Epopeia do Fim Brasileira

Autor(a): Altair Vesta


Volume 4 – Arco 4

Capítulo 70: O Desfecho que Antecede o Estopim

Seus olhos se abriram com piscadas lentas. Contemplaram um cenário borrado e com contornos muito vagos.

Eli...

Uma voz infantil a chamou.

Por algum motivo, foi dominada por uma sensação familiar de corpo e alma, responsável por fazê-la despertar aos poucos.

Eli, vamos...

A garota experimentou uma leveza acalentadora. Se ergueu para observar a pequena figura à frente, reconhecendo-a como sendo a responsável por chamá-la.

Se tratava de uma criança que se aproximava sorridente.

Os ecos dos chamados lhe trazia paz e, de alguma maneira, trazia a mistura de uma incógnita peculiar.

Quando se deu conta, não foi capaz de enxergar o rosto dela. Apenas os fios azul-claros que escorriam pelos ombros.

Todo o resto que imaginou ser um sorriso estava apagada, como se uma borracha tivesse sido esfregada sobre seu rosto.

Vamos! Vamos ficar fortes, juntas!

A frase final a arrepiou, no alcance de sua pequena mão estendida.

Elaine acordou assustada. Os olhos arregalados acompanharam o brusco movimento do corpo, que se levantou até ficar sentado.

Reconheceu o solo relvado conforme recobrava os sentidos. Tossiu um pouco de água sugada no momento do afogamento.

Foi quando remeteu ao momento do afogamento...

— Você acordou!!

Gael se inclinou a ela, sentado logo ao lado.

A jovem lunar o fitou de canto com cautela, como se para conferir que não estava mais naquele sonho.

De forma impulsiva, levou a palma destra a descansar sobre a bochecha dele.

Sentiu o quão quente o rosto dele estava e, em seguida, retraiu o braço.

Virou o rosto para desviar das vistas dele, tão sorridentes em comparação com os lábios arqueados.

Retornou ao evento anterior ao despertar, admitindo um incômodo inexplicável dominar o peito.

Visualizou a figura infantil, que a chamava de “Eli”.

“Isso foi...?”, apertou um dos braços.

— Mas cara!! Você foi esplêndida!! — Gael voltou a falar, de braços abertos.

Recebendo o elogio do parceiro, a filha de Ártemis levantou as sobrancelhas e ficou boquiaberta por um átimo.

Nisso, conseguiu esquecer um pouco do que tinha sido o devaneio nostálgico.

Tomar para si tamanha aprovação a trouxe uma sensação forte de orgulho. E não lembrava de ter experimentado algo como aquilo alguma vez.

Sem saber como lidar com a torrente de emoções, resumiu-se a abaixar a cabeça e contorcer a boca em um fraco sorriso.

Ela tinha sido a responsável por dar o golpe final na Hidra de Lerna. Tal era a prova de ter sido imprescindível no sucesso da missão.

Uma peça importante do resultado positivo.

— Eu... não teria conseguido sozinha... — Voltou a murmurar, a face toda enrubescida.

Encarando a grama abaixo das pernas, deixou de irradiar o frio da dúvida e foi tomada pela quentura do contento.

— Levante a cabeça!! — esbravejou o solar, ao que ela o fez. — Você fica bem melhor quando olha pra frente!!

Cada íris amarronzada de Elaine cintilou.

Mais uma vez, a expressão e as frases radiantes do rapaz lhe traziam a motivação para seguir adiante.

Seu coração era chacoalhado cada vez que as ouvia.

Mas não era só por isso. De algum modo, estava conectado com o sonho que tivera há minutos.

“É parecido...”, levou a mão ao peito, sentindo os batimentos comedidos. “Ah... agora estou lembrando...”

Assim que percebeu o quão profundo tinha enterrado aquelas memórias no coração, o sol começou a passear pelo céu multicolorido.

A propagação da luz natural fez seu foco se direcionar à beirada do declive irregular.

Lá estava o outro responsável pelo sucesso da missão, com os braços cruzados enquanto observava o horizonte à medida que clareava.

Silver estava quieto e sequer olhava para eles. Os olhos estavam fechados, aproveitando a brisa matutina que vinha cheia da ressalga do mar.

E diferente dela e do filho de Apolo, suas roupas não tinham sinal algum de que foram molhadas alguma vez.

Dito isso, ela preferiu não o incomodar.

Algum tempo depois, Gael se levantou do plano e estendeu a mão.

Elaine assentiu com a cabeça e aceitou a ajuda do rapaz, sendo puxada. Ainda sentia um pouco as pernas, mas logo se acostumou.

Os dois andaram até se unirem ao jovem prateado.

Ele enfim tirou as vistas da oclusão e acompanhou a chegada delas com uma olhadela de soslaio.

Nem precisava se empenhar para identificar toda a gama de instabilidades que a dominava, desde os movimentos retraídos, o semblante cabisbaixo e a constante mania de fugir do olhar dos outros.

Mesmo assim, naquele momento, ela se empenhou.

Como fez para realizar o ataque derradeiro contra a Hidra, não fugiu da responsabilidade e pôde transmitir seus verdadeiros sentimentos:

— Muito obrigada...! — A voz soou um pouco mais alta e firme.

— Pelo quê? — indagou o frio de sempre.

— Por ter... confiado em mim... — Ela quase fugiu com os olhos, mas manteve-se conectada. — E por ter me salvado...

Gael assentiu com a cabeça, animado pela atitude tomada por sua dupla. Também o agradeceu, como de praxe.

O atlanti escutou com clareza. Ficou sem saber o que dizer a princípio.

A primeira impressão sobre ambos foi uma das piores, chegando a fazê-lo criar pensamentos típicos sobre serem incapazes de agregar no individual ou como grupo.

No entanto, durante as batalhas que se seguiram — apesar de certos pesares —, pôde conferir o real valor deles.

Era irritante admitir, mas sentiu um certo ânimo aflorar de si. Foi empurrado a lutar com tudo que tinha, por mais que desejasse ir contra aquele caminho.

Exalou um suspiro leve e encarou a filha da Deusa da Lua, ao dar a volta com o corpo de forma íntegra a ela.

— Você, naquela hora... — Semicerrou as vistas. — Sua precisão pareceu ser perfeita.

O mussito da parte dele fez a lunar separar um pouco os lábios.

Gael inclinou o rosto de leve ao fitar a aliada, que remeteu ao evento proferido pelo oceânico.

De fato, ela tinha atingido o ponto principal da Hidra decepada em um só golpe.

E, então, veio com a lufada forte a lembrança da tarefa anterior, em Delos.

Para Elaine, algo muito importante dava cara de que tinha sido encontrado.

Só que esse clima amistoso foi quebrado quando Silver virou o rosto à vertente da entrada florestal, alarmado.

“Passos?”, identificou os sons que sua audição aguçada captava de forma repentina.

Foi acompanhado pelo alarde dos jovens ao redor, desentendidos por sua súbita mudança de postura.

Com o tempo, também escutaram a grama sendo pisoteada em curtos intervalos, no mesmo ritmo que uma influência inédita passou a envolver a região.

Levaram alguns segundos até que uma figura de manto escuro surgisse em meio à passagem cerrada.

Gael e Elaine esgazearam as vistas em sincronia, incapazes de não relembrarem do ocorrido derradeiro na Ilha do Sol e da Lua.

Silver permaneceu atento, a palma dominante preparada a fim de empunhar a lâmina na cintura a qualquer momento.

Não reconhecia a pulsação estranha vinda da pessoa que se aproximava. Tampouco sua Energia Vital incômoda.

Quando os outros dois se voltaram completamente, entraram em postura de defesa: o dourado tinha punhos erguidos, enquanto a noturna pegara de novo sua lâmina sinuosa.

Em resposta às ações, o indivíduo coberto por um capuz grosso parou de andar.

Da parte inferior de seu rosto, única que podia ser vista, um sorriso prazeroso foi desenhado.

— Enfim... — Uma voz feminina soou.

E, de súbito, Elaine sentiu-se paralisada.

Uma corrente anormal de tensão e angústia a percorreu, lhe impedindo a execução de qualquer movimento consequente.

Foi quando a encapuzada ergueu um pouco do rosto, o bastante para revelar a íris cor de rosa de ambos os olhos afiados.

Te encontrei!

Completou no mesmo átimo que a brisa amena bateu, lançando a toca do manto negro para trás.

O trio contemplou a fisionomia da garota, porém ninguém reagiu tão atônito quanto Elaine.

Seus batimentos cardíacos foram elevados a um pico doloroso. A boca aberta não a permitia exprimir qualquer sílaba.

Ela tinha acabado de passar por aquilo.

Tudo tinha mudado.

Como um presságio enviado pelo desconhecido...

Naquele mesmo instante, Atena, Ártemis e Daisy subiram as escadarias do Monte Olimpo.

Alcançaram o salão final e percorreram todo o corredor no ritmo do canto das Cárites — ainda sereno, em virtude do raiar da alvorada.

Não demorou até chegarem na grande passagem de acesso à câmara dos Doze Tronos.

— Cadê o papai? — indagou Daisy.

Como a Deusa da Sabedoria tinha antecipado, nem mesmo o Rei dos Deuses se encontrava no salão.

A garotinha foi a primeira a entrar pela sala, recebendo a brisa fresca que vinha das aberturas laterais.

— Nosso pai alegou alguns incômodos estomacais. Portanto preferiu descansar em um cômodo à parte, de maneira apropriada.

Atena avançou em seguida, diretamente passando pela Piscina da Vidência até chegar à frente de seu assento.

Mesmo ao receber os passos da deusa, a água permanecia estática em sua perfeição. Semelhava a um espelho, capaz de refletir toda a extensão do teto branco.

A menina recebeu a resposta fazendo beiço.

— De novo isso? — Ártemis deu a volta.

— Tem acontecido com certa frequência, nos últimos tempos...

Os olhos cerúleos da pequena continuavam a fitar a irmã.

Quando encarou o trono no piso superior, Atena semicerrou as vistas e criou um delongado período de silêncio.

— Atena. Está pensando em algo?

A Deusa da Lua se aproximou do assento dela, numa das laterais. O lugar podia ser reconhecido pelo símbolo da lua crescente no respaldo da cadeira.

— Você é igualmente perspicaz quando se empenha, minha irmã. — O sorriso da sábia não foi tão bem recebido pela noturna. — Iremos reforçar os grupos.

— “Reforçar”? Deseja enviar mais apóstolos? — O silêncio perdurou. — Então esta era a mensagem que mencionou?...

Ao escutar a discussão entre as superiores, a criança parou de admirar os lustres acima da cabeça.

Atena deu a volta e sentou-se em seu lugar de direito. Assentiu ao apanhar uma moeda da armadura, essa ligada por um tênue fio que quase não podia ser identificado.

Por meio do sorriso, murmurou:

— Sim. Foi um pedido especial de lady Afrodite...

“A Deusa do Amor?”, a lunar guardou a indagação. “Então... ela esteve aqui?”

Sem permitir qualquer questionamento verbal, a sábia reuniu energia sobre a peça dourada.

Com um movimento de mão, chamou a caçula, que se aproximou em pequenos saltos ao dar a volta na piscina.

Assim que parou ao lado do trono, pôde ver a influência vital em fluxo da palma dela até o ponto físico de metal.

A caçadora semicerrou as vistas, no aguardo da ação prometida pela semelhante.

“Pois bem. Acompanhemos este momento”, lançou o objeto valioso com o polegar.

Ele tocou na água, prendendo a curiosa atenção da menina, e causou ondulações que se espalharam lentamente por toda a extensão retangular.

A energia foi transmitida pelo fio invisível a olho nu, até que o efeito de dispersão se repetiu.

Os olhos de Daisy cintilaram à medida que os arregalava.

O serpeio do líquido ganhou ritmo. Então, deixou de refletir os lustres superiores para que uma imagem surgisse, como se fosse uma pintura.

— Portanto, qual deseja assistir primeiro? — Fitou a lunar, que devolveu um olhar pensativo.

— Minha preferência deveria ser óbvia o suficiente, não? — Devolveu sem a mesma gentileza de sempre.

A cacheada chegou a engolir em seco.

— Claro. Iremos até Argos, primeiramente.

Voltaram a fitar a piscina quando a Deusa da Sabedoria concentrou sua energia, movendo o fio da moeda com cuidado até alternar a regularidade das oscilações.

O cenário tomou forma na superfície, revelando a entrada da cidade em questão. Após novos deslocamentos tênues, chegaram à falésia onde o trio enviado para a tarefa foi avistado.

Ártemis disfarçou o respiro aliviado ao fechar os olhos.

— Creio que já esteja definido. — Atena voltou a sorrir com contento, enunciando a sensação dela. — Um ótimo trabalho.

Já era esperado, claro, mas saber que sua filha teve sucesso a felicitava além da conta.

Afinal, ainda se tratava de um dos Sete Grandes Monstros.

— Incrível! — Sentada no colo da irmã, Daisy quase saltou animada. — Eles são tão legais! Também quero ser como eles!

Contagiada pela euforia da caçula, a deusa voltou a encarar Ártemis, que assentiu com a cabeça em simultâneo a ela.

Desse modo, a mudança de cenário na piscina fora permitida.

Mas antes de fazê-lo, ambas perceberam uma estranha reação acometer os três jovens na “tela”.

Daisy sentiu a hesitação da deusa e levantou o rosto, no intuito de encontrar seu semblante.

Uma alteração repentina ocorreu: as sobrancelhas contraídas não indicavam bom sinal.

Também buscou a faceta da outra superior, encontrando algo semelhante.

Tão logo o clima descontraído no salão foi substituído por uma tensão silenciosa.

No momento que os olhos da menina retornaram à vertente da água, uma figura surgiu diante dos apóstolos.

“Capuz negro...”

Ao reconhecer a característica, logo vieram à tona o relatório de Damon e a conversa com Helena, logo após seu retorno no resgate da Ilha de Delos.

As divindades sentiram a ascensão de um raro espanto.

Nesse átimo, Gael e Elaine tinham se posicionado em defesa junto a Silver, o primeiro a identificar a aproximação do indivíduo.

“Então foi por esta razão...”

Conforme o desenrolar visual, remeteu ao pedido que tinha enunciado há pouco.

“Esta ação deveria levar um tempo ainda maior a fim de ser concretizada”, apertou o punho apoiado no braço do trono. “Eu deveria ter antecipado isto. Fui ingênua demais em confiar na naturalidade de tempo e distância.”

Imaginou, de quebra, a possibilidade de o mesmo cenário se repetir no Deserto das Almas.

Não fazia ideia se o grupo enviado até lá tinha completado a missão àquela altura.

Se de um lado precisaram enfrentar a perigosa Hidra de Lerna, do outro o adversário era o Titã Condenado.

Esse misto de preocupação e curiosidade a fez considerar a chance de arriscar algo raramente experimentado naquela condição:

— Ártemis, tentarei dividir a imagem... — Interrompeu a si mesma quando virou o rosto de canto para a semelhante.

A face da Deusa da Lua parecia coberta por uma penumbra.

Isso assustou a criança mais nova do Rei dos Deuses.

“Essa sensação...”, pensava a noturna. “Por que sinto como se conhecesse essa pessoa?”

Espantou-se no instante que o vento levantou o capuz da figura recém-surgida.

O rosto da jovem garota foi revelado.

— Não pode ser...

Tanto Daisy quanto Atena perceberam, além do tom de voz embargado, as emoções da caçadora embaralhando de maneira súbita.

Sem mais nem menos, perdeu-se nos respectivos pensamentos.

Diante daquilo, a Deusa da Sabedoria buscou qualquer informação responsável por deliberar aquela estranha reação.

Por mais que caçasse, nenhum sinal claro foi encontrado.

O detalhe solitário foi a expressão semelhante exalada pela filha dela, logo após a revelação.

Não desistiu de seguir com a ideia anterior, portanto recompôs-se e moveu a moeda pela linha até a lateral direita da piscina.

Dessa forma, uma divisória de energia foi originada, a fim de criar a segunda “tela”.

O cenário desértico ganhou forma, conduzindo a atenção de Daisy à paisagem tomada pela luz solar.

Foi aí que as hipóteses mais abominadas se tornaram verídicas.

“Com eles também”, mentalizou a sábia.

O segundo indivíduo de rosto coberto, com o manto negro a esconder sua identidade, entrara no caminho do quarteto enviado para derrotar um titã.

“Nesta perspectiva, posso afirmar que, de fato, foram aptos a subjugarem Prometheus. Porém...”, apertou as sobrancelhas.

Na paisagem diante dos olhos, podia conferir que nenhum deles se encontrava em plenas condições.

Lilith tinha graves ferimentos pelo corpo e era carregada por Damon. Sem contar o aparente cansaço no rosto de cada um, à exceção de Chloe e Julie.

Também se via incapaz de averiguar a extenuação que acometia os jovens no lado de Argos.

De mãos atadas perante os episódios simultâneos, a ateniense tinha certeza de que algo desagradável estava por vir.

“Irmão...”, Daisy já era envolvida pela aflição, um tanto influenciada pelo estado das meias-irmãs.

Tudo isso foi quebrado quando as portas do salão rangeram enquanto abertas.

A atenção das três foi arrancada à força da Piscina da Vidência. E não foi necessário qualquer reconhecimento por parte do responsável por empurrar as estruturas alabastrinas.

— Meu pai...

Atena não quis esconder a perplexidade quando enxergou a figura imponente do Pai dos Céus adentrando seu local de direito.

E não parava por ali...

— Oh. Vejo que temos alguns incômodos no recinto...

Uma mulher de estatura semelhante à dele vinha logo atrás.

As deidades não demoraram a reconhecer suas características — sem contar a lábia jocosa.

O curto cabelo ruivo caía com duas mechas finas à frente de cada orelha, que alcançavam metade do pescoço.

Os olhos, azul-claros, entregavam sua descendência.  

Mas o que mais chamava a atenção, talvez, era o diadema de louros dourados que contornava sua cabeça.

Combinava com as diversas joias — anéis e cordões — que trazia consigo, alguns com bastantes pérolas e pedras preciosas.

— Senhora Hera — rebateu Atena.

— Sim. Quanto tempo, filha de Métis. — Correu com as vistas entrefechadas até as outras visitantes. — E a Filha de Leto...

O desgosto em seu tom de voz tinha se tornado absoluto.

— Hm? — Depois, fitou a pequena no colo da sábia. — Você é filha de quem mesmo?...

Sem ter o que responder, Daisy parou de piscar por um período delongado.

Com Ártemis num estado irredutível até para saudar a Rainha dos Deuses, Atena sentiu que precisava agir rápido.

Mesmo que revelasse o que tentava esconder até onde fosse possível.

Para evitar certos desenrolares...

— Meu pai. Preciso lhe contar algo importante.

A Deusa da Lua, ao escutar a proclamação da semelhante, se desconectou por um átimo da ocorrência transmitida na piscina.

Frente a seriedade da filha, que tentava comedir as próprias ações e reações, Zeus franziu a testa.

— Pois me conte — ordenou.

A partir daquele segundo, a rota de colisão na realidade dos grandes deuses estava para mudar.

Agradecimentos:

Gostaria de agradecer imensamente ao jovem Mortal:

Taldo Excamosh

Caso tenha interesse em fazer parte dos apoiadores e, assim, receber suas regalias (ver detalhes inéditos dos projetos, entre outros), façam seu apoio por meio dos links abaixo e ajude-nos a alcançar ainda mais as estrelas!

PadrimApoia.seInstagramDiscord



Comentários