Volume 9 – Arco 6
Capítulo 173: Outro Fim de Dia
O entardecer do Monte Olimpo, como sempre, criava uma paisagem exuberante no vasto horizonte.
Poucas nuvens cobriam as cidades helênicas, sempre iluminadas pelo tom alaranjado que se difundia à escuridão da noite.
Só que, naquela ocasião, nenhuma divindade se encontrava presente a fim de contemplar o cenário.
No centro do grande salão dos Doze Tronos, o foco dos seis membros presentes era capturado por Atena.
Além do Rei dos Deuses prostado no trono mais alto, vinha a companhia da Deusa do Casamento ao seu lado.
Nos entornos, cada um sentado em sua respectiva cadeira, os Deuses dos Mares, do Sol, a do Amor e o Mensageiro aguardavam o pronunciamento.
Hermes trazia o sorriso cínico de sempre, além de fitar, vez ou outra, os demais veteranos, analisando as feições de cada um em silêncio.
Podia notar uma clara insatisfação compartilhada entre Poseidon e Apolo, já que ambos encaravam a sábia divindade através de um semblante extremamente sisudo.
Imaginou, a princípio, que poderiam estar inquietos sobre seus filhos terem sido enviados a uma missão quase suicida.
“Mas não é do feitio deles se preocuparem desse jeito”, pensou na contramão dessa possibilidade.
No fim, eles só não queriam ter sido chamados ali, de novo. Essa opção, além de combinar mais com os dois, divertia o deus.
Se pudesse, estaria se contorcendo em gargalhadas no chão.
Afrodite pouco parecia se importar e, portanto, não atraía tanto o foco do mensageiro.
Nenhum descendente dela tinha sido enviado à grandiosa tarefa, além de ela nunca ter se queixado de comparecer nas reuniões — mesmo tendo declinado a última.
Já Hera apenas aguardava, sem demonstrar tanto interesse no que ocorreria. Mas era sempre assim; até que a sábia começasse a mediar, esperava pouco do que viria a seguir.
Por fim, Zeus sustentava a aura de sempre, silente e circunspecto na respectiva austeridade. O rosto deitado no punho cerrado do braço flexionado acima do apoio lateral do trono.
Atena também parecia ciente de cada mínimo aspecto facial dos presentes ao seu redor.
Era de costume dela lidar com tal ambiente sem causar alardes, com exímio primor em absorver tudo e sustentar sua tranquilidade singular.
Foi assim que respirou fundo e resolveu iniciar o pronunciamento:
— Agradeço o comparecimento de todos nesta reunião, embora convocados em um horário tão tardio. Igualmente, adianto minhas sinceras desculpas acerca disto. Contudo, ainda que os demais representantes dos Doze Tronos estejam ausentes, desejamos determinar os novos pontos de importância sobre os quais adiamos as discussões durante a última reunião.
Realizou uma mesura respeitosa para aqueles que agradeceu e se desculpou de uma única vez.
Ninguém disse algo a respeito, portanto ela retomou a postura ereta de imediato.
Pigarreou com força, de maneira a aliviar a tensão que pairava no ar.
Dominada por um olhar focado, a sábia deidade procedeu:
— Pude observar o progresso inicial dos jovens enviados ao Berço da Terra através da Piscina da Vidência. No entanto, após ultrapassarem os caminhos principais até a segunda porção de ilha, nossos métodos tornaram-se inviáveis; claramente uma interferência das Moiras. Todavia, estas circunstâncias já eram expectadas.
— Então, tudo que acontecer com eles nem vamos saber, é? — Hermes elevou o tom de voz, jocoso. — Que meigo, minha irmã!
Atena estreitou o olhar perante a provocação do irmão irritante, sem se deixar levar em tal local sagrado — ainda mais diante de seu pai.
— De fato, estamos com as mãos atadas diante da situação. A única resolução momentânea é a de confiarmos nos jovens enviados. — respondeu, cortês.
O alvo prendeu uma risada entredentes, enquanto se encostou no respaldo do assento, todo desleixado.
— No fim os pirralhos de estimação vão morrer sem qualquer história para serem lembrados. — Continuou a provocar, brincando com a moeda dourada entre os dedos.
— Não subestime meus descendentes, Hermes — resmungou Poseidon, os braços cruzados sob o peitoral.
— Não subestimo, tio! Mas estamos falando das Moiras... — Abriu os braços, para depois cruzar as mãos detrás da nuca. — Esse é o ponto mais cruel de todos aqui.
Encarou, de soslaio, a feição fechada de seu pai, que parecia ignorar toda a discussão. Sendo que foi ele o responsável por ordenar algo tão utópico àqueles apóstolos.
Lembrar disso e juntar as pontas com aquela atitude trazia um deleite único ao mensageiro.
— E sobre o que mais deseja falar, pequena Atena?
Afrodite antecipou-se aos demais, de modo a alterar o curso do diálogo nada produtivo.
Com tal pronunciamento, Poseidon voltou a fechar os olhos. Hermes, em contrapartida, a fitou com as sobrancelhas contraídas.
Atena agradeceu à beldade em silêncio, então assentiu com a cabeça no esboço de um tênue sorriso.
— O que desejo comunicar é simples. — As palmas se viraram para cima, à frente do tronco. — De acordo com informações obtidas por minha irmã, Ártemis, há a possibilidade de um ataque-surpresa dos demais integrantes dos Imperadores das Trevas. Portanto, gostaria de contar com vossa compreensão e pedir para que permaneçam em alerta. Eu e Hermes já antecipamos a convocação dos demais apóstolos disponíveis, inclusive os Classe Herói, nos fazendo valer deste chamado de emergência.
— Então nos chamou aqui só para isso, minha sobrinha? — Sem abrir as vistas, Poseidon fez seu timbre austero ecoar. — Acha mesmo que esses insetos representam alguma ameaça a nossa integridade?
— Sim. Acho.
A resposta controlada da sábia fez o deus bufar pelas narinas.
Ergueu-se de seu trono cheio de impetuosidade, capaz de gerar uma forte pressão no âmbito.
— Se há algo que não é necessário, é pedir para que eu tome algum cuidado, Atena. — Atravessou o salão, indo até as portas alabastrinas. — Mas pode ficar tranquila. Nenhum destes insetos poderia causar qualquer perturbação a mim ou ao meu reino.
Após dar o recado final, abriu as alas metálicas com vigor e as fechou da mesma maneira, fazendo o som retumbante se alastrar por toda a câmara.
Nenhum dos demais membros reagiu além de expressarem caras e bocas diferenciadas.
Atena não demonstrou tanta surpresa pela ação do tio, apesar do alívio que sentiu de ter se livrado da pressão causada por seu descontentamento.
— Ai, ai... — Hera balançou a cabeça para os lados, expressando um sorriso cínico. — Por que os homens sempre puxam o temperamento ruim?
Escondeu-o ao levar a palma a tampar a boca, enquanto virou os olhos à direção do mais novo, sentado no trono superior.
Zeus contemplou o irmão convencido fazer o que fez sem vontade alguma de discutir.
Para ele, a forma como o respectivo lidaria com a situação não lhe interessava, desde que não trouxesse, é claro, problemas ao Olimpo.
Além do mais, considerava uma atitude “natural”, pois faria o mesmo em seu lugar.
Os grandes deuses sempre confiariam demais nos próprios poderes. Inexistia defesa mais segura do que eles mesmos, alertas ou não.
Isto posto, guardou consigo um leve incômodo sobre a despreocupação exacerbada de todos os membros do panteão.
Usar os jovens apóstolos era algo que podia o oferecer certo conforto, mas até isso tinha limites.
Enquanto não fosse preciso se arriscar, manteria esse método em prol de lidar com as adversidades.
Contudo, o fato de que o perigo iminente continuava a bater à sua porta lhe trazia certa aflição.
Ainda assim, jamais poderia demonstrar temor ou qualquer outro tipo de fraqueza perante os seus.
Afrodite era a única que parecia notar aquela estranheza na postura do Rei dos Deuses. Ser protetivo daquela forma não combinava com ele.
Num contexto ordinário, o homem nem hesitaria em impor autoridade direta àqueles que ameaçavam seu reinado.
Encarou a Deusa da Sabedoria outra vez, como se em busca de ver nela a mesma percepção. O semblante neutro da púrpura, no entanto, mascarou qualquer possível discernimento.
“Caso as pendências internas permaneçam, esta Era encontrará sua ruína. Indubitavelmente...”, ela pensou em silêncio, nada clemente à situação em si.
Se o próprio panteão não entrasse no mesmo eixo e se ajudasse, de nada adiantaria ir contra a maré.
Apenas estariam adiando um fim imutável.
Firme nessa linha de pensamento, Atena fechou as vistas de leve e levou o dorso da mão canhota a obstruir a visão de seus lábios.
Única a observar aquele gesto, a Deusa do Amor franziu as sobrancelhas...
Passada a recente comoção, a sábia voltou a encarar o que tinha ao seu redor.
— É de suma necessidade que todos estejamos prontos. — Sua voz tornou a ecoar pelo recinto. — Para tudo que possa ocorrer aqui, assim como as possíveis consequências advindas dos desenrolares no Berço da Terra, esta dupla de fatores será primordial na determinação do rumo que tomaremos ao futuro. Por isto, torno a reforçar o pedido de compreensão; este não se trata de mero caso avulso.
A veemência na voz da sábia, pela primeira vez, transmitiu um choque aos que seguiam presentes.
— Manteremos nossa atenção, pequena Atena — afirmou a sorridente venustidade.
— Claro, claro... — Hermes abanou a mão, indiferente.
— Entregarei o recado à minha irmã. — Também de braços cruzados, Apolo bufou. — Nem Delfos e nem Olímpia sofrerão qualquer tipo de problema. Eu garanto isto, meu pai.
Um momento de silêncio se criou após as declarações.
Assim, Atena se curvou em respeito mais uma vez.
— Isto é tudo que eu tinha a necessidade de comunicar. Novamente, agradeço à compreensão daqueles que aqui vieram.
Assim, a pequena e importante reunião entre membros dos Doze Tronos terminou.
E a sucessão disso foi bem rápida.
O Deus do Sol se despediu e foi o primeiro a deixar o local, seguido pela Deusa do Amor e o Mensageiro dos Deuses.
Só permaneceram o Rei e a Rainha, como de praxe.
— Caso me dão licença. — A da Sabedoria mesurou para os dois.
Deu meia-volta e passou por cima da piscina, a passos inaudíveis. Chegou às portarias ainda abertas...
— Criança. — O chamado de Zeus a fez parar o avanço antes de atravessar a passagem. — Você, por acaso, não estaria pensando em algo que eu não esteja?
A indagação trouxe de volta o olhar esverdeado da deusa à sua direção, por meio de um giro no próprio eixo.
Respirou fundo, no intuito de controlar o turbilhão emotivo responsável por invadir seu peito.
No encontro da melhor moderação, entoou através de um sorriso amigável:
— Claro que não, meu pai e senhor.
Incapaz de pegar algum traço de omissão naquela resposta, o robusto exalou um suspiro cansado.
Sem trocar novas palavras com o atinente, a sábia voltou-se à vertente do corredor. Com auxílio das mãos e do vento, fez as portas se fecharem pela última vez naquele fim de dia.
Após tomar alguns segundos em prol de se recompor, encontrou a paisagem que tanto admirava ao final da passagem estreita.
“O sol já foi descansar...”, encarou uma fina faixa alaranjada bem no final do horizonte, a cobrir apenas a curvatura da água.
Nem mesmo a ambientação das Cárites melodiava mais a montanha.
As estrelas pulsavam, livres da luz que as ofuscava durante um dia inteiro.
Deixou um fraco sorriso de canto escapar, na mira dos grandes corcéis onde os jovens enviados à missão impossível deveriam estar.
Deu a volta em direção às escadarias e desceu um degrau.
Logo se encontrou com quem esperava se naquela parte do céu.
— Seja bem-vinda de volta, senhorita Atena! — Íris foi cortês à superior. — Como foi a reunião?
O mediano rabo de cavalo do cabelo bege caía pelo ombro canhoto, à medida que encurvava o corpo franzino para frente.
Ao receber o respeito de sempre de sua serva fiel, Atena se agraciou por estar livre da pressão usual de qualquer reunião na sala dos Doze Tronos.
— Correu nos conformes. — Se aproximou da mensageira. — Perdoe-me pela demora, Íris. Já me adiantarei em lhe pedir para que realize um importante favor a mim.
— Não precisa se preocupar com isso, senhorita! — Ergueu a cabeça, abrindo os olhos lilases cheios de determinação. — Sempre darei meu melhor pela senhorita!
Diante de tamanho empenho, a Deusa da Sabedoria realizou um aceno positivo com a cabeça.
As duas começaram a descer o próximo jogo de escadas, ao que a potestade delegou seu pedido à mulher:
— Conto com você para...
— ...levar o recado até os demais representantes dos Doze Tronos.
Quem interveio na frase da deusa e a completou foi Hermes, a surgir de súbito no meio do caminho, sentado no corrimão.
Íris imediatamente delegou um semblante de asco ao deus, que sorriu em detrimento àquilo e levou a mão à frente do peito, num ato de cortesia — claro, irônico.
As duas pararam antes de alcançarem o piso inferior, ambas com uma feição de poucos amigos para o homem.
Sem oferecer qualquer oportunidade de contenção pela sábia divindade, ele bateu as palmas com força, causando um eco poderoso pela passagem.
Nisso, saltou em altíssima velocidade, até ficar de pé sobre o corrimão prateado que descia na parede de azulejos.
— Não se preocupe, amada irmã! Irei cumprir com meu dever como o verdadeiro Mensageiro dos Deuses! Levarei o recado da reunião àqueles que estiveram ausentes nela!
Hermes deu a volta e deixou os pés deslizarem pela balaustrada metálica, até desaparecer do caminho.
No entanto, nem dez segundos se passaram até ele ressurgir numa corrida acintosa, assustando a jovem deusa que vinha na companhia da superior.
— Aliás, eu até que achei bem útil aqueles caminhos arco-íris!! — Mirou a primeira, nos olhos. — Sabe, às vezes precisamos deixar um pouco o orgulho de lado. Te parabenizo com sinceridade. São caminhos bem interessantes! Agora, tchau!
Antes de Íris poder responder, ele desapareceu de novo, fazendo com que nada além de uma corrente de vento fria sobrasse pelo ambiente.
Um pouco corada sem nem perceber, a Deusa do Arco-íris abriu e fechou os lábios diversas vezes consecutivas, incapaz de falar qualquer coisa sobre.
Atena a observou de soslaio, também irrequieta. Os elogios feitos por seu irmão não aparentavam ter sido provocativos ou sarcásticos.
Por conta disso, escolheu deixar com que ele fosse o responsável por fazer o trabalho, sem causar novos rebuliços àquela hora da noite.
— Perdoe-me novamente por isto, Íris. — Apoiou a mão sobre o ombro dela, com gentileza.
— Está tudo bem, senhorita Atena... — E ela desviou o olhar, encabulada de verdade. — Ainda tem algo com o qual posso lhe ajudar?
Contente com a reação compreensiva da mensageira, a púrpura resolveu passar algo mais simples:
— Poderia regressar na frente e preparar um bom banho?
Os olhos brilhosos da mais nova voltaram a se deparar com o sorriso afável da mulher, o que a fez assentir com ímpeto.
— Farei isto, se desejar, senhorita Atena!!
— Agradeço. Em breve nos juntaremos, em Atenas. Pode tirar o restante da noite em prol de relaxar.
Agraciada pelo pedido amigável da deidade, Íris fez outra mesura ainda mais vigorosa e se despediu da mulher, terminando de descer as escadas em boa velocidade.
Um ínfimo rastro arco-íris permaneceu no ar, indicando o restante do trajeto também para a sábia, que foi mais comedida ao completar a sequência de degraus.
Chegou no andar de desejo, o antepenúltimo em ascensão à parte mais alta do Olimpo.
Solitária outra vez, voltou a ponderar sobre os contornos mais intensos que aquela história ganhava.
Conforme o tempo mantinha-se corrente, algumas outras preocupações passavam a crescer de maneira gradativa na cabeça.
E uma delas se situava dentro da morada singular daquele saguão.
Após a caminhada tranquila, Atena parou defronte a porta foleada em prata, sem qualquer símbolo em seu topo.
Ainda assim, perdeu alguns segundos ao encarar a parte superior, antes de bater duas vezes com os ossos do dorso do palmo canhoto.
Esperou por qualquer resposta vinda de dentro.
Contudo, nada ocorreu.
Desse modo, optou por levar a mesma palma até a maçaneta no intuito de verificar se estava destrancada.
Ao movê-la com cuidado, o som do trinco ratificou a ideia.
Por um átimo, a deusa deixou os pensamentos inquietantes adulterarem sua visão acerca daquilo, imaginando cenários desfavoráveis em virtude do silêncio absoluto vindo do recinto.
Quando empurrou a estrutura metálica, somente o rangido dessa ressoou pelo ambiente.
Na toada da aflição, encontrou o cômodo principal vazio. Só restava, portanto o quarto onde ambas deveriam estar.
Avançou pela pequena sala, que tinha as luzes dos castiçais e candelabro apagadas. No curto corredor, deparou-se com a porta do cômodo pessoal entreaberta.
Se esgueirou por ela e a empurrou, só para encontrar a inesperada cena de Daisy e Dahlia adormecidas. Estavam juntas, com as mãos dadas, na cama que pertencia a Damon.
Aliviada ante a imagem angelical, a deusa soltou um suspiro tênue da boca. Todos os devaneios deturpados foram dissipados na corrente de lufada, que refrescava o âmbito ao entrar pela janela.
Prendeu uma risada efêmera ao se dar conta de como tinha se preocupado à toa.
Sua energia mental era muito exigida por todas as situações vivenciadas atualmente, guardou consigo.
Mais serena, foi até a outra cama e puxou o lençol dela para cobrir as meninas do frio.
Em contemplação ao semblante inocente das duas, fechou os olhos e curvou os lábios em um sorriso sinuoso.
Deu meia-volta, sem fazer barulho, e voltou a encostar a porta no batente para pegar o corredor e sair da casa.
Dessa vez, girou bem a maçaneta, no objetivo de garantir a segurança de entrada daquele cômodo durante a madrugada.
Após deixar a região, o riso desapareceu, substituído por linhas rígidas na completude da face.
Na manutenção daquela expressão sisuda, Atena se virou às escadas em prol de regressar ao trajeto primordial, rumo ao plano terreno sob a montanha alada.
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