Epopeia do Fim Brasileira

Autor(a): Altair Vesta


Volume 6 – Arco 5

Capítulo 102: Nove Musas [Recepção]

A maioria reagiu embasbacada diante do timbre melodioso da beldade, que tinha o cabelo a cair na altura do pescoço com emaranhados cachos.

Tanto em sua testa quanto em seu pescoço, carregava bonitas pedras esmeraldas.

Depois de entoar sua encantadora voz, aguardou pela resposta de qualquer um dos contatados, mas nada veio.

Por conta disso, com um sorriso tenro e divertido, assentiu consigo. Moveu os braços abertos para frente e posicionou as palmas para o alto.

— Muito prazer, jovens divindades. Eu sou Calíope, a Eloquente. Venham, não se acanhem. — Descansou um dos braços. — O sol está intenso. O verão habita entre nós. Por favor, entrem. Precisamos conversar.

Ninguém tinha coragem de se pronunciar diante das palavras proferidas cheias de desenvoltura.

No entanto, nenhum deles tinha outra opção senão aceitar o convite definitivo proposto pela musa.

— Vão logo! — Hélios ordenou, mais intenso.

— Com isto, nos despedimos por aqui — completou Selene, numa rápida reverência.

O irmão flamejante e a pequena lilácea acompanharam-na no gesto.

— Agradeço o trabalho, vocês três. A partir daqui, assumiremos toda a responsabilidade.

Às palavras de Calíope, o trio defensor de Rodes deu meia-volta e se despediu dos demais com apenas o silêncio.

Eos foi a única que ainda se virou para acenar com o braço até os jovens prodígios, antes de desaparecer entre a mata florestal.

No fim, a musa voltou a mover o corpo, abrindo passagem à entrada do grandioso santuário.

Chloe e Julie lideraram o pelotão, após assentirem uma para a outra. Os demais os acompanharam, por último indo Damon e Helena, lado a lado.

Nessa toada, atravessaram a entrada em arco, conferidos pelo olhar sublime da Eloquente. Essa que, então, fechou a passagem com cuidado.

— Que frio — mussitou Helena, receptora do choque térmico entre o exterior e o interior.

Lustres de chamas douradas iluminavam a extensão do primeiro saguão, onde havia uma enorme mesa e diversas cadeiras dispostas em sua volta.

Após essa, um corredor tão extenso quanto. Parecia não ter fim.

— Podemos fazer um tour pelo templo uma outra hora. — A esmeraldina se antecipou ao grupo atônito. — Primeiramente os levarei até uma de minhas irmãs. Será importante para determinarmos os próximos passos.

— Então é com vocês que vamos treinar!!? — Animado, Gael uniu os dentes com passos acelerados.

— Minerva requisitou nosso auxílio há alguns dias, então decidimos aceitar este importante dever. Afinal, ela também nos colocou a par de tudo que ocorreu e está ocorrendo atualmente.

— Minerva? — Damon semicerrou as vistas.

— Oh, me perdoe. Você deve a conhecer como “Atena”, correto? — Sorriu para o jovem dúbio. — Nem mesmo ela pode prever o que ocorrerá de agora em diante. Portanto, estamos tratando este cenário com a urgência devida. Devemos poupar quanto tempo for possível.

Por ora, o jovem tinha aceitado aquela justificativa, pois fazia bastante sentido.

E, no fim, pensava da mesma maneira: devia evitar de perder o mínimo que fosse de tempo, a fim de se recuperar o quanto antes de sua condição.

Estava contente por ter a determinação alinhada com Atena e a própria anfitriã do Museion.

— De toda maneira, agradecemos por nos acolher. — Chloe mesurou sem parar de caminhar.

Sem jeito com a educação da menina, Calíope somente guardou o riso.

Podia ver como ela e mesmo Julie eram bem semelhante à referida deusa, a qual já tinha lhe indicado sobre as respectivas descendentes.

O grupo seguiu atrás da Eloquente na passagem. Era menos estreita do que aparentava ser na entrada do salão, ao menos.

E havia diversas portas no decorrer de certas metragens de passos realizados.

Algumas delas carregavam um símbolo cinzelado em dourado no topo central da estrutura metálica.

De certo significavam algo, mas nem tiveram tempo de indagar.

Calíope interrompeu a caminhada em frente a uma das portas marcadas com tais símbolos.

O emblema em questão parecia ser o de um livro aberto, em branco.

— Chegamos.

Após anunciar, levou a mão à maçaneta redonda e a girou.

O som da trinca precedeu o rangido fraco causado pelo movimento feito sobre a porta.

A luminescência daquele cômodo específico clareou ainda mais a presença dos visitantes, fazendo parecer que o corredor não tinha qualquer fonte de luz.

Depois do rápido intervalo de hábito, os jovens se espantaram ante o cenário que se revelou ao alcance.

Quem mais arregalou as sobrancelhas foi Chloe. Mesmo Julie, sempre inexpressiva, piscou com surpresa e separou os lábios, sempre imóveis, por centímetros.

Diversas estantes, enormes, compunham quase toda a linha de visão dos apóstolos.

E não se limitava só àquele início. Havia mais conforme o cômodo seguia e, para delírio interior das gêmeas, também dispunha de um segundo andar.

Uma biblioteca recheada de conhecimento.

As duas já tinha traçado a mina de ouro que tudo aquilo era em suas mentes, quase conectadas por telepatia.

— Que lindo! — Helena também se deslumbrou envolta por tantos exemplares.

A arrumação toda detalhada e planejada também chamava a atenção dos mais leigos, até desinteressados.

Vendo a reação de cada um, Calíope seguiu na liderança do avanço e pronunciou:

— Clio! Eu os trouxe!

Deslocou os braços no ritmo do anúncio para quem fosse.

A princípio, nenhuma resposta chegou até ela. Por meio das vistas acastanhadas, a Eloquente continuou à procura.

Nessa deixa, Chloe e Julie mudaram o trajeto e passaram a, de forma impulsiva, vasculhar os primeiros acessos da livraria.

A jovem púrpura procurava idealizar a possível quantidade de novas informações que poderia obter naquele lugar.

Por outro lado, a desbotada conjecturava sobre quão complicado e demorado deveria ter sido produzir tamanha quantia de exemplares.

E melhor ainda: tudo ali aparentava ser inédito para ambas.

Um êxtase inexplicável tomava conta das duas.

Se foi por aquilo que sua mãe tinha as convocado para tal viagem, seria motivo suficiente.

E nem se importariam caso fossem mandadas para viver ali, pela eternidade, a partir de agora.

Enquanto os outros esperavam algo vindo da Musa da Eloquência, Damon era conduzido por Helena até próximo da escadaria que levava ao andar superior.

— Quanta coisa... A história inteira desse mundo poderia estar facilmente aqui.

Não podia competir com as filhas de Atena, mas demonstrava-se tão fascinada quanto elas.

O olimpiano, apesar de não tão interessado, apreciava as colorações bem definidas das fileiras de catálogos variados.

As letras tecidas num efêmero prateado, em alto-relevo, lhe despertavam o mínimo de atenção.

De fato, por alguns títulos que identificava aqui e acolá, aparentava conter histórias sobre tudo e todos.

Porém, quando menos esperava, algo foi capaz de prender seu total interesse.

Havia um exemplar cujo título era: “Conceitos Primários da Energia Vital”.

Logo relacionado a seu maior problema atual.

A abordagem dele para com os livros mudou.

Helena, ao perceber que ele tinha parado de andar, deu a volta e retornou.

— O que encontrou? — Bateu o ombro no dele, o fazendo despertar do transe repentino. — “Conceitos Primários da Energia Vital”? Parece interessante também...

Entretanto, de relance, a Classe Iniciante enxergou outro título que a puxou totalmente.

“A Primeira Mulher: Aquela que Tudo Recebeu”.

Enquanto ela ficava ali, encarando o referido livro, Damon se tentou a erguer o braço e esticar os dedos ao couro do que tinha visto antes.

Um arrepio repentino o dominou por toda a espinha. Foi o que o fez parar no ato.

— Fez bem em mudar de ideia. — Uma voz congelante sussurrou quase ao pé de seu ouvido. — Se tocasse nele, eu não poderia garantir a integridade de sua mão.

Depois do choque, ele rodopiou e se afastou puxando o braço de sua meia-irmã.

Ambos encontraram a responsável por entoar tamanha ameaça. A mulher era fisionomicamente idêntica àquela que tinha os recebido.

A grande diferença estava no cabelo ruivo-bronzeado, que caía até metade das costas com duas mechas laterais que criavam arcos amarrados por baixo das orelhas.

Combinava e muito com seu bonito tom de pele escuro. Assim como com a pedra de topázio que carregava no colar do peito.

E além do semblante nada agradável, fechado e sombrio, ela era menor. Até mesmo do que os dois que tinha acabado de ameaçar...

— Oh! Aí está você. — Calíope dobrou a estante e os interrompeu. — Não precisa ser tão dura com eles. Não tinha como saberem.

— Eu disse para me avisar, Calíope. E não entrar com essa multidão aqui. — Encarou-a de soslaio, tão severa quanto fez com os apóstolos.

— Olha, eu só queria poupar tempo, viu? — Mesmo assim, a mais velha não perdia a leveza. — Desculpe por não ter os alertado sobre evitar de tocarem os livros.

A bronze continuou a fitando com sua cara de poucos amigos, mesmo que fosse sua família.

Em seguida ao pedido de desculpas, bufou ao fechar as vistas carregadas e corrupiou-se, fazendo os fios restantes do coque na nuca dançarem.

Sua atenção voltou ao filho de Zeus, que engoliu em seco.

Permaneceu de olho nele por segundos que pareciam eternos, como se o julgasse por entre a própria alma.

Depois dessa passagem, desviou olhar de forma estranha e voltou a caminhar para a sequência do recinto.

— Ela é... intensa — sussurrou Helena, ao lado do irmão.

Ele nada teve a declara. Somente aceitou aquela visão extremamente certeira.

Calíope assentiu a favor dos dois e também andou na sequência da responsável por todo aquele cômodo — e, por consequência, os exemplares.

Os dois resolveram seguirem-na. Ao menos estavam seguros enquanto pertos dela, odiavam admitir.

Com o aviso dado a todos, ninguém mais resolveu sequer chegar perto das estantes.

Se reuniram com a Musa da Eloquência e passaram até a região dos fundos da biblioteca, ainda no andar inferior.

Clio puxou a cadeira ornamentada que se conectava à mesa cheia de papéis, canetas e outros exemplares bem arrumados.

— Esta é Clio, a Historiadora. — Apresentou-a devidamente aos visitantes.

— O que precisa que eu faça? — Sentou-se no assento e flexionou os braços.

As mãos se uniram uma sobre a outra, diante do rosto soturno.

— Gostaria de poupar tempo com suas determinações. — A esmeraldina apontou com o queixo aos visitantes. — Acredito que consiga analisá-los para que recebam os auxílios específicos de nossas irmãs.

— Urânia é tão boa nisto quanto eu, você sabe. — Franziu o cenho.

— Também sei que você tem o poder de decisão mais refinado dentre todas nós. — Devolveu ao também semicerrar as vistas.

— Realizar o que pede não é tão simples quanto você pensa que é, minha irmã.

— Mas sigo lhe pedindo encarecidamente para que nos auxilie com esta indicação.

De repente, o clima descontraído que a própria Calíope provocava desapareceu no espaço.

Uma leve tensão se formou entre as duas, que podia ser medida apenas ao conferir o olhar de cada uma naquela entreolhada.

Mesmo decidida a não ceder, Clio exalou um suspiro carregado.

Voltou a se erguer e dar a volta na mesa, no intuito de aproximar-se do filho de Apolo.

Sem muitas dificuldades, pôde identificar a energia tórrida vinda dele. Se questionava sobre como ninguém ao lado parecia se incomodar com aquilo.

Ignorou esse rápido pensamento quando levou a palma sobre a testa dele, que acompanhou o movimento sem entender bulhufas.

Estava tão quente quanto as mãos cobertas pelas luvas. Parecia um estado febril, mas ele não demonstrava qualquer desconforto.

Imaginou que tinha se adaptado àquele “descontrole”. Era até interessante de tão bizarro.

— Entendo... Acho que ela ficará feliz — murmurou para si.

— Hm!!?

Gael, que mal foi capaz de escutar aquelas palavras, piscou duas vezes.

— Esse aqui vai para a Thalia. Precisará aprender a controlar a energia interior. — Deu a volta, recuando o braço. — Enfim, ela saberá o que fazer quando te vir. Entendeu?

Mirou a esmeraldina.

— Eu tinha minhas suspeitas, mas você acabou de me confirmar!

Cada vez mais confuso, ainda assim, o descendente solar ficou bastante eufórico pelo que estava por vir.

Clio deu de ombros à ingenuidade da mais velha e seguiu ao jovem de cabelo prateado, o menos chamativo de todos os presentes.

Simpatizava com ele só de o fitar, por algum motivo. Era de outro extremo comparado ao dourado; sua influência era controlada com primor, além de ser fria, serena até demais.

Levou a mão à testa dele, fazendo a franja levantar e se encontrando com a tiara azul que a envolvia, com o símbolo central de uma enorme esfera envolta por outras menores.

Deu atenção especial àquilo, perdendo segundos delongados.

— Interessante — pensou em voz alta.

Analisou a linha de base do rapaz, que não abandonava por nada sua eutimia.

Em vista disso, ameaçou esboçar um raro sorriso, algo que criou curiosidade até mesmo para Calíope.

— Esse aqui vai para Polímnia. — Virou o rosto por cima do ombro, no intuito de compensar o tempo perdido nele. — Aquela mulher também.

Apontada pelos olhos carrancudos, Helena levou o indicador até o peito, como se buscasse confirmar de que era sobre ela mesma que falava.

Inabalável na respectiva sentença, nem se prestou a analisá-la nas minúcias.

Só seguiu até as filhas de Atena, duas dos três que parecia conhecer melhor entre os descendentes divinos.

Apenas não esperava ver tamanha dissemelhança entre as duas, fora a aparência e as energias, reprimidas e equilibradas de forma devida.

Já demonstravam uma boa superioridade em comparação aos jovens analisados.

Tal detalhe a fez cogitar uma maneira formidável na qual as duas poderiam refinar suas capacidades já maduras.

— Essas duas podem ir para Euterpe.

Diante da decisão, as duas realizaram uma mesura em sincronia quase perfeita.

Interessada naquele gestual duplo, a Musa Historiadora as observou por um pouco mais, antes de se voltar à filha de Hades.

— Eu não preciso disso — resmungou sem nem a permitir elaborar. — Só ‘tô aqui de babá.

— Imaginei que sim... — respondeu, vendo que ela dispensava quaisquer possibilidades de se comparar aos mais jovens.

Com certo sarcasmo na devolução, mudou o foco para o que restava entre os necessitados.

Diante de Damon, que estava visivelmente ansioso, experimentou um desconforto peculiar.

“Quem diria, Minerva”, dessa vez, conseguiu manter os devaneios presos à cabeça. “Espero que tenha ciência sobre o risco ao qual está se propondo...”

Sem nem tocar na testa dele, a exemplo do feito com Silver e Gael, a bronze comentou:

— Você parece ter um problema e tanto em mãos. Contudo, há linhas que não podem ser cruzadas.

— Hã?...

À dubiedade do garoto, a Historiadora delegou seu olhar à Eloquente, que respondeu através de uma postura séria.

— Não posso avaliar a situação desse aqui, Calíope.

— Como é que é!? — Tomado aos poucos pelo nervosismo, o filho de Zeus arregalou as sobrancelhas.

— Imaginei que sim. — E a esmeraldina repetiu as palavras da mais nova, há pouco.

Com a dissonância criada entre as partes, o olimpiano rangeu os dentes em busca de justificativas.

A bibliotecária nada fez além de girar sobre os tornozelos e caminhar de volta ao assento ornamentado.

— Ei, ‘pera aí! — O jovem quase se jogou à frente dela. Apenas a mesa os separava. — Mas que merda é essa? Só coloca a mão na minha testa, igual fez com aqueles dois, e...!

— Não se atreva.

Num tom ríspido, Clio determinou a interrupção de um deslocamento impulsivo do rapaz, que já tinha a palma aberta à vertente da dela.

Tal retruca o fez ganhar dose extra de agonia sobre os ombros.

Abaixou a cabeça, sem ter o que fazer.

Preocupada com ele, Helena levou a mão ao peito, porém não encontrou formas de se aproximar.

Trêmulo dos pés à cabeça, ele se recusava a ter que implorar por ajuda. No entanto, começava a ver aquela como a única maneira de conseguir reverter a situação.

Está quebrado.

Lembrar das severas palavras do pai o fez fechar os olhos, com medo de que seu pior pesadelo se tornasse realidade.

Foi quando, no momento mais inesperado, sentiu a mão delicada de Calíope repousar sobre seu ombro.

— Não se preocupe, meu jovem. — Cravada pelo olhar desesperançoso do cacheado, ela tomou as rédeas. — Entendo o motivo de se abster, Clio. No entanto, não poderia nos fornecer alguma possibilidade?

A Historiadora, abordada de forma mais soturna pela Eloquente, suspirou outra vez.

— Não posso determinar seu problema com detalhes. Mas... — Fez uma breve pausa e ergueu o indicador. — Talvez. Somente talvez Urânia possa ajudá-lo.

O sorriso retornou ao rosto de Calíope.

— Eu pretendia levá-lo até ela em último caso. Com sua confirmação, fico mais aliviada.

Ao ouvir a réplica da mulher, ela estalou a língua.

— Se já pretendia fazê-lo, então não venha colocar pressão desnecessária sobre meus ombros...

Desconcertada pela atitude da irmã, Clio levou a mão sobre sua testa e bufou como se num desabafo.

Com o gradativo retorno da leveza ao clima, Damon se afastou da mesa, ainda um pouco cabisbaixo.

A bronze continuou a fitá-lo por breve segundos, porém se desfez das amarras interiores e ordenou:

— Agora que cumpri com os requisitos, pode levá-los. — Se debruçou sobre os papéis cheios de tinta. — Faz tempo que a paz me traz saudades nesta biblioteca.

— Claro. — Calíope se virou aos convidados. — Irei conduzi-los até seus destinos, determinados por Clio.

Sem novos comentários, o grupo resolveu seguir a recomendação e deixaram o salão.

Helena ficou encarregada de tentar acalmar o meio-irmão, embora ele já estivesse melhor.

A Eloquente deixou para acompanhá-los quando já estavam próximos da porta.

Afinal...

— Peça para Urânia tomar cuidado. — Já esperava aquele último pedido, assim como um aviso, de Clio. — Pode não ser eu. Mas, ainda assim, não podemos nos descuidar. Mínimos traços de energia semelhantes podem servir como um poderoso gatilho.

— Eu sei. E Minerva também sabe. Ela se dispôs a este risco, não foi? — Sem olhar para ela, de costas para a mesa, Calíope deu seu veredito e prosseguiu. — Eu não poderia confiar mais em qualquer uma do que Urânia para fazer isto.

Deixando a irmã ranzinza para trás, fechou a porta com a mesma delicadeza na qual a fez durante a entrada, mais cedo.

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