Volume 9 – Arco 6
Capítulo 167: Sob a Terra
— Ei, Leon... quando nos separamos do Dante mesmo?
Heath retirou o capuz que cobria metade do rosto, a fim de observar o céu nublado da sequência rodeada por construções antigas misturadas à mata.
Um jardim pequeno, onde havia outro grande santuário adiante, para uma sequência de caminho enigmática aos irmãos.
— Faz quase meio-dia — respondeu Leon, que analisava os pilares quebradiços nas proximidades. — Você parece preocupado demais com aquele cara.
— Pareço? — Abriu um sorriso desconcertado.
O moreno resmungou ao escutar aquela pergunta retórica, devolvendo o foco ao que podia encontrar pela região.
Sem delongas, os dois decidiram avançar para o templo que havia no meio do caminho.
Desde o momento da separação, passaram por outras zonas florestais e algumas ruínas, enfrentando sempre os monstros padrões da ilha.
Ainda não faziam ideia se continuavam a seguir o caminho correto. Se pautavam apenas nas raras observações do grande templo no extremo da paisagem.
— Parece até que a gente ‘tá andando em círculos...
Entraram na edificação, já recebidos por algumas criaturas diferenciadas.
Elas eram maiores em porte físico, como um ciclope. Porém não eram ciclopes, já que possuíam dois olhos normais. A boca dos monstros parecia rasgada, com apenas os dentes à mostra.
— Que beleza — rezingou Leon, desinteressado em enfrentar aquele desafio.
Os dois sentiam o cansaço por estarem sendo sempre forçados a gastar energia, fosse física ou vital, contra inimigos irracionais.
Portanto...
— Vamo’ correr! — Heath avançou com um salto, pisou na cabeça do gigante, e passou para sua retaguarda.
Seu irmão o seguiu, aproveitando da confusão do monstro para dar a volta por baixo.
Subiram as escadas que levavam à primeira sequência do templo, ao que o animal rugiu com vigor, fazendo as estruturas internas estremecerem.
Deixaram para trás todos os desafios cansativos, no intuito de seguirem o mais rápido possível até o objetivo primordial.
Os filhos da Deusa da Vitória ultrapassaram o templo em menos de uma hora.
Precisaram de fôlego extra, visto que só decidiram fugir dos monstros no trajeto, porém foi menos custoso em comparação a escolher batalhar.
Depois de completarem o enigma simples do interior da antiga construção, a dupla alcançou outra trilha de floresta, misturada a algumas quedas d’água.
Um toque diferenciado, mas o mesmo cenário de sempre.
Até aquilo começava a irritar Leon, por exemplo, que avançava a passos pesados com o semblante fechado — Heath tentava o acalmar.
No entanto, foram pegos de surpresa ao encontrarem uma cadeia de morros, alguns quilômetros à frente.
Já na chegada ao percurso, se depararam com uma grandiosa entrada cavernosa.
Os irmãos se entreolharam. Nem precisaram falar algo um para o outro, a fim de escolherem como seguir.
Afinal, pela lógica de ambos, continuar em frente era a peça-chave do sucesso na busca que faziam. Ter que contornar as elevações custaria mais tempo.
Fosse por cima ou por baixo, na subida montanhosa ou na caverna que se apresentava, continuar no rumo sem desvios poderia lhes premiar ao fim da passagem.
Foi assim que, juntos, concordaram em adentrar o local obscuro.
Desceram alguns metros até chegarem a uma zona de passagem desprovida de acidentes terrenos.
Foram surpreendidos pelo surgimento de pedras luminosas, que cintilavam em uma tonalidade alva ligeiramente pendente ao dourado.
Heath, impressionado, soltou um gemido de satisfação. Com auxílio daquela iluminação natural — e bem extravagante —, andaram por um bom período.
Ultrapassaram diversas passagens estreitas, saliências, subidas e novas descidas. Aprofundaram-se na cavidade natural, incapazes de determinar qualquer sinal de progresso real.
No entanto, não havia mais retorno.
Chegou um instante em que a pressão sobre os tímpanos só crescia. Estavam indo a níveis subterrâneos, ao que a luminosidade das pedras também diminuía.
Após um declive quase eterno, chegaram a uma região mais aberta no interior, onde havia um pequeno lago.
Se aproximaram da água, a fim de conferir, com cuidado, a profundidade, visto que não existia qualquer outro caminho senão aquele.
— Tome cuidado — murmurou Heath. — Pode ser vene...
— Que se dane.
Antecipando-se à preocupação do irmão, Leon arrancou o pesado manto negro e o jogou no solo.
Pisou na água gelada, a ponto de sofrer calafrios intensos. A postura se manteve, ainda assim, enquanto continuou a afundar até o mergulho inevitável.
Heath suspirou com cansaço ao ver a imprudência do semelhante. Contudo, ao menos lhe foi garantido que poderia seguir sem medo.
Fez o mesmo, jogou o manto de lado e se juntou ao rapaz na água congelante.
Estremeceu na iminência de bater os dentes, abraçando o próprio corpo no intuito de manter algum calor junto a si.
— Não é... tão fundo... — A voz soou um pouco trêmula e rouca graças ao frio.
Leon assentiu e deu a volta. Começou a avançar, empurrando o corpo adiante enquanto jogava mais água para trás.
— Temos que descer.
A percepção veio ao encontrar com a parede.
Já não sentia mais a terra sob os pés, precisando movimentar as pernas para frente e para trás a fim de manter-se na superfície.
— ‘T-tá... Me dá... a mão... — O friento estendeu a sua. O sisudo, no entanto, apenas semicerrou os olhos. — Leon...!!
— Não somos mais crianças, irmão.
Sem permiti-lo insistir na orientação, o garoto sugou o máximo de oxigênio possível pela boca e empurrou-se para baixo.
Incrédulo perante a recusa, o altruísta balançou a cabeça para os lados e executou o mesmo procedimento.
Ao submergir, conseguiu manter somente um dos olhos abertos. Enxergou a figura do semelhante, que já avançava pela passagem inundada, então o seguiu.
Sem tanto fôlego disponível, tentaram ir o mais rápido possível, à medida que ultrapassavam diversos ossos e esqueletos.
Heath quase soltou o ar preso aos pulmões com o susto que levou. Muitos mortais já tinham tentado a sorte por aquela passagem.
Os batimentos cardíacos aceleraram perante o cenário. O ar preso passou a se esvair mais rapidamente.
Não parecia faltar muito, mas o desespero começou a apossar a mente dos dois.
Acelerando as batidas contra a água, saíram do túnel submerso. Estavam prestes a alcançar a nova zona de superfície onde, enfim, poderiam reabastecer o oxigênio.
Contudo, antes de sequer iniciarem a subida, uma corrente poderosa os atingiu. Um choque violento os fez perderem o controle dos próprios corpos.
“Que merda...!?”, Heath se perdeu em meio às bolhas intensas a se formarem pela repentina correnteza.
Tentou bater as pernas e os braços, mas era inútil. Apenas sentiu ser conduzido pela força de magnitude agressiva, enquanto colidia contra algumas pedras.
“Leon!! O Leon...!!”, estendeu a mão, na esperança de que poderia ser apanhada pelo irmão.
Mas nada veio.
A boca abriu, incapaz de manter o resquício de ar preso. Enquanto experimentava a quantidade excessiva d’água invadir seu peito, fechou os olhos com força.
Um choque forte atingiu suas costas. Não tinha mais forças para lutar contra as adversidades.
A consciência foi se perdendo, aos poucos. Restou o pensamento de que ele e seu irmão teriam o mesmo destino dos corpos submersos.
Ao menos, torcia para que fosse diferente com Leon.
Foi a última coisa que a mente conseguiu desejar, antes de ser tomada pela escuridão.
Acorde...
Uma voz afável, amorosa e acalentadora.
Era o que os ouvidos, ainda zumbindo, podiam escutar.
Heath...
O nome dele foi chamado, enquanto uma imagem borrada pela luz se formou acima da visão.
A figura feminina, sorridente de felicidade, se agachou ao lado dele e tocou seu peito dolorido.
Vamos, Heath. Acorde.
Num rompante, os olhos do garoto se abriram.
Então, veio todo o efeito do afogamento, o fazendo tossir de maneira intensa, regurgitando toda a água engolida durante o momento de pesadelo.
Ao repelir o líquido durante quase um minuto ininterrupto, o rapaz pôde recuperar o oxigênio arrancado de si.
Era como um sonho.
O peito ainda doía, mas era prova de que, de alguma maneira, conseguira sobreviver.
Depois, o corpo relaxou de novo sobre a terra molhada.
De forma gradativa, controlou a respiração, até todo o incômodo desaparecer. Enfim, exalou um lamento de alívio.
Levantou-se até ficar sentado.
Conforme a visão se reestabelecia, fitou os arredores. Ainda parecia estar na caverna, mas sem saber se tinha retornado ao início ou se foi parar em outra parte.
Mais importante: seu irmão não estava ali.
Não havia qualquer indício no solo ou em qualquer parte da estreita câmara rochosa.
“Ele não pode ter morrido. Não. Não morreria fácil assim. Já que eu estou vivo...”, acreditou naquela fagulha de positividade ao soltar uma fraca risada.
Mesmo inquieto quanto à integridade do rapaz, sabia que se remoer apenas de nada adiantaria.
Assim, ergueu-se do solo, após algum tempo de recuperação. Precisava fazer algo a respeito, nem que fosse seguir adiante.
Atravessou uma outra saliência bem ao lado de onde tinha despertado. Quando o fez, a primeira indicação de sorte lhe envolveu.
Um foco de luz natural surgiu a alguns metros. Há horas não sabia o que era enxergar qualquer coisa vinda do exterior.
Suspirou contente ao dobrar o ímpeto nas pernas, terminando de subir a passagem claustrofóbica.
Depois de driblar as estalagmites rochosas, encontrou o ar puro que tanto desejava.
Ou não tão puro quanto esperava.
Com a escuridão da noite já instaurada no céu nublado, ele presenciou a região pantanosa onde a escuridão predominava.
Havia mais terra do que água, ao menos. A ansiedade diminuiu acerca dos perigos que enfrentaria a partir de então.
Destituído de outro trajeto, resolveu continuar.
Pisando pelo solo úmido, observou a passagem das densas vegetações herbáceas, além de enormes raízes a saltarem para se entranhar em mais construções antigas.
O ar ainda era ligeiramente rarefeito, e a umidade alta já fazia seu corpo sentir arrepios.
Ao chegar na região onde havia mais água, experimentou a gelidez em estado puro o paralisar.
Porém, diferente da sensação inicial, essa gelidez não vinha de altitude ou umidade naturais daquele ambiente.
Uma influência vital, não havia erro. Foi obrigado a se desvencilhar do baque repentino e ativar o absoluto estado de alerta.
Havia, adjacente à passagem cerrada, uma outra passagem subterrânea. E era dali que vinha a aura que, de certo, pertencia a alguém desconhecido.
Para sua surpresa, não demorou muito até um jovem rapaz, envolto em uma capa azulada, surgir em meio às sombras.
Trazia consigo toda a essência sublime, que tornava o local frio e ainda mais úmido por si só.
Seu cabelo prateado parecia ser um raro ponto de claridade em um local tão escuro. Os olhos cor de mel destoavam da face plácida, mas, ao mesmo tempo, frígida.
Todas as sensações recebidas por apenas encará-lo no rosto fizeram Heath engolir em seco.
E nem precisava trocar palavras com o respectivo para saber que ele fazia parte do “outro lado”.
Os inimigos dos quais tanto queriam derrubar.
Ainda assim...
— Olá! Meu nome é Heath. — Forçou um sorriso ao se apresentar, erguendo os braços. O prateado interrompeu o avanço. — Acredito que você seja um daqueles Apóstolos. Então era verdade o que o Keith tinha dito...
Silver não devolveu qualquer menção ao altruísta, que falava em uma mansidão que poderia se equiparar à sua.
Apenas franziu o cenho, o que fez o imperador prosseguir:
— Era para estarmos somente nós aqui. Mas isso não surpreende. — Abaixou os braços, com calma. — Essas moças... Moiras, certo? Elas devem estar só brincando com a gente. Já pensou nisso?
— Eu não me importo.
“Ah, enfim ele respondeu”, arregalou as sobrancelhas ao escutar o timbre do atlanti, tão gélido quanto sua presença.
— Nossa missão é acabar com vocês. Se elas brincam ou não conosco, pouco importa. — Sem pestanejar, fechou a mão sobre a empunhadura na cintura. — A única coisa com que devo me preocupar agora... é te derrotar e seguir em frente.
— Entendo. Infelizmente, preciso te dizer... — Heath também levou a mão a um objeto preso à cintura. — O caminho para onde está indo não tem saída.
Com a outra mão, apontou o polegar por cima do ombro, na expectativa de distraí-lo.
Foi em vão, como esperado.
Os dois puxaram as empunhaduras respectivas, ao que o filho de Poseidon sacou sua lâmina azul e branca achatada como uma onda.
No entanto, o moreno trouxe para fora do cinto... um cabo de espada vazio.
Silver aproximou ainda mais os cílios. Apesar da leve curiosidade, empenhou-se em sustentar a serenidade ao nível necessário para lutar.
Mediante um sorriso amigável, o rapaz de olhos castanho-escuros pronunciou:
— Acho que o caminho para onde eu estava indo também é sem saída... — A energia do rapaz se alastrou na velocidade do pensamento à “arma”. — Esmeralda...
Imediatamente, minerais esverdeados de estruturas complexas cresceram sobre a empunhadura, dando origem à lâmina.
Silver não hesitou em avançar contra o adversário antes de a chapa de gema tomar forma completa.
Desferiu um ataque simples, um corte horizontal, que acabou defendido pelos cristais esverdeados brilhantes.
O impacto fez o rapaz se afastar alguns metros, no entanto.
“Forte”, ponderou o oceânico.
Apesar da ausência de energia no golpe, pôde constatar a resistência da lâmina estranha do inimigo.
Depois de recuar forçadamente, Heath deu um passo.
— Uma dureza de nível oito... — murmurou enquanto fitava a própria arma. — Agora está perfeita. Não acha, mamãe...?
Nostálgico, o filho de Nice o olhou, dessa vez transmitindo uma aura diferenciada ao apóstolo.
Parecia mais intenso e mortífero que há pouco.
Outra razão em prol de absorver tudo nos arredores e aprofundar-se mais e mais em sua tranquilidade.
Silver, dessa vez, reuniu uma porção de energia sobre a lâmina de metal.
Uma camada de Autoridade Elementar da Água se formou, duplicando o tamanho.
“Arte do Oceano, Primeira Onda: Navalha de Água”, avançou de novo, agora mais acelerado a fim de surpreender o oponente.
“Não deve segurar”, ele imaginou isso na hora ao posicionar a arma de esmeraldas à frente do tronco.
Dito e feito, a colisão entre as Autoridades, além de causar a famigerada explosão de choque nos arredores, fez prevalecer a do prateado.
Heath precisou saltar para trás de forma premeditada logo quando as rachaduras partiram diversas partes dos cristais.
O apóstolo, entretanto, antecipou aquela reação.
“Segunda Onda”, pisou com força à frente e abaixou a lâmina d’água, a arrastando no solo molhado para subir a sequência da investida. “Torrente Serena.”
O moreno desviou com outro passo de recuo, mas teve a visão obstruída pela água pantanosa levantada, além do rastro volumoso deixado pela Autoridade do garoto.
Um terceiro golpe em sequência foi acometido, agora vindo de cima para baixo, numa diagonal.
Precisou inclinar-se para baixo, experimentando o ar gélido levar alguns fios do cabelo castanho-escuro.
Conduzido pelos movimentos fluidos, Silver empenhou-se a girar em alta velocidade, em busca de cortá-lo outra vez.
Heath aproveitou a postura para apoiar as mãos na terra e empurrar-se num rodopio rápido. Usou o resto da arma esmeraldina a fim de contra golpear.
O choque inédito entre as armas empurrou ambos para trás. Sem contar que foi a última ação possível dos cristais comprometidos, que terminaram de se partir.
Quando o descendente dos mares já se recompunha no objetivo de manter a sequência de ataques ativa, o filho de Nice sorriu.
O resto das esmeraldas se tornaram migalhas a caírem sobre o plano, o permitindo erguer a empunhadura vazia para até acima da cabeça, apontada ao céu.
A Energia Vital foi condensada sobre o cabo, formando novos cristais brancos e foscos, que se espalhou até conceber um arco sinuoso a cobrir o portador.
Desse arco, diversos fragmentos se desprenderam, até tomarem a forma de cristais trigonais que soltavam vapor frio.
“Gelo?”, Silver se viu perplexo diante da nova criação, o que o fez pestanejar durante um mero segundo.
Segundo esse suficiente para o jovem destilar a última moldagem para aquela vertente da Autoridade Artificial do Cristal.
Os cristais se tornaram pontiagudos, todos apontados contra o jovem oceânico.
— Antarticita...
Ao enunciar o nome daquela formação especial, os “espinhos” cristalinos se desprenderam do arco, indo a toda velocidade contra o alvo.
Silver acuou a ação ofensiva e trouxe a lâmina recheada de Autoridade da Água para defletir dois dos cristais. Esses foram destruídos com extrema facilidade.
Em seguida, moveu-se numa agilidade desprovida de oscilações, desvencilhando-se dos demais.
Um deles acabou rasgando o bíceps canhoto, um corte superficial que arrancou apenas um mero filete de sangue com Ícor.
Alternando entre cortar uns e se esquivar de outros, tentou dar a volta pelo arco criado sobre a cabeça do adversário.
Heath forçou a energia a se elevar, fazendo com que todos os cristais se condensassem em um único corpo cortante.
Moveu o braço com ímpeto, como se cortasse o ar para lançar a estaca de antarticita contra o atlanti.
Ele precisou se concentrar ao máximo a um único ponto daquela formação para, num deslocamento limpo, a lacerar ao meio através de um corte horizontal ascendente.
Quando o bloco de cristal se partiu, como se portas fossem abertas, o fleumático e o altruísta voltaram a se encarar olho a olho.
Em comum entendimento, ambos sabiam que aquele confronto só viria a ser definido nos mínimos detalhes.
Opa, tudo bem? Muito obrigado por ler mais um capítulo de Epopeia do Fim, espero que ainda esteja curtindo a leitura e a história!
✿ Antes de mais nada, considere favoritar a novel, pois isso ajuda imensamente a angariar mais leitores a ela. Também entre no grupo do whatsapp para estar sempre por dentro das novidades.
✿ Caso queira ajudar essa história a crescer ainda mais, considere também apoiar o autor pelo link ou pela chave PIX: a916a50e-e171-4112-96a6-c627703cb045
Catarse│Instagram│Twitter│Grupo
Apoie a Novel Mania
Chega de anúncios irritantes, agora a Novel Mania será mantida exclusivamente pelos leitores, ou seja, sem anúncios ou assinaturas pagas. Para continuarmos online e sem interrupções, precisamos do seu apoio! Sua contribuição nos ajuda a manter a qualidade e incentivar a equipe a continuar trazendos mais conteúdos.
Novas traduções
Novels originais
Experiência sem anúncios