Epopeia do Fim Brasileira

Autor(a): Altair Vesta


Volume 5 – Arco 4

Capítulo 90: Desejos do Coração

Stheno girou e atingiu a panturrilha canhota de Chloe, antes que ela pudesse reagir.

Agora, viu o líquido rubro recheado de pontos dourados — o Ícor — espirrar para fora, incapacitando os movimentos da garota.

Num devaneio frenético, ela girou o cabo da lança a fim de lhe surpreender com um ataque em seu ponto cego.

A camada luminosa no releixo rasgou a cintura da górgona, que grunhiu de dor e saltou para trás ao empurrar-se com os braços.

Em contrapartida, a apóstola derrubou um dos joelhos na terra. Sentia as marcas ardentes de onde sangue com Ícor escorria até o calcanhar.

No ínterim seguinte, Julie preparou três flechas em proveito da inimiga no ar.

Vendo que não poderia desviar na sua posição, a mulher arregalou os olhos, obrigando a alva a fechar os seus e atirar no puro instinto.

Como resultado, errou duas. Uma delas a atingiu de raspão no braço canhoto e só.

Graças a isso, Stheno forçou o corpo para o solo, voltando a se mover com liberdade.

Percebeu que duas das víboras na cabeça foram atingidas. Estando mortas, as arrancou do couro, rangendo os dentes em agonia.

Bastante sangue espirrou, até verter pelo rosto, tonalizando o verde em vermelho.

Os olhos, enfim libertos da cegueira, foram envolvidos pelo líquido quente.

Do outro lado, a arqueira voltou a se esconder nos troncos.

Percebeu que um novo disparo inconsequente da Luz da Morte poderia ser prejudicial a seu vigor. Acima disso, a preocupação para com sua irmã se tornou primordial.

Com a Telepatia, além de rastrear a adversária, escutou sua voz mental trabalhando intensamente...

“Ela se mostra demasiadamente ágil. Investir frontalmente tornou-se uma imprudência de minha parte”, tentava se levantar a partir da perna ferida.

Não demorou a retomar a postura ao se habituar à agonia.

Virou metade do corpo; as vistas mais uma vez encontravam-se seladas.

— Eu estou bem, Julie!

Foi uma resposta direta à inquietação latente da parceira.

Era como se também pudesse ler a mente dela...

“Se eu petrificar ao menos uma das duas...”, Stheno, perceptiva à cautela das duas vulneráveis a seu olhar petrificante, seguiu a movimentação animalesca.

Em segundos, alcançou a arqueira.

Insegura como era raro sobre reutilizar a respectiva magia, recuou ao sentir sua aproximação.

A mulher-serpente foi veloz o bastante em prol de ficar cara a cara com ela. As garras afiadas estavam prontas para o abate.

Julie, entretanto, a espantou.

Defensiva ao ataque frontal da inimiga, posicionou o arco à frente do corpo. As laterais, afiadas como lâminas, se moveram pelo braço e golpearam-na num rápido deslocamento vertical.

Stheno meramente experimentou a abertura de um corte superficial na altura do peito, obrigando-a a recuar de novo.

Espremeu os dentes e os punhos. As víboras em sua cabeça se tornaram tão agitadas quanto.

— Parem de se debater — murmurou com rouquidão.

Ao arrastar os pés na terra, levantou a cabeça e contemplou a primeira ação do destino a seu favor.

Subitamente a jovem desbotada derrubou um dos joelhos no plano... a exemplo da irmã.

Essa que, por estar de costas em relação à górgona, abriu os olhos violetas no intuito de verificar o estado da companheira.

“Ela foi atingida?”, viu-se incapaz, a priori, de identificar as circunstâncias que levaram a semelhante àquela posição.

Quando a elucidação lhe alcançou, sobrelevou as sobrancelhas, espantada. Contudo, regressou ao habitual em uma fração de segundo.

Julie não demonstrava alguma diferença emocional na face direcionada ao plano. Mesmo que gostas de suor manassem por ela.

Superou as dores fantasmas em prol de recobrar a postura erguida. Retirou outra flecha da aljava e a descansou na corda de aço.

Apossada pela inércia, em virtude da reação inesperada, a monstruosidade precisou de tempo até recobrar as ações. E isso lhe custou caro.

O disparo na direção de seu peito obrigou-a a unir os membros superiores, cruzados um sobre o outro. A flecha atravessou os dois antebraços.

A ponta de seta chegou a encostar no centro do tórax, a fazendo cambalear para trás com o impacto.

Recuperadas, as gêmeas assentiram em conjunto. A pressão peculiar aparentava ter esvanecido.

Chloe girou a lança e tomou o rumo dos arvoredos.

Respirou fundo ao analisar os lanhos sofridos. Fios singelos de sangue continuavam a rastejar sobre sua pele.

Constatou que ficaria bem, ainda que precisasse suportar o resquício de ardência.

De súbito, a górgona surgiu em seu flanco esquerdo.

Segurou a reação instintiva do rosto e permaneceu olhando para frente.

Dependente exclusiva da hipersensibilidade vital, agachou-se num célere átimo, desviando das garras que atingiram o tronco acima da cabeça.

O movimento crucial fadou a árvore, que acabou sendo partida na metade.

Quando ela foi puxada pela força da gravidade até se encontrar com a terra, separando as combatentes, inéditas brechas se criaram.

Foi o sinal derradeiro para que a purpúrea bradasse:

— Vamos, Julie!!

“Como quiser, minha irmã.”

A passadas largas, ambas se revelaram dos esconderijos e atravessaram a cortina de terra.

Cientes do exato posicionamento da mulher-serpente, procederam com os olhos selados.

“Fui descuidada!”, Stheno amaldiçoou em perplexidade, na procura de se afastar.

Tornou a mover os braços perfurados, no objetivo de se defender. Contudo, a arqueira antecipou-se num piscar e atingiu seus punhos, através de novos tiros precisos.

Seu deslocamento defensivo foi impedido, fazendo com que sua vanguarda ficasse livre.

O suficiente para que a lanceira reaparecesse, sedenta pelo ataque decisivo.

“O planejamento inicial declinou...”, materializou a autoridade luminosa sobre o releixo sinuoso. “Portanto, a melhor solução secundária seria essa!”

Por meio de um passo pesado, Chloe empalou o abdômen da criatura sem poupar esforços.

Stheno regurgitou bastante sangue, na medida que era empurrada pela força do braço da apóstola.

Só pararam quando colidiu com as costas no arvoredo mais próximo, a prendendo com violência nos cascalhos do tronco.

“Ainda que conduzida por sorte...”, a lanceira semicerrou as vistas, enfrentando a força dos punhos da mulher, que seguravam a divisa entre o cabo e a chapa metálica.

Sua força foi se perdendo aos poucos.

Quando constatou estar seguro, Chloe puxou a arma, permitindo que mais do líquido escuro vazasse do buraco criado na barriga escamosa.

Uma dormência eletrizante a dominou os sentidos.

Passados alguns segundos, a força das pernas foi embora e a derrubou na mistura de terra, pedras e folhas secas.

Ofegante, a apóstola abriu os olhos com cuidado.

O ferimento na panturrilha gritou ainda mais, a tirando uma piscada dolorida. No entanto, lidou com o mártir sem reclamações.

Julie se aproximou, fitando o estado imóvel da mulher-serpente no solo.

— Temos que... estancar seu sangramento...

A púrpura sentiu-se segura o bastante em prol de guardar a lança na cintura.

Agachou-se à inimiga e virou-a, encontrando a perfuração criada por si própria.

— Não foi tão funda... — Soou comemorativa, pois teria menos trabalho.

A desbotada repetiu as ações, a ajudando. Rasgaram ambas um pedaço de suas capas prateadas e fizeram um curativo improvisado sobre a ferida.

Enquanto a amarrava, fitou a alva de soslaio.

— Como se sente, Julie?...

“Resposta: Sinto-me bem”, respondeu prontamente. “Todavia, aquilo ocorreu novamente...”

— De fato. Embora as circunstâncias me preocupem... — Terminou de prestar os cuidados improvisados à inimiga. — Devemos postergar isto por ora.

Ao fim, exalou um pesado suspiro.

Notou, misturado ao sangue, o pranto que vertia pela face bicolor da amaldiçoada. Ela soluçava entre balbucios incompreensíveis.

Sem medo de contatá-la nos olhos, que estavam fechados, aproximou um pouco do rosto.

— ... me... des... pe...

Remexeu as sobrancelhas ao ouvir partes das palavras embargadas que Stheno tentava entoar.

Desenhou-se uma súplica perdida no vazio, preenchida por consternação.

Chegou mais perto. As vistas marejadas, envoltas por lágrimas, sangue e escamas.

— ... senhorita... Atena... — A voz soou mais clara. — Me... desculpe...

A filha da deusa citada sentiu-se segurada pela irmã na altura do ombro.

Sua palma fria lhe transmitiu tudo que precisava, mesmo desprovida de palavras.

Chloe parou de chegar perto. Diante disso, um amargo sorriso se criou no rosto sujo da mulher-serpente.

— ... eu... só queria seu... perdão...

A força restante na voz se perdeu gradativamente, até o relaxar do semblante pesaroso.

“Por favor... me... perdoe...”, divagou antes que a consciência fosse tomada pela turbidez. E, sem seguida, pela escuridão.

Uma síncope súbita agarrou Stheno perante as atenienses.

Por fim, ambas puderam varrer a tensão dos ombros.

A arqueira relaxou a postura dos braços, ainda prontos para mirar e atirar a qualquer momento.

O confronto estava terminado. Agora, era confirmado.

Sem tempo para sequer descansar, as duas compartilharam o pensamento de que precisavam deixar aquela região isolada, em prol de retomarem a trilha principal.

Ainda precisavam prestar o auxílio devido à filha do Deus do Submundo, o objetivo inicial pelo qual tinham sido enviadas às pressas até a Floresta Negra.

Contudo, não seria tão fácil. Precisavam ajustar a situação à qual tinham sido arrastadas, até o fim.

— Poderia carregá-la, Julie? — Chloe tentou se erguer, com dificuldades graças aos cortes na panturrilha.

Antes de responder, Julie rasgou outro pedaço de seu manto e amarrou-o com delicadeza em volta da perna da irmã.

Sem jeito por aquela atitude surpreendente, a lanceira desviou o olhar e mussitou um agradecimento.

“Resposta...:”, depois de cuidar dela, prontamente executou o solicitado. “... Como quiser, minha irmã.”

Verificando a dormência equivalente das serpentes no cabelo, apanhou o corpo da mulher e envolveu-a pela cintura com o braço canhoto.

Com tudo pronto, a purpúrea terminou de se levantar. Continuava a sentir dores, mas a perna enfaixada lhe ajudaria a suportar até o desfecho da tarefa.

Passou a mão pelos cortes que também incomodavam um pouco acima do umbigo. O sangue já estava seco, notícia boa; tinha sido cortes superficiais.

— Devemos nos apressar. Assim que chegarmos ao território procedente, recomendo que permaneça afasta com ela.

Recebeu o aceno silente da alva e, sem mais delongas, iniciou o processo de retorno.

Demorou um bocado, porém conseguiu se soltar numa velocidade interessante, vencendo a agonia do ferimento mais grave.

Prosseguiram no trajeto das marcas indicativas deixadas em alguns troncos.

“Indagação: Como se sente, minha irmã?”, a desbotada a fitou de soslaio.

Embora não demonstrasse na faceta, estava preocupada.

Chloe afirmou ao mover a cabeça e a respondeu sem desprender o foco do que vinha adiante:

— Não precisa se preocupar. Graças a teu curativo, posso ir sem maiores atribulações.

Recebendo aquilo também como uma forma de agradecimento, a arqueira aceitou sem deixar seu encalço pela mata fechada.

Sobrelevada à angústia física, a purpúrea também estava inquieta como raramente ficava.

Mais uma vez, o instante no qual sua irmã tinha sido derrubada de repente, sem ter sofrido qualquer dano, martelou a cabeça.

Alertas enterrados na mente voltavam à tona após tempo...

“Agora não é o momento”, insistiu consigo, balançando a cabeça em negativa.

Passaram-se breves segundos até que, como se fosse parte do próprio vento, uma sórdida influência as envolveu.

Todos os pelos do corpo se eriçaram. Malsucedidas em lidar com a sensibilidade deturbada, responsáveis por despertar nelas lembranças desagradáveis sobre a tarefa no deserto...

“Isto de novo”, a jovem semicerrou os olhos. Os punhos estremeceram, numa batalha contra a respectiva insegurança.

Se existia qualquer coisa que a arrancasse do prumo, além do transtorno obsessivo-compulsivo, era aquela energia horrenda que impregnava o ambiente.

Instintos sobrepunham a lógica. Levou a mão dominante a apanhar o cabo da lança presa ao cinto.

A expressão soturna foi conduzida em alta velocidade, ciente de que ainda restava um bom caminho até a chegada ao local buscado.

E, apesar disso, experimentava algo diferenciado surgir.

Algo que a fez parar por um instante, de súbito, fazendo sua irmã realizar o mesmo.

— Julie — sibilou entre os dentes, incrédula.

A alva também arriou as sobrancelhas, na tentativa de ler a estranha “anomalia” que acabava de identificar vindo da obscuridade original.

No entanto, nenhuma delas podia afirmar, com total certeza de onde estavam.

Se poderia ser algo definitivamente ruim ou, por um milagre, tornar-se bonança em meio ao amargor...

— Vamos nos apressar!

As duas só poderiam obter essa resposta com seus próprios olhos. Sem mais hipóteses...

Um pouco mais cedo, no Monte Olimpo.

Atena e Afrodite guiaram os apóstolos presentes ao salão dos Doze Tronos.

Quando a primeira abriu as enormes portas, todos se depararam com as ilustres presenças do Rei e da Rainha dos Deuses.

Ambos nada comentaram sobre a entrada dos jovens com as duas mulheres.

Embora houvesse um claro incômodo no semblante da dupla; um para o comparecimento do filho “defeituoso” e outro para a cria do Submundo.

Limitaram-se a aguardar a procedência padrão da Deusa da Sabedoria, ainda assim.

Sem delongas, essa retirou a moeda dourada do cinto e, com o tênue fio conectado ao indicador, a lançou na superfície da Piscina da Vidência.

Depois tomou seu trono de direito, dando início à previsão debatida após a grande reunião entre as divindades supremas.

A Deusa do Amor seguiu o exemplo, repousando no outro extremo da configuração de assentos com certa sensualidade.

Enquanto isso, Damon e Daisy se aproximaram em paralelo à meia-irmã mais velha. Melinoe permaneceu afastada, bem próxima aos pilares laterais, de braços cruzados.

Quando as ondulações foram desfeitas pela extensão retangular cheia d’água, a transparência tornou-se um cenário escuro.

Passados alguns segundos, todos identificaram a região de mata fechada: a Floresta Negra.

A sábia procurou pelas representantes da corporação enviadas ao local. No entanto, só foi capaz de encontrar a filha mais nova de Hades.

Por ter ido primeiro, já se encontrava entranhada nas profundezas florestais, o que não configurava uma surpresa.

Entretanto, a expansão do cenário trouxe aperto à garganta dos descendentes de Zeus, tanto quanto à da mulher de armadura.

Diante da ruiva, já havia uma das górgonas.

E, pela aparência animalesca da respectiva, a sensação de urgência encheu o peito da mediadora.

“Onde estão Chloe e Julie?”, semicerrou as vistas.

Pelos cálculos, elas já deviam estar unidas a Lilith. Algo incomum poderia ter ocorrido, ponderou.

Parecia ser a única explicação viável para as ausências. E, além disso, por estarem distantes do alcance de sua energia observadora.

De todo modo, optou por confiar nas duas. Elas tinham sido responsáveis diretas por terem derrotado um poderoso titã há alguns dias.

— Lilizinha... — Daisy deixou um sussurro ansioso escapar.

Damon sustentou a apreensão silente. Os punhos cerrados e os olhos imóveis à vertente da piscina.

Por outro lado, Melinoe aparentava desinteresse, em confirmação a tudo que tinha expressado até o momento.

As atenções dirigiam-se à adversária em questão. Acima do galho da árvore, bloqueava o trajeto inicial da garota.

Quando a figura da monstruosidade ganhou mais destaque, a menina chegou a apertar o braço do irmão, num gesto temeroso.

As enormes e agitadas serpentes constituíam seu cabelo.

Escamas esverdeadas dominavam a maioria do físico. Como as garras afiadíssimas, que substituíam os dedos das mãos.

O olhar assustador vertido à jovem a obrigava a manter o rosto abaixado, em prol de evitar o contato ocular fatal.

— Não se preocupem — disse Atena. — Diferente do Canto das Sirenas, o olhar de Euryale não pode nos afetar daqui.

Incomodado com as palavras da mulher, o apóstolo prodígio resolveu a questionar:

— ‘Cê conhece bem essas górgonas, né?

Encarou a deusa mais velha por um tempo, em contemplação à taciturnidade desconfortável pela qual ela optou por compartilhar.

Mesmo Melinoe prendeu um riso de escárnio ao ver aquele tipo de desafio.

Sentindo-se fuzilada pelas pupilas afiadas do rapaz, Atena exalou um breve lamento.

— No passado elas foram minhas sacerdotisas. Contudo optaram por um trajeto desprovido de escrúpulos — elucidou da maneira mais resumida possível. — Isto levou-as a serem o que são...

— Então a culpa não é sua? — Semicerrou as vistas ainda mais. — Se não tivesse feito isso, elas não iam estar se unindo aos imperadores agora. E a Lilith...

— Creio que esteja se equivocando um pouco, meu irmãozinho. — O cortou. Seu tom de voz soou áspero. — Repetirei, caso não tenha sido clara: elas escolheram este caminho.

O silêncio voltou a retumbar sobre o recinto. O filho do Rei dos Deuses se viu desencaixado naquele contexto.

Chegou a abrir a boca, no intuito de entoar outra retruca.

Desejava disparar se as Sirenas e o Titã Condenado também tinham escolhido o mesmo caminho.

No entanto, engoliu as próprias palavras. Resumiu-se a um estalo de língua irritadiço.

“Não dá pra entender”, reteve a reclamação na própria cabeça, algo que trouxe um súbito desalento à Daisy.

Ela não utilizava sua Empatia. Mas, de todo modo, podia experimentar as mais singelas alterações emocionais do irmão mediante simples contato corporal.

Só restava a eles ficar na torcida pela vitória de Lilith.

E a batalha estava prestes a ser iniciada...

Agradecimentos:

Gostaria de agradecer imensamente ao jovem Mortal:

Taldo Excamosh

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