos”.
Em seguida existem algumas igrejas evangélicas, um centro espírita chamado Profº Divaldo Pereira Franco e é nessa ordem a preferência pelas religiões presentes no Império. Ironicamente a fé na deusa Kuria só ganha em popularidade das praticadas por imigrantes estrangeiros de fora do país.
O Turismo ainda engatinha mas se começa a praticar o turismo ecológico nos caminhos escavados pelos riachos, histórico e até gastronômico.
Assim se recomenda que se visite essa cidade e até viva nela desde que respeitando as cotas de colonização disponíveis.
NOTAS DO AUTOR: Obrigado se você leu até aqui e favoritou a obra, vocês são parte do meu sonho de compartilhar este mundo tão rico que existe na minha mente.
Estou com uma ideia (meio idiota) de criar uma base de fãs, talvez no whatszapp e depois no discord não sei, se desejarem que eu crie um grupo para gente conversar manda um email para esse endereço: [email protected].
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