Epopeia do Fim Brasileira

Autor(a): Altair Vesta


Volume 5 – Arco 4

Capítulo 87: Sobre Dotes e Defeitos

O Sol já se aproximava do zênite, anunciando a chegada do meio-dia. O calor da insolação gerada por tal época do ano lhe trazia saudades da primavera.

Damon passava o dorso da mão sob as franjas escuras, secando o que podia da transpiração excessiva.

Mesmo depois de ter espairecido com os treinamentos feitos junto de Gael, não deixava de estar preocupado sobre a respectiva recuperação.

Seria difícil livrar-se do peso que envolvia sua cabeça por um bom tempo.

Não encontrava formas de ficar em paz consigo mesmo.

As divagações acabaram varridas quando os olhos miraram as raízes da montanha alada.

Quando deixou o corredor multicolorido, fitou as nuvens responsáveis por rodear metade da elevação rochosa.

Se aproximou e pôs o pé esquerdo numa saliência.

Inseguro quanto aquela procedência, olhou para baixo e respirou fundo.

Pela primeira vez em um delongado período, optou por regressar o ímpeto e subir normalmente pelas escadarias prateadas.

Voltou a remoer consigo mesmo, conforme levava mais que o dobro de tempo para alcançar os salões celestes superiores.

Durante a aproximação, além de receber o canto mais forte das Cárites, identificou uma influência extravagante, difícil de passar despercebida.

Ao chegar nos primeiros dos últimos pisos, se deparou com a incumbida de emaná-la.

Enxergou a sensualidade da Deusa do Amor em carne e ossos. O cabelo loiro meneava pelo espaço, em virtude da leve brisa na altitude celestial.

De igual modo, a deidade percebeu a chegada do rapaz, parado entre a divisa dos degraus.

— Olá, pequeno Damon. — Lhe recebeu com um sorriso deleitoso.

— Ei — devolveu um pouco encabulado. — O que faz aqui?...

— Estou mediando uma nova tarefa, em conjunto com pequena Atena. — Deu a volta e aproximou-se do jovem inseguro.

Sua beleza natural já era o bastante para deixá-lo acuado.

Capaz de segurar os ânimos graças à resposta sincera da mulher, o filho de Zeus semicerrou as vistas num semblante soturno.

Ligeiramente surpresa com aquilo, decidiu ir direto ao ponto:

— Estaria interessado?

— Seria mentira se dissesse que não. — Voltou a andar, na vertente dos degraus superiores. — Mas não posso fazer muita coisa.

A vênus o acompanhou em seu ritmo.

O garoto encarou sobre o ombro, ainda curioso quanto a tal missão enunciada por ela.

E, também, pelo motivo de estar sendo seguido.

Em silêncio, alcançaram o antepenúltimo andar.

Conforme se dirigia à portaria do cômodo pessoal...

— Pois fique bem, pequeno Damon. — Escutou uma breve despedida dela, que optava por seguir em frente.

Aquilo fez a curiosidade prevalecer, obrigando-o a se virar antes de acessar o recinto:

— Sobre o que é essa missão? — A deusa pausou o andamento antes de desaparecer na subida, lhe dando a devida atenção. — É sobre aquelas Górgonas, né?...

Sorridente, ela explicou:

— Está correto. — Assim, o rosto dele também se voltou a sua posição. — Baseando-se nas informações que adquirimos pelas últimas duas tarefas oferecidas a vocês, jovens apóstolos, levantamos a possibilidade do envolvimento das Górgonas com este grupo que se denomina “Imperadores das Trevas”.

O olimpiano adotou a taciturnidade ante as palavras bem explicativas de Afrodite.

Exalou um quê de lamentação, pensativo ao passo que gesticulava coçando a nuca com os dedos.

Perdeu a vontade de entrar em casa, portanto aproximou-se da balaustrada na beirada do átrio semiaberto.

A conjuntura que envolvia os indivíduos misteriosos se tornava cada vez mais problemática.

Uma tensão diferenciada abraçava o Olimpo e os grandes deuses. Podia sentir isso sem muito esforço.

Ciente disso, lançou a nova pergunta:

— Essas górgonas... quem são?

Um sorriso de canto se desenhou no rosto de Afrodite.

— Elas foram sacerdotisas especiais de pequena Atena. Tão bonitas que eram comparadas com a própria. E até mesmo comigo. — Soltou uma pitada de ironia naquela colocação. — Contudo, uma série de problemas nasceu com o envolvimento delas. No fim, acabaram sendo exiladas.

“De novo isso”, Damon interligou o padrão de ocorrências com o que já tinha lidado.

— São fortes?

— E perigosas. As irmãs foram obrigadas a passar o resto de suas vidas sob uma aparência animalesca, com olhar petrificante e cabelos de serpente.

“Que tosco”, concebeu as figuras descritas pela deusa. Preferiu esquecer isso, no entanto.

Já tinha encontrado com mulheres metade pássaro, afinal.

Contudo algo lhe trouxe de volta a dubiedade.

— Como assim um “olhar petrificante”?

— É exatamente o que significa. Assim que uma pessoa tem contato ocular com seus olhos, todo o corpo será transformado em pedra.

O cacheado nem percebeu ter ficado boquiaberto.

Aquele tipo de coisa não lhe permitia encontrar uma lógica cabível.

E, acima de tudo, visualizar o enfrentamento contra inimigos dos quais sequer podiam ser fitados no rosto...

Tudo isso o oferecia a real dificuldade de encarar aquela tarefa.

Portanto, restava uma última questão a ser feita...

— Quem foi enviado pra essa missão?

A Deusa do Amor resguardou-se por um breve átimo.

O silêncio era entrecortado pelo uivo da brisa gélida, apesar do verão.

Viu que, perante aquela vontade taciturna, não seria apta a omitir qualquer resposta.

Declamou sem rodeios:

— Neste exato momento, a filha mais nova de pequeno Hades já deve ter alcançado a Floresta Negra.

A primeira reação do rapaz foi erguer as sobrancelhas.

Pensou em muitos outros questionamentos, como sobre a localidade enunciada por ela.

Mas seguiu em outra linha, de maior prioridade dentro do próprio coração:

— E quem ‘tá com ela?

— Ninguém. Ela foi sozinha.

As respostas que menos esperava foram realocadas rapidamente na cabeça do filho de Zeus.

Pura aflição o dominou num piscar.

Sem que pudesse assimilar, os batimentos cardíacos se tornaram insuportáveis, como se todos os sentidos berrassem para que tomasse alguma atitude.

Balançou a cabeça em negativa duas vezes, no intuito de comedir decisões precipitadas.

Algo em toda a história não podia estar correto, pensou.

Nas palavras da superior, residia o esclarecimento que proibia a ida de qualquer um dos Classe Prodígio envolvidos nas missões recentes.

“Por que a Lilith? Por que sozinha!?”, procurou solitário por respostas que jamais poderia obter.

O olhar ansioso regressou à faceta dela, agora comedida em relação aos sentimentos embaralhados do rapaz.

— Solicitamos para que ela aguardasse até o amanhecer. No entanto, a própria optou por partir solitária, durante a madrugada. — Os olhos do garoto estremeceram ao escutar. — Por antecipar a ação, pequena Atena mobilizou suas filhas para que se juntassem à pequena Lilith. Não haveria muito tempo para que membros qualificados fossem requisitados.

“Lilith... você...”, Damon sequer podia completar o devaneio, visto que inéditas indagações surgiam.

— Não há motivos para ser apossado pela ansiedade. Tenho quase certeza de que ela não encontrará nenhuma das Górgonas. Ao menos, não até as filhas de pequena Atena chegarem.

— Mas... Por que ela quis ir sozinha? O que diabos ela ‘tá pensando!? — Cerrou os punhos e corrupiou-se num rompante.

A passos pesados e apressados, foi até as escadarias.

— Onde pensa que vai, pequeno Damon...?

— É óbvio!

O grito entalado dele escapou entre os dentes.

Mesmo sem poder fazer muita coisa, levando em consideração o estado atual de corpo, mente e energia, não poderia deixar a companheira se submeter a tamanho perigo sozinha.

Já pensando em perguntar o caminho até a floresta, diminuiu a intensidade das passadas ao encontrar outra figura no trajeto.

De braços cruzados e com um sorriso vil na face, bloqueava a sequência do itinerário descendente.

Logo ao ser envolto pela influência peculiar da mulher, entendeu parte de sua identidade.

O cabelo alcançava somente a nuca, com um moicano ondulado volumoso no topo, a cobrir parte da vista esquerda.

— Não deixarei que passe.

Sem piedade, Melinoe o barrou.

— Sai da minha frente — retrucou num timbre gutural.

Ao conferir a chegada repentina da Classe Herói — por mais que já tivesse a notado através da sensibilidade vital —, Afrodite se voltou ao encontro, interessada no que se sucederia dali.

— Essa foi uma escolha dela. Não seria nada proveitoso se você fosse até lá pra ajudar.

Sentindo a fisgada sarcástica no tom vocal dela, o olimpiano retraiu o ímpeto pessoal a fim de não revidar com um golpe.

Em proveito à indecisão criada sobre ele, a ctónica o empurrou no peito, terminando de subir ao saguão.

À mercê da respectiva incapacidade, Damon rangeu os dentes e desviou o olhar.

Restou amaldiçoar a si mesmo, por ser o principal responsável de criar aquele cenário desfavorável.

— Não seja afobado, moleque. Que tal aproveitar essa decisão estúpida de minha irmãzinha ainda mais estúpida pra conversarmos um pouco?

Ela abriu os braços ao rodeá-lo.

— Você nem ‘tá ligando pro perigo que ela pode correr? — Franziu o cenho, acompanhando-a de soslaio.

— Hã!? E por que eu me preocuparia com uma fracassada que nem ela!? — disparou com maior acidez, alimentando a cólera do garoto. — Ah, agora que me lembrei... Você é o único amiguinho dela, né? Que legal! Acho que a idiota não quis te envolver por causa da sua condição... Muito legal da parte dela, não concorda?

A cada novo gesto da filha de Hades, uma veia nova saltitava pelo pescoço ou pela têmpora do prodígio.

Via-se inapto a afligi-la corporalmente ou tampouco moralmente.

Precisava encontrar qualquer brecha em prol de ultrapassar a atribulação imposta por ela.

Assim, optou por respirar fundo, no objetivo de comedir a irradiação de uma aura enervada.

Por outro lado, a ruiva continuava satisfeita, mesmo diante do esvanecer da afronta.

— Muito bom. Acho que agora podemos nos comunicar com maior clareza.

Parou de rondá-lo e avançou ao meão do pátio, desinteressada em continuar obstruindo a passagem à escadaria.

Estava certa de que o impediria no ato, fosse a artimanha que tentasse em prol de escapar.

Só nesse ínterim, inclusive, trocou olhares com a Deusa do Amor, observadora silenciosa da discussão.

Mesmo que no intuito de irritar, fez Damon martelar as palavras derradeiras por aquele intervalo.

Continuava não sendo claro o motivo de Lilith se submeter a tamanho risco sozinha.

E se ela não queria o envolver, preservá-lo do pior cenário possível...

— Por que ela quis fazer isso?

Deixou escapar o pensamento pelos lábios curvados em inquietação.

Melinoe encostou-se na balaustrada, virada para dentro do recinto.

— Vai saber. Mas pelo que ela me falou, acredito que esteja buscando provar algo. — Virou o rosto por cima do ombro, encarando um pedaço do céu. — Eu realmente não entendo como a cabeça daquela estúpida funciona. Ela ainda acredita que pode rejeitar a realidade de que sempre será um fracasso.

Toda resposta áspera de Melinoe trazia um aperto ao peito do garoto, que em certa perspectiva nem o próprio entendia.

— Como consegue dizer esse tipo de coisa como irmã mais velha dela?...

— O mundo não é um arco-íris, garoto. Os mais fortes sobrevivem; os mais fracos são subjugados e esquecidos por todos. — Ergueu a palma canhota, como se carregasse aquela “verdade” consigo. — Quando essa garota nasceu, ela foi envolta por expectativas. E desde então, só trouxe vergonha pra todos...

— Para de falar merda!

O timbre do filho de Zeus se elevou, criando ecos por todo o pátio.

Pela primeira vez, a ruiva permitiu que ele crescesse no embate ideológico. Adotou a taciturnidade, fixando os globos purpúreos no jovem de cabeça baixa.

Tal postura lhe trouxe uma divagação inesperada, capaz de fazê-la retomar uma fagulha da feição sorridente.

— Que interessante. Você ‘tá apaixonado por ela ou algo do tipo? — A indagação súbita o fez estremecer por inteiro. — Oh. Eu sinto dó de você, de verdade. Realmente conhece bem a Li?

Absorto na mente perdida naquele momento, Damon não encontrou palavras corretas em prol de a rebater.

E mesmo com tamanho baque, enxergou ali uma rara oportunidade de rivalizar a petulância odiosa da mulher.

Deixou de pensar logicamente para seguir o coração.

Um sorriso de escárnio surgiu em sua face, para surpresa da Classe Herói, que voltou a fechar o semblante.

Enfim virou o rosto ao olhar dela, trazendo consigo uma retruca perfeita, que apenas o instinto poderia oferecer:

— Talvez melhor do que você.

Melinoe separou os lábios e esgazeou os olhos num primeiro instante.

Na sequência, contudo, prendeu uma forte risada que subiu por todo o rosto.

Colocou a mão diante da boca, empenhada ao máximo a fim de controlar o desejo de resposta do corpo.

Ao conseguir isso, modificou o clima geral do ambiente ao expressar os dentes amarelos no riso.

— Quando a Li nasceu, meu pai falou algo que me deixou... amedrontada. — O murmúrio soou sem a típica ironia. — “Essa menina será aquela que herdará meu trono no futuro”. Foram as exatas palavras ditas por ele.

Confuso com a repentina dissertação da mulher, Damon torceu uma das sobrancelhas.

— Ele esperava que a filha mais nova fosse aquela que poderia o superar. E inclusive, iria me superar. Então, depositou toda sua convicção em fazê-la crescer como o prodígio entre os prodígios. — Abriu os braços, elevando a intensidade da voz. — Só que a realidade foi outra! Quando ele viu a verdade sobre sua antecipação pessimamente planejada!!

— O que vo...?

— Lilith nunca foi boa em nada!! — O cortou num brado. — Ela sempre foi horrível! Nunca conseguia aprender os ensinamentos de meu pai! Sempre falhava quando era exigida por ele! Era tão patética que chegava a me dar ânsia! E, pra piorar, naquele dia...!

Agora, ela mesma se interrompeu, envolta por memórias desagradáveis que voltavam à tona.

Assustado, o filho de Zeus aguardou pela sequência do discurso enquanto engolia em seco.

Destacada da conversa, Afrodite continuava a encarar com o canto dos olhos encarnados.

Foi então que Melinoe, abaixando os braços com morosidade, completou:

— O corpo e a alma... maculados pelas trevas. — O novo timbre, recheado de melancolia, mudou a concepção do rapaz. — Minha irmã... Minha fracassada irmã possui um poder repugnante entranhado em seu corpo. Só de pensar nisso, é realmente...

Damon recuou um passo sem perceber.

A aura da conflitante o arrepiava, tal como o semblante desagradável se contorcia.

O perigo relevou-se tão inteligível que podia lhe desequilibrar a respiração.

Manteve a compostura com certo empenho.

— A fracassada, Lilith, manchou toda a nossa herança. Ela nasceu amaldiçoada. — Agora, era ela quem cerrava os palmos.

Só que, depois de expressar as frases mais detestáveis possíveis, se recuperou ao contornar a angústia pessoal.

O clima pesado que retumbava sobre o átrio passou a desaparecer.

Àquela altura, Afrodite já se prontificava em prol de dar um basta na situação. Isso não foi preciso, para seu alívio.

Igualmente, o filho do Rei dos Deuses pôde reestabelecer a compostura.

“Amaldiçoada...”, martelou os dizeres da ctónica, então evocando as ocorrências da missão do Deserto da Perdição. “É aquilo?”

A forma dela, envolta por uma energia sombria. Algo completamente diferente do que era a própria garota...

Sufocante. Intimidante.

Sinistro...

Estou tentando melhorar para que meu pai me reconhecesse.

De volta ao encontro na orla de Delos, sentiu a real frustração carregada por aquela frase da companheira.

Ela estava se esforçando. Ela não tinha desistido, mesmo diante de tantos olhares julgadores e cruéis.

Uma luz acendeu no alcance dos olhos.

A revelação que Damon precisava para lidar com o lado desconhecido de Lilith surgiu.

Dessa vez, ele conseguiu expressar um sorriso genuíno.

— É por isso que eu disse. — Ergueu o rosto, confiante em contrapartida à veterana. — Que conheço ela melhor do que vocês.

— Como é? — Melinoe entrefechou os olhos.

— Essa é só a Lilith que vocês querem enxergar. — Fechou o palmo, na altura do peito. — A Lilith que eu conheço... A Lilith de verdade é uma pessoa especial. E ela é muito melhor do que vocês!

A ctónica apertou os dentes, enfurecida.

Já a Deusa do Amor fechou os olhos e deleitou-se no respectivo sorriso.

Aquela era a melhor resposta que o rapaz poderia oferecer.

“Ela me contou um pouco. Mas nunca imaginei que passava por tanta coisa assim...”, apertou a mão contra o peito, remetendo a fragmentos de um passado não tão distante.

Quando a viu pela primeira vez, naquele lugar.

Quando estendeu sua mão a ela... O único até então.

Tomado pelas céleres lembranças, respirou fundo e permitiu toda impaciência e angústia serem varridas para fora.

— Então se é assim... — Melinoe forçou um sorriso resmungado. — Vamos ver quem vai estar certo no fim, garoto.

— Isto é deveras curioso. — A nova presença interferiu na discussão, chamando a atenção de todos à escadaria.

— Atena?... — Damon abriu bem os olhos ao enxergar a mulher com partes de armadura sobre o torso.

— Gostaria de auxiliá-los na busca por esta tão ansiada resposta.

A Deusa da Sabedoria inclinou um pouco do rosto sobre o ombro canhoto.

E a surpresa do rapaz não morreu ali. Com certo atraso, levou o foco à menina que a acompanhava, com seus característicos cachos bagunçados a caírem até metade das costas.

— Oi, irmão.

Um pouco encabulada com a tensão envolta no local, Daisy se reprimiu a saudá-lo de sorriso forçado.

Queria perguntar o que elas faziam ali, como se não fosse óbvio. A quebra de expectativa corroborou para lhe confundir os pensamentos.

Em proveito ao momento, a deusa se moveu:

— Venham conosco ao salão principal. Minhas filhas já foram enviadas à Floresta Negra. Portanto, já devem ter chegado...

Sem permitir qualquer reação positiva ou negativa dos convidados, a deidade acessou os próximos degraus.

Afrodite foi a primeira a acompanhar.

Melinoe não queria muito ir a priori, mas estava decidida a impedir o filho de Zeus a qualquer custo.

— Que seja — rezingou consigo, deixando o guarda-corpo a fim de seguir os demais.

Imaginando o que se sucederia no topo da montanha, Damon foi vencido pela inquietação e uniu-se à filha de Hades na última subida.

Não conseguia mais enganar os próprios sentimentos. Estava mais aliviado com a ida confirmada de Chloe e Julie, porém a impotência ainda o abalava acima de tudo.

Para as condições pouco esclarecidas sobre aquela tarefa, só restava a ele seguir as rédeas impostas pelas deidades superiores.

Depois de passarem pelos dois últimos andares, Daisy abraçou o braço do irmão, ciente sobre o que ele passava.

O garoto agradeceu aquele gesto afável com um sorriso enfraquecido e voltou o olhar para as portas alabastrinas, que já eram abertas pelas mãos de Atena.

Agradecimentos:

Gostaria de agradecer imensamente ao jovem Mortal:

Taldo Excamosh

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